Arthur.Borel 23/10/2024
Filhos de Aflição e Anarquia e decepção
Da pra resumir perfeitamente esse livro com uma só palavra:
DECEPÇÃO
Não sei o que aconteceu aqui, mas nos impressionantes 5 anos que a autora levou para escrever esse absurdo ela simplesmente decidiu mudar totalmente o rumo da história original, abandonando todos os conflitos dos livros anteriores e introduzindo DO NADA um novo conflito que parece ter saido de uma fanfic mal feita.
Aqui somos apresentados a 2 novas civilizações tão complexas e fascinantes quanto Orisha, mas que a autora não conseguiu desenvolver direito nenhuma delas, assim como a própria Orisha, que foi deixada totalmente de lado o livro todo.
O nova antagonista e seu reino são claramente baseados nos nórdicos, e eles tem uma caracterização muito interessante, porem a autora escolheu não dar profundidade nenhuma para eles. Baldyr é ruim apenas por ser ruim, e seu objetivo é só obter poder e acabou. Os antagonistas nos outros livros também eram malignos e impiedosos, mas ao menos eles tinham alguma profundidade, aqui temos apenas um vilão clichê sem graça.
O início da história tem um interessante paralelo com os navios negreiros e a escravidão, lendo essa começo é de se imaginar que a autora vai focar parte da historia nessas questões e fazer paralelos com o racismo da época da colonização e tal, mas NÃO, toda essa parte dura só umas 70 paginas e acabou. Apartir dai a história continua tocando no tema de "colonização", mas de uma forma tão besta e generica que é simplesmente ridiculo.
Os personagens aqui perderam quaisquer camadas ou tons morais de cinza, todos os "bons" e "maus" resolvem suas diferenças e se unem contra um inimigo em comum, simplesmente PATÉTICO. E além disso, todo mundo nesse livro é BURRO, simplesmente a obra os fazem serem burros para que os acontecimentos necessários possam acontecer. Tem personagens aqui que são literalmente líderes de toda uma nação, mas que tomam decisões táticas e militares imbecis.
E claro que não podia faltar nesse livro mais romance ruim. A autora no volume anterior criou aquele relacionamento inutil da Zélie com o Roëh, e nesse volume tudo isso é simplesmente jogado no livro pois o homem simplesmente DESAPARECEU totalmente da historia! Então qual foi a finalidade de fazer aquele romance podre entre eles se não ia servir de nada????!!!
Pra piorar a autora decide bem no fim dar suas migalhas de representatividade LGBT, formando do nada um casal entre a Amari e a Mae'e que não tem desenvolvimento nenhum!!!! Serio, é simplesmente um absurdo, a Amari tinha era mais quimica com a Zélie no primeiro livro, mas a autora preferiu não explorar isso e só enfiar goela abaixo um monte de casalzinho heteronormativo sem graça, pra nos 45 do segundo tempo resolveu nos dar um "casal principal" queer que nem faz sentido existir, simplesmente revoltante.
Realmente não sei o que deu na cabeça da autora pra simplesmente pegar aquela premissa tão interessante do primeiro livro e destruir completamente todos os aspectos positivos da obra nas sequências.