Larissa Tabosa 11/08/2024Falta algo que não sei explicar bem o que é. O texto tem toda essa aura escura, sabe. Não é o tipo de livro ata se entreter, é para sofrer. Só que o sofrimento não é completo, pq não causa identificação e, no caso da Emilie, causa mais raiva que pena. Sara é uma boa personagem, mas pareceu pouco explorada. Faltou saber melhor o que se passava dentro da cabeça dela. Eu sinto que ficamos tanto tempo com a Emilie e quase nada com a Sara. E a história da Sara era muito melhor.
No fim achei interessante o desfecho da morte da ex-namorada dela. Principalmente por deixar claro que apesar de tudo, de ser um fodido desgraçado, o pai dela de fato não era o bicho papão da história, não por completo.
Sobre a Emilie, interessante que ela encontrou um propósito, mas ainda acho ela tão vazia, sei lá, só MUITA terapia. Porque ela encontrou uma profissão e um amor, mas claramente precisa de ajuda profissional. Principalmente porque precisa disso tudo para se definir e ser feliz.
Sabe quando a gente assiste aqueles filmes com fotografia mais escura, invernal? É essa a sensação ao ler. Parece que o livro tem essa película invernal, sabe, meio azulada, não sei explicar, mas é isso.
Gostei do final. Foi meio que a vida, sabe. Foi um final em aberto, mas previsível. Elas vão ficar juntas e vão viver, assim como todas as outras pessoas que existem, embora elas não existam nessa realidade...
P.s.: Agora, pqp, capítulos imeeeeensos. Vontade de rasgar as páginas do livro