O Retrato

O Retrato Erico Verissimo




Resenhas - O Tempo e o Vento: O Retrato - Vol. 2


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Maria Eliete 13/03/2018

Quarto volume. Continua muito bom.
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Gabriel Brandenburg 03/08/2021

O Final
Sinceramente, gostei muito do final, não porque o livro terminou, mas pela forma como é escrito. Por causa dele estou muito motivado a continuar lendo os próximos livros.
Acredito que a culpa de eu não gostar muito do livro é o Dr. Rodrigo, pois na metade do livro já tinha enjoado um pouco dele.
Ah, uma parte tem algo que eu não gosto de ler, um suicídio.
No que se refere a escrita, sou um fã do Érico, mas achei que ele usou bastante de outras línguas, como o francês, isso não me incomodou muito, ficou no limite, tinha sentido, um pouco a mais, seria ruim.
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Thiago Barbosa Santos 26/03/2019

Tomo 4
O volume 2 de O Retrato encerra a segunda parte da saga O Tempo e o Vento, do grande escritor Erico Verissimo. Assim como no livro anterior, Rodrigo Cambará, filho de Licurgo, bisneto do capitão Rodrigo, ainda é a personagem principal neste estágio da obra. Observamos um doutor Rodrigo um pouco desiludido com a política e buscando se dedicar mais à profissão e à vida social em Santa Fé. Observamos ele sempre rodeado de amigos, fazendo grandes reuniões no sobrado, sempre com muito vinho e comida boa.

Uma das passagens mais legais é com Dom Pepe, um espanhol artista plástico que pinta uma tela simplesmente perfeita com a imagem de Rodrigo Cambará. O quadro fica exposto na sala e é admirado por todos.

Neste livro, tempos fatos históricos importantes também, como a passagem do cometa Halley, o assassinato de Pinheiro Machado, 2ª Guerra Mundial e Estado Novo.

Rodrigo Cambará, aos poucos, vai voltando para as questões políticas. Revela-se um homem popular e generoso, mas ao mesmo tempo meio convencido, além de pavio curto.

Como todos os homens da família, é um mulherengo nato, não dispensa um "rabo de saia", vive vários romances. Flora, a esposa, sabe, e apesar de continuar amando e respeitando o marido, carrega muita mágoa e a relação dos dois vai esfriando aos poucos. Tem também um episódio bastante traumático, quando Rodrigo se apaixona por uma garota estrangeira e engravida a moça. Tempos depois, a garota é prometida em casamento para outro rapaz e comete suicídio. Rodrigo fica bastante traumatizado com o ocorrido. Porém, não demora muito e ele volta a buscar novas aventuras românticas.

Com a chegada do Estado Novo, ele e a família se mudam para o Rio de Janeiro, mas com a queda de Getúlio Vargas, volta para Santa Fé em 1945, já acometido de um problema cardíaco.


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LetFelden 09/09/2022

a primeira parte é bem melhor. Agr aq mds a hipocrisia pq o rodrigo ficava puto com o pai dele e a ismalia e foi la e fez a msm coisa ??
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Newton Nitro 29/04/2015

E continua a saga dos terra-cambará!
No segundo volume se completa a trajetória do Dr. Rodrigo Cambará, em uma das melhores explorações de personagens que já li. Veríssimo expõe completamente a alma do Dr. Rodrigo, com todas suas contradições, oferecendo questionamentos e evitando explicações, como em toda grande literatura.

Técnica narrativa impecável, e com direito a arroubos de fluxo de consciência à moda Joyciana (amei essa parte), personagens muito bem construídos e imprevisíveis, e um retrato explícito do patriarcalismo tradicional imerso na nossa história, é de chocar ver os processos mentais de Rodrigo a partir do contexto atual das relações entre homens e mulheres, e o que mais horroriza é ver que muitos dos preconceitos da época em relação à mulher continuam fortes e vivos nos dias de hoje.

Essa segunda parte mergulha mais a fundo nas discussões filosóficas que parecem ser um dos pontos centrais de "O Retrato, como se fosse um "retrato" das correntes de pensamento do início do século XX. Facismo, anarquismo, comunismo, liberalismo, mentalidade pequeno-burguês, caudilhismo, são abordados e muitas vezes "encarnados" em diversos personagens".

E mais uma vez, o cuidado com a linguagem, a lapidação frase a frase, tudo isso faz de "O Retrato" um clássico da literatura. É uma pena que a maioria dos leitores de Tempo e o Vento parem no primeiro volume, O Continente. O Retrato é um livro muito diferente do Continente, mas é fantástico, merece ser lido e redescoberto. E para quem curte escrever, O Retrato é uma aula impressionante de como mergulhar e narrar as nuances da alma de um personagem contraditório e "vivo".

E agora vamos para Arquipélago, o último volume de O Tempo e o Vento e o último livro de ficção de Érico Veríssimo.

ANOTAÇÕES FEITAS DURANTE A LEITURA (CUIDADO, PODE CONTER SPOILERS!)

relação entre licurgo e rodrigo, relação católica entre o homem e o deus patriarca

machismo e orgulho, Rodrigo trata as mulheres como objetos para saciar seus desejos

personagens com vida interior intensa, pensamentos, emoções, dúvidas, vem e vão, como o vento dentro da alma, emoções complexas, justificações, racionalizações, egoísmo, e os momento dw confiança absoluta intercalados por dúvidas profundas.

Rodrigo é o Chantecler, da peça francesa, e Dorian Gray de Oscar Wilde.

Rodrigo se revolta quando descobre que o universo não gira em torno dele.

Rodrigo, o macho da elite no auge dos seus poderes em um contexto machista.

como é bom estar vivo - frase que se repete, o lema dos Rodrigos de Érico Veríssimo.

discussões sobre a morte, livro mais filosófico, grandw trabalho de carpintaria

Rubinho, a encarnação do nascente pensamento fascista

rodrigo cambará do romance o retrato é a reencarnação o capitão rodrigo do romance o continente o homem que ama a vida sem limites sensualismo sedutor energético mas em um contexto diferente ou seja o que aconteceria se o capitão rodrigo tivesse nascido dentro do contexto de rodrigo cambará a força do sangue a força da ancestralidade talvez uma metáfora para o espírito do rio grande do sul

o nascimento so facismo nas conversas dos amigos de rodrigo

morte de fandango, morte do sul tradicional

momentos pontuais de onisciencia, por meio de recortes

Pepe, o pintor anarquista : mais um estrangeiro em Santa Fé que não gosta do lugar mas que não sabe porque fica, como Carl Winters no vol. 1 de Tempo e o Vento

Mudança no estilo: narrador em terceira pessoa próxima subjetiva, refletindo as mudanças no estilo contemporâneo de narrativa. A narrativa é focada em Rodrigo apenas, quase sem mudança de ponto de vista narrativo.

rodrigo justifica sua infidelidade constantemente, de cima de sua posição poderosa de homem de elite

conflitos entre vida familiar amante é a mulher esposa problemas sexuais

técnica narrativa transição temporal em uma frase usando o ponto de vista profundo

tema: o ego masculino sempre leva a tragédia pessoal


técnica narrativa, ao fazer exposição, use uma metáfora para unificar a exposição inteira, fica elegante e de fácil entendimento para o leitor
metáfora do leite para descrever a hieraquia social da cidade de santa fé
rodrigo e o símbolo do cometa rodrigo como cometa

o livro explora a alma masculina ante aos avanços sociais do século XX

construção coletiva da verdade sobre uma pessoa

Cidadão Kane e O Retrato de Dorian Gray, referências.

a vinda apocalíptica do cometa marcando o novo século, junto com a volta de Rodrigo para Santa Fé.

o vento como símbolo novamente " a culpa é do vento"

começa pela hora da morte, como em Cidadão Kane

desgraça nunca vem só

"Calúnia é calúnia, sempre deixa sua marca"

conflito da roça com a cidade
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Barbara Hellen 26/04/2020

@cactosliterarios
Ahhhh... muito a minha cara, não é? O Retrato (volume II) finaliza a 2ª parte da série “O tempo e o vento” de Erico Verissimo. Ao todo, são 3 livros: O Continente, O Retrato e O Arquipélago. Eles acompanham a vida da família Terra Cambará desde os primórdios e ao longo das gerações. Sempre traçando paralelo entre cada geração e o que aconteceu no Brasil na época.

Por enquanto, o meu preferido é O Continente. Mas O Retrato não fica muito atrás não! Como poderia? Erico Verissimo é um dos autores que mais gosto da escrita – impecável! Não cansa, apesar de trazer muitos detalhes sobre a época e sobre os personagens. Além disso, a história segue o dia a dia dos personagens e a gente se apega a eles.

Em O Retrato, acompanhamos a vida de Rodrigo Terra Cambará, bisneto do Capitão Rodrigo, que volta ao Brasil depois de uma temporada fora do país e começa a se envolver com a vida de Santa Fé. Porém, como o livro é dividido em dois volumes, esse é mais voltado para a sua vida pessoal – enquanto no primeiro vemos mais disputas políticas – e acaba sendo mais legal, pois vemos os seus erros e acertos e como suas atitudes vão definindo sua história e quem ele é.

É um livro muito bom! Não tenho dúvidas de que essa saga é uma das obras primas da literatura brasileira! Amo muito

site: www.instagram.com/cactosliterarios
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Ebenézer 25/07/2020

Foram quase três mil páginas caminhando, cavalgando, guerreando, amando, sofrendo e, por que não, morrendo com as aventuras das famílias Terra e Cambará.
(Tentarei rascunhar apenas uma página em uma pobre homenagem a Érico Veríssimo.)
Guerra e Paz de Tólstoi é uma excelente narrativa e disso poucos duvidam.
O Tempo e o Vento de Veríssimo também é uma aventura ainda mais longa, e tão excelente quanto à de Tólstoi, só que melhor....
Leitor dessas duas longas narrativas, a russa e a brasileira, me sinto à vontade para gostar de ambas e até mesmo preferir a nacional.
Dito assim de forma apressada, 'O Tempo e o Vento' pode parecer algo simples. Mas não é...
O Tempo e o Vento tece um feixe narrativo em sete volumes formando um todo único e indivisível:
- O Continente I, 415 páginas
- O Continente II, 495 páginas
- O Retrato I, 413 páginas
- O Retrato II, 368 páginas
- O Arquipélago I, 384 páginas
- O Arquipélago II, 376 páginas
- O Arquipélago III, 488 páginas
Um universo de muita ação, muita história política, muita filosofia, muita reflexão e muita vivência humana em sua mais dura e crua realidade.
Veríssimo tem um jeito bastante peculiar de narrar a saga das famílias Terra e Cambará na formação do povo gaúcho riograndense com reflexos importantes que se espraiam no contexto nacional.
A narrativa de Veríssimo não é uma trajetória linear e progressiva na qual o leitor possa se sentir seguro na sucessão dos fatos, como se isso fosse natural esperar. Veríssimo transgride essa expectativa.
Fica evidente na obra que o autor prioriza o foco narrativo num movimento bastante dinâmico que se assemelha às ondas do mar, ou como o vento, já que o tempo parece um vetor inamovível.
Como as ondas e o vento são indomáveis, a narrativa, num vai-e-vem constante, vai influenciando a percepção do leitor fazendo-o experienciar a vitalidade das personagens em episódios atemporais.
Nenhum leitor fica incólume às asperezas do tempo, tampouco do vento, que sopram em cada personagem, e cujas agruras saltam das páginas de Veríssimo para fazer parte das nossas próprias experiências.
Como negar que das peripécias na política pouco evoluímos? Como negligenciar os ainda modestos avanços do espaço feminino? Seria irrelevante constatar que o patriarcado ainda encontra fortes vínculos na cultura nacional? Ou não reconhecemos ainda em versão sofisticada as chinocas, as Laurindas e os Bentos? Quem não conhece ou vivenciou grandes paixões frustradas?
O Tempo e o Vento proporciona ao leitor infindáveis momentos de pura reflexão sobre a vida em sua plenitude que abrange aspectos da nossa intimidade que preferimos deixar às sombras em sua quietude, mas que estão lá, aguardando que as enfrentemos com coragem e serenidade.
Como o passar de uma grande lanterna o autor vai iluminando subterrâneos das personagens que são também os nossos como leitor.
Como esquecer personagens fortes como Rodrigo e Toríbio Cambará, Floriano, Jango, Roque Bandeira, Maria Valéria, Silvia e Flora?
Para sempre os teremos conosco porque sobre eles nem O Tempo nem o Vento apagarão do nosso imaginário.
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Yali 18/02/2022

Menos arrastado que o primeiro volume de "O Retrato"
Esse segundo volume é melhor que o primeiro, mais agitado, com mais acontecimentos relevantes tanto do ponto de vista histórico quanto literário. Não chega nem perto do brilhantismo de "O Continente", mas vale a leitura.
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Lili 13/02/2015

O Retrato - parte 2
Foi difícil para mim dar uma nota a este livro. Resolvi dar a nota máxima, mas tenho que deixar claro que achei "O Retrato" como um todo bem inferior a "O Continente". O primeiro livro é mais profundo, envolvente, completo... Este é um pouco mais raso. Mas não deixa de ser parte da melhor obra de literatura nacional que já li.

"O Retrato" se trata quase que exclusivamente de Rodrigo Terra Cambará. Existem muitos outros personagens importantes no livro, mas tudo gira em torno dele, e não o perdemos de vista por nem um instante. E, como na vida real, quando se conhece alguém tão a fundo, seus defeitos também se tornam bem aparentes. Não dá para enxergar somente as qualidades.

O personagem é de uma infantilidade e uma volubilidade que irritam a todo momento. Mas assim como todas as pessoas que o cercam no livro, o leitor também se sente encantado e atraído por seu jeito simpático, impetuoso e apaixonado. Ele conseguiu errar mais que seu bisavô homônimo (isso não é pouco!), mas ainda assim ficamos com ele até o final.

Acredito que "O Arquipélago" virá completar lacunas da história contada em "O Retrato", pois aqui vimos dois tempos totalmente diferentes (1910-1915 e 1945), com esse grande hiato sem explicações. Portanto, vamos à parte final da trilogia!
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