spoiler visualizarNiiihhh 16/12/2022
um belo clássico, mas repetitivo e tedioso
Devo confessar que comecei o livro mesmo não achando a história muito interessante, decerto já previa os adjetivos do título. Ainda me pergunto o que me fez ler esse livro. Talvez porque quisesse conhecer algum clássico francês
Bem, a história em si tem uma ideia não tão boa, pelo menos ao meu gosto, Des Grieux a caminho de iniciar sua formação para a vida religiosa, encontra Manon Lescaut, que também iria se iniciar no convento, ele se apaixona por ela e eles fogem com o que tinham e vão a caminho de Paris para se casar, e a partir dai, vivem inúmeros desafios para ficarem juntos e em boa vida. E um dos maiores problemas, é a infidelidade constante de Manon.
O livro trata de temas que são até bem reflexivos, como até onde o amor pode te levar, ou o quanto se sacrifica por alguém que se ama. Temas realmente interessantes, entretanto, a forma como eles foram tratados não me cativaram tanto e limitaram essa reflexão. Manon, abandona ele facilmente por qualquer um que a ofereça mais luxo do que ele. Certeza que ela não o amava de verdade, nem sequer os acontecimentos finais que são muito tocantes me convenceram do contrário. Sem falar que a narração é extremamente repetitiva, eles vivem bem, alguma coisa acontece que os faz perder todo o dinheiro, ficam pobres, algumas vezes vão presos, pegam dinheiro emprestado, e ficam bem de vida de novo. Tenho pena do protagonista, ele certamente é inteligente e habilidoso, mas o amor é sua desgraça, se é que é amor. Não consegui ter certeza disto, porque ele parecia muitas vezes ser mais obsessivo do que apaixonado, mas prefiro acreditar em seus sentimentos.
E é claro, depois de um tempo se irritando com a constância de Des Grieux, o livro passa a se tornar extremamente chato e tedioso. Entretanto, reconheço-o como um clássico que certamente marca muita gente, principalmente naquela época, e que possui um bom valor histórico. Olhando melhor alguns aspectos da história, percebi que grande parte dela é um reflexo da vida do autor, principalmente no que diz respeito a uma vida aventurosa, fuga de "obrigações" religiosas e o real valor da religião. No mais, a escrita é bem fácil e até prazerosa, ótima tradução.
Entretanto, não recomendaria.