Peleteiro 15/09/2024Muito orgulho <3Acompanhar de perto o processo de criação de Os Corpos Gritam para Ninguém, de Amanda Quaresma, foi uma experiência profundamente marcante. Desde os primeiros rascunhos, já era possível sentir a intensidade que Amanda coloca em cada palavra, e agora, ao ver o resultado final, não poderia estar mais orgulhoso. O livro é um grito de denúncia, feito com a coragem e a audácia que sempre foram características marcantes de sua escrita.
Amanda não se furta a enfrentar as estruturas opressivas que permeiam nosso cotidiano, e faz isso de maneira sincera, sem medo de expor as feridas que muitas vezes preferimos ignorar. A irresignação que atravessa cada página é contagiante, quase como se ela nos convidasse a compartilhar desse desejo incontrolável por mudança. Ao mesmo tempo, há um entusiasmo subjacente — um entusiasmo pela possibilidade de transformação, pela quebra dos silêncios e pela reconstrução de narrativas.
Os Corpos Gritam para Ninguém é um livro capaz de incomodar muita gente, meio politicamente bélico, e esse é um de seus maiores méritos. Amanda consegue trazer à tona questões que precisam ser discutidas com urgência, e o faz com uma lucidez que nos tira do conforto, nos desafia a agir. A sua audácia está apenas no que ela denuncia, mas na forma como o faz, com uma honestidade que não pede licença, apenas ocupa espaço.
Fico particularmente impressionado com a forma como ela articula suas críticas, sempre com a mesma paixão que a vi colocar em cada fase desse processo. A sensação final é de que não estamos apenas diante de um livro, mas de um manifesto que ecoa as vozes de muitos que ainda não foram ouvidos. Sem dúvida, Os Corpos Gritam para Ninguém é uma obra necessária, e ver meu amor dar vida a essa denúncia com tamanha força é motivo de muito orgulho.