Um Artista da Fome

Um Artista da Fome Franz Kafka




Resenhas - Um artista da fome


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SirJonas 06/08/2021

Preciso e Profundo
Este foi meu primeiro contato com a obra de Kafka e indico pra quem quer optar por algo mais curto mas com toda a potência do escritor. O livro trás contos e uma novela ( Na Colônia Penal).

São histórias inspiradas na vida de Kafka e ele as escreveu já em fase terminal. Diálogos diretos, fatos dinâmicos mas sem perder uma consistência mais profunda. Todos os textos abordam temas atuais ligados às relações entre nossa consciência com a sociedade.

Dos contos eu gostei mais daquele que dá título ao livro e também Josefine, a cantora Ou o povos dos ratos. Se estiver a fim de uma viagem curta e muito proveitosa, leia esse livro também.
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Raul 05/08/2021

O surreal que vejo em Kafka: espelho da realidade.
Como sempre, Kafka expõe em suas narrativas um mundo imperfeito, com pessoas imperfeitas. Contudo, instiga o leitor a ansiar pelo desfecho.
Em "Um Artista da Fome", a obstinação praserosa pelo sofrimento, tanto do artista quanto dos espectadores se assemelha à realidade. Na novela "Na Colônia Penal" nos deparamos com mentes deturpadas pelo poder. Enfim, mais uma boa pedida de leitura.
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Natália Tiene 12/06/2021

Uma leitura apenas não basta para a complexidade e singularidade kafkiana
É incrível como Kafka atira milhares de reflexões na direção do leitor sem nada além de uma narrativa intrigante. Um artista da fome é denso na sua simplicidade e extremamente envolvente. Sinto que vou ter que ler no mínimo dez vezes para digerir tudo e extrair todas as referências extraordinárias.
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Edu 24/05/2021

Reflexivo
Histórias simples e que falam sobre coisas comuns, sobre a passagem de tempo e sobre a irrelevância. Te faz pensar, refletir sobre os acontecimentos, podendo até levar a conclusões tristes sobre a vida.
Ótimo livro, Kafka se mantém relevante e impactante por todos esses anos.
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Gabriel 28/04/2021

Complexo e interessante
Curioso como escritores alemães, pelo menos os que já tive contato, gostam exercitar ao máximo as suas narrativas expondo análises muito curiosas através de alegorias muito inusitadas.

Com essa obra de Kafka não é diferente. O autor narra pequenas tramas de uma maneira muito profunda e pessoal, as vezes até angustiante.

Uma excelente coletânea de textos relativamente rápidos que deve ser provada por todos amantes de literatura.
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Samuel.Bardy 23/03/2021

Depressivo e angustiante
Esse é o meu primeiro e último livro do Franz Kafka.

Escritor completamente perturbado.

Livro deprimente, angustiante, frustrante, perturbador.

Se você quer uma leitura leve e aconchegante não leia esse livro.
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William Grizorte 04/02/2021

O caráter humano sobre a luz de Kafka
A coleção de contos nos mostra uma elucidação diagnóstica da psiquê humana em sua essência e verdade. Ponto adicional para o conto que nomeia o livro e o breve mas brilhante Trapezista.
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Sara 08/11/2020

Muito bom
No conjunto de contos encontrei um texto triste logo de início, um engraçado logo depois e dois mais longos e reflexivos.
Na colônia penal e Um artista de fome tem a mesma vibe de O veredicto e se tornaram contos favoritos fácil.
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mainapereira 11/10/2020

Primeira vez lendo Kafka
Foi minha primeira leitura de Kafka. Gostei muito do estilo do autor e desejo ler suas outras obras.

O livro ?O artista da fome? contém vários de seus contos, além do que leva o título da obra. Não sei se quem leu também teve essa impressão de haver algo em comum entre os textos, como se fosse a mesma mensagem a ser passada, algo relacionado a insatisfação, o sofrimento e um desejo insaciável enquanto ser humano...

O conto ?Um artista da fome? e a novela ?Na colônia penal? são os melhores textos da obra em minha experiência ao degusta-la.

Me chama a atenção a proposta da espetacularização da fome e da sentença de morte (ou do próprio sofrimento?) numa perspectiva individualizada e em um contexto apresentado como ultrapassado.

Uma leitura não muito fácil de digerir, mas recomendada em uma sociedade contemporânea que vive do espetáculo de si...
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Ayan_lucca 29/07/2020

Esperei mais.
Como sendo ele um dos escritores que amo eu bem que esperei mais. Porém os textos nesse livro são muito sem sentido é não dá para compreender. De outro ponto de vista, talvez fosse essa a ideia do autor.
Eric.Hirai 12/09/2020minha estante
Também boei


Ayan_lucca 13/09/2020minha estante
Então né kkk mas ainda amo algumas das obras dele. Só não indico essa kkkk




bruna brandl 25/06/2020

Genialidade do autor
Minha primeira experiência com o autor foi em "A metamorfose". Fiquei encantada com a forma que Kafka constrói as personagens, suas características marcantes, preocupações, simplesmente genial. Já tinha recebido uma indicação para ler o "artista da fome" e confesso que achei um conto bom, principalmente a forma como Kafka gera angústia no leitor, ao perceber que a história do artista não interessa verdadeiramente a ninguém. Mas o que mais me surpreendeu - positivamente - foi o conto "Na colônia penal". Claro que cada leitor retira uma interpretação, mas a alegoria me remeteu diretamente ao sistema penal dos dias atuais e aos entusiastas que acreditam na beleza do horror das punições existentes, que mais afligem o psicológico e físicos dos condenados do que ressocializam. Também fiquei encantada com a atualidade do conto, quando o oficial acaba "experimentando" da própria máquina e termina vítima das suas próprias crenças.
Italo 17/08/2020minha estante
SIMMM, KAFKA É CAPAZ DE FAZER QUALQUER UM SE SENTIR NA PELE DA PERSONAGEM E SENTIR A ANGÚSTIA QUE DELA BROTA!!!




Paulo Silas 19/12/2018

Uma reunião de histórias de Kafka, cada qual com a sua particularidade, que oferece ao leitor um deleite na leitura. Nessa obra, que contém alguns bons trabalhos do autor, o que se tem são relatos de aflição, de observações pontuais, de crises, de particularidades, daquilo que perturba o espírito e redobra a atenção. Cada um dos contos mexe de maneira própria com aquele que os lê, ensejando em diferentes estados a também depender da percepção do leitor. O que te se tem, portanto, é Kafka em sua expressão literária particular.

Em "Primeira Dor", é narrada a história de um trapezista que vive o seu ofício e respira a sua arte. Nada importa que não a perfeição do seu atuar junto ao trapézio. "Uma Pequena Mulher" é um relato sobre uma moça, seus jeitos, sua forma de andar, agir e se portar, e toda a insatisfação que essa tem contra o narrador. "Um Artista da Fome", um primor do livro, traz toda a angústia da decadência de um jejuador que vê definhar aquilo pelo que possui primazia - já não querem mais ver o artista, o declínio do seu grande feito é visto pelo desinteresse do público, o espetáculo já não mais é de interesse. "Josefine, a Cantora ou o Povo dos Ratos" evidencia a força do canto da personagem que é destacada e enaltecida pelo narrador, relatando o seu apogeu e o apagar de uma chama. Finalmente, em "Na Colônia Penal", outra preciosidade de Kafka, tem-se a história de um explorador que acompanha um método peculiar de aplicação de pena numa colônia penal, conhecendo todo o processo de acusação, julgamento (suprimidos e reunidos num único ato) e sanção estabelecidos contra aqueles que não cumprem com os regramentos existentes.

As cinco histórias presentes no livro, quatro contos e o que pode ser considerado uma novela ("Na Colônia Penal"), permeiam estados de espírito humanos. Cada uma possui o próprio âmago de um algo humano que se faz presente na curta ou mais longa narrativa. Há o horror e o tom de estarrecimento em "Na Colônia Penal", assim como a angústia é percebida em "O Artista da Fome" e "Primeira Dor". Sentimentos e aflições presentes na individualidade de cada ser que podem ser observados nas poucas linhas que compõem cada uma das histórias dessa obra. Cabe ao leitor encontrá-las.
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Carol.Ortiz 24/07/2018

Kafka Animalizando o Ser Humano – Um artista da Fome
Franz Kakfa, em 1922, escreveu um dos mais simbólicos e intrigantes conto da literatura mundial. A história narra a vida de um artista cujo talento é jejuar. Passa longos períodos sem comer na esperança do reconhecimento do público. Entretanto, o que no início era uma agradável atração, se transforma na mesmice monótona do cotidiano e os espectadores, tão incansáveis por buscar novidades, deixam a atração de lado e vão procurar novas emoções. O artista, incompreendido, chega ao seu limite e o desfecho do livro é um episódio surpreendentemente fatal que banaliza completamente o espetáculo.

Li esse livro ainda adolescente, logo após me aventurar no complicadíssimo “A metamorfose”. Achei que seria mais um clássico enigmático do autor, mas a narrativa crescendo, a ambição cada vez maior, a animalização do ser humano e o ápice abrupto com o final despencando para uma tragédia fizeram essa obra entrar para a lista dos meus preferidos.

Kafka levanta inúmeras e inquietantes questões humanas existenciais quando descreve o personagem principal e as características de seu público. Por que estamos sempre insatisfeitos? Por que sempre queremos mais? A ambição, necessária para a sobrevivência, além de parâmetros éticos, é também um vício incontrolável e destruidor? Conseguimos encontrar prazer em algo verdadeiramente real ou sempre precisamos desejar e ter sonhos? Caímos num ciclo vicioso em que nada nos satisfaz por completo e carecemos de novidades, de emoções diferentes, de situações que nos tirem da rotina. É isso que nos torna humanos?

Quando o autor aborda os sentimentos negativos do jejuador, é possível nos sentirmos arremessados à um mundo primitivo das vontades humanas: a raiva, a ira, a irritabilidade de ter que controlar um desejo canibalesco de devorar tudo e todos ao seu redor. Quem nunca se sentiu assim? Voltamos às nossas raízes e nosso lado mais animal tenta emergir no meio das nossas duras construções éticas e morais. A agressividade oral e a banalização da mesmice são o que tornam essa obra algo grandiosamente construído: ao mesmo tempo que nossos instintos animalescos querem se exteriorizarem, o autor nos coloca na posição de uma fera selvagem, domesticada e aprisionada para o deleite sádico de quem está observando.

Leiam Um artista da fome. Leiam Kafka.

site: http://www.ojornalzinho.com.br/2018/07/24/kafka-animalizando-o-ser-humano-um-artista-da-fome/
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