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O mundo se despedaça Chinua Achebe
Resenhas -
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Lucas 17/02/2024
Melhor que muita historiografia
Por algum tempo ouvi falar sobre como a leitura desse livro era importante. E foi assim que o imaginei: um livro importante, um clássico.
Acontece que clássicos me causam uma admiração distante. Não os considero menores, de modo algum, mas não tenho muita vontade de lê-los. Já me forcei a ler Senhora, de José de Alencar, por exemplo, pela sua importância. Não desgostei, mas também me foi um exercício tão exaustivo (eu era um adolescente nerd, mas com vocabulário ainda reduzido, o que me forçava constantes visitas ao dicionário) que não me ofereceu motivo pra fazer outra vez.
Foi considerar esse livro um clássico que me fez ficar tanto tempo distante dele. Até o dia em que procurava algum material pra falar sobre a concepção de ser humano em alguma tradição africana (que são inúmeras, afinal de contas, A ÁFRICA NÃO É UM PAÍS) para meus alunos. E me peguei lendo um de seus capítulos. Não queria mais parar de ler, mas precisava ir ao trabalho, então deixei para um momento oportuno.
E a espera valeu a pena. Se você não sente aquela admiração devota aos clássicos, como eu não a sinto, não acredite quando chamarem esse livro de clássico.
Leia esse livro pelo gosto de ler um bom livro. Imagino que você, como eu, não irá se decepcionar. Ele nos transporta por tantas dimensões do humano, mas o faz de uma maneira fluída, sem abandonar a linguagem metafórica dos ditados e provérbios ibos.
Enfim, boa leitura.
Melhor que muita historiografia
Por algum tempo ouvi falar sobre como a leitura desse livro era importante. E foi assim que o imaginei: um livro importante, um clássico.
Acontece que clássicos me causam uma admiração distante. Não os considero menores, de modo algum, mas não tenho muita vontade de lê-los. Já me forcei a ler Senhora, de José de Alencar, por exemplo, pela sua importância. Não desgostei, mas também me foi um exercício tão exaustivo (eu era um adolescente nerd, mas com vocabulário ainda reduzido, o que me forçava constantes visitas ao dicionário) que não me ofereceu motivo pra fazer outra vez.
Foi considerar esse livro um clássico que me fez ficar tanto tempo distante dele. Até o dia em que procurava algum material pra falar sobre a concepção de ser humano em alguma tradição africana (que são inúmeras, afinal de contas, A ÁFRICA NÃO É UM PAÍS) para meus alunos. E me peguei lendo um de seus capítulos. Não queria mais parar de ler, mas precisava ir ao trabalho, então deixei para um momento oportuno.
E a espera valeu a pena. Se você não sente aquela admiração devota aos clássicos, como eu não a sinto, não acredite quando chamarem esse livro de clássico.
Leia esse livro pelo gosto de ler um bom livro. Imagino que você, como eu, não irá se decepcionar. Ele nos transporta por tantas dimensões do humano, mas o faz de uma maneira fluída, sem abandonar a linguagem metafórica dos ditados e provérbios ibos.
Enfim, boa leitura.
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