Resenhas - Futuro ancestral

RaulSalus 12/06/2024

O futuro é ancestral e o presente, também.
É muito fácil, ao mesmo tempo em que é difícil, comentar sobre as obras do Ailton, a quem tenho a sorte de conhecer pessoalmente. Nas linhas ancestrais dessa obra, somos levados a pensar e repensar a conexão do que é anterior com o que é posterior, sobre como enxergamos e nos conectamos (ou afastamos) da multiplicidade da natureza e em qual ritmo bate o coração da Terra e das crianças. É, sobretudo, um convite a mergulhar num rio profundo de multilateralidades.

Sté 11/06/2024

Surpresa!
O livro futuro ancestral do autor Ailton Krenak vem com uma abordagem de muitos esclarecimentos e respostas, o livro traz informações sobre as águas do nosso país, o desmatamento, a pobreza, retirada dos povos originários da sua casa. Outro ponto muito interessante foi a presença de diversos ativistas especializados no assunto. A obra é escrita de uma forma muito fluida e leve e como o livro é bem curto em um dia o leitor conclui a leitura. Fui com muitas expectativas e digo que suprio todas elas é um livro que recomendo bastante, traz muita reflexão.

Eduarda.Lanzarin 10/06/2024

Para começar, o futuro não existe
Um ótimo livro para ler, repensar, refletir, imaginar.

Krenak tem um dom de saber o que falar e escrever, poesia de forma direta, simples e até dolorosa.

"O Antropoceno está acumulando tanto lixo, tanto estrago, que deixou o mundo adoecido."

rfvlsht 09/06/2024

Os dois primeiros capítulos não foram tão interessantes, mas sinto que tenho essa impressão por causa da minha formação como bióloga, não soam como novidade para mim. Os dois últimos trouxeram propostas e reflexões que me chamaram mais a minha atenção, principalmente no que diz respeito a educação e formação de indivíduos para a sociedade.

Adnerbnob 08/06/2024

Somos capazes de criar novos mundos
Krenak traz uma avalanche de pensamentos sobre coisas que estão tão presentes na nossa vida ocidental, mas pelo modo com que nosso pensamento/vida foi moldado/a não nos damos conta do que eles realmente são e como funcionam.

Eu amei esse livro, amei as ideias aqui, me senti contemplada, senti meu espírito tocado, senti como se tivesse achado as palavras e as ideias que sempre estiveram dentro de mim, mas eu não sabia como expressar.

Esse livro não deveria ser só um livro, deveria ser a implementação de um novo mundo. Afinal, somos capazes de criar novos mundos, pois somos a natureza, e ela é a gente.

Marcio.Luiz 07/06/2024

Educar para a ancestralidade
Em mais um livro de grande potencial elucidativo e provocativo, o autor nos apresenta ideias e nos faz questionar o "viver" corrido e desmesurado de nossa vida cotidiana numa grande cidade capitalista. Será que estamos no caminho certo com tanta correria, meritocracia e problemas mentais aumentando?!?!? Ou devemos aprender com a história e nossos ancestrais!?!?!? Com certeza a segunda hipótese. Os textos são escritos de forma corrente em que podemos perceber a oralidade da fala. Krenak fundamenta sua teoria não só nas ideias indígenas, mas cita os mais variados autores e pensadores. Muito bom!

Bruelds 06/06/2024

Nhé ere
Que leitura cativante e gostosa do início ao fim, estou elaborando tudo que acabei de ler, mas posso dizer que é um dos melhores livros lidos esse ano.
Krenak nos traz questionamentos sobre a maneira como educamos nossas crianças, como a educação vai muito além de escolarização. Como devemos resgatar nossos laços com a ancestralidade, invoca-los e honra-los também. Nos deixar ser afetados e entender que não somos os donos da terra, que devemos estar com os outros seres e em como devemos valorizar a vida, não há nada mais importante que a vida.
Abya Yala!

heloisa61 05/06/2024

Primeiro lido por vontade própria em eras
Gostei muito de ?A vida não é util?, mas amei esse mais ainda!! Adoro as analogias e explicações de Krenak

Leticia.Moura 28/05/2024

O futuro é ancestral. Origem é destino.
"Os orixás, assim como os ancestrais indígenas e de outras tradições, instituíram mundos onde a gente pudesse experimentar a vida, cantar e dançar, mas parece que a vontade do capital é empobrecer a existência. O capitalismo quer um mundo triste e monótono em que operamos como robôs, e não podemos aceitar isso."

Geisalanis 28/05/2024

Gostei desse livro mas gostei mais dos outros três não sei mas achei todos muito parecidos e não senti muita diferença nesse

Pedro Manso 28/05/2024

Um livro curto mas que trás de uma forma simples e cativante reflexões profundas e extensas.

Sendo meu primeiro contato com livros do Krenak, me pergunto porque não li antes, mas tudo tem seu momento.

Krenak inicia sua narrativa em como o ser humano (os brancos) se perderam ao se autodestruir buscando uma construção global de sociedade, mostrando o desrespeito que ainda temos com nosso lar e nossos ancestrais.

Afinal, o homem esquece do maior fato da terra mãe: "A vida começou aqui na Terra sem os humanos e pode terminar sem nós?.

Claudiapnm 25/05/2024

Muito interessante e concordo com várias premissas. Principalmente mais pro fim do livro, quando ele diz que a gente enche a vida das crianças, moldando elas conforme nosso desejo. A gente não dá oportunidade de que o processo criativo venha delas e assim possa vir um mundo novo.

José.A 24/05/2024

Incrível
A forma como ele trata a natureza, fala dos rios como se fossem parte dele, a maneira de mostrar a importância da natureza através de uma relação sentimental com o ser humano, impressionante

Priscila385 24/05/2024

Necessário
É um livro bem gostoso e fácil de ler que me fez questionar a minha ligação com a terra e a noção de saneamento básico.

luizdamilton 22/05/2024

Há tanto para ser ~sentido aqui.

Neste breve (porém muito potente) compilado de palestras, textos e entrevistas do autor, muitas frases, sentidos e filosofias me pegaram, da beleza da primeira vez, do despertar de algo que estava muito adormecido e precisa voltar a estar vivo. O novo de Novo Mundo vive aqui, somos nós, é o agora.

Não existe futuro. O futuro é uma ilusão. O futuro é agora.

"De ré, poderíamos dizer que no princípio era a folha. Outras narrativas vão dizer que no princípio era o verbo. (...) Entre tantos mundos, me sinto especialmente tocado pelas histórias que nos aproximam dos seres invisíveis aos olhos turvos de quem não consegue andar na Terra com a alegria que deveríamos imprimir em cada gesto, em cada respiro."