Sombras da romãzeira

Sombras da romãzeira Tariq Ali




Resenhas - Sombras da Romãzeira


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Carol *_* 12/04/2023

Outro lado da história
Confesso que foi minha primeira leitura de um autor árabe e com a temática da fé mulçumana.
Aqui conhecemos a história do Omar e sua família, e como foi para eles os horrores impostos pela inquisição da igreja católica.
O autor mescla muito bem fatos reais em uma história fictícia, consegui sentir um ódio enorme pelos espanhóis e pelo Ximenes, igual tenho lendo os livros históricos. Torci muito para que eles conseguissem combater os soldados, que tivesse uma virada na história nível série dramática.
Infelizmente não é o que acontece, e alguns personagens que te conquista não tem um final feliz.
A minha experiência com essa leitura foi muito abrangente, consegui entender um pouco da fé, como sofreram com as perseguições, os comportamentos da mulheres e dos homens com a cultura toa distante da nossa.
A leitura foi muito agradável.
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Leonardo88 17/10/2021

O final é surpreendente!
Como disse no começo em alguns históricos, é sempre bom conhecer novas culturas através dos livros , principalmente a cultura árabe - mulçumana que sofre tanto preconceito no ocidente! Mas para quem procura conhecer reconhece o quão fantástica é essa cultura e a religião! Neste romance este espetacular autor nós leva através da história de uma família a conhecer a história dos próprios mouros na península hibérica. Nos envolvemos em cada personagem e é com muita tristeza que sentimos o desfecho da história! Excelente livro! Super recomendo!
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jota 25/02/2012

Queimando livros e pessoas
Por volta de 1500 Granada (em árabe Garnata) era uma cidade multicultural, na qual cristãos, mouros e judeus tentavam conviver em paz. Mas em 1502, os reis Fernando e Isabel assinariam um decreto de conversão (ao catolicismo, claro), o que impedia a prática dos hábitos e da religião muçulmana.

Livros árabes contendo séculos de cultura e sabedoria foram recolhidos das bibliotecas de Granada e queimados. É claro que os mouros não receberam essas notícias com alegria, não?

Sombras da Romãzeira é algumas vezes até divertido de se ler (por conta de dois irmãos de idades bem diferentes, Zuair e Yazid), mas não é muito fácil lembrar o nome de todos os personagens - eles são muitos e em sua maioria, árabes.

Acho que o autor percebeu isso e no início do livro há uma árvore genealógica dos Banu Hudail para o leitor não se perder com esses nomes todos até que eles se tornem familiares.

Até mesmo o nome de localidades espanholas, quando conhecidas por seus nomes muçulmanos, necessitam às vezes que se consulte o glossário que há no final do livro para se saber de quem se trata - Ixibilia é Sevilha, Balansia é Valência, Kaxtalla é Castela, etc.

Outra coisa: quase todas as histórias (quase todas elas sobre a família Hudail, seus parentes e agregados) são contadas através de diálogos enormes em vez de narração e se você não ficar atento pode perder alguma coisa.

Por volta do capítulo 10 (são 13 ao todo mais o epílogo) a história fica um pouco mais interessante por conta de um romance entre dois personagens com traços e personalidades marcantes (ela, Hind, irmã de Zuair e Yazid; ele, o cariota, habitante do Cairo, Ibn Daud) e prossegue interessante até o final. É quando ocorre uma sangrenta batalha entre mouros e cristãos pelo domínio de Granada.

Como Granada é uma cidade espanhola e não moura você pode imaginar o arraso que sofreu – engraçado é que você fica torcendo pelos árabes (eu fiquei; mas isso é ficção) mesmo sabendo como tudo iria acabar.

Sobram poucos personagens vivos e já que esta é uma série de quatro livros chamada Quinteto Islâmico (então deveriam ser cinco livros, não?) alguns deles devem retornar nos outros volumes, não sei.

(Lido entre 19 e 25.02.2012).
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