O Último Irmão

O Último Irmão Nathacha Appanah




Resenhas - O Último Irmão


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Nana 19/10/2023

Livro nr 50 do projeto "A volta ao mundo através dos livros"
País sorteado : "Ilhas Maurício"

Eis aqui uma grande surpresa pra mim, realmente eu não esperava gostar tanto deste livro.
Agradeço ao meu projeto de ler um livro de cada país, pois foi através da busca por um autor das Ilhas Maurício que cheguei a essa história tão linda!

A vida de Raj é muito triste, um menino de apenas nove anos que é o protagonista da trama. Ele sofre com a pobreza extrema, a violência do pai e ainda a perda dos irmãos. Ao conhecer David, um menino da mesma idade, ele deposita todo o carinho que tinha pelos irmãos querendo proteger o novo amigo. Só que o sofrimento e as dificuldades são muitos e vamos acompanhar e sofrer junto.

O livro inicia com Raj aos setenta anos lembrando do seu passado. Uma história muito bem contada, comovente, encantadora que capta o leitor desde as primeiras páginas.

Lindo e emocionante! Entra com certeza para meus favoritos. Gostaria de encontrar mais títulos desta autora aqui no Brasil!
lina.valerio.7 19/10/2023minha estante
Interessante.




skuser02844 29/03/2023

Choroso ;(
Arma uma sensação de tristeza e angústia, porém algo leve entre a infância o reforço do companheirismo contando de forma antiga e atual. Emocionante!
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Henrique Fendrich 18/03/2022

Aposto que você não sabia que as Ilhas Maurício tiveram alguma participação na Segunda Guerra Mundial. Mas, sim, o insular país africano recebeu 1,5 mil judeus que, depois de terem escapado do nazismo na Europa, tiveram a sua entrada na Palestina barrada pelos britânicos, sob a alegação de que não tinham os documentos necessários para uma imigração legal. Então eles foram deportados para as Ilhas Maurício, que era uma colônia britânica, e ali ficaram detidos em um cárcere (um improvável campo de concentração feito pelos aliados).

Nathacha Appanah usa esse evento histórico como pano de fundo do seu comovente romance, que conta a história de Raj, um garoto mauriciano de 9 anos que já havia passado por duras perdas em sua família, em consequência das tragédias climáticas que assolam o seu país, e que, assim como sua mãe, era vítima constante das agressões físicas do seu pai.

O pequeno Raj nada sabe sobre a guerra. Ele apenas se sente desesperadamente sozinho, a ponto de cavar buracos para se esconder e observar os outros. É assim que ele descobre o cárcere onde estão alojados os judeus deportados. É também ali que ele encontra um outro garotinho, mais ou menos da sua idade, e completamente só, pois não tinha mais os pais.

Raj não sabia o que era um judeu, apenas queria um irmão para preencher o seu vazio. David, o garoto judeu, traumatizado por tudo o que já havia visto na guerra, praticamente não pensava mais em si ou por si, mas aquela amizade inesperada lhe dava uma direção e uma nova esperança. A triste história dessa amizade é rememorada por Raj já na velhice.

A autora tem um estilo bastante direto e objetivo, bem ao meu gosto, e que inclusive contribuí para os efeitos pretendidos pela história. Quero ler mais livros dela.
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Edna 22/09/2021

Releitura 5/5
1950, 05 anos após o fechamento do Campo Beau-Bassim  durante uma aula de História Raj (com 15 anos agora), levanta a mão __Será que o Sr. pode falar dos judeus que vieram para cá?
__Como assiim? Não houve judeus aqui."

Só conseguimos captar a grandeza de uma obra após uma ou mais releituras, ouvi tanto essa frase e não aceitava por ter uma fúria, a ânsia por conhecer mais e mais histórias.

Pela segunda vez acompanhei a história real e sofrida a  de duas crianças que se cruzam para juntas viverem e dividirem suas dores, mesmo sem conhecer o Iídiche falado por David (Judeu) e Raj que falava o Crioulo.

 Eles fugiram dos nazistas para o Mandato da Palestina em 1940, apenas para serem deportados e, apesar das objeções de Winston Churchill, tentou suavizar as ordens de Lloyd de que os refugiados fossem mantidos atrás de arame farpado, alertando-o: ?Não podemos ter um Dachau britânico? , 1.580 homens, mulheres e crianças judeus foram retirados do centro de detenção Atlit perto de Haifa, transferidos para dois navios e deportados para a ilha de Maurício, no Oceano Índico, embora outros documentos afirmam que esse número chegava a quase 4000, entre Eles o Pequeno David, com 05 anos de idade já chega órfão pois muitos  não resistiam à viagem desumana de 17 dias até pequena colônia britânica e os refugiados ? que haviam fugido da Europa ocupada pelos nazistas três meses antes ? foram levados para a prisão central de Beau Bassin, onde foram mantidos atrás das grades por quase cinco anos.

A deportação foi a primeira e única ocasião durante a guerra em que refugiados judeus que haviam alcançado o litoral da Palestina foram removidos à força do seu País.

O papel dos nazistas na história dos refugiados ainda está envolto em mistério. Os três navios foram fretados em setembro de 1940 pelo Escritório Central para a Emigração Judaica sob seu comando, Berthold Storfer. Storfer, um financista judeu austríaco, é uma figura controversa que trabalhou em estreita colaboração com Adolf Eichmann e foi acusado de caminhar ?na linha tênue entre assistência e colaboração?. (Ele foi assassinado mais tarde em Auschwitz).

Em 1944 o Raj com 09 anos chega com a família dizimada por um ciclone em Mapou ? África Oriental e o Pai passa a trabalhar como Sentinela na Prisão, em uma de suas idas pra levar o almoço do Pai Ele tem o primeiro contato, primeiro choque com a realidade distorcida, com a maldade humana, encontra David e nasce a amizade mais perfeita entre duas crianças que aprenderam ler nos olhos um do outro e dividir a dor e opressão e juntos Eles tentam viver para o outro, pois esperança era um sentimento já suprimido deles muito antes. Uma história que nos comove até as lágrimas.
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Cilleni 04/06/2020

Encantador
Nao tempo como nao se encantar com a simplicidade e ternura...
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Gersonita Paula 22/02/2013

Encantador... Poético!
Esse livro me encantou! Sua leitura foi de rara beleza para mim!

Nathacha Appanah escreve sobre perdas, dores e saudades com uma doçura intensa! Escorre poesias de suas palavras! Amei essa leitura! Apesar de ter como pano de fundo a vergonha do Holocausto, escreveu tudo isso sobre a ótica de uma criança, o que amenizou o sentimento de dor e revolta. Lembrou um pouco O MENINO DE PIJAMA LISTRADO que também li, mas cuja poesia desse, ele não conseguiu alcançar... Lindo!

LI e RECOMENDO!

"Sua força reside na simplicidade de seu estilo e no poder de evocar imagens" (Le Nouvel Observateur)

"Um romance potente, inspirado em uma história vergonhosa e pouco conhecida" (Livres Hebdo)

"Uma mistura espantosa de doçura e simplicidade para narrar toda a miséria e violência do mundo" (Le Magazine Littéraire)

Sinésio 22/02/2014minha estante
Douglas, solicitei este livro na Biblioteca de minha empresa. Na 2a. feira devo começar a ler. Parece ser comovente, como são a maioria dos romances que têm como pano de fundo as atrocidades cometidas pelos nazistas contra os judeus e homossexuais.




Tattoo 07/06/2012

Belíssimo!
Curtinho e emocionante.

Pra quem gosta de histórias dramáticas envolvendo crianças, nazistas e judeus, é um prato cheio. Neste livro Natacha Appanah conta a história de uma amizade que marca a vida de um homem, tendo como pano de fundo, um campo de concentração pouco conhecido pela sua localidade. Vale a pena gente, é desses livros que a gente chora pra caramba no final.
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Daniella 20/01/2012

Confira a minha resenha do livro O Último Irmão no blog Garota das Letras!

http://garotadasletras.blogspot.com/2012/01/cantinho-da-dani-resenha-o-ultimo-irmao.html#comment-form
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Douglas P Da Silva 08/08/2011

Até agora uns dos melhores livros de 2011!
Apesar de ser por muitos leitores e críticos considerado extremamente parecido com "O menino do pijama listrado", este livro é beeeeemmmm diferente. As duas histórias se passam na 2º Guerra Mundial e ambas relatam a amizade entre dois meninos de universos diferentes, quase opostos. Mas as semelhanças acabam aqui. Este livro chama a atenção pelas coisas mais simples. Os sentimentos narrados em primeira pessoa por um Raj idoso, saudosista dos fatos que já não pode mudar são emocionantes. Revivemos ao lado dele a infância de pele escura entre a barra do sári da mãe e a violência do pai, até o encontro através das grades com os olhos claros e os cabelos iluminados de David. Exatamente por conseguir expor em palavras tão singelas estes sentimentos, o livro transporta em suas páginas com exatidão as sensações destes instantes mágicos vividos, em momentos curtos e efêmeros que os mudaram pelo resto das vidas. E muda a quem lê também. Não tem como não ficar preso nas palavras deste homem e não rir, chorar e se encantar por Raj e David. Um livro humano e tocante que vale a pena ser lido.
Carla Buffolo Altoé 09/08/2011minha estante
Quero ler!!!!!!!!!!!!!!!


Iris 18/05/2012minha estante
Vou ler.


Silvia 04/11/2012minha estante
Resenha comovente :)




CLEUSA 16/03/2011

Muito bom. Um dos melhores livros que tenho lido ultimamente.
O último irmão foi um livro que comprei só por achar interessante a sinopse e tive uma agradável surpresa. Apesar de falar de um assunto espinhoso como a II Guerra Mundial, fome, morte e violência, é narrado de uma forma que cativa o leitor. Fala de amor, amizade e ingenuidade. A autora é francesa e é o primeiro livro que é editado no Brasil e para variar os comentários da contra-capa deixam a desejar. Mas tudo bem... valeu muito a pena.
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Elaini 27/11/2010

Lindo!Este livro é para ler sem fazer comparações com nenhum outro...é um livro principalmente de sentimentos...Amor, tristeza, sofrimento, perda...e Amizade.

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LissBella 11/07/2010

E chorei como a criança que eu era...

Não é um clássico, mas até poderia. Com uma linguagem fácil, rápida, o livro nos emociona e nos envolve por se tratar da vida de uma criança...

Algumas passagens ficaram marcadas... são narrativas como:

"Sua voz era tão serena, as palavras se encadeavam tão naturalmente umas às outras... Aquele lamento parecia exarcebar a beleza da natureza e, ouso dizer nestas lembranças, em meio a tais acontecimentos tão terríveis e tão bárbaros, eu tinha a impressão de que aquele lamento expressava a beleza da vida. Embora eu não compreendesse uma só palavra, as lágrimas me subiram aos olhos e, mais do que tudo, mais do que aqueles dias passados juntos... foi esse o momento que estreitou para sempre o laço que nos unia".

"...e chorei, supliquei, como jamais tive a chance de fazer com os que perdi... NÃO ME DEIXE. O corpo todo me doía, minha boca tinha um gosto de sangue, mas eu não parava de rezar e suplicar a David que acordasse. Após um momento pousei sua cabeça sobre meu ombro e alisei seus cabelos com a palma da mão. Eu sabia que esse gesto fazia bem. MEU CORAÇÃO SE ESTILHAÇAVA DE DOR, apenas isso, e chorei à maciez das árvores e das samambaias, CHOREI COMO A CRIANÇA QUE EU ERA."

Lindo livro! Adorei!
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Danilo Barbosa Escritor 08/07/2010

Emocionante
Apesar de ser por muitos leitores e críticos considerado extremamente parecido com "O menino do pijama listrado", este livro é beeeeemmmm diferente. Os dois livros se passam na 2º Guerra Mundial e ambos relatam a amizade entre dois meninos de universos diferentes, quase opostos. Mas as semelhanças acabam aqui. Este livro chama a atenção pelas coisas mais simples descritas. Os sentimentos narrados em primeiro pessoa por um Raj idoso, saudosista do seu passado e dos fatos que não podem mudar são emocionantes

Leia resenha na íntegra - www.leituradecabeca.blogspot.com
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