Orações para Bobby

Orações para Bobby Leroy Aarons




Resenhas - Orações para Bobby


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Pavozzo 26/01/2024

Necessário, mas cansativo...
Toda vez que leio um livro que serviu de base para uma obra cinematográfica que eu tenha gostado, nutro expectativas de sentir as mesmas emoções que senti durante o filme, além de uma imensa curiosidade por mais detalhes de uma história que me impactara tanto. Infelizmente, a maior parte dessas expectativas é frustrada aqui.

O autor do livro, Leroy F. Aarons, jornalista americano já com experiência prévia em assuntos envolvendo sexualidade antes de conhecer a história de Bobby, falha aqui, a meu ver, por um problema de concepção do livro que ele quis escrever.

A história resume-se a descrever como um rapaz de 20 anos decide acabar com a própria vida por conta de não aceitar a própria sexualidade. Bobby é descrito como um garoto doce, gentil, obediente e que teve uma infância alegre. Com o passar dos anos, entretanto, a descoberta da própria sexualidade vai se chocar com seus preceitos morais - oriundos de uma forte educação religiosa - resultando em uma tragédia que vai marcar profundamente a sua família e, especialmente, sua mãe.

Desolada com a morte do filho, Mary resolve sair em busca de respostas para conseguir entender o que ela fizera de errado uma vez que, seguindo fielmente as suas crenças, acreditara que Deus iria "curar" o seu filho. Essa busca vai resultar em redenção e em um ativismo intenso por parte de Mary em prol de pessoas que vivem os mesmos conflitos que o filho sofrera.

O acerto aqui fica por conta da história em si (o que não é mérito do jornalista) e da decisão acertada de colocar trechos dos diários de Bobby que são de cortar o coração.

O que não funciona? Para começar, a maneira com a qual Aarons narra a história - ele não consegue perder a verve jornalística, de modo que, apesar da tragédia, fica difícil de se envolver e comover com a história.

Percebe-se também que a intenção do autor era de transformar o seu livro numa espécie de panfleto para divulgar redes de apoio a pessoas gays, lésbicas, trans, etc - nobre intenção, mas precisava que os 30% finais do livro fossem apenas descrições do ativismo de Mary e de projetos pró-lgbts? Não bastariam algumas notas de rodapé?

Acredito que a publicação de relatos desse tipo seja importante para se combater o preconceito, no entanto, o filme faz isso de forma muito mais impactante do que este livro.
Pedróviz 28/01/2024minha estante
Louvo iniciativas desse tipo, contanto que a religião não seja estigmatizada.


Pedróviz 28/01/2024minha estante
E, pelo que você descreveu, a obra é panfletária mesmo e talvez o autor não tivesse maiores pretensões...




Lenas 25/02/2023

Uma história trágica sobre como a não aceitação de uma mãe levou o filho ao suicídio. E sobre como essa mãe transformou seu luto em algo bom, ajudando jovens dentro da comunidade/estado em que morava.

?E, como Mary Griffith indicou, se não fosse pelo suicídio de Bobby, ela e a família talvez continuassem os mesmos até hoje, isto é, hostis a esse estilo de vida.?

A morte do Bobby em si é muito triste, mas não pude deixar de achar mais triste ainda o fato de que a mãe dele acreditava que nunca teria mudado de opinião se o Bobby tivesse sobrevivido. Esse fato me fez refletir: realmente é necessário acontecimentos extremos pra gerar mudanças nas pessoas? As coisas deveriam ser tão mais fáceis.

?As coisas que dizemos para nossas crianças em nome do amor, pensou ela, podem ser fatais.?

Recomendo o livro e recomendo o filme.
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Marcela262 08/07/2023

De partir o coração, de querer voltar no tempo e mudar o destino. Da vontade de proteger todos as pessoas q n sao acolhidas por suas familias por n amarem quem a sociedade espera q se amarem. Uma lição muito triste aprendida da pior maneira possivel.
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bobbie 10/07/2023

Bem escrito.
Este livro é baseado na história de um jovem estadunidense que, em 1983, com 20 anos, ao se compreender gay, sem o apoio de sua família ultrarreligiosa, tira a própria vida saltando de um viaduto e batendo de encontro a um caminhão que passava. Depois de sua morte, sua mãe, uma fundamentalista intransigente, que insistia que o filho seria convertido à heterossexualidade por Deus em razão de sua fé e disciplina, revê seus conceitos, impelida pela dor e culpa, e passa a ser uma das maiores ativistas em prol da aceitação gay nos Estados Unidos à época. A narrativa se alterna entre diferentes pontos de vista, tanto antes como depois do suicídio, mostrando tanto as motivações advindas do extremo sofrimento de Bobby, como os aspectos que transformaram a vida de Mary, sua mãe. É cruel concluir, como a própria Mary conclui, que, se Bobby não tivesse morrido, ela provavelmente teria seguido sua vida sendo a religiosa intolerante que era. O livro é poderoso, cheio de gatilhos, mostra as falhas e preconceitos do pensamento religioso de dentro para fora, dada a condição interna de Mary, como ativa frequentadora de sua comunidade evangélica. É triste perceber que a sociedade exclui e condena jovens desde muito cedo, fechando os olhos para uma condição da vida que, independente de quantas vidas se perca ou se elimine, jamais será erradicada, pela própria força da natureza que tem. É um livro para ser lido por todos, principalmente por famílias de indivíduos LGBTQIAPN+, pela garra com que nos impele a repensar conceitos preconceituosos e excludentes.
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ValeLucas 24/08/2023

Leitura forte
Esse livro aqui é pra ler com calma que tem muitos gatilhos e foi uma leitura que me deixou muito triste em vários momentos. Uma narrativa forte, mas que tem que ser feita. ?Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo? - George Santayana.

O livro parte do momento onde Bobby decide dar fim à própria vida. O que o levou a isso? Quais os problemas enfrentados por ele? O que estava acontecendo em sua vida?
Voltamos então ao passado e o livro nos mostra recortes da adolescência conturbada de Bobby, que se entende como homossexual e vive em uma família com um forte fanatismo religioso, onde todos agem como se Bobby tivesse um problema e que a fé poderia curá-lo. Tudo isso faz com que Bobby desenvolva uma forte auto aversão e passe a odiar a si mesmo de uma forma muito intensa. O livro nos mostra isso através das próprias palavras de Bobby, através dos seus diários. É muito difícil ler tudo isso pelo ponto de vista de um jovem que perdeu todas as esperanças de uma vida feliz e completa, principalmente motivado pelas agressões psicológicas da própria família.

Porém isso é só o começo, o livro realmente foca na mãe de Bobby, Mary Griffith, que passa de extremista religiosa a militante reconhecida mundialmente a favor dos direitos LGBTQ+. É a jornada de uma mãe que perdeu o próprio filho pra intolerância, entendendo como ela mesma contribui pra isso e tentando salvar outras vidas do mesmo destino. Vemos também um retrato da época, do preconceito enraizado nas pessoas, da epidemia que assolava a população e que foi relacionada a comunidade LGBTQ+ e do crescimento de movimentos e paradas que lutavam pelos direitos igualitários.

Um livro extremamente complexo, com uma linguagem muito pessoal que consegue emocionar e que deixa uma vontade de voltar no tempo e mudar tudo.
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janine100 25/10/2023

Extremamente triste e real
Esse é um livro que com certeza eu recomendaria para alguém que foi doutrinado e controlado a vida inteira pela igreja, principalmente a pais conservadores de crianças lgbt. A história de Mary (mãe do Bobby) é muito comovente e me deixou de coração partido mas, por outro lado, me deu um pouquinho de esperança de que o preconceito pode ser curado das pessoas. É bom para entender a cabeça dos fanáticos religiosos, que foram ensinados por suas famílias e pelas autoridades da igreja a sua vida inteira que o mundo funciona daquele jeito que impõem, sofrendo uma lavagem cerebral. Não tem nada de errado com a religião, mas sim com as pessoas.
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Marcelo 20/11/2023

Resenha publicada no Booksgram @cellobooks ?
"Orações para Bobby" é um livro que também foi adaptado para um filme e narra a história real de Bobby Griffith, um jovem gay que enfrentou o preconceito e a rejeição de sua família religiosa.

A trama se desenrola nos anos 1970 e se concentra na vida de Bobby, um jovem gay que luta para aceitar sua orientação sexual em um ambiente profundamente conservador e religioso. Sua mãe, Mary Griffith, é uma fervorosa cristã que acredita que a homossexualidade é um pecado e que o levará a queimar no inferno. A família luta para conciliar a fé com a orientação sexual de Bobby, e as tensões crescem à medida que a incompreensão prevalece.

Infelizmente, a falta de aceitação por parte da família e da sociedade leva Bobby a um estado emocional precário, e ele toma a trágica decisão de tirar a própria vida. A devastadora perda de Bobby força Mary a reavaliar suas crenças e a buscar uma compreensão mais compassiva da homossexualidade.

O livro, e o filme correspondente, abordam temas sensíveis como aceitação, amor incondicional, e os efeitos prejudiciais do preconceito. Diferentemente do filme, o livro explora muitas passagens do diário que Bobby deixou, focando na vida considerada promíscua do personagem, sua revolta e depressão, sua incompatibilidade no padrão social de então e no medo da Aids, que acabava de surgir no cenário e era considerado o ?Câncer Gay?.

O livro tem uma pegada mais religiosa, focando os dilemas da mãe com a religião e para com o filho. O filme é uma adaptação bastante sensível da obra e a mãe de Bobby é interpretada por Sigourney Weaver. Vale assistir o filme e ler o livro.
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Mandark 10/03/2024

Ainda há muito silêncio...
Olho ao meu redor e ainda vejo milhares de vidas silenciadas. Observo essa história com quase 40 anos e vejo que muito pouco mudou. E isso me entristece. Bobby morria e quase um ano depois eu nascia. Sua família passava por um inferno de dor e a minha ganhava um presente. Será? Hoje tenho 40 anos e fico refletindo sobre toda a dor que ainda assola milhares de jovens escondidos em si mesmos. Eu sobrevivi, até agora.
Mas não posso dizer que não vejo diferenças. Nos ônibus, nas ruas e nas escolas eu vejo a diferença... Mas até que ponto? Espero que essa geração seja realmente mais feliz.
O livro é emocionante. Partindo da tragédia e contando paralelamente passado e futuro a partir desse mesmo ponto, o autor levanta uma bandeira e chama seus leitores para a reflexão e para o questionamento. Vale muito a leitura.
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Mariana0402 03/04/2024

????
Orações para Bobby não é um livro passível de avaliações por se tratar de uma história real, as 5 estrelas foram para a escrita do autor.
A história é dolorosa e inspiradora. É impossível ser LGBT e não se identificar minimamente com Bobby.
O livro vai tratar mais sobre a relação de Mary com o luto e com a homossexualidade, mostrando a transformação de uma fanática religiosa em uma ativista dos direitos LGBT.
Livro emocionante e bem escrito.
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jonmelancholy 29/06/2024

Religião não é amor
?Existem crianças como Bobby nas suas congregações. Sem que vocês saibam, elas estão ouvindo seus ?améns? enquanto clamam por Deus em silêncio nos seus corações. Os clamores passarão despercebidos por aqueles que não conseguem ouvir nada além do ?amém?. A ignorância e o medo da palavra gay irão, em breve, silenciar esses clamores. Antes de repetir um ?amém? na sua casa ou na sua igreja, pense e lembre-se: uma criança está escutando.?
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Caio Lima 11/07/2024

Foi uma luta ir até o fim desse livro
Eu não me refiro no meu título ao caso do Bobby Griffith, mas ao modo como o autor decidiu conduzir a escrita desse livro. Eu me incomodei muito com o tom adotado pelo escritor. Em diversas vezes, ele se colocou na narrativa quase como a consciência do Bobby, uma vez que tentava indicar - sem sequer ter tido algum contato com o protagonista - os pensamentos e os sentimentos do Bobby, os quais, provavelmente, nem o Bobby conseguiria elencar como verdadeiros, dado que ele mesmo pouco se conhecia. No entanto, em outras tantas, sobretudo, no fim do livro, o Leroy opta por adotar um tom descritivo e jornalístico que me distanciou completamente da história e quase me fez desistir de terminar. Fora isso, a obra tem palavras excessivamente repetidas e muitas partes apelativas, o que torna a leitura cansativa e desestimulante. Por fim, os pontos positivos se restringem aos trechos do diário do Bobby e aos relatos diretos que a Mary deu no livro, que, até hoje, podem cair nas mãos de pessoas conservadoras e fazer com que elas mudem a perspectiva limitada trazida pelo cristianismo.
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Joyce585 16/07/2024

É sempre possível aprender...
Esse livro que foi publicado pela primeira vez em 1995, deu origem ao filme de 2009 de mesmo nome. Já que comecei essa resenha nesse tom, quero acrescentar que não faz sentido comparar o livro com o filme, porque o filme busca, mesmo que em forma resumida (ao longo de 2 horas) contar a história de forma linear. Fazendo uso de diversos artifícios para deixar a história mais interessante, o que nem sempre corresponde a realidade.

Também não posso ser inocente de achar que o livro foi imparcial, uma vez que se qualquer outro jornalista escrevesse essa história, não sei se seria capaz de captar a dor que a mãe do Bobby passa, ao fazer os relatos. Era necessário que um jornalista, assumidamente gay e com coragem e sensibilidade, pudesse ouvir todos os relatos e acessar os diários do Bobby. Então, ele vai fazer o necessário, para que sua escrita também fale um pouco das suas próprias vivências, mesmo que de forma indireta.

Não considero que seria spoiler falar do que aconteceu com Bobby, porque pelo menos no mundinho dos professores de sociologia (da escola onde fiz o ensino médio), não se falava de outra coisa. Ainda assim, me limitarei a dizer que a mãe de Bobby precisou de um acontecimento drástico, para começar a pensar a respeito de toda a intolerância que ela praticava. Ela saiu do estado de ser uma pessoa super religiosa e homofóbica, para ser uma grande ativista. Mesmo não tendo feito faculdade, conseguia com o seu discurso simples, alcançar os pais e os filhos que precisavam ouvir que não havia nada de errado em fazer parte da comunidade LGBTQIAP+ (embora na época que o livro foi publicado, ainda não fossem assim denominados)

No mais, não é uma super leitura empolgante. É uma leitura necessária e que você vai deixar ali na cabeceira da sua cama e ler um pouquinho por dia. Mesmo sendo o contexto estadunidense, aos que se interessarem por essa temática, vale a pena a leitura.
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Stefani136 23/08/2024

"Bobby se foi, mas não foi em vão"
Orações para Bobby conta a história de Mary Griffith, que perde seu filho aos 20 anos para o suicídio. Bobby é um menino gay em uma família extremamente religiosa e conservadora, ele não tem apoio emocional ou um guia para ajudá-lo em sua auto aceitação, então ele sucumbe aos preconceitos e tentativas de conversão da mãe e da família. Depois de anos tentando "se curar" Bobby finalmente desiste e tenta levar uma vida normal, mas as sementes de ódio já estão enraizadas dentro de si e infelizmente ele decide acabar com tudo.

Quando eu vi o filme alguns anos atrás eu odiei a mãe, Mary Griffith, mas lendo o livro hoje tenho uma outra percepção dessa história, não sei se por causa do filme ou da minha maturidade. Ela cometeu um erro grave, mas com certeza pagou por isso e decidiu tentar reparar um pouco do dano que causou ao próprio filho. É fascinante e inspirador a transformação dessa mulher, ainda que nascida de uma tragédia, ela se tornou uma ativista de grande importância e no final das contas, acabou salvando milhares de vidas de jovens gays e lésbicas.

A história de Bobby e Mary é muito emocionante, algumas passagens do diário dele são pesadíssimas e é muito triste que alguém tão jovem tenha passado pelo o que ele passou. A leitura desse livro deveria ser obrigatória, pois mostra o que a intolerância pode fazer com jovens LGBT+. Não tem somente a história de Bobby aqui, apesar de ser a principal, o autor nos dá uma visão geral de como era o cenário do ativismo gay nos anos 80-90. Levanta a questão do suicídio entre jovens gays, intolerância, homofobia e bullying na escola.

O livro é antigo (de 1998) e no final o autor expressa tristeza e pesar que pouco tenha mudado na luta dos direitos gays, e fiquei aliviada e grata por pessoas como Mary Griffith, que lutaram para estarmos onde estamos hoje. Ainda temos um belo caminho a percorrer (ainda mais no Brasil), mas já estamos muito melhores hoje em dia graças a essas pessoas.
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Juliane72 09/09/2024

Orações para Bobby
Um livro profundo e reflexivo. Um jovem gay que tira a própria vida, por não se aceitar e não se encontrar na sociedade, enquanto luta com uma família fanática religiosa. Uma mãe que na dor da perda encontra uma forma de se desprender dos preconceitos e da manipulação religiosa e ao mesmo tempo acolher jovens gays e seus pais, como não foi capaz de fazer pelo seu próprio filho.
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