Evguiêni Oniéguin

Evguiêni Oniéguin Alexander Púchkin




Resenhas - Eugênio Oneguin


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Arsenio Meira 29/09/2013

Quem sabe um dia. Por enquanto, não.




Raramente abandono a leitura de um livro. É raríssimo. Persisto, brigo, mas vou até o fim. No entanto, exceções existem para dar vida à regra. Sabemos todos que o mundo da literatura é repleto de belezas, descobertas, mas também de chavões. Um deles se refere aos clássicos. Regra geral, não é nada recomendável renegar a leitura de um grande autor. Pior: se ele for um autor russo.

Após a terceira tentativa, acabo de deixar Eugênio Oneguin, do Alexander Pushkin (tradução de Dário Moreira Sales de Castro), no meio do caminho.

Trata-se de um “romance em verso”, como diz o tradutor. São mais de 390 estrofes, 5,523 versículos, espalhados por oito capítulos. O tradutor não deixou por menos.

“É amplamente reconhecido que Pushkin, nascido em Moscou, em 1799, e falecido em duelo, em São Petesburgo, en 1837, é o maior poeta da Rússia de todos os tempos”.

Dário Moreira esqueceu de dois nomes gigantescos, só para começar: Vladimir Maiakovski e Annah Akhmatova.

O livro não me encantou, não me despertou o espanto de que falou o poeta Ferreira Gullar como elemento de impacto, não me levou a lugar algum. À página 85, pensei: “Desisto!”. Todos os poemas que jà li do Pushkin, na Internet, eram muito bons. Mas uma coisa é escrever poemas, outra é um “romance em verso”. Há gigantes que erram na mão, e tradutores que também caem do cavalo.

Há tempos não vejo uma tradução com tantas “notas do tradutor”, atravancando a leitura todo o tempo. Somente no verso XVIII (página 34), temos um exagero. Em 14 versículos, são 7 notas. Algumas, por sinal, bem patéticas. O poema fala de “Limburgo”, o leitor sabe do que se trata (ou imagina, que é melhor), mas o tradutor precisa traduzir isso também. Vamos à pérola:

“O queijo chamado Limburgo, feito de leite de vaca, massa mole e costa lavada, que varia de amarelo-avermelhado a vermelho-tijolo e tem a forma de um paralelepípedo retangular”.

Queijo amarelo-avermelhado não seria o suficiente?

Mas a nota prossegue, e vira um cardápio.

“Forte no sabor e no odor, encorpado. É comum associar o nome Limburgo a queijo para se comer com cerveja. Limburgo era também uma antiga província dos países baixos, um ducado dividido entre a Holanda e a Bélgica”.

Há notas para tudo. O poeta fala em ananás, o reles abacaxi, temos que ver a nota. São nove linhas explicando o que é ananás. É difícil se concentrar num poema em que o tradutor dedica uma longa explicação sobre o que é o abacaxi.

O leitor (eu, no caso) vai tentando viajar com o Pushkin, mas falta algo. A cada página eu fracassava com o autor.

Aos poucos, o que vai ocupando o maior espaço é mesmo o tradutor. Sai da cozinha e vai para a sala. Quer sentar ao lado do autor, para dizer, vomitar sua jactância, algo do tipo “trabalhei muito nesta tradução”.

A “introdução ao autor”, feita por Dário, tem 10 páginas. Ao citar a morte do poeta, após um duelo, diz que ele, ainda hoje, “ocupas lugar cimeiro na história literária e sentimental da vida russa”. Em seguida, mais duas páginas de “agradecimentos e reconhecimentos”. Novamente, diz que o poeta está no “lugar cimeiro em que deve estar”.

Às favas o politicamente correto na literatura. Eugênio Oneguin, de Pushkin, deixei no meio do caminho. Um dia, quem sabe, eu volte.

Por enquanto, não.
jota 30/09/2013minha estante
Arsenio. Não li a obra nem faz parte da minha lista de leituras pois sei que ela é bastante complexa. Você tocou na tradução e há uma briga célebre no mundo das letras, que acabou com a amizade de cerca de trinta anos entre o autor e crítico literário Edmund Wilson (de Rumo à Estação Finlândia) e o conhecido Vladimir Nabakov. Tudo por conta da tradução para o inglês (também em versos) que Nabokov fez do livro de Aleksandr Pushkin. Trabalho que desagradou profundamente Wilson. Agora é por minha conta: teria então Wilson chamado Nabokov de babakov ou coisa pior, mandado que enfiasse a tradução no rabokov, algo assim? Ou teria sido o contrário, Nakobov a ofender o americanov Wilson? Briga entre autores (ainda que somente através de palavras) pode render até livro, não? Depois de ler Fogo Pálido (do próprio Nabokov) que é, até bem digerível, passo longe do Pushkin. Embora, como você, ache a literatura russa preciosa quase sempre.


Arsenio Meira 30/09/2013minha estante
Oi Jota,

Pois é. E, embora dificílimo, louvável e fundamental para monoglotas irremediáveis como eu, aqui pareceu-me presunção a excessiva conduta do tradutor, a toda hora soltando mil e um notas de rodapé...

Sabemos que 99% escritores, poetas, atores, atrizes e etc são vaidosos contumazes... Alias, o ser humano em geral.

Edmund Wilson, por muitos considerado um Schollar da crítica literária, autor do fenomenal "Rumo à Estação Filândia", de fato, atacou seu amigo Vladimir, e o fez com de forma consistente; dura, mas bem fundamentada.

E o nosso Vladimir não gostou nem um pouco. Ficou uma fera, e 25 anos de amizade terminaram com tais diatribes.

A briga entre os bambas, como você citou, pode render, sim, um livro, e rendeu um capitulo do magistral exemplar do new jounarlism Dentro da Floresta (Companhia das Letras, 575 páginas, tradução de Alvaro Hattnher, Celso Nogueira e Ivo Korytowski), do David Remnick, editor da New Yorker, que escreveu um excelente livro do gênero imortalizado por Capote. Nele há um capitulo voltado para o tema: As guerras da tradução.

Embora com fundo amargo, pois a amizade de Nakobov e Wilson foi definitivamente para o ralo, Remnick narrou a contenda de ambos de modo justo, sutil e sem estardalhaço.

Remnick não toma partido, mas fiquei com a impressão de que a crítica de Wilson era pertinente, e os pruridos literários terminaram por arrasar o afeto que um sentia pelo outro.

Houve palavras acirradas, Wilson não deixou pedra sobre pedra, mas não foi leviano, fundamentou o ataque. O nosso querido Nabakov é que perdeu as estribeiras...

Não tem jeito... A vaidade falou mais alto e o afeto que os unia foi sepultado.

Grande Abraço


jota 30/09/2013minha estante
Então, Arsenio: os quase trinta anos de amizade entre Wilson e Nabokov que de fato somaram apenas cerca de 25 - foram por conta de uma artigo lido no Estadão vários anos passados. Só pra encerrar: teve um crítico que ficou do lado do Wilson e escreveu que enquanto o livro de Pushkin era um puro-sangue, a tradução do Nabokov não passava de um pangaré. E pensar que esses assuntos de estrebaria se aplicavam melhor a políticos, não tanto a intelectuais...


Arsenio Meira 30/09/2013minha estante

Jota, concordo integralmente. E vinte e cinco anos ou trinta dá no mesmo...
Boa sacada a alusão à estrebaria e políticos, KKKKKK...
E só uma curiosidade: Nelson Rodrigues (de quem sou fã de carteira) passou a amolar o juízo do Poeta Maior Carlos Drummond de Andrade (este, um dos meus ídolos.) Lá pelas tantas (anos 60, acho), Drummond se encheu do cabotinismo de Nelson e falou a ele que não escreveria nada favorável ou desfavorável à peça dele (não me lembro qual.)

Pronto, foi o que bastou: a partir daí, Nelson volta e meia referia ao Poeta como um ser gélido, kkkk... Ele escrevia obsessivamente: "Carlos Drummond de Andrade possui a aridez de três desertos..." E Drummond passava recibo, pois pedia a Otto Lara Resende interceder e etc e tal, para Nelson parar de encher o saco.

KKKKK, é dose...
Abração


jota 01/10/2013minha estante
Se não for politicamente incorreto, vamos chamar essa tradução de "Oneguinho", então e encerrar esse assunto. Briga graúda essa de Nelson & Carlos; não dá para ficar contra um ou o outro, mas a favor dos dois: não temos mais escritores com essa estatura no Brasil de hoje, tá tudo muito imbecilizado ou infantilizado, ou pelo menos, grande parte. Então leio mais os estrangeiros - um imbecil falando (ou lendo ou arranhando) inglês ou espanhol vale mais, não?


Arsenio Meira 01/10/2013minha estante
kkkkkk, gostei Jota.

A gente tem mais é que aprender a rir (de nós mesmos) e dos outros também, sem ofender e sem vulgaridade.

No mais, é por aí. Concordo com vc, infelizmente. Gostaria que fosse o contrário, mas não é (o fato de nosso cenário literário andar pobre, lento, cheio de panelas, com poucos escritores promissores. É muito pouco para um país-continente.)
Abraços


Thiago 02/01/2019minha estante
Rindo muito dos comentários feito por vocês. Que saudades do Arsenio. A peça do Nelson, que o Drummond, ficou impassível, devia ser "Álbum de Família", e o curioso é que depois o Nelson, para se vingar do Drummond, fez uma peça com uma família disfuncional, e deu o nome de Drummond a essa família.




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Aline 03/11/2022minha estante
Gostei da resenha. Eu apenas vi o filme e estava procurando o livro.




tati_loverock 06/07/2017

Foi uma grata surpresa o livro Eugênio Oneguin, realmente tenho que admitir que no inicio tive um pouco de dificuldade para me acostumar com o estilo da escrita do autor, mas depois que me acostumei ficou difícil largar o livro. Sempre tive uma grande paixão por literatura russa e tenho meus autores favoritos e Pushkin agora faz parte dessa lista. Resolvi ler Eugênio Oneguin porque fiquei curiosa por um dos personagens principais ter o meu nome, e Tatiana se tornou agora uma das minhas personagens favoritas da literatura, e me deixou ainda mais feliz por ter esse nome.
Achei a história maravilhosa, fiquei encantada com as descrições, personagens e a forma poética que Pushkin relata a vida e costumes do povo russo no século XIX. É um livro encantador que merecia ser mais conhecido aqui no Brasil.
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Moreira 29/05/2019

Clássico dos clássicos
Livro de difícil leitura, mas vale muito a pena insistir na sua árdua e complexa compreensão, juro que abandonei umas 3 vezes, mas não arrependi nem um pouco em persistir até o fim !!!!
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Luiz Pereira Júnior 01/12/2021

Poesia é se identificar com algo, alguém ou até consigo mesmo...
Nunca é fácil fazer uma resenha de um livro de poemas. Sempre parece que vou cair no velho roteiro gostei-não-gostei e, melhor dizendo, sempre caio nesse esquema. Afinal, digam o que disserem, usem as palavras que usarem ou os argumentos que desejarem, uma resenha sempre acaba caindo, de uma forma ou de outra, nesse mesmo esquema.

Então, vou ser direto como sempre: gostei e tome isso como um enorme elogio, já que poesia não é meu gênero favorito. Sempre escrevo aqui que sou professor e poesia é um gênero que leio, muitas vezes, por obrigação profissional. Em resenhas anteriores, já escrevi como me identifiquei tão pouco com autores premiados com o Nobel que acabei por me perguntar como esses referidos escritores ganharam o prêmio máximo da literatura mundial (ou, ao menos, assim considerado).

Dito isso, repito: gostei. E uso tal verbo principalmente por ser um poema longo, porém compreensível; sensível, porém não piegas; romântico, mas não se afastando da realidade e, talvez, pelo maior motivo de ser um poema narrativo (sim, isso existe. Basta imaginar Faroeste Caboclo e Eduardo e Mônica, duas canções com longos poemas narrativos. Bem, se Bob Dylan ganhou o Nobel pelo mérito das letras de suas canções, por que não o Legião Urbana pode ser citado como exemplo?).

Relatando um caso de amor ao mesmo tempo em que mostra a futilidade, a decadência e o dolce far niente das classes privilegiadas russas, Pushkin acaba nos mostrando um sentimento universal (sim, a velha história de se queres ser universal, então conta a vida da tua aldeia). Na Rússia do século XIX ou no Brasil do século XXI, permanecemos humanos, monstros de escuridão e rutilância, se me permitem a referência a outro poeta magnífico.

Também uma narrativa de amadurecimento, Eugênio Oneguin acabou por me fazer relembrar minha juventude e o quanto passei para me tornar um cinquentão. E você deve ter observado que não uso a palavra nós, pois não posso dizer que todos os leitores dessa obra-prima de Pushkin sentirão o mesmo que eu ou que perceberão o presente como mais do que o fruto de um passado distante.

E, ao se apaixonar pela mesma mulher que ele rejeitou, Eugênio me fez relembrar o que aconteceu há quase trinta anos, quando não me apaixonei por quem se apaixonou por mim (e também relembrar que me apaixonei por quem sequer notou que eu existia)...
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Negres 09/01/2022

Um romance de muitas culturas clássicas e literárias
Esse livro é muito mais que um romance em verso, é um passeio histórico e clássico pela Rússia de 1800, além de várias referências da literatura mundial como Grega e Romana
Apesar do romance se passar no período de 1800, Alexandr criou seus personagens com envolvimentos emocionais entre si, e suas tragédias, de uma forma que podemos fazer paralelo desses sentimentos nos nossos dias atuais.
A Literatura Russa é rica demais, e para quem gosta ou tem interesse nela, ler Alexandr Pushkin é fundamental
Boa Leitura!

Sinopse por Ricardo Maia 09/01/2022
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Carlos 20/05/2022

Eugênio Onêguin
Releitura da obra mais importante da literatura russa, dessa vez acompanhando (ou tentando acompanhar) em russo.

Esse romance em versos demonstra toda a genialidade de Púchkin, sendo essencial na cultura russa e leitura obrigatória para qualquer estudante desta. A frieza de Eugênio frente à sensibilidade ocidental romântica de Tatiana continua moderna. Eugênio versus Himeneu.

Aguardando ansiosamente há alguns anos o lançamento do segundo livro pela Atêlie Editorial.
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Aline 04/11/2022

Quando assisti o filme eu procurei imediatamente pelo livro. Contudo, ainda não adquiri o exemplar. A história de Onegin é algo que eu não esperava. Sou acostumada com romances que com finais felizes, mas essa deixa em um final aberto. Lendo as resenhas, percebi que o filme segue a mesma temática do livro. E no caso, eu falo de final aberto por que mesmo que Onegin não tenha conseguido o que queria no final, ele seguiu com sua vida, que aparentemente é vazia. Parece que não há mais nada para ele depois disso, mas se o autor tivesse continuado a história, com certeza, poderia seguir para o desfecho inesperado, contudo, com certeza essa não era a intenção do autor.
Enfim, o que mais me marcou na história foi Tatiana. Uma jovem que tinha sonhos demais, uma mente romantica e que viu todos seus sonhos caírem por terra. Onegin não é um herói romantico. Pra mim, ele seria mais um dândi, que tem uma vida vazia, sem propósito algum. O que era muito comum para homens da classe dele. E sinceramente, a cena do duelo no final é simplesmente incrível. Deixa o espectador ansioso, pedindo mentalmente para que não aconteça o desfecho inevitável.
Enfim, quero muito ler o livro e espero gostar, tanto quanto gostei do filme.
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Victoria 26/03/2023

? Evguiêni Oniéguin ?
?O que estou escrevendo, agora, não é um romance, mas um romance em versos ? uma diferença diabólica.?

Púchkin é o fundador da literatura russa moderna e sua obra Evguiêni Onêguin já foi chamada de ?enciclopédia da vida russa.?

Durante o longo período em que a obra foi escrita, houve importantes mudanças na Rússia, na Europa e no próprio autor. Essas mudanças trazem para o livro diferentes perspectivas e profundidades ao longo dos capítulos.

Um aspecto importante é a presença constante do narrador, que, com suas intervenções e reflexões, chega a ocupar grande parte da narrativa.

Dessa forma, Evguiêni Oniéguin gira em torno de dois eixos. Num deles, narra-se o destino dos personagens Ovguiêni, Tatiana, Liênski e Olga. Ao mesmo tempo, transcorre a história do narrador, com suas memórias e opiniões.

Vale a pena ressaltar que alguns temas explorados no romance de Púchkin serão expandidos e aprofundados nas obras literárias russas das décadas seguintes, tal é a importância desse livro para a Literatura Russa. Temas como o conflito entre a cidade e o campo e o chamado "homem supérfluo.?

Além da influência nas obras literárias, esse romance serviu de inspiração para diversas áreas da arte russa, como a pintura e a ópera.

Eu amei essa história, achei genial o fato dela ser em versos. Super recomendo a leitura !!
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Guynaciria 03/04/2023

Evguiêni Oniéguin: romance em versos / Aleksandr Púchkin/ @pinguincompanhia / pág. 299

Aleksandr publicou os capítulos desse livro de forma individual ao longo do tempo, alterando alguns dos textos, e deixando os mesmos de forma inacabada, com várias lacunas que tinham o propósito consciente de provocar no leitor a sensação de estar se deparando com um enigma.

Os versos começam contando a história familiar de um garoto, hoje o pai acabou arruinado financeiramente, mas por conta da gentileza de alguns, teve acesso a uma boa educação.

Passamos pela início da sua vida adulta, em que tem desejo de reconhecimento, ao mesmo tempo que tem arroubos sentimentais com várias mulheres, de idades e situações sociais distintas.

Por uma virada do destino ele herdam uma herança, para o campo se muda e vive uma vida de tédio. Nesse ponto temos a interferência de um narrador personagem, que se torna seu amigo.

Novamente a vida lhe prega uma peça, quando o mal entendido faz com que ele sente a vida da pessoa que considera um amigo.

Anos se passam, e um reencontro inesperado acaba reavivando nele um sentimento que não sabia que existia. Mas será que esse é real?

#contos #contosrussos #pinguimcompanhia #aleksandrpuchkin #companhiadasletras #parceria #tbr
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Yeda 18/04/2023

Oniéguin e Tatiana são incríveis e o romance, maravilhoso! A tradução é incrível e, em seu versos, Púchkin demonstra toda sua desenvoltura e seu conhecimento vasto sobre sociedade, literatura, mitologia e outros diversos assuntos(as referências são maravilhosas)??
POR FIMMMM?. O NARRADOR!!!!!! QUE NARRADOR MARAVILHOSO!!!!!!!!!! Cheio do humor russo, ele dá o toque diferencial no romance e mostra porque Púchkin é tão respeitado, o narrador é INCRÍVEL!
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leiturasdaursula 21/04/2023

Tradução impecável
"Evgeny Onegin" (ou "Evguiêni Oniéguin" em português) é um romance em verso escrito pelo poeta russo Alexander Pushkin, publicado em 1833. É considerado um dos trabalhos mais importantes da literatura russa e é frequentemente referido como um marco na história da poesia russa. Essa tradução de Rubens Figueiredo ficou excelente e acentua a cadência dos versos.

O romance conta a história de Evguiêni Oniéguin, um jovem aristocrata que leva uma vida ociosa em São Petersburgo. Ele herda uma propriedade rural e decide se mudar para lá, onde conhece a bela e inteligente Tatiana. Apesar de sentir-se atraído por ela, Oniéguin rejeita seus avanços e a deixa desapontada. Mais tarde, quando eles se encontram novamente, é Oniéguin que se apaixona por Tatiana, mas ela já se casou com um príncipe.

O livro é notável por sua riqueza de personagens e suas descrições da sociedade russa do século XIX. Pushkin também utiliza uma variedade de formas poéticas em "Evgeny Onegin", incluindo sonetos, oitavas e estrofes de quatro linhas.

O romance é um retrato vívido e satírico da sociedade aristocrática da Rússia pré-revolucionária. Ele mostra a frivolidade da classe alta, suas festas intermináveis e seu desejo de atenção. No entanto, o livro também é uma crítica sutil das restrições sociais que impediam a realização pessoal, particularmente das mulheres.

Em suma, "Evgeny Onegin" é uma obra-prima da literatura russa e uma das grandes realizações de Pushkin. Com sua trama cativante, personagens complexos e poesia bela e variada, o romance é uma leitura obrigatória para qualquer pessoa interessada na literatura e cultura russas.
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