Senhores do orvalho

Senhores do orvalho Jacques Roumain




Resenhas - Senhores do orvalho


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Ana Sá 04/10/2021

Livro não surpreende, mas seduz e enriquece o leitor
Coloco o romance de Jacques Roumain no rol das narrativas que não surpreendem muito o leitor, mas que valem a pena por seu valor literário e cultural. O livro chega a ser previsível, mas é bonito e bom de ler. A leitura flui e encanta em muitos momentos.

Trata-se do romance tido como fundador da literatura haitiana moderna (publicado originalmente em 1944), com evidente beleza estética em muitas passagens.

Só o enredo já é um baita convite: Manuel retorna ao Haiti depois de 15 anos trabalhando com a cana de açúcar em Cuba, de onde volta influenciado politicamente. Ao se deparar com um lar devastado pela seca e pela exploração da mão de obra dos trabalhadores rurais, a personagem se dedica a promover a união e a revolta do povo do campo.

As referências às matrizes africanas da cultura haitiana são um ponto forte do livro. Nesse ponto, foi inevitável notar elos com a cultura negra/afro-brasileira também.

Como eu antecipei, é daqueles romances onde há uma surpresa (ou plot?) apenas no fim, mas que leva o leitor pela mão até o fechamento da história. Gostei muito da experiência de leitura! Foi prazerosa!

Ah, eu li a tradução mais antiga, intitulada "Os donos do orvalho", e cheguei a este livro por causa da recomendação feita pelo autor de "Torto Arado", Itamar Vieira Jr. Como era de se esperar, não decepcionou!
Joao 04/10/2021minha estante
Nossa, adorei a tua resenha. Me deixou com muita vontade de ler esse livro.




Glauber 11/12/2020

Linda história
A história se passa em uma pequena comunidade do Haiti.

O protagonista, Manuel, retorna para sua terra natal, após passar anos em Cuba. Quando chega de volta à sua vila, ele se depara com o desalento de todos diante de uma seca cruel, além de rivalidades familiares por terra.

A obra se torna familiar para quem já leu obras sobre a seca do Nordeste brasileiro, inclusive na descrição da religiosidade local, que, no caso haitiano, há sincretismo também de crenças africanas e européias.

A linguagem é carregada de poesia, o que torna a leitura mais agradável. Isso, aliás, marca o livro, que em alguns pontos altos aborda essa necessidade de dar sentido, dar um fio à bagunça que é a desesperança e a exploração.

E Manuel traz um fio condutor de sonho e de esperança, prometendo encontrar água e reconciliar o povo.

Bela obra de esperança com as cores do Haiti.
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Ananda 24/10/2021

O homem e a terra
Depois de passar muitos anos trabalhando em Cuba, Manuel volta a sua terra natal, o Haiti. Sua chegada é uma novidade a pequena comunidade e quando reencontra seus pais logo se dá a notícia que aquela terra está arrasada, e a fome se aproxima.

Com técnicas de agricultura aprendidas em fazendas cubanas, Manuel procura água e terras férteis, mas sua empreitada se prova mais difícil a cada dia, pois o povoado está dividido por intrigas. Com muitas cantigas em crioulo, ajuda dos lóas (espíritos do vodu) e a cooperação de Annaïse (uma moça nativa), Manuel sonha com um coumbite (modo de organização do trabalho rural coletivo, próprio do Haiti) que reunirá o povo.

P.S.: O prefácio de Eurídice Figueiredo é muito bom e mostra o contexto sócio- histórico em que foi publicado o livro, enriquecendo ainda mais a leitura.
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Debora 07/06/2021

Uma fábula passada no Haiti
Em primeiro lugar, preciso dizer que eu li o livro em um pdf, com outra tradução que não a que marco aqui. A outra tradução não está disponível no skoob, então avaliei aqui mesmo. O nome anterior é Os Donos do Orvalho e a tradução é bem boa, não perdeu vigor com os anos.
Sobre o livro, contra a história de um povoado empobrecido no Haiti após 2 acontecimentos: uma briga seguida de morte que cindiu os habitantes do lugar em 2 grupos e a falta de água extrema.
Manuel, que foi pra Cuba ser cortador de cana e lá aprendeu sobre união dos trabalhadores e luta, volta inconformado com a pobreza da terra dos seus pais. Coloca para si mesmo a missão de achar a água, primeiro, e reunificar a comunidade a partir dela, depois.
Uma linda história, quase uma fábula, fácil e prazerosa de ler (apesar das reviravoltas). Recomendo!
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Carol 14/12/2020

Impressões da Carol
Livro: Senhores do Orvalho {1944}
Autor: Jacques Romain {Haiti, 1907-1944}
Tradução: Monica Stahel
Editora: Carambaia
240p.

Meu primeiro contato com o Haiti deu-se por vias atípicas, ao estudar a dialética do senhorio e da servidão, na Fenomenologia do Espírito de Hegel, acabei lendo sobre a Revolução Haitiana.

Mas que singularidade é esta a do Haiti? É ter, através de uma revolução, gestada por escravizados, obtido a primeira independência de uma colônia negra. Nenhuma outra revolução erradicou a segregação racial como esta e o preço cobrado por tal façanha foi alto.

Ler a literatura de um país, é expandir nosso conhecimento acerca do outro e, por consequência, nossa empatia. Por isso, aplaudo a iniciativa de uma nova edição de "Senhores do Orvalho", de Jacques Roumain, obra seminal da literatura haitiana.

O livro, da década de 1940, se insere no contexto das lutas por direitos trabalhistas e pela valorização de uma cultura própria, da tematização do vodu e da língua crioula. O autor esteve engajado política e socialmente com essas demandas, inclusive, foi um dos fundadores do Partido Comunista Haitiano.

"Senhores do Orvalho" reverbera tudo isso. Estamos em Fonds-Rouge, num coumbite, espécie de organização rural no Haiti. Há uma seca prolongada, grande escassez de alimentos e conflitos por terras. O mau uso do solo, devido à agricultura predatória, fez com que as fontes de água secassem e a desolação e a miséria se tornassem companheiras constantes do povoado.

É neste cenário que Manuel Jean-Joseph surge. Integrante do coumbite, Manuel passa 15 anos exilado, trabalhando nas plantações de cana de açúcar, em Cuba. Lá tem contato com movimentos sindicais e toma ciência da importância da união dos trabalhadores.

Ele retorna à Fonds-Rouge com o sonho de reconciliar o coumbite e, finalmente, através da coletividade, alcançar uma vida mais digna para todos.

A escrita de Jacques Roumain é de um lirismo exuberante, há um toque de fábula no livro, nas figuras de Manuel, Annaïse e Délira - muita atenção ao papel das mulheres nesse romance. O final nos enche de esperança, entrevendo uma utopia possível.? Indico!
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Luiz Pereira Júnior 20/04/2024

Conhecendo as margens...
Primeiramente, o resumo da ópera: em uma região miserável do Haiti, um filho retorna à casa paterna após uma longa temporada de trabalho em Cuba, onde foi preso por participar de encontros políticos e greves pela melhoria de condições de trabalho. Ele encontra uma região devastada pela seca, causada inclusive pelos próprios habitantes do povoado, que, por razões de extrema necessidade, devastaram as florestas que protegiam as nascentes que irrigavam suas plantações. Encontra também a miséria de uma terra afligida por conflitos de sangue, pela exploração do homem pelo homem (mais uma vez vem à mente “o homem é o lobo do homem”) e pelo total descaso dos órgãos governamentais. Apaixona-se pela bela filha da família rival e busca encontrar uma nascente perdida que possa levar a esperança da água a seus conterrâneos.

Sim, o livro é uma mistura do panfletarismo marxista (parecendo-se com as obras da primeira fase de Jorge Amado), de chororô da mãe pelo filho (um dos aspectos mais irritantes, a meu ver do livro, assumindo um tom de pieguismo, em uma versão muito piorada de “A mãe”, de Gorki), da trama de Romeu e Julieta (com um final bem previsível tanto do protagonista quanto de sua amada), de aspectos da obra-prima “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos (e, diga-se de passagem e aproveitando-se do tema da seca que permeia ambos os romances, o que “Vidas Secas” tem de enxuto em sua linguagem “Senhores do orvalho” tem de derramado nela, se é que você me entende).

E, mesmo com tais aspectos negativos (a meu ver, sempre ressalto isso), vale a pena? Com certeza. O fato de mostrar a luta por causas sociais válidas, de retratar dignamente uma religião de matriz africana (o vodu) amplamente discriminada e estereotipada ao redor de todo o mundo (até o Picapau já avacalhou com ela, em um de seus mais famosos episódios), de ser considerado o primeiro romance de um país completamente à margem da assim chamada literatura canônica ocidental (afinal, quantos de nós já leu algum livro cujo autor nasceu no Haiti?) já agrega (eita palavrinha chata!) valor a “Senhores do Orvalho”.

Enfim, se a literatura é um rio, também é necessário conhecer suas margens...
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Pandora 31/08/2022

Considerado o romance fundador da literatura haitiana moderna, Senhores do Orvalho foi publicado em 1944, pouco após a morte do autor, aos 37 anos. Além de escritor, Jacques Romain era político marxista, tendo participado ativamente da luta contra a ocupação do Haiti pelos EUA.

“Vale destacar que, logo após sua publicação original, a obra foi traduzida para diversos idiomas, tendo em conta que o momento era de grande aceitação dos ideais comunistas e forte organização de movimentos sociais, além da situação da morte precoce de seu autor em função de doenças que desenvolveu enquanto preso político. A produção de Roumain está inserida em um contexto mundial de grandes guerras, desenvolvimento de ideais e governos fascistas e estratégias desumanizantes, como o Holocausto. Com base nisso, produções literárias que concediam fios de esperança de transformação da realidade, como a obra “Senhores do Orvalho”, podem ter se tornado extremamente relevantes para aquele momento histórico.” [1]

Em Senhores do Orvalho, Manuel volta ao Haiti após passar quinze anos trabalhando nas plantações de cana-de-açúcar em Cuba. Lá ele havia participado de organizações trabalhistas e de uma greve. Ele encontra seu povoado, Fonds-Rouge, castigado pela seca, seus pais e amigos passando fome e privações. Além disso, durante a sua ausência, uma tragédia havia separado as pessoas em dois grupos rivais. Ele começa a explorar a região em busca de uma nascente de água que possa, não só beneficiar aos seus, como todo o povoado, mas para isso precisa da união de todos.

Começa muito descritivo, o que dá uma desanimada. Acho que a intenção do autor é fazer com que o leitor se coloque naquele lugar, sentindo os efeitos da natureza - e consegue; mas é o tipo de coisa que me dá sono. Leio 500 páginas de fluxo de consciência, mas descrição de paisagem… eu sei, é um problema meu. Tanto que, depois que a história engrena, eu já tinha esquecido dessa minha insatisfação inicial.

A partir da reunião na casa de Larivoire até o fim, fui tomada de uma emoção crescente e pungente. Digam que é utopia, mas a união de um povo por um bem comum nos mostra como somos fortes e a coisas maravilhosas que podemos realizar juntos. Pena que a pequenez seja uma característica tão humana.

Como já foi dito por aí, o rumo desta história é previsível, o que não tira o mérito da narrativa, nem a essência do recado.

“Não é desatino, mãe. Tem os assuntos do céu e tem os assuntos da terra; são duas coisas, não é a mesma coisa. O céu é o pasto dos anjos; eles são felizes; não têm que se preocupar com comida e bebida. E com certeza há anjos negros para fazer o trabalho pesado de lavar as nuvens ou varrer a chuva e limpar o sol depois da tempestade, enquanto os anjos brancos cantam como rouxinóis todo santo dia ou tocam trombetinhas, como aparece nas imagens que vemos nas igrejas.” - pág. 35.

Notas:
[1] Fonte: Resenha Crítica, 25/6/21.

Senhores do Orvalho foi adaptado duas vezes: em 1964, intitulado Cumbite, dirigido pelo mais importante cineasta cubano, Tomás Gutiérrez Alea (disponível no YouTube em espanhol, com legendas em inglês); e em 1975, para a televisão francesa, por Maurice Failevic, com o título original Gouverneurs de la rosée (disponível no YouTube em francês, CC francês).
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Wellington 07/06/2021

Senhores do Orvalho – 9,75
Camponeses erguem e abaixam enxadas ao som do simidor – cantor que, com tambores, ritma os movimentos. Estamos na coumbite: um grupo de trabalho rural no interior do Haiti. Suas peles são negras, seus dentes brancos sorriem, seu suor é gratificante. Será uma boa colheita.

Isso é passado. No presente, seca e miséria.

Manuel chega de Cuba após 15 anos no canavial. Participa das tradições, compartilha a espiritualidade da mãe, respeita o pai e os companheiros. E enxerga diferente, vê a necessidade da água; ou há água, ou a morte força todos os seres-frutos a tombarem na terra para alimentá-la.

Eis a premissa de Senhores do Orvalho, minha primeira leitura do Haiti. Sou grato à Carambaia por proporcionar a oportunidade; a edição é impecável, o posfácio é uma aula de literatura caribenha. As cores remetem à terra devastada e ao sangue derramado, ao sol inclemente.

Jacques Roumain falece aos 37 anos; resgata o uso do idioma crioulo e o valor do popular. Além da bem-vinda representação de um povo injustiçado – altivo e corajoso, resistente por necessidade, o autor traz à luz uma sensível visão de mundo. A presença da morte não é trágica ou abominável; é outro nome para a vida. O camponês não é um condenado à opressão para sempre; alimenta o mundo, suas fortes mãos moldam a argila da vida. Sustenta a todos, mesmo que não percebam. As diferentes religiões não precisam ser rivais; no fim, são partes constituintes de uma cultura que não é estática ou impenetrável, mas dialética; cristianismo e vodu se sobrepõem como necessários à existência daquele contexto.

Esclarece que a miséria engrossa, espinha a vida; que a ganância está sempre à espreita. Um efeito é a percepção de que liberdade animal só é possível com liberdade humana. Senti desconforto em algumas passagens com animais; não são gráficas e, mesmo assim, me afligiram. Compreendo e respeito o contexto, mas não preciso gostar. Por fim, senti dificuldade em acompanhar uma ou duas descrições das paisagens.

Considero tal obra obrigatória, não importa o leitor. Fala sobre a vida, sobre o campo; sobre as demandas do mundo e como podemos nos comportar perante as mesmas. É com resignação? Coragem? Mas e o desamparo, o que fazemos? O coração dói, caminhamos mesmo assim. Nos é exigido; assim correspondemos. Com vingança ou conciliação? Onde há justiça? Do que realmente se trata viver?

É especialmente vital para quem se reconhece como sensível, consciente, etc. Que tratem a obra como oxigênio e respirem. Lembremo-nos de qual é a busca.

site: https://www.instagram.com/escritosdeicaro/
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olivromefisgou 13/01/2023

Um livro que me fez largar tudo e me dedicar somente a ele. Que escrita maravilhosa essa de Jacques Roumain - uma mistura de Vidas Secas com Romeu e Julieta e uma pitadinha de pimenta de Jorge Amado, que, aliás, foi o organizador da primeira edição da obra no Brasil. Leiam esse livro!!! ????
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"Aonde você vai Sam?" 02/09/2022

Ayiti pou tout tan! [Haiti pra sempre]
O Bondieu [O Bom Deus] é branco.

O Bondieu não ajuda os senhores do orvalho.

Os senhores do orvalho devem ajudar a si mesmos ou não serão senhores; e não haverá orvalho.
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Adriano.Soares 16/11/2020

Incrivel
Fiquei encantado com a escrita e tradução do livro, muito lindo e potente a forma de escrita e representações que ele faz da vida cotidiana dos camponeses no interior do Haiti. Foi um livro que me surpreendeu bastante, já tinha lido algo sobre essa obra antes de começar a lê-la, que seu autor foi um dos fundadores do Partido Comunista no país, que dialogava com essa proposta de narrar o cotidiano de pessoas comuns, trabalhadores agrícolas, etc, mas mesmo assim fui surpreendido positivamente com o enredo apresentado, muito rico de elementos e que consegue ter um desfecho que não é de forma nenhuma algo caricato, ou esperado.
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beatrzzz 27/09/2024

Um livro político e cultural sobre como a união de um grupo oprimido é fundamental para o alcance de um objetivo. Tal narrativa perpassa pela seca, fome, terra; mãe, filho, sangue; suor, trabalho e, sem dúvidas, água. Essa história não traz só ideias, mas a existência de um conjunto de pessoas impedidas de concretizarem sua vocação humana de ?ser mais?, presas às estruturas de dominação e seguindo as pautas dos opressores. Tudo até a chegada do Manuel que, incomodado com a alienação e conformidade, vendo seu povo na situação de expectadores passivos, adota uma posição revolucionária: a inquietude

Um clássico fundamental!
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Tiago 01/07/2024

Colonialismo e luta de classes
Manuel, um haitiano que passou anos trabalhando nas plantações de cana em Cuba e onde teve sua formação sobre a luta de classes através do movimento sindical, retorna à sua terra para encontrá-la arrasada pelo mau uso e pelos conflitos locais.

Este é o ponto de partida de Senhores do Orvalho, escrito por Jacques Roumain, que também foi fundador do Partido Comunista no Haiti e um dos principais nomes do movimento indigenista haitiano.

A história de Manuel, sua busca por água e a tentativa de reunir a comunidade novamente conformam o fio narrativo que vai nos apresentando a algumas características dessa nação tão peculiar que é o Haiti, como a luta racial e de classe entre negros e mulatos (resquício de seu passado colonial), o voudu como elemento religioso (herança da população africana escravizada) e a língua crioula haitiana de base francesa.

Ao ler é possível sentir uma certa familiaridade com obras de autores brasileiros como Graciliano Ramos e Jorge Amado. Uma obra interessante que nos apresenta nuances de um país que nos acostumamos a ver associado à pobreza.
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Vitoria 07/08/2022

O livro milita sobre pautas marxistas, e a importância da união dos oprimidos como formar de transformar a realidade.

O personagem central parece dar voz às aspirações do próprio autor, também engajado nas causas trabalhadoras.

A narrativa não tem grandes reviravoltas, e é bem didática.
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Bruno Oliveira 04/10/2020

UMA HISTÓRIA QUE ECOA EM NOSSA ALMA
Senhores do Orvalho é um livro gostoso e muito terno de ler; há uma aconchegante familiaridade em lê-lo. Jacques Roumain, seu autor, o dotou de alma; é a verdadeira alma haitiana que vemos ali pintada, retratada. Sua história nos toca tão fundo, tão intimamente que é impossível, para qualquer brasileiro de sertão e/ou campestre, ficar indiferente a ela. É a dor humana que vemos, é a eterna luta que presenciamos e, claro, é a alegria e a miséria juntas num só balaio de palha. Cristianismo e vodu aqui se misturam e se tornam a imagem fiel de um povo assim tão igual e não muito diferente da gente. O trabalho gráfico e editorial da Carambaia é tão bem feito que ele, o livrinho, mexe com todos os nossos sentidos, literalmente. Excelente!
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