Futuro ancestral

Futuro ancestral Ailton Krenak




Resenhas - Futuro ancestral


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Eloah98 17/09/2024

Cirúrgico e necessário
Krenak soube conversar muito bem com a gente, a galera urbana, ?civilizada?, ocidental, mas que tá de saco cheio de ignorar tudo o que deu errado na nossa forma de ser sociedade e indivíduo. Em poucas palavras, Krenak consegue trazer reflexões e alternativas práticas que coexistem com a nossa, mas que não temos acesso por estarmos tão imersos em uma bolha alienante e exaustiva.

Linguagem gostosa. Livro curto e cirúrgico. Leitura que restaura a vontade de ser criativo com a vida, de escutar o coração que pulsa por uma forma de ser cidadão em outros lugares, junto com a natureza, refazendo a nossa história olhando mais para trás do que só para a destruição iminente diante de nós.

Que bom que o futuro é ancestral, isso é sinal de que vai ser bom. ????
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Cris609 10/09/2024

Quanta sabedoria pode se colocar em tão poucas palavras? Não precisamos de muito volume quando o que se pretende é apenas o essencial. E esse livro é a maior prova disso. Ao nos mostrar que a única alternativa de futuro que teremos será a volta às raízes, Airton Krenak, é brilhante em apontamentos precisos.

A necessidade desenfreada de consumir todos os recursos naturais que existem estão empobrecendo a nossa existência. Os maiores provedores da vida na terra são os rios, cujas margens foram sucateadas e as águas, poluídas. A monocultura é celebrada na mesma intensidade que a vida plural dos povos é destruída. Isso tudo graças ao colonialismo que teve o papel de declarar, maliciosamente, que somos todos iguais em um mundo onde a diversidade seria crucial.

Nesse cenário de capitalismo voraz, acabamos substituindo a ideia de cidadão, pela experiência de consumidor. Fato que nos desconecta cada vez mais da responsabilidade como povo em exercício da soberania. A democracia é uma utopia que se constrói e não um bem que se consome.

Atrelado a tudo isso, na raiz do problema, vem o modelo pedagógico de educação, que se utiliza de recursos para moldar o indivíduo, ao contrário das antigas práticas de produção da pessoa. Quando chegamos ao mundo já somos e, apenas, acrescentamos habilidades.

Nas palavras do autor ?Em vez de serem pensadas como embalagens vazias que precisam ser preenchidas, entupidas de informação, deveríamos considerar que dali emerge uma criatividade e uma subjetividade capazes de inventar outros mundos ? o que é muito mais interessante do que inventar futuros.? E educação nada teria haver com o futuro, mas, sim, com uma experiência real.

Estamos suprimindo de vez a infância, como um lugar fantástico de seres pousando na Terra, e colocando no lugar um mundo frio e distante das disputas constantes. Gerando pessoas que se preocupam individualmente e não se veem como coletivo. Tudo isso revela um caminho assustador, cuja única saída possível é olhar para trás e pensar em um futuro ancestral.
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Isadora 06/09/2024

Difícil dizer o quão necessário é
"Os humanos estão aceitando a humilhante condição de consumir a Terra...parece que a vontade do capital é empobrecer a existência."
É uma leitura tão curta mas o que tem para se pensar nesses curtos capítulos é uma vida. Politize!
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NikKIN 04/09/2024

Li o livro para um trabalho da escola e tenho que admitir foi uma leitura impressionante, Ailton Krenak trabalha muitos problemas atuais de maneira muito interessante, apresentando a visão indígena sobre todos. Um livro muito interessante e que todos deveriam ler.
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tolksdorf 04/09/2024

Uma leitura muito necessária, principalmente pra sair da visão eurocentrada que nós somos obrigados a engolir todos os dias por conta do capitalismo. esse livro me tocou muito mas de alguma forma diferente (de forma positiva), e agora estou num processo de digerir o que eu absorvi. não é fácil continuar seguindo sua vida normalmente quando um livro vem e fala o completo oposto do que deveria ser a vida.
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Daniel Tard 03/09/2024

Abya Yala! = saudação à terra e ao céu.
O livro Futuro Ancestral de Aílton Krenak é dividido em 5 partes: saudações aos rios; cartografias para depois do fim; cidades, pandemias e outras geringonças; alianças afetivas e o coração no ritmo da terra.
É o terceiro livro que leio do autor e posso dizer que cada obra é um grande aprendizado.
Nós, os seres brancos, não temos respeito aos rios, quase sempre poluídos e concretados. Enquanto, muitos povos indígenas do Brasil, Peru e Colômbia vivem não só próximos aos rios, mas muitas vezes em aldeias flutuantes, construídas em plataformas sobre as águas, ou seja, precisam das águas e de seus espíritos.
Os povos originários não se identificam com o conceito de cidadania - conceito criado pelo e para o povo branco- preferem ser representados pelo termo Florestania que foi criado para reivindicarem seus direitos à terra e na busca por alianças afetivas e não sindicatos ou partidos políticos.
O mais bonito no livro é a maneira que as crianças indígenas são criadas, não são educadas, e sim orientadas. Não aprendem a ser vencedoras, aprendem a partilhar o lugar onde vivem e o que têm para comer, colocando o coração no ritmo da terra.
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Bruna 30/08/2024

" A experiência da pandemia de covid-19 foi arrasadora. Em uma oportunidade que tive de tecer comentários sobre essa travessia, alguém me perguntou: "Ailton, a covid nos ensinou alguma coisa?", e eu respondi: "Por que que você acha que ela deveria nos ensinar algo? A pandemia não vem para ensinar nada, mas para devastar as nossas vidas. Se você está achando que alguém que vem para te matar vai te ensinar algo, só se for a correr ou a se esconder". Os brancos que me perdoem, mas eu não sei de onde vem essa mentalidade de que o sofrimento ensina alguma coisa. Se ensinasse, os povos da diáspora, que passaram pela tragédia inenarrável da escravidão, estariam sendo premiados no século XXI. Eu não tenho nenhuma simpatia por essa ideia, não quero aprender nada às custas de sofrimento."
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Priscila Garcia 27/08/2024

Os livros de Krenak são todos muito necessários. Recomendo a leitura de toda a coleção. Temáticas mais do que importantes. A gente precisa aprender com os povos originários!
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Dani 24/08/2024

Mais uma daquelas leituras necessárias para compreender uma realidade que é tão próxima, mas do nosso dia a dia é tão longe. Principalmente se nunca conversou com um indígena. Ailton traz pensamentos e reflexões acerca da sociedade e incômodos. Me marcou bastante sua reflexão sobre o modo sanitário de levar a civilização e sobre a forma educacional indígena, pois me remeteu a forma que eu fui educada, um colégio inclusive chamado Chico Mendes. Foi tudo pra minha vida!

Muito feliz por ler esse livro. Empolgada para o próximo.
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Kaique.Furquim 21/08/2024

Educação
Fui surpreendido no final com o diálogo sobre uma educação na visão do filósofo indígena. É algo que de fato precisa estar na mente de todos os educadores
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Joyce305 18/08/2024

Quanta reflexão ?
?A gente tem que ser capaz de atravessar tudo isso e CONFLUIR.?

Este livro é uma reflexão profunda e necessária sobre a urgência de reavaliar nossa relação com o mundo e sobre a importância da pluralidade.
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Ana Clara 16/08/2024

Uma evocação ao reflorestamento do nosso imaginário, à ancestralidade do futuro possível, à fruição que a vida reclama e a cidade moderna hostiliza. Como fazer com que a floresta exista em nós? Como atravessar os muros que construímos para isolar a cidade da selvageria da floresta? É realmente mais fácil acabar com o mundos do que acabar com o capitalismo? Krenak fala tão profundamente comigo, me faz pensar e repensar a dinâmica dessas e engrenagens. Ele nos convida a desacelerar e a desanimar a maquinação do mundo, a entender a perspectiva indígena de uso coletivo da terra, a instituir a florestania por meio de alianças afetivas e da derrocada da lógica sanitarista, a ampliar as narrativas. Propõe uma infância menos moldada e mais inventiva. Põe em voga o mito da igualdade, evidenciando que cada um é único, que o mundo é composto de vários mundos e muitas cosmovisões. O respeito à diversidade requer escuta, silêncio, observação e a retirada dos sapatos. É preciso pisar o chão com pés descalços e colocar o coração no ritmo da terra.
Juro, esse livro é capaz de mudar a sua vida.
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Rafael.Novato 15/08/2024

Excelente Leitura
O Livro apresenta um olhar necessário e urgente para construirmos o mundo baseado em ideias firmes e trazidas a nós através da ancestralidade, todo conhecimento produzido por gerações chega a nós pela mente brilhante de Ailton Krenak. Para lidarmos com toda competitividade jogadas em nós desde a infância advinda da construção de uma cultura neoliberal, Ailton nos apresenta uma visão alternativa a imposta a nós, uma possibilidade de construção coletiva, baseada na colaboração.
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Claudia Karoline 31/07/2024

Sensacional
Um livro tão pequeno ao qual eu demorei meses pra ler, pois cada capítulo nos leva a uma reflexão tremenda e que nos leva a questionar desde pontos da crise ambiental, até ao próprio cerne da questão que é nossa "educação", e de que modo ela se dá. Muito interessante ver o bem viver indígena e como poderíamos olhar melhor para o nosso próprio modo de nos relacionar uns com os outros e com nossa experiência na terra, para repensarmos muito de nossas atitudes.
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