Uma criatura dócil

Uma criatura dócil Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Uma Criatura Dócil


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snoopyievski 28/10/2024

Uma surpresa!
Surpreendentemente (!) essa foi a minha leitura favorita de Dostoievski. No quesito conteúdo, a história em si, gostei mais de Crime e Castigo, mas o processo de leitura foi o melhor que eu já experienciei com o autor. Tenho uma dificuldade de ler Dostoievski, apesar de gostar muito dele, por ser uma escrita menos visual, um desenrolar menos a partir dos detalhes e dos preenchimentos na história, como é com o Tolstoi (nossa conexão é lindamente assustadora), mas essa obra especificamente me divertiu e foi um processo surpreendentemente leve.

Entrar na mente do personagem dessa forma talvez tenha sido o que tornou a leitura tão diferente (no melhor sentido possível) para mim, aconselharia a todo mundo que quer começar a ler Dostoievski a começar por essa (e/ou Noites Brancas)
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David_Alex 25/10/2024

"Em silêncio acabei vivendo tragédias inteiras comigo mesmo"
Simplesmente estou viciado em ler Dostoiévski, a forma que ele descreve as situações, sempre do ponto de vista de uma pessoa problemática me cativa muito. Odeio me identificar com esses personagens, mas sempre acontece.
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vamphyri 10/10/2024

"Você não sabe com que paraíso eu a teria cercado."
No começo, pensei que seria um livro básico sobre um casal que foi obrigado a se casar devido às circunstâncias, com um marido extremamente controlador e possessivo. Isso até chegar no momento do arrebatamento. Só quem já passou pelo arrebatamento sabe o que o narrador sentiu e consegue sentir empatia por ele apesar de todos aqueles erros.
Ela, a dócil, não queria nada daquilo. Estava assustada, apavorada, enquanto ele a amava de forma desesperada e a desejava com todo o seu ser. O fim trágico foi quase obrigatório, mas ainda muito forte.
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Animal Mother 30/09/2024

Uma Criatura Dócil
O narrador, um usurário que foi expulso do exército por covardia, nos conta a história do seu casamento no dia do velório de sua esposa, que tirou sua própria vida, e tenta entender o que levou aquela criatura dócil a cometer tal ato. Mais uma vez Dostoievski consegue passar até as entranhas do pensamento de seu personagem para quem lê.
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Hév 08/08/2024

Essa pérola, essa criatura dócil, essa criatura celestial
Achei que esse demanda um pouco mais do leitor, mas Dostoiévski como sempre impecável. O narrador dessa novela é extremamente complexo, acho, inclusive, que dos que eu já li um dos que mais me fez tentar analisar suas falas e pensamentos. Ele tem um maldade em si, sabe disso, e admite ao leitor na maioria vezes e omite ou justifica em outras. Narrador não muito confiável (até pelo que Dostô fala na nota do autor, que do ponto de vista prático não teria sentido, já que acabou de perder a esposa e está embebido pelo luto e culpa), mas com uma ironia fina mas definitivamente presente. Pra mim a experiência foi de mergulhar nos pensamentos e sentimentos mais sórdidos desse homem.

Achei extremamente interessante quando ele fala ?É estranho também que eu não tenha vontade de dormir: em casos de desgosto muito, muito grande, depois das primeiras explosões mais fortes sempre dá vontade de dormir. Os condenados à morte, dizem que eles dormem profundamente na última noite. E é preciso que seja assim, faz parte da natureza, caso contrário suas forças não suportariam?, já que o próprio Dostoiévski foi condenado à morte. Saber desse detalhe tornou o trecho mais cru.

Muito interessante, crítica válida e clara, mas provavelmente não chegará a estar na minha lista de favoritos do autor.
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taaji 05/08/2024

Sobre a morte de Maria Boríssova
?Dizem que aqueles que se encontram no alto sentem-se involuntariamente atraídos para baixo, para o abismo. Acho que muitos
suicídios e homicídios são cometidos somente porque o revólver já foi
empunhado. Aqui também há um abismo, um declive de quarenta e cinco graus,
no qual é impossível não deslizar, e algo impele irresistivelmente a pessoa a
apertar o gatilho. Mas a consciência de que eu estava vendo tudo, sabia de tudo e
esperava em silêncio morrer por suas mãos ? isso podia detê-la no declive.?

?Que dava tudo por uma confusão. Sua
docilidade, entretanto, constituía um empecilho. Quando uma criatura dessas dá
de se rebelar, então, por mais que ultrapasse os limites, é sempre evidente que
ela está forçando a si mesma a fazer isso, deixando-se levar, e que para ela, mais
do que para qualquer um, é impossível vencer a própria virtude e o pudor. Aí é
que está o porquê de certas mulheres às vezes se excederem a tal ponto que você
chega a não acreditar no que a própria mente constata. A pessoa Já acostumada à
perversão, ao contrário, irá sem premoderar, procederá da maneira mais abjeta,
mas com uma aparência de ordena e de decoro, cuja pretensão é a de levar
vantagem sobre os senhores.?

?Que me importam agora as vossas leis? De que me servem os vossos usos, os
vossos costumes, a vossa vida, o vosso Estado, a vossa fé? Que me julgue o
vosso juiz, que me levem para um tribunal, para o vosso tribunal público, e direi
que eu não reconheço nada. O juiz gritará:
?Cale-se, oficial!?. E começarei a gritar: ?Onde está agora esse vosso poder para
me fazer obedecer? Por que a tenebrosa rotina foi destruir aquilo que me era
mais caro do que tudo? O
que são as vossas leis para mim, agora? Eu estou me apartando de tudo isso?.
Ora, pouco importa!?

?A rotina! Oh, a natureza! Os homens estão sozinhos na terra, essa é a desgraça!
?Há alguma alma viva sobre a terra??,?

Livro interessantíssimo. Comum do autor retratar a dor de formas intensas. Fiquei muito intrigada em saber que essa estória surgiu através de um notícia de um suicídio real, de uma costureira que realmente morreu conforme a personagem. A narrativa é incrível.

Quando teve esse diálogo:

???não me responda nada, ignore completamente a minha presença, e deixe-me
apenas num cantinho a olhar; faça de mim um objeto seu, seu cachorrinho...? Ela
chorava.
? E eu que achava que fosse me deixar assim ? deixou escapar sem querer,??

Eu não interpretei ele como o personagem (de que a moça estava pensando que ele fosse deixar ela assim, no sentido abandonar ela na condição que ela tava), eu interpretei que a personagem quis dizer que ela imaginou que ele deixaria ela assim: como uma cachorrinha. Me parece que o marido não percebeu o quanto de medo a menina tinha, mas que ao mesmo tempo ele estava disposto a aceitar todos os medos dela e lidar com os dele. Livro complexo demais.
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ana lima 05/08/2024

Talvez eu não tenha entendido?
Foi minha primeira vez lendo Dostoiévski e eu não sei exatamente o que pensar, me identifiquei muito com o personagem principal (devo me preocupar? kkkkk), na questão de ele "romantizar" muito tudo que acontece no livro, achei a escrita do Dostoiévski bem diferente e interessante, no geral achei o livro um pouco entediante e só terminei porque é curtinho, mas gostei bastante e recomendo para todos ler esse autor incrível.
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Heyy_Duuda 03/08/2024

Não tenho muito o que falar
Não estou acostumada com clássicos, mas esse é um de fácil entendimento, não é daqueles que bocê tem que ir procurar as palavras no dicionário, sabe?

Sobre a história, achei meio entediante, mas por ser curto, diria que a leitura vale a pena.
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Gadinho da vadia cuspidora de fogo 25/07/2024

Num tendi
Foi o meu primeiro livro do Dostoiévski, e confesso que não entendi nada. Acho foi uma má escolha para o primeiro.
O livro é bem interessante, mas a forma como foi escrito não era uma maneira que estou habituado, o que deixou a minha leitura muito forçada. Já li outro dele - depois - que era bem interessante e acabei gostando.
Enfim, pretendo ler outros do autor e indico a todos que também leiam, mas olhem antes a maneira da escrita para verem se conseguem entender.
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Daianne.sgs 08/06/2024

Um livro curto , mas profundo.
O enredo do livro é sobre um homem que no funeral de sua esposa suicida, relata como foi seu casamento.

O livro tem uma linguagem fluida, sem descrições exageradas , os eventos passam rápido. É uma novela então não tem muitos personagens.

O desespero é retratado nessa jovem pobre que busca a sua sobrevivência e no final desiste da própria vida.

O marido um homem possessivo e opressor tenta entender como a mulher chegou a essa atitude , enquanto ele faz essa digressão , os leitores observam como era difícil a relação dos dois.

Alienação , falta de empatia , abuso são evidentes no relacionamento dos dois, Dostoiévski retrata muito bem um casamento com alguém narcisista e abusador , frisando bem que eles procuram as pessoas mais vulneráveis para serem suas presas.
Reginaldo Pereira 08/06/2024minha estante
Tá aí mais um Dostoiévski que vai pra minha lista! Bela resenha!!!




mitsu. 27/05/2024

Recomendo.
Eu gostei. Por mais que a narrativa seja bem explicada (do ponto de vista do marido) percebemos como ele só "enxerga o que quer", cada ação que ele fazia tinha sido arquitetada antes, então ele esperava um desfecho, mas sempre as coisas iam totalmente diferente do que ele imaginava, e quando isso acontecia víamos ele procurando explicações do "porquê" disso, e nunca se culpando, sempre são as pessoas que erraram, a sua esposa que estava errada, e mesmo que reconhecesse alguns defeitos, logo após tentava justifica-los para se sentir melhor. Alguns pensamentos dele também quase me fizeram entrar no livro para dar uns tabefes, porque meu Deus como pode um homem ser extremamente babaca daquela forma?

Ao todo é um ótimo livro, uma leitura rápida e objetiva, você consegue sentir raiva e tristeza enquanto ler, e fica se questionando de: "como seria a história se fosse narrado pela esposa?"
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Eder.Machado 21/05/2024

Na boa...
Leitura rápida e um pouco tediosa... Valeu pela experiência, para os entendidos deve ser muito bom, mas para mim é tudo isso...
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Silver.Clara 09/04/2024

É palpável. Ambos personagens tão simples e tão complexos ao mesmo tempo tão simples, é de irritar e tocar o coração ao mesmo tempo.
Ler esse é pedir pro tempo voar rápido, quando vc vê já acabou, e acabou bem.
Mostrando o ser humano como ele é e como ele pode ser dentro de uma história considerada básica, mas ao mesmo tempo tão ampla é algo que só dá pra aproveitar bem quando vem do Dostoiévski. Obrigada veinho
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