Os Pequeninos Borrowers

Os Pequeninos Borrowers Mary Norton




Resenhas - Os Pequeninos Borrowers


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Luis0501 27/03/2023

Pequenos personagens, grandes histórias
Assim como todos que leram esse livro (ao menos eu acho que foi assim) fiquei sabendo sobre essa obra através do filme do Studio Ghibli: "O Mundo dos Pequeninos" e por curiosidade fui atrás da obra principal. Comprei pela internet e qual a minha surpresa quando chega pelo correio um livro de 800 páginas (tenho o péssimo hábito de não checar informações importantes sobre os livros que eu compro, como o número de páginas por exemplo). E então descobri que esse volume na verdade compila 5 livros sobre os Borrowers escritos pela autora. Se existem edições brasileiras dos volumes separados eu não sei, mas creio que não. Aqui está então o motivo do livro não ter ganho 5 estrelas: por mais que a leitura seja simples e gostosa, muito agradável, pela quantia de páginas ela acaba ficando densa e cansativa (levei quase um mês pra ler esse livro, pra mim isso é muito tempo). Mas feita a crítica, vamos à obra.
Como já disse, o livro todo é muito gostoso de ler. É usada uma linguagem simples e de fácil entendimento, dando a impressão de que é uma história contada de avô(ó) para neto(a). Na verdade o primeiro livro todo é uma senhora contando uma história para uma garotinha. Essa estrutura pode ser observada no final de cada livro, já que todos terminam de forma meio abrupta, como se o contador da história tivesse dito tudo o que tinha para dizer e encerrado o assunto. Apesar de haverem várias personagens, a principal e a que mais acompanhamos é a Arrietty. Junto dela vamos descobrindo um mundo novo, já que ela pela primeira vez na vida, sai de seu isolamento. É muito interessante ver o mundo em que vivemos sob a perspectiva de seres diferentes, a forma diferente que enxergam as mesmas coisas que nós. Para finalizar, quero dizer que ao ler a apresentação do livro onde a autora conta de onde surgiu a ideia para escrever sua história (não vou contar, leiam) percebi o quão maravilhoso é o olhar de um artista, que consegue tirar inspiração dos (literalmente) menores lugares para criar sua obra.
Gabrielsquall 17/04/2023minha estante
O menino tem problema de coração também? Mostra ele após a cirurgia?


Luis0501 17/04/2023minha estante
O menino só aparece no primeiro livro. É dito que ele cresceu, mas ele não aparece mais na história.


Gabrielsquall 17/04/2023minha estante
Mas ele tem problema cardíaco também?


Luis0501 18/04/2023minha estante
Tem, mas no livro não precisa de cirurgia




Pablo Paz 30/10/2021

Arriety ou o mundo dos pequeninos
Cheguei nesse livro por causa de um anime de 2012 do Studio Ghibli "Arriety ou o mundo dos pequeninos", roteiro de Hayao Miyazaki. O título do anime varia em cada país, mas digite a frase acima no Google que tu acharás.

E como tem uns livros que enganam a gente, não é? Anos atrás comprei-o como presente de aniversário para uma criança da família, porém comecei a lê-lo e não consegui parar até chegar à última página. Fiquei com o livro.

De 'infantojuvenil' tem o estilo e a proposta, uma obra de aventuras em que a criança vai amadurecendo, mas tem mais coisas ali para o leitor de qualquer idade como, por exemplo, a dificuldade e o medo de lidar e de (não) aceitar nossos próprios limites e (falta de) talentos.

A obra se debruça na saga da família (mãe, pai e filha) de uma espécie, ou subespécie, humana - os Borrowers - que só se diferencia de nós no tamanho: são minúsculos, tem mãos aderentes e proporcionalmente maiores (adaptação para escalar), notívagos, vivem em buracos, assoalhos, frestas e onde mais puderem mas, assim como baratas, ratos, gatos e cães, sempre ao redor do homo sapiens sapiens. Eles praticamente vivem de empréstimos de coisas humanas: clips, parafusos, canetas, lápis, fósforos, agulhas, linhas, grampos, fios, comida... Alfim, a premissa é de que tudo o que 'some' ou que não conseguimos achar dentro de casa é porque os Borrowers pegaram emprestados para construir seu lar (o título deriva de borrowing, empréstimo no inglês britânico). Eles foram vistos poucas vezes por seres humanos e quando isso acontece, devem se mudar porque sabem que nós homo sapiens sapiens, como espécie, não somos confiáveis, ainda que haja indivíduos exceções.

Fiquei pensando numa avó dizendo para os netos que o barulho que eles ouviram ontem à noite não era fantasma algum, eram somente os Borrowers trabalhando enquanto a gente dormia.

Voltando ao anime citado: ele é baseado num dos livros da saga e Arriety (junto com Homily e Pod) é o nome de um dos protagonistas. Essa bela edição da editora Martins Fontes é a compilação de todos os 5 livros publicados pela autora britânica, afora um conto extra.

P.S.: Acabei de descobrir que, até a presente data, o anime está disponível na Netflix com o título "O mundo dos pequeninos". [Link: https://www.netflix.com/br/title/70216227]
Lílian 30/10/2021minha estante
É o mesmo que tem aquele filme, que eu vi até esses dias que tá em catálogo na Netflix? (Anime pode ser filme, tipo A Viagem de Chihiro, e desenho, tipo Naruto?)


Pablo Paz 30/10/2021minha estante
Esse mesmo, querida. Link: https://www.netflix.com/br/title/70216227


Pablo Paz 30/10/2021minha estante
Sim, querida, não sabia que tinha na Netflix. Graças a ti, achei o Link: https://www.netflix.com/br/title/70216227




Luizgustavo 17/04/2020

Um bom livro apenas!!
Depois do filme claro, fui procurar a fonte original de tudo, e achei o livro, pois bem o livro é dividido em 7 histórias sendo a primeira que deu origem ao filme.O livro oscila entre 10 e 0 o tempo topo,é classificado como literatura infantojuvenil mas creio que os adolescentes que lerem não passaram da segunda história. Resumindo ela se perdeu no plot da história. Não recomendo.
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Sanoli 29/08/2015

Em uma frase...
De minúsculo não tem nada!
Para ler o resto, por favor, acesse nossa página!

site: http://surteipostei.blogspot.com.br/2015/08/os-pequeninos-borrowers.html
Elenai 30/08/2015minha estante
Oi Gustavo!
Escrevi pra vc!!




Fillipe Gontijo 16/03/2013

Gigantes
Depois de alguns anos de atraso, surgiu no ocidente um filme do estúdio Ghibli, Karigurashi no Arrietty ou O Mundo dos Pequeninos, no Brasil. Naturalmente, decidi assistir e não me surpreendi quando me dei conta de que era um filme sensacional. Sensível e delicado como poucos outros. Tudo muito bem feito, desde os personagens até os cenários cuidadosamente detalhados. A história era sobre uma família de seres pequeninos que viviam tomando coisas emprestadas dos humanos grandões e, sobretudo, se escondendo a qualquer custo. Ser visto por um humano era o maior desastre que poderia acontecer à vida de um pequenino. Terminei o filme com uma dor enorme na alma, porque aqueles minutos não haviam sido o suficiente ao lado de Arrietty, Pod e Homily, como se alguém querido tivesse ido embora pra sempre, sem destino certo. Alguns dias depois da inevitável aceitação ter chegado, deparo-me com um livro. Sim, os pequenos têm um livro: Os Pequeninos Borrowers, de Mary Norton. Então, descubro que o livro tem 809 páginas e que a história dos pequeninos é composta por vários romances que originalmente foram publicados separadamente e que essa edição em português compreende a série completa. Meu deus! Uma ideia não parava de pipocar em minha cabeça. "O Filme do estúdio Ghibli fora baseado em apenas um dos livros!" Como não haveria de ser de outro jeito, comprei o mais rápido que pude e os pequeninos voltaram para mim.

A história é incrível e eu estava certo, o estúdio Ghibli usou apenas o primeiro livro para subsidiar seu filme. Ao ler, quando vi que quase todo o enredo do filme já havia ficado pra trás nas primeiras 100 páginas, minha barriga esfriava e uma ansiedade quase angustiante de descobrir o que as próximas mais de 700 páginas guardavam não me davam sossego. Então, as minhas aventuras com os pequeninos continuaram para além dos 94 minutos que o estúdio Ghibli me proporcionou.

O livro é dividido em seis partes. A primeira, chamada Os Borrowers, foi usada como base para o filme do Ghibli. Nela, a família de pequeninos, Pod, o valente e ponderado pai, Homily, a medrosa e comodista mãe e Arrietty, a destemida e revolucionária filha, vivem sob o assoalho de um velho casarão. A casa deles, o maior orgulho de Homily, é engenhosamente mobiliada e sua vida é tranquila e cômoda. Tudo o que precisam pra viver eles tomam emprestado da casa sobre eles. E essa rotina sempre lhes deu tudo o que precisavam, até que Arrietty deixa-se levar por seu espírito de aventura, que não é pequeno, e descobre que o mundo é muito maior do que eles imaginavam. Então, Arrietty acaba se envolvendo em uma série de problemas que começam a perturbar a antiga harmonia de sua rotina sob o assoalho. Toda a confusão culmina na necessidade de os pequeninos se mudarem e isso, sobretudo para Homily, é algo assombroso. Sem outra saída, eles acabam indo. Abandonam sua casa, os móveis que Homily tanto amava e todo o conforto que tinham. Assim, eles partem do casarão para o terreno ao redor dele.

A segunda parte do livro, chamada Os Borrowers na Terra, conta a primeira aventura dos pequeninos depois que eles fogem de sua casa sob o assoalho. As coisas não são fáceis para eles depois dessa mudança. Eles precisam se adaptar à vida no campo, sem seus antigos confortos e a segurança que tinham. Para Homily, tudo aquilo parece o apocalipse, enquanto para Arrietty, sua vida nunca fora tão emocionante. Eles acabam por construir sua casa em uma bota velha e aprendem a viver segundo o que a natureza tem para lhes oferecer. É nessa época que eles conhecem Spiller, um pequenino selvagem e arisco, que vive fazendo aparições surpresas para ajudá-los. A terceira parte, Os Borrowers na Água, narra as aventuras da família borrower sobre um rio. Sim, eles são capazes de navegar. Primeiro em uma chaleira velha e, por fim, em uma moita de galhos no meio de um rio. Para quem imaginava que a vida fora do assoalho seria impossível, até que essa família de pequeninos está se saindo muito bem. Na quarta parte, Os Borrowers no Ar, os pequeninos acabam por conseguirem voar e se envolvem, talvez, na maior enrascada de suas pequenas vidas. Na última parte da saga dos Borrowers, Os Borrowers em Apuros, parece que a família conseguiu encontrar um novo lugar onde se estabelecer, mas antigos problemas continuam perseguindo-os. A última parte do livro trata-se de um conto, Pobre Inocente, que é uma espécie de extra e não acrescenta informações sobre Arrietty e sua família.

É impossível não se maravilhar com o nível de detalhes do livro. Mary Norton descreve, com todo o cuidado, o cotidiano e todos os aparatos dos pequeninos. E eles, por si só, já são fascinantes. O livro nos mostra como os pequeninos reutilizam as coisas que tomam emprestadas. Botões, dedais, alfinetes, tampinhas, agulhas e uma gama enorme de coisas que nós humanos perdemos o tempo todo e nunca nos perguntamos onde diabos iam parar. Elas estão possivelmente na casa de algum pequenino, servindo como copos, talhares, espadas, xícaras, panelas ou qualquer outra coisa necessária para incrementar suas vidas. Com intuito perfeitamente compreensível, há trechos bastante descritivos em todo o livro. São trechos essenciais para a composição da história, que não seria a mesma se o universo dos pequenos não fosse esmiuçado com tantos detalhes. Inclusive, parte da diversão da leitura vem exatamente da curiosidade de descobrir como a vida dos pequeninos é, como eles são capazes de sobreviver apenas do que perdemos ou do que inocentemente nos tomam. A escrita de Mary Norton sustenta muito bem a narrativa e é capaz de nos enlaçar em um turbilhão de entusiasmo incomum. A vida dos borrowers é tão simples, tão pequena que nos faz querer encolher. Seus problemas são tão grandes e simples, suas necessidades tão ínfimas e instigantes, que a vida de gente grande parece perder um pouco a graça.

Quando lemos as últimas páginas do livro, encontramos uma inevitável amargura. Sim, logo depois da última página, já começamos a sentir saudade de nossos queridos pequeninos. E até hoje não encontrei algo que fosse tão próximo do nosso mundo e ao mesmo tempo compreendesse um mundo tão fantástico e perfeitamente escondido sob nossos narizes. Penso em um imperturbável paradoxo. A grandiosidade dos pequeninos e o quanto eles são capazes de serem maiores do que nós, suas vidas são maiores, mas mais simples e inocentes do que as nossas e isso faz com que sejamos menores, pequeninos num mundo de preocupações, desejos e intrigas assustadoramente gigantes.

Leia mais resenhas do "Entre as orelhas": http://www.asorelhas.blogspot.com.br/
Jeff 16/03/2013minha estante
Melhor resenha do skoob!!! Nota 10




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