Cupim

Cupim Layla Martínez




Resenhas - Carcoma


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maquieli 30/10/2024

O verdadeiro terror é o capitalismo
Eu adorei esse livro! a escrita é maravilhosa e única, e a forma como a história é narrada me deixou viciada (principalmente os capítulos da avó). fiquei animada para ler. uma das coisas que mais gostei na leitura foi o foco nas quatro gerações de mulheres que enfrentaram inúmeras dificuldades ao longo da vida e, mesmo assim, lutaram pelo que era delas.
em relação ao terror/suspense do livro, a casa assombrada era o menor dos problemas na vida delas. no começo, eu fiquei um pouco assustada, mas ao longo da leitura percebi que os fantasmas, as sombras e os barulhos não eram nada perto de tudo que elas viviam.
adorei todas as críticas sociais, que foram muito bem construídas e desenvolvidas, além de se conectarem totalmente com a história, fazendo com que ela se tornasse o mais realista possível. super indico!
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Mari 29/10/2024

Uau!
O tipo de leitura que vai te deixar pensando por um bom tempo. Muitas metáforas. Violência, machismo, diferenças sociais, explorações, guerras...rancor, raiva, indignacao, vinganca...o que afinal, é o cupim da história?
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camllaaaaaa 26/10/2024

Depois que li 'O Iluminado', fiquei numa ressaca literária horrível. E olha que até li bons livros depois, mas não me senti de fato conectada com a história de nenhum deles. Senti falta de uma leitura que me prendesse de verdade, sabe? A página do Stephen King Brasil que eu sigo recomendou 'Cupim' e fiquei curiosa. Comecei a ler sem muitas expectativas e, como é um livro curto, decidi dar uma chance enquanto meus outros livros não chegavam (viva Prime Day!).

E, juro, que ótima surpresa foi essa indicação! A obra conta a história de uma família que vive numa casa mal-assombrada. Vozes surgem do nada, santas aparecem, pessoas desaparecem e vultos se manifestam. Aos poucos, vamos descobrindo o que aconteceu ali e por quê. A neta e a avó narram os acontecimentos, e a descrição do livro diz muito bem o porquê das sombras desse lugar "crescerem como um cupinzeiro diante da injustiça social."

Gosto da forma como a escrita é quase falada; chega a ser poética. A pontuação (e a falta dela) dita um ritmo muito específico que, logo nas primeiras páginas, você já se acostuma e passa a gostar. É engraçado porque, até a metade do livro, você se sente meio perdido com os acontecimentos. As coisas não são mastigadas; você tem que ir entendendo, pois em nenhum momento a escritora vai pegar na sua mão e explicar tim tim por tim tim toda a situação. Eu lia e voltava às páginas para recompor as cenas e montar toda a narrativa.

Algo que também me chamou muito a atenção é que esse livro é definido como um horror feminista. Gostei bastante da explicação do conceito que achei numa matéria da Galileu: em poucas palavras, é a história assustadora que se constrói a partir de um acerto de contas de personagens femininas. Esse acerto, no geral, tem a ver com diversos tipos de abusos e desigualdades. É a ficção como último refúgio para reagir a uma realidade que, apesar da crescente militância e das políticas públicas adotadas nos últimos anos, continua essencialmente hostil ao gênero feminino.

Acredito que esse livro seja a melhor ilustração possível para o horror feminista. Você se revolta com a neta, a avó e a casa, que também é uma baita personagem. Eu realmente senti com elas todo o ódio. Enfim, é um livro muito, muito bom.
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Carol Luques 26/10/2024

"Cupim" é uma história bem fora da minha zona de conforto. Foi indicação e empréstimo de uma amiga, que acertou na dica. Quatro gerações de mulheres (bisavó, avó, mãe e neta), rancor e uma casa, da qual não é possível sair. Não é uma história de terror, é mais um realismo mágico. Li algumas resenhas pontuando sobre o ódio que une as mulheres e como a casa seria uma metáfora pra esse sentimento não trabalhado em nossa alma. Para além disso, a narrativa possui outras camadas, com críticas sociais, morais e políticas.
A escrita da autora é muito envolvente, com um estilo único. Fiquei com vontade de ler em espanhol.
Recomendo!
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Raquel Araújo 25/10/2024

Genial
"Todas as casas guardam a história daqueles que as habitaram. As paredes dessa construção perdida no meio do nada falam de vozes que surgem sob as camas, de santas que aparecem no teto da cozinha, de desaparecimentos que nunca se esclarecem. À luz do dia, os vizinhos evitam suas duas moradoras, mas todos as procuram pedindo ajuda quando se veem desamparados. A avó passa os dias conversando com as sombras que vivem atrás das paredes e dentro dos armários, enquanto a neta, que não residia mais ali, volta a viver na casa após um incidente com a família mais rica do povoado. Agora, desenredando a história do lugar, as duas começam a perceber que as sombras que vivem ali sempre estiveram ao seu lado.
Considerada uma das vozes mais originais da nova literatura espanhola, Layla Martínez faz deste romance um marco da ficção especulativa e do horror".
(Amazon)
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Alice555 25/10/2024

Este livro está entre um dos mais incríveis que li esse ano. Leitura que te prende e te suga. Uma história de ódio, rancor e ressentimento. Uma casa cheia de fantasmas. Uma vó e uma neta com uma relação conturbada mas que dividem o ódio pelos homens e se unem na busca por vingança. Vivem em uma casa que foi construída a partir do sofrimento e abuso de mulheres, vivem em uma sociedade machista e colonizadora que as despreza. Pobres, sem emprego, marginalizadas. O que sobra além de ódio e ressentimento? Do que elas são capazes quando todo esse ódio, magoa e ressentimento, crescem dentro delas como um cupinzeiro?
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Cris 24/10/2024

Corrosivo.

Li em algumas poucas horas. Escrita forte e visceral.
Personagens femininas potentes; achei que a autora soube usar a violência que ronda a vida daquelas mulheres como espectros de maneira muito interessante. Não é um livro fácil. A autora conseguiu me levar para aquela casa terrível.
Uma grande história de vingança em um pequeno livro.
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Nataly 22/10/2024

"Porque nesta casa tudo se mete dentro de você e ali escava"
Achei uma leitura ímpar, me surpreendeu bastante. Realmente causa muita angústia e sensação de estar sufocada em uma casa, me lembrou muito uma analogia a lares tóxicos, até por esse rancor e ódio, que vai corroendo de dentro pra fora, e como isso é geracional. E quantas vezes não vemos histórias tristes e de violência se repetirem às vezes em gerações de famílias consumindo essas pessoas? E a sensação da casa que parece que não tem como fugir. Gostei muito dessa parte mais psíquica do livro, me fez pensar bastante. E gostei muito de como a autora em poucas páginas soube trabalhar bem a luta de classe e a questão de violência de gênero.
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Triz 21/10/2024

Casa de fantasmas
Eu gostei, achei o enredo interessante, diferente e a escrita muito fluída, mas ao mesmo tempo terminei sentindo que faltava mais, que o livro se resumiu em um dia na vida de uma neta e de uma vó ainda que não seja isso. Bom, mas faltando
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Luísa Anjos 20/10/2024

Ao mesmo tempo diferente do que costumo ler, mas uma reunião de vários aspectos transversais na literatura. Aqui se encontram o misticismo, as tramas familiares, a luta de classes, conflitos geracionais, guerras civis, luz e sombra, o psíquico e o social. É muito interessante ver como a autora articulou tanta coisa em poucas páginas, claro que muito ficou nas entrelinhas, mas acho que isso tudo trouxe um diferencial pro livro. Sendo uma obra de estreia, achei que ela fez um trabalho ímpar no cenário literário atual, vou aguardar com altas expectativas seu próximo título
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Mariana 20/10/2024

Realismo Mágico
Cupim não é um livro de terror como é vendido, pelo menos não no sentido clássico da literatura de terror. Eu diria que está mais próximo do realismo mágico do que do terror convencional. A história narra a vida de gerações de mulheres de uma família através da voz de duas delas: a avó e a neta, que de forma intercalada vão contando suas histórias no presente, mas relembrando o passado.
Gostei do livro e achei a escrita da autora fluida. No início, é um pouco confuso se situar, mas a partir do segundo capítulo já é possível pegar o ritmo dos acontecimentos. O livro traz muitas metáforas sobre a relação de poder, luta de classes, violência contra as mulheres, e a miséria emocional e social que a sociedade da Espanha passar pôs guerra civil. A casa é um elemento muito importante na trama a autora faz referências à tradição gótica de usar a casa como uma prisão emocional ou física, é ressignificar o papel da casa na história dessas mulheres.
Achei bem interessante como a autora conseguiu contar essa história de forma concisa, sem deixar margem para a sensação de que algo faltou. Fiquei satisfeita com a narrativa, diferente de outras novelas que deixam muitas pontas soltas e informações desnecessárias, neste livro, não achei que ela deixou informações jogadas ou desnecessárias. Por fim, o fato de as mulheres e nem a família rica terem nomes reforça o papel da desumanização e da estratificação social na sociedade.
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Nayara.Nairne 19/10/2024

Fácil de ler e prende a atenção.
Nao é assustador, mas tem espírito, então nao li a noite rs.
Queria um pouco mais de detalhes das personagens, mas de maneira mais geral gostei!
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Diessica0.0 18/10/2024

História tecida em fios de rancor e ódio
Essa leitura foi uma grata surpresa, arisco dizer que foi a melhor leitura deste ano, não esperava nada mas gostei bastante do enredo, com certeza é uma ótima opção para viagens ou para leitura de final de semana pois o enredo é curto e envolve!
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