Resenhas - As chaminés tocam o céu

Allan255 04/08/2024

O universo dos papéis noeis
Tava enrolando pra fazer a resenha desse livro porque simplesmente não sei o que escrever, a única coisa que posso falar e que definitivamente e um dos livros já lidos por mim, e um livro MUITO louco e você precisa de bastante foco pra não se perder, tentei em audiobook e foi a pior decisão da minha vida, me perdi inteiro e tive que reeler ele normal, não recomendaria esse livro a ninguém só a quem quer ler sobre papais noeis

Guilherme.Oliveira 04/07/2024

O livro é bom.
A leitura foi tranquila, mas acabou se arrastando um pouco.
Eu estava com a expectativa alta por conta da outra obra do autor que li, mas não me conectei a narrativa deste, apesar de não ter sido uma leitura pesada/difícil.

Gecosta 11/10/2024

Mas Papai Noel, quando desceres do céu...
"Minha mãe sempre me dizia: de tanto contar historias de morte, a morte vai acabar te agarrando e te pegando. Parece que a "Indesejada das gentes" escolheu outra tática: agarrar-se àqueles a quem amo, ou pior, aos que me amavam"

felpwz 10/06/2024

Mediano!
Mediano, e nada mais que isso, o começo estava bem bom, os diálogos com o Papai Noel, ela se lembrando e contando a história de seu falecido esposo, só que depois dos 20% foi ficando confuso, e meio que só foi jogando informações.

Na minha opinião, se o autor tivesse pegado essas 72 páginas, e tivesse escrito somente aquela noite com o Papai Noel, explorado mais o diálogo dos dois, teria sido bem mais top, a personagem foi legal, uma velinha tradicional.

É isso, um conto / novela curta mediano ( a ).

Nota Final: 2.75

Gabriela Motta 17/09/2024

As chaminés tocam o céu
O conto começa de maneira bastante interessante, prendendo a atenção do leitor, mas ao longo da narrativa, acaba se tornando um pouco confuso.
Essa transição não é algo necessariamente negativo, mas gera momentos em que você se pergunta: ?O que está acontecendo aqui??. Apesar dessa complexidade, a leitura continua sendo agradável. Talvez, ao reler o conto em outra ocasião, seja possível captar certos detalhes ou nuances que, à primeira vista, não compreendi.
Acho que eu gostaria mais se tudo continuasse como uma conversa entre a senhora e o papai noel, teria feito mais sentido.

Camila 27/07/2024

O livro começou muito bom, me tocou.
Mas o problema é que depois eu não entendia mais nada do que estava acontecendo kkkkk

Samyra33 18/06/2024

"Continue, continue, eu lhe peço encarecidamente! Coragem, coragem! Coragem vale mais que força e que raiva."

Livro com começo singelo, mas que trás todas as emoções em poucas páginas, em uma escrita simples, livre e sincera.

Danilo Barbosa Escritor 22/07/2024

Uma senhora sozinha em casa, em plena noite de Natal, tem um encontro inusitado com o Papai Noel. Uma voz em meio à pandemia relembra e celebra seus vivos e seus mortos. Um escritor, perdido em relatos e histórias, à procura de escrever o final de sua novela…
Histórias que parecem aleatórias, mas que juntas, de forma leve e poética, revelam aos olhos do leitor o peso da idade, memória e solidão, no esperado “As chaminés tocam o céu – Um conto para crianças velhas”, escrita pelo autor de “A mercadoria mais preciosa”, Jean-Claude Grumberg.
Utilizando de uma escrita poética para tratar da seriedade do comportamento humano, o autor faz uma miríade de fatos e vozes que podem parecer aleatórios em um primeiro momento, mas aos poucos se encaixam, ganham força e se transformam em algo inesquecível, capaz de unir a criança que fomos e o idoso que um dia pretendemos ser. Expõe a vida através do lirismo, não de forma simples, mas com o peso do pensar nas entrelinhas, nos dando o impulso necessário para rever nossas vulnerabilidades e anseios diante da brevidade do existir, sem esquecer, nem por um instante, a importância dos reais afetos.

Vanessa647 02/10/2024

Um conto meio complexo
Eu amei o livro anterior que li do Jean-Claude Grumberg, o A mercadoria mais preciosa, e quando vi esse conto achei que seria uma excelente leitura. Olha, não foi perfeita, mas foi agradável.
Entendo a alegoria, entendi a ligação com holocausto e com a covid, mas eu não foi um livro fácil. A proposta é feita de um modo mais lateral, começando em uma conversa entre uma idosa (que tentava sair pela janela) e o Papai Noel (que tentava entrar pela janela).
Li duas vezes, acho que precisava de mais umas passadas pelo livro para entender todas as camadas, e não sei se encararia de novo.

Livro 37/2024
Nota 3/5

#aschaminéstocamocéu
#jean-claudegrumberg
#todavia
#conto
#alegoria

Icaro 09/07/2024

O autor sempre surpreende com histórias curtas mas densas. Segundo livro dele que leio e gosto bastante.

Matheus.Correa 16/07/2024

É sobre o que realmente a gente deixou de ser
Uma senhorinha sozinha, mesmo tendo filhos e netos. Se vê triste e pensativa observando mais um natal. O começo desse livro é tão revelador. O medo e a insegurança que vem com a idade é algo muito mais presente do que a sabedoria, os receios e o toque da saudade.
Ela foi para a sua chaminé à espera de uma companhia e a encontrou. Papai Noel, e, quem diria que seria um encontro repleto de tanta coisa reveladora, sobre ambos.
"Já instalados, eu lhe disse: ? Nunca em serviço, está bem, mas só um chá? ? Não, não, não, sobretudo nada de chá! Nada de chá! ? Mas por que não um chá, Papai Noel? ? Dá vontade de fazer pipi, o chá. E a senhora me vê, imprensado numa chaminé, tendo além disso vontade de? Comecei a rir bem alto. Ele ficou todo vermelho. ? Está achando graça? Achando graça? Taí, eu gostaria de vê-la nessa situação! Imprensada na chaminé com uma vontade de? que lhe pega pelo pescoço! Ri às gargalhadas me imaginando também imprensada na chaminé com vontade de? Papai Noel recomeçou: ? Vá, vá, ria, hoje todo mundo caçoa de mim. Todo mundo se esbalda quando fala do Papai Noel." - Ambos estão cansados, a vida não é fácil, e por muitas vezes um conflito entre o cansativo e o esgotante. E nesse processo vem as despedidas:
? Sim, e é como se tivesse sido ontem. Ele também sabia fazer tudo, assim como a sua Mamãe Noel. Era ele que estava no leme, e desde que partiu estou como um barco sem rumo. Fico dando voltas, voltas, não sei mais onde me meter, nem o que fazer, nem aonde ir. Eu também, Papai Noel, sabe, tenho vontade de parar. E depois, me digo que na minha idade já não terei de esperar muito tempo.
O livro é delicado e sempre enfatiza sobre as escolhas da humanidade e a tolice do homo sapiens sapiens, que pouco pensa e muito faz.
"Foi então que, do nevoeiro do passado, surgiu uma fotografia entre as nuvens do presente, uma dessas fotos em preto e branco que Isy não queria por nada deste mundo que eu visse; uma dessas fotos publicadas logo depois da guerra num jornal iídiche. Entre um montão de armações de óculos e de pacotes de cabelos cortados prontos para ser expedidos, erguia-se uma montanha de sapatinhos de crianças: sapatilhas, botinas, galochas, sapatos de sair muito gastos, tamanquinhos, e até alguns minúsculos sapatos de verniz." - Mesmo que haja poesia e a veia cômica do autor nos leve com tranquilidade. A construção narrativa faz questão de mostrar a incoerência daquilo que queremos e o que temos.
O livro é belo, não para apenas na história da senhora Rosen. Há mais, e o caminho que o autor decide enveredar é incrível, repleto de humanidade e que traz o conforto e as lágrimas quem o lê. A sensação do autor ser alguém que conduz o leitor a história que ele precisa ler, sempre esteve entre a narrativa e o elo de sua graciosidade, as personagens.
E termino minha resenha com o texto em que Jean dedica ao seu editor, que morreu no dia 27 de outubro, antes dele pegar o livro finalizado em mãos, no mais, recomendo a cada um que leia, estamos envelhecendo e ficando sozinhos, mas ninguém é velho demais para sonhar que a sua solitude, basta:
Quando uma história termina, outra deve começar? No dia 21 de outubro de 2022, conforme combinado entre nós, eu devia entregar a Maurice Olender, meu editor e amigo muito querido, a última versão de meu conto para crianças tão velhas que no final morrem. Ora, ocorre que, por diversas razões, no dia 21 eu ainda não tinha colocado ponto-final neste texto. Claro que Maurice já tinha lido e aprovado múltiplas versões e só lhe restavam alguns trechinhos para examinar. Portanto, pensei comigo mesmo que, como não era sangria desatada, não estávamos, nem ele nem eu, amarrados a prazo. Assim, o texto em sua última versão ficou no forno na noite de 26 para 27 de outubro. E foi no dia 27 de outubro, de manhã, que Maurice não acordou e que sua tão querida e tão meiga esposa teve a dor de descobrir sua partida inesperada.
Se amanhã, Deus nos livre, me vierem o desejo, a força ou a loucura de me dedicar à redação de uma nova história para crianças muito novas ou muito velhas, terei de imaginar, e depois escrever, e depois corrigir, e depois acabar sem Jacqueline ao meu lado e, agora, sem Maurice. Então deverei aprender a viver sem o amor de uma e sem a amizade fecunda, fraterna e criativa do outro. Maurice, como autor, editor, historiador, em tudo o que empreendeu ? e empreendeu tanto e tanto! ? quis, antes de mais nada, ser livre, e o foi. Mas também quis que seus autores fossem livres, e eles o foram. No correr dos anos e dos livros tornou-se um amigo, um irmão, e mesmo, custo a dizer, um pai bem mais moço que eu. Ele adivinhava meus pensamentos, me compreendia, bem antes que eu mesmo tomasse consciência deles ou me compreendesse. Uma vez lá no alto, onde não duvido que tenha lugar reservado, talvez tenha topado com a sra. Rosenberg, ou com Isy, ou com o Papai Noel e sua cara-metade, a Mamãe Noel? Quem sabe até não se viu diante de Deus pai? Seja como for, vai saber levar todos os outros a escreverem histórias de vida, de amor e de bondade, à sua imagem. Minha mãe me dizia: de tanto contar histórias de morte, a morte vai acabar te agarrando e te pegando. Parece que a ?Indesejada das gentes? escolheu outra tática: agarrar-se àqueles a quem amo, ou pior, aos que me amavam.
Jean-Claude Grumberg Novembro de 2022.

Valéria 25/07/2024

(...) me dizia: de tanto contar histórias de morte, a morte vai acabar te agarrando e pegando. Parece que a "Indesejada das gentes" escolheu outra tatica: agarrar-se àqueles a quem amo, ou pior, aos que me amavam."

É um conto suave para crianças velhas, que brinca com os recursos de linguagem, metonímias, metáforas, sinestesias...e nos leva da infância ao fim em poucas linhas.

Deborah.Priscila 27/08/2024

Profundo
Livro que li com minha mãe, que livro intenso, profundo, real, trata o luto em tantos âmbitos e são assuntos que precisam ser falados e sentidos.