Gus 03/09/2024
Um dos favoritados
Essa leitura se tornou uma das minhas favoritas do ano.
Já tem algum tempo que estava na minha wishlist da Amazon e eu pude, finalmente, comprar o meu exemplar.
E eu tinha falado para mim que todas as vezes que eu chorasse em algum momento do livro, iria colocar um post-it. Resultado: Acabei com o meu post-it e terminei o livro chorando muito.
É uma história extremamente dolorosa, amarga e sensível que, por outro lado, carrega também os seus momentos de doçura e de leveza.
O personagem do Zezé é mister para fazer todo o livro acontecer. Principalmente, a construção de mundo feita a partir dos olhos de uma criança. E toda a narração, de coisas ruins que foram feitas, tornam-se ainda mais dolorosas à medida que o livro se desenrola.
Confesso que o capítulo das duas surras memoráveis foi muito difícil para mim continuar lendo, principalmente sobre a ostentação do tema violência doméstica, sob a justificativa da "disciplina".
Acredito que seja um livro para todos lerem, já que os temas abordados, o foco narrativo e a gradação que se dá a história é muito única. Entretanto, alguns temas podem ser considerados como gatilhos e, obviamente, isso não pode e nem deve ser considerado para todos.
De todas as formas, esse livro virou um dos meus favoritos do ano e da vida.
Agradeço à indicação do TikTok que colocava alguns excertos do livro, sobretudo a dedicatória que o autor fez aos dois irmãos e ao português e o capítulo que o Zezé fala sobre matar o pai dele.
Muito doloroso. Muito sensível. Muito potente. E muito sincero.
Cinco estrelas e favoritado.