Nada digo de ti, que em ti não veja

Nada digo de ti, que em ti não veja Eliana Alves Cruz




Resenhas - Nada digo de ti, que em ti não veja


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Janaina Edwiges 07/04/2023

Um livro que já te encanta pelo título.
O meu primeiro olhar para este livro já se deixou fascinar pelo título, tão poético e peculiar. Ao ler a sinopse, fiquei ainda mais instigada a mergulhar neste romance, que traz muito da nossa história, uma vez que se passa no século XVIII, nas regiões do Rio de Janeiro e das Minas Gerais.

É muito interessante refletirmos como a nossa sociedade atual ainda preserva muitos vícios do Brasil Colônia, como os falsos religiosos, a intolerância, a falta de justiça social, o conservadorismo exacerbado, a corrupção em vários níveis, o machismo, o desrespeito às mulheres e, sobretudo, a hipocrisia. Hoje, o que mais existe são pessoas que se revestem de uma religiosidade mentirosa e que adoram julgar e condenar o próximo, mas, na realidade, são falsas e praticantes de atitudes realmente condenáveis.

Este é o segundo livro que leio da Eliana Alves Cruz, o primeiro foi O crime do cais do Valongo. Recomendo demais para quem procura romances brasileiros contemporâneos, especialmente os recheados com fatos históricos.
Janaina Jane Jana 07/04/2023minha estante
Estou louca pra ler esse. Só esperando alguma promoção dele, pra abaixar um pouco o preço


Janaina Edwiges 07/04/2023minha estante
Quando tiver oportunidade, vale muito a pena ler, Jana. É muito bem inscrito e envolvente. ?


Ana 07/04/2023minha estante
Também li esse e O creme do cais do Valongo, mas comecei por Nada digo de ti e confesso que é meu preferido ?


Janaina Edwiges 07/04/2023minha estante
Também gostei mais de Nada digo de ti, Ana! A história ficou mais fechadinha, na minha opinião.




Pri 17/02/2023

História passada no Brasil colônia em torno de 1730, que conta a trama de duas famílias de cristãos novos e seus escravos envolvidas em investigações da igreja, busca de ouro nas minas, relacionamentos proibidos. Uma leitura envolvente, com um segredo a ser desvendado no final.
Esther 17/02/2023minha estante
que interessante




lubento 15/11/2020

Romance histórico rápido e envolvente
Eliana Alves Cruz mais uma vez nos faz mergulhar na história do Brasil e pensar existências possíveis para pessoas negras além das violências da escravidão. Neste livro Vitória, uma mulher trans, é fonte de sabedorias que desafiam a narrativa oficial católica-colonizadora.

Narrativa dinâmica, com bons ganchos ente os capítulos e sem espaço para "barrigas no texto". Na realidade, talvez algumas partes pudessem ser melhor desenvolvidas, mas eu entendo essa opção da autora por textos mais curtos e dinâmicos.
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Aline.Armond 11/04/2024

Que livro fantástico, com identidades de gênero e sexualidades múltiplas, religiões e raças diversas, com uma aula mestra de história do Brasil de uma forma divertida e instigante! Você quer ler tudo como quem acompanha uma fofoca, sem que se perda a profundidade de significados e reflexões. É lindo, lindo, lindo e o final é perfeito.
Anna.Beatriz 11/04/2024minha estante
Ah, tô doidinha pra ler


Aline.Armond 11/04/2024minha estante
Gostei muito, Anna Beatriz!




Kamyla.Maciel 15/10/2023

Puro suco de Brasil!
Não canso de repetir, Eliana se tornou uma das minhas escritoras favoritas, ela traz a perspectiva de personagens não muito explorados nos romances, com diversidade de opiniões, fugindo completamente da narrativa única para o povo negro.

Nesse livro, Eliana traz a história de Vitória, uma mulher trans negra (fui pega completamente de surpresa por isso, não é um spoiler porque é no início do livro), expondo o que sempre é colocado à margem na nossa história, ela tira da invisibilidade uma mulher foda e nos coloca diante das dores e amores dela. Traz também vários outros personagens, igualmente marcantes, Zé Savalú ganhou meu coração.

Esse livro, minha gente, é o puro suco do Brasil colônia, misturado com MUITA fofoca, traições, mistérios, ameaças. Certamente Eliana pesquisou muito para escrever essa história, por isso é tão fácil ser levada para esse Rio de Janeiro de 1700...

Como não poderia deixar de ser, Eliana traz muitas críticas à sociedade brasileira da época, críticas que ainda se aplicam aos dias de hoje, como a corrupção, a hipocrisia e o falso moralismo da elite. Ela nos apresenta uma típica família da classe alta brasileira, exploradora dos mais pobres, fundada na escravidão, donos da moral e dos bons costumes, que se esconde por trás da religião e do poder proporcionado pelo dinheiro, mas que, por dentro, carregam vários segredos e hipocrisias.

Chega um momento que não dá para parar de ler, ficamos presos querendo saber o que vai acontecer com aqueles personagens. Ou seja, pra quem é fofoqueiro, se joga viu, esse livro é um disse me disse grande!

Além do título né, que é um espetáculo de ambiguidade e que pode ter várias interpretações - quando analisada a história.

Só leiam, é maravilhoso!
Laiana.Queiroz 16/10/2023minha estante
Opaaa!! Já quero leeer




otxjunior 17/07/2021

Nada Digo de Ti, Que em Ti Não Veja, Eliana Alves Cruz
"Estavam destinados a ser um do outro. Um amor para muitas vidas", "Não tinham palavras que expressassem tanto amor guardado", "Se condoía por seu grande amor": por incrível que pareça, cada uma destas declarações referem-se a um casal diferente em Nada Digo de Ti, Que em Ti Não Veja, de Eliana Alves Cruz. Talvez por isso seja difícil entender as motivações apaixonadas por trás das ações dos personagens, além claro de atender conveniências do enredo. O amor parece ser a moeda de troca mais popular do Brasil colonial dos idos 1700. Uma versão da Quadrilha de Drummond é representada no melhor estilo novela das 6, com direito a intrigas, traições, segredos e amores impossíveis. Mas há uma razão para estes folhetins vespertinos possuírem centenas de capítulos.
Em suas 200 páginas, o romance não dá o tempo necessário para experienciar tudo o que acontece, que é muito, ou conhecer realmente os personagens, que também são muitos e revezam o protagonismo freneticamente. Ao escolher dinamismo, Cruz nega detalhes a seus leitores de passagens e figuras que poderiam ser melhores desenvolvidas, além de por vezes dificultar a compreensão da passagem do tempo. Por falar em tempo, o narrador onisciente, onipresente, implacável é de longe a personagem mais interessante, cuja identidade constitui também a melhor das revelações do livro.
Outras quebras de expectativa tratam sobre a sexualidade de alguns e a participação em situações inéditas de outros grupos na História do Brasil. Como transsexual negra, Vitória constitui a principal, mas não a única, representatividade social da obra. E é sintomático que sua liberdade da condição de escravizada, ou aquela de viver abertamente a sua verdade, venha por meios sobrenaturais. O que tem relação com o final quase que de conto de fadas. A ficção da autora, portanto, além de belos momentos de prosa, tem função reparadora. Mas que caísse de vez na fantasia ou assumisse o tom documental fruto do que parece ter sido uma pesquisa extensa. Acabou ficando no meio do caminho, entre Rio e Minas Gerais, assim como minha cotação. Sem ressentimentos. Até porque nunca escreveria de ti, que em ti não tivesse lido.
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Matheus656 08/04/2023

Para quem, assim como eu, também gosta muito de romances ambientados no brasil colonial, o livro da eliana alves cruz - na minha opinião, uma das mais importantes romancistas dos últimos tempos - é um prato cheio.

‘nada digo de ti, que em ti não veja’ tem uma narrativa dinâmica com ótimas conexões entre capítulos. além disso, é de leitura fácil, dinâmica, e, embora com um enredo cheio de polêmicas, é retratado de forma suave e repleta de informações surpreendentes e marcantes.

o romance poderia ser somente mais um texto que aborda o período citado anteriormente, se não fosse por uma importantíssima circunstância: a protagonista vitória. ela, no decorrer da narrativa, transforma não apenas a sua identidade, mas também todos os demais aspectos presentes por onde passa. sem dúvidas, a estrela absoluta desta história.

o livro superou todas as minhas expectativas. há muito tempo não lia algo que me prendesse tanto. engoli as 200 páginas em poucos dias, e leria mais 200 se fosse possível. romance histórico brasileiro de qualidade, com suspense investigativo e crítica social. ademais, todos os vários pontos abertos que se exibem no passar dos capítulos, se encontram no desfecho, onde não resta nenhuma ponta solta.

quero ler tudo o que a autora publicar. rápido e objetivo. devorei!
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nini 02/07/2024

?
"Qual a alavanca que te impulsiona a impor tua crença para todos os crentes, tua lei para todos os viventes?"

Esse livro me tirou de uma ressaca literária de MESES, após várias tentativas falhas abrindo vários livros sem conseguir terminá-los, acabei achando esse no BibliOn e resolvi dar uma chance. Resumindo: simplesmente viciei, acabei em poucos dias.

Uma ficção história que além de se passar no Brasil, traz muitas representatividades além de um mistério interessante e personagens moralmente cinzas... Não sei o motivo de eu não ter lido antes.

A única coisa que me deixou um pouco incomodada foi que senti a história sendo muito compactada, muitos meses se passando sem quase nada ser dito sobre eles, mas sei que faz sentido pela velocidade dos próprios acontecimentos na época.
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Livia Lucas 05/10/2020

Este romance de época tem como pano de fundo o Rio de Janeiro e Minas Gerais no século 18, com assuntos extremamente relevantes e atemporais. É impossível não encontrar semelhanças com o Brasil de hoje. Aqui, portanto, temos um narrador onipresente, que diz ser um fofoqueiro dos mais terríveis, e, através das suas maledicências, ele coloca o poder de duas grandes famílias: Muniz e Gama, em risco. Famílias que há tanto tempo se escondem através de seus privilégios e da maneira mais desonesta de perpetuar sua riqueza e transfirá-la de geração para geração. Famílias essas que são o retrato da família tradicional brasileira, que se protegem num invólucro de hipocrisia tão comum ao cidadão de bem, que diz ser seguidor assíduo da moral e dos bons costumes, mas, debaixo dos panos, esconde segredos sórdidos que são entitulados pela sociedade como "anormal", "aberração", "inferior", entre outros adjetivos nada louváveis.

Entretanto, os Muniz e os Gama não são os protagonistas dessa história. Neste livro, os sujeitos são as vozes oprimidas, apagadas e jogadas num silenciamento profundo de sua própria existência durante séculos, mas que em "nada digo de ti, que em ti não veja" ecoam com uma força inenarrável. Logo, temos Vitória, uma mulher transsexual preta, que é a protagonista. Mas, se você pensa que Vitória é um ser passivo que vive fadada ao sofrimento por ser uma travesti preta vivendo no século 18, você está enganado. Vitória é temida por todos, apesar de terem a batizado como Manuel, ela, com suas habilidades com a faca, não deixa ninguém lhe faltar com o respeito. Com seus poderes místicos, ela que conduz o destino de todos, principalmente dos brancos desta história e até o do próprio narrador. Temos também outros personagens negros que protagonizam este livro, mas Vitória é o elemento central. Sim, uma mulher preta transsexual! Que faz parte da vida íntima até mesmo daqueles que a rejeitam e a tratam como repulsiva. Portanto, temos aqui existências que foram apagadas da própria história do nosso país, apagada da história da família tradicional brasileira.
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Thi Acrisio 25/06/2022

Vitória & Felipe
Gostei muito do livro e da história como um todo, a narrativa de um amor proibido, com um Brasil escravagista e dominado pela igreja como pano de fundo, e o principal fio condutor da estória a hipocrisia que liga os personagens. Um lance muito empolgante.

Tenho ressalvas apenas ao decorrer e o desenvolvimento de alguns personagens que são abandonados, mal explicados, e a falta de foco no mais importantes dessa história, Vitória e Felipe.

Bom, querido livro, nada digo de ti, que em ti não veja.
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Marcelo217 08/10/2021

Rápido e objetivo
Mais um romance histórico, e esse me chamou a atenção por me dizerem se tratar de uma história ?uma escrava trans?.
A narrativa é corrida e objetiva quanto a sua proposta. A trama foi bem arquitetada, mas pecou no desenvolvimento. É possivel notar que a autora pesquisou e soube largar muitas informações históricas interessantes no decorrer do livro. Por ela não atribuir uma profundidade maior à sua história, o mistério, para mim, leitor paranóico, foi decepcionante por ser extremamente óbvio. Havia espaço para ela desenvolver de diversas formas. Principalmente no polígono amoroso de Felipe, Vitória, Savalú, Quitéria e Sianinha

A crítica à igreja é um ponto a se ressaltar, bem como as práticas de seus membros. A opressão e a sujeição da mulher também foi estampada sem rodeios. Mas, pra mim, o que mais valeu foi as informações históricas que eu desconhecia como o trato das outras religiões, exemplo da família dos Gama/Muniz (nem sabia que existiam judeus no Brasil no século XVIII). Assim como a execução provinda de infidelidade por parte da mulher. A dinâmica das minas também foi algo muito interessante de se ler.

Enfim. Leitura fácil, dinâmica, de enredo polêmico, mas retratado de forma suave e cheia de informações interessantes.
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Priscila.Mastranto 12/11/2024

História que se passa entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, do ano de 1732, mostrando um pouco da realidade da época, com a extração do Ouro, com o acúmulo de riqueza por uns e exploração de outros (escravos). Do auge ao declínio de duas famílias ricas, os Gama e os Muniz. Um livro muito bom, que envolve a gente no enredo do início ao final. A leitura ainda traz questões ligadas à transexualidade e a hipocrisia dos padres da Igreja Católica.
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Roseane 25/07/2020

Nada Digo de ti, quem em ti não veja
Eliana Alves Cruz é uma das mais importantes romancistas dos últimos tempos. Com seus escritos, ela tem o poder de nos transportar para outras épocas e contar histórias através de narradores que são estruturalmente ocultados da literatura brasileira. Ela cria em nós uma aliança e pertencimento com nossos ancestrais e fala das suas possibilidades de vida além dor do sistema escravocrata.

Romance é um estilo literário que com sua narrativa nos conta uma história que nos remete ou transita por um tempo/época que são bem marcado. Nos situamos temporalmente por datas que podem ser mencionadas, mas pela ambientação, comportamento social, cultura e costumes bem definidos para a época explorada. Este livro é um romance histórico recheado de suspense.

A autora explora os mistérios da vida e do amor. O narrador (a) secreto (a) é o que tudo sabe, mas está tudo em ti.

E você, tem algo a esconder? Para quem é curiosa como eu, se seduz por esse linguarudo (a).

O período colonial como sabemos, foi uma época de muitas tramoias. O colonizador para chegar nas américas e roubar as terras dos povos originários teve que contar muitas mentiras e manter muitos segredos. Esse mesmo grupo foi para África e sequestrou, transportou além-atlântico e explorou corpos/mentes negras. As vítimas eram infantis, jovens, femininas... Para que toda essa estrutura de dominação se mantivesse, além da brutalidade física, poder bélico, genocídio e benção cristã, mistérios e intrigas dentre o próprio grupo dominante era necessário.

E aí? Confiar em quem? Estamos a salvo com nossos segredos?

Duas famílias com grande poder econômico têm seus conflitos expostos. O privilégio branco e a tentativa de manter superioridade é baseada por motivos que vivenciamos até os dias de hoje que se da através da exploração e apropriação de saberes e corpos alheios.

Genialidades são submetidas a um sistema de opressão, mas no livro a resistência não é ocultada, muito pelo contrário, as estratégias hiper criativas são surpreendentes. O grupo da resistência tem seus segredos, seus mistérios e olhos são vendados por garantia.

Saberes mágicos, potência estratégica, perspicácia, poder de negociação, conexão com a ancestralidade, identidade étnica, persuasão, memória de elefante, o pensar na comunidade, na partilha são algumas das molas propulsoras do grupo de escravizados narrados. O âmago para resistência é o amor.

O amor é quem manda em tudo. Pela fé, pela família, pela terra mãe, pela comunidade, pelos ancestrais, pela identificação de si própria nesse mundo, pelo prazer erótico e as delícias do corpo e da carne... é assim que eles sobrevivem ao banzo.

Experiências afetivas fortes e proibidas são prato cheio para o nosso fofoqueiro (a), ops, narrador (a). O medo de perder dinheiro e a moral perante a sociedade bota tudo de pernas para o ar.

Ambientado no Rio Antigo e com os numerosos Africanos e afro descendentes, a cidade preta surpreende o líder religioso cristão que aporta para mais uma missão corriqueira da época, bem no estilo “ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”. Esse que deveria ser o exemplo de integridade, esta mais para o “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.

A família privilegiada tem uma vida confortável através usurpação que lhes é peculiar, mas tudo é abalado quando sofrem ameaças de terem seus segredos revelados.

Vitória é a personificação do poder da mulher negra. É ela que com sua magia, impulsionada pelo amor que ela sente por outro, que sente por ela e que ela compartilha com seus iguais, que as histórias levam várias revira voltas.

Zé Salavú e Quitéria são escravizados desde a infância e atam um romance quando chegam a idade da juventude e dai eles procuram meios de ficarem juntos e a liberdade da família e dos amigos é a opção principal, porém é preciso muito dinheiro pra isso. Mergulhamos então nos bastidores da exploração econômica dos corpos negros. O sentimento de posse de seus escravizadores e a inveja também são obstáculos. Pelo meio do caminho a amizade e sororidade se tornam arma e escudo.

O livro é do estilo que nos consome. Ficamos curiosos a cada capítulo. É uma forma diferente e divertida onde a ficção faz contato com a história real. Relações sócias/ raciais cheio de fofoca porque é disso que a gente gosta.
Leiam o livro!
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Ponci 21/07/2022

EU SOU VITÓRIA, SOU DA RUA E SEI TUDO DELA!
Que livro, meus caros. Estou impressionado. Como coube tanta intriga em apenas 200 páginas? Eliana Alves nos apresentou um Brasil de 300 anos atrás, mas que em muito se assemelha ao presente. A corrupção dos poderes, a intolerância religiosa, a homofobia e transfobia, o racismo. São muitas as feridas que a autora tocou com maestria.
Eliana criou personagens e intrigas que se desenrolaram bem, mas acredito que se o livro tivesse o dobro de páginas, tudo teria ocorrido de maneira mais aprofundada. Mesmo assim, 5 estrelas merecidíssimas!
Rafa 11/08/2022minha estante
Pra você, quem foi o narrador? Tenho uma concepção, mas fiquei intrigada e não sei se entendi corretamente


Ponci 15/08/2022minha estante
Acho que foi o tempo. "Sou homem quando me chamam minuto, segundo ou século. Sou mulher quando me chamam era, hora, aurora."




AnnaFernani (@maeefilhaqueleem) 14/09/2022

Em 1732, na época da febre do ouro, é anunciada a vinda de um inquisitor de Portugal para o Rio de Janeiro, então, logo alguns começam a se preocupar, principalmente as famílias mais influentes da cidade, os Muniz e os Gama q estão prestes a unir suas famílias com o casamento de Felipe e Sianinha, mas q tem muito a esconder para não sofrerem as consequências de seus segredos.

Que livro minha gente, que livro... vcs precisam ler.
Assim como hoje vemos corrupção, racismo, homofobia, transexualidade e fanatismo e intolerância religiosa, a autora mostra q pesquisou a fundo a história para escrever esse livro. A transexual Vitória é uma personagem fantástica, forte, temida e q ama e q nos faz refletir muito sobre tantas injustiças q aconteceram nessa época e q infelizmente ainda acontecem.
O livro me prendeu muito, pois ele tem tantos babados e fofocas q vc não consegue parar de ler p/ saber o q vai acontecer com cada personagem.
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