mariana 29/06/2024Existe algo muito bonito em tratar a morte como algo realEsse livro foi com certeza ..... algo.
peguei ele pra ler depois de alguém no twitter ter falado que "esse livro mudou a vida dela" e posso dizer que esse livro também teve um efeito em mim.
acho que foi um dos livros de romance com pessoas mais reais que já li. seres humanos falhos e que guardam segredos, que deixam de se comunicar, que são ingênuos, que são manipuladores. é um grupo de amigos que claramente se completa mas tem TANTA coisa escondida entre eles mesmos que fica nítido quantas bagunça tá embaixo do tapete.
eu adorei ler sobre vidas e amizades reais. inclusive, estava gostando mais do livro com o desdobramento do luto e como ele é cruel do que depois que o romance começou a se desenvolver.
o livro funcionou mais para mim como uma espécie de auto ajuda e lidando com o sentimento de ficar nesse plano quando alguém tão querido se vai (física ou emocionalmente, igual o pai com demência). o romance para mim não foi o ponto alto do livro e talvez seja por isso que eu não me conectei com o casal. eu queria muito desbravar as características deles, os traumas, o que deixou eles irritados, tudo.
mas entendi que o romance funcionou como uma "forma de mostrar que os dois ajudam a se curar" , como foi dito no final.
"como pode alguém ter morrido e você ainda preferir peperoni a presunto?"
"você tem permissão de estar viva. de seguir em frente" - essa aqui realmente parei e olhei pro teto uns 10 min antes de voltar a ler
"se eu tratar ele bem, encontrar um lugar para ele ficar... É o maior jeito de provar a mim mesmo que não sou igual a ele. Quando ele morrer, minha consciência vai estar limpa. vai ser uma vitória"