Emílio

Emílio Wellington de Melo




Resenhas - Emílio


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Marison.Ranieri 16/04/2024

Nasce um clássico
Emilio é um livro vermelho, não só pela capa. A gente passeia pelo vermelho do saibro, das indulmentárias, dos vulcões em erupção, da violência - física e psicológica. A trama é elaborada com o carinho que poucas vezes vi por aí. Reconta sua própria versão do caso Serrambi e recria Columbine.
Tentei ler Emilio duas vezes, como quem toca com a ponta do pé na piscina antes de mergulhar no profundo e me afogar. Por duas vezes, não estive pronto. Havia muita densidade ali. E há mesmo. Na terceira vez, fui com tudo e me surpreendi com como 400 páginas poderiam se transcorrer de forma tão envolvente. Li de verdade mesmo em 24 horas, um fim de semana.
Há TANTA verdade nos personagens e nas suas reações e nas suas escolhas. É um livro cheio de reverb e tristeza, no qual Wellington cria seu próprio conceito de mitologia e presta uma homenagem nada sutil a clássicos da literatura. Recheada de referências, a trama segue histórias em tempos diferentes que se conectam a um final muito desejado por quem lê desde o começo - atravessamos essas contações com uma ótica impecavelmente cinematográfica. Wellington/Cláudia pinta com as palavras retratos críveis da realidade em um futuro com muita cara de hoje, em um brasil sem nome e uma islândia de isolamento. Chama à reflexão como quem encara o leitor tendo a consciência de ser lido.

Sem dúvida, um dos melhores livros que já li.
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Bárbara 11/05/2024

Eita.
Por onde começar a falar de EMILIO? Primeiramente não consegui definir em qual gênero o livro se encaixa, pois ele se encaixa perfeitamente em qualquer um que o leitor tenha definido. Pois o autor foi brilhante ao fazer isso de propósito, um livro mto bem escrito que te faz querer correr as páginas num só dia. Adorei.
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Jackson 12/05/2024

O ódio como identidade de um povo
Uma obra de arte a reverenciar os antigos clássicos da literatura mundial.
É uma viagem planejada nos mínimos detalhes, precisa, bela, de encontros e despedidas em que o tempo é o Senhor que guia pelos caminhos por onde é preciso passar.

Talvez encontre-se aqui paralelos idênticos aos tempos em que vivemos, por isso não sei dizer se se trata de uma distopia. Tampouco diria que essa seria uma história fantástica, de realismo mágico ou tecnológico, quem sabe?

Sei que me senti nessa história, nas vivências tão desiguais de uma sociedade embrutecida pela ignorância, pelo poder, pelo dinheiro e pelo ódio, contada brilhantemente por Wellington de Melo que descortina os problemas atuais sem entrar no modismo militante escancarado; ao contrário, leva o leitor a verificar o macro e micro de nossa sociedade que aos poucos está se tornando uma distopia em que o passado não existe, portanto o futuro pode ser controlado.

Lembro me, ao finalizar essa leitura, da frase de um pensador contemporâneo Caio Fábio " o maior erro do ser humano é achar que o mundo começou no dia em que naceu"

Tanto a abertura, quanto o encerramento desse livro são impactantes, o final me arrancou lágrimas.

Uma obra de arte!
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Díllan 31/05/2024

Emilio é na verdade sobre Cláudia, e por isso também é sobre Marcela, logo Emilio é sobre Plínio, e sobre Plínio, e sobre Vânia e Lourdes, sobre Fátima, sobre Heitor, e sobre Emilio também. Emilio é sobre aqueles que não puderam escolher seus papéis no drama da vida tal qual seus duplos, ou não, desfavorecidos por sua posição social, marginalizados com evidência pela cor de sua pele, postos uns contra os outros, enquanto os verdadeiros inimigos, ou rivais, se acovardam atrás de seus portões de ferro em torres de vidro decoradas com estátuas falsas.
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