spoiler visualizarHannah Green 17/03/2024
Também quis botar na geladeira.
Um dos livros mais queridos que li esse ano, sem sombra de dúvidas. É um clássico que atravessou gerações, no estilo de literatura moralista, com vários ensinamentos para jovens garotas aprenderem sobre a vida, que acompanha o crescimento das personagens desde a fase da infância até a adulta. Contudo, é muito atual, a história permanece icônica e lida mesmo após tantos anos, e a razão disso é que o cerne da história é algo eterno, é as dúvidas que vem com o amadurecimento, os conflitos da juventude, que claro, tem suas razões alteradas pelo espaço tempo de cada pessoa, mas que no geral concentram o mesmo sentimento de busca por si mesmo, por entendimento de si no mundo, do seu papel nas coisas, e das escolhas até agora e as futuras.
Obviamente quis colocar na geladeira também, que tristeza! Ela era minha irmã favorita, assim como da família, ela trazia uma admiração e um quentinho no coração do leitor, e após sua morte, é como se a história tivesse esfriado.
Os sermões não são forçados, os moralismos não são repressores, pelo contrário, achei uma leitura bem feminista, claro, dentro de suas possibilidades para a época que foi escrita. Apenas fiquei triste em saber que a ideia inicial da escritora de deixar Jo sozinha no final, foi tão repudiada, que precisou ser mudada, gostaria de saber quais os planos ela tinha para Jo, e como a história seria terminada sem essa interferência, acho que nunca saberemos, a não ser que se ache um manuscrito da versão original, escondido durante todos esses anos, com os finais reais originalmente pensados para cada uma das personagens. Isso seria icônico.
No mais, agora que li o livro, me deu uma imensa vontade de ver o filme, já sei que algumas coisas são bem diferentes, normal, toda adaptação sofre mudanças, mas gostaria de ver Jo, Meg, Amy e Beth e suas aventuras.