Értom

Értom Bianca Pontes




Resenhas - Értom


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Sttefany.Oliveira 30/09/2024

Dom ou maldição?
Somos apresentados a Ângela Értom, que possui o ?dom? de prever mortes.
o livro possui uma fluidez, permitindo uma rápida leitura, com riqueza de detalhes e uma imersão no mundo apresentado.
o romance foi construído de forma madura e gradual, mas senti falta do aprofundamento sobre a vida deles quando passaram a morar juntos, e principalmente quando Ângela passou a ser mais sociável.
apesar de já imaginar o final isso não afetou a experiência de leitura, até porque Bianca conduz muito bem os diálogos, o que proporciona uma vontade incessante de saber o próximo capítulo.

um ótimo livro de estreia!
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Taize @viagemliteral 15/10/2024

Você já se imaginou prevendo a m0rte das pessoas ao seu redor? Ou pior, já imaginou prever a m0rte e ainda por cima sentir absolutamente tudo que a pessoa está passando durante esse processo?

Inimaginável, não é? Nós até tentamos imaginar o que determinada pessoa sentiu ao partir dessa vida, no entanto jamais seremos capazes de ter certeza quais foram suas dores e sentimentos.

Mas, não é o caso de Ângela Értom, ela prevê e sente cada dor, cada impacto, cada segundo da m0rte em seu próprio corpo, e por causa disso ela resolve viver isolada, pois sentir tudo isso desde criança nunca foi fácil, muito menos após passar um bom período no setor oncológico com sua avó.

Mas o destino prega peças na gente, e com Ângela não poderia ser diferente. Em um dia comum (para qualquer um de nós, não para ela) Ângela precisou se deslocar de sua casa para ir a uma consulta médica, já que desta vez não poderia resolver sozinha seu problema, e nesse trajeto ela prevê e presencia mais uma m0rte.
Com o pânico instalado em todo seu corpo, Ângela é socorrida por Rafael, um policial que estava passando pelo local no instante do acidente, e é através desse contato que sua vida muda da água para o vinho.

Rafael não chegou sozinho na vida de Ângela, mas com seu idosinho e fofo pastor alemão, Zeus. Tudo muda, e Ângela sente a ânsia por viver, não apenas sobreviver como nos últimos anos de sua vida, mas ela será capaz de mudar sua rotina solitária, encarar o mundo e suas visões de frente?

"Ela era uma mulher de 25 anos vivendo isolada porque tinha o costume de m0rrer de vez em quando, no corpo de outras pessoas."

Em seu primeiro romance, Bianca Pontes nos apresenta uma história pra lá de intrigante; a autora trabalha muito bem questões psicológicas e o quanto somos capazes de nos isolar para nos "proteger", causando assim grandes implicações emocionais. Mas, apesar da tensão e do tom inicialmente mórbido da história, a autora traz também leveza e uma dose extra de humor ácido, já que Ângela tem a companhia da voz de sua finada avó, sempre a provocando e instigando.

Em suma, é um livro que trabalha diversos aspectos da vida, e nos mostra que apesar de todos os obstáculos que precisamos escalar, podemos também encontrar aquela luzinha no fim do túnel, pode ser através de um amor, de um cãozinho, ou até mesmo da voz de sua falecida avó ( que tal? Hahaha)
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nerito 18/10/2024

Convivendo com a morte
Ângela tem premonições de gente morrendo. E não são apenas visões, mas experiências vívidas de morte. Ela sente como se morresse junto com a pessoa. Isso causa um profundo estresse na mulher, que desenvolve uma forte fobia social e busca, de todas as formas, isolar-se. Quando ela testemunha um atropelamento, o policial Rafael entrará na sua vida e a transformará para sempre, mesmo contra a sua vontade.
Assim tem início o romance "Értom", de Bianca Pontes. O enredo nos leva a testemunhar os problemas de Ângela Értom, seus desafios diários, seu refúgio em um prédio em que mais ninguém mora, a companhia da avó morta, que a assombra. E Rafael. O policial é insistente em fazer de tudo para ajudar a mulher. O que antes parece ser um forte senso de dever se transforma em paixão, que é rapidamente correspondida.
Rafael é o modelo de galã. Bonito, forte, charmoso, lutador de artes marciais e policial exemplar. Ele não consegue esconder o interesse por Ângela. A estratégia para romper as defesas da moça será o cão policial idoso Zeus, um pastor alemão carismático capaz de derreter qualquer gelo.
Ao longo da narrativa, o foco passeia entre Ângela e Rafael, de forma por vezes até abrupta. O leitor tem que se manter atento para perceber com quem está o foco narrativo. Trata-se de uma narradora onisciente neutra, que revela a nós, leitoras e leitores, o que Ângela ou Rafael pensam, suas inseguranças, seus medos e os questionamentos que pipocam em suas mentes nesse complicado jogo de conquista.
Trata-se de uma conquista, sim. É uma história de amor, afinal. Porém, é possível perceber que tanto Ângela quanto Rafael buscam se entender, antes de tudo. A química amorosa é consequência. Intrigado com a mulher que vive isolada de tudo e todos, resistente até a pedir ajuda médica com um braço quebrado, Rafael sente-se no dever de ajudá-la, de entendê-la. Ela se torna um enigma a ser decifrado.
A avó de Ângela surge como um grilo falante incômodo. Um cacoete de consciência, misturado com pensamento intrusivo, o que torna a vida de Ângela um inferno, ao mesmo tempo que nos diverte na leitura. Os diálogos com esse fantasma são uma forma de humor sombrio, ao mesmo tempo um alívio cômico, uma vez que os comentários da idosa são espirituosos.
As relações humanas são o grande foco de "Értom". Não é o sobrenatural ou mesmo as investigações do diligente policial. Bianca Pontes reflete sobre sofrimento mental, (des)crença, empatia e paixão. Rafael e Ângela sentem um magnetismo forte entre eles. Não sem acidentes, é claro, pois todo relacionamento é feito deles. Rafael luta para entender o problema de Ângela e quer ajudá-la. A questão maior é justamente a abordagem equivocada do policial.
Só que esta é uma história de amor, antes de tudo. Com mortes, visões sombrias, sofrimento, pânico e um fantasma incômodo, mas não deixa de ser uma história romântica. Uma narrativa que aposta no amor acima do sofrimento e dos desencontros. E que acredita que almas que se amam são capazes de vencer tudo, até mesmo a morte.
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acaroldoslivros 16/11/2024

Bom
Achei um romance fofo, com personagens bem interessantes, mas senti falta de alguns detalhes no meio.
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