Resenhas - O Senhor das Moscas

JeFfErSoN 03/02/2015

Um dos melhores
Publicado originalmente em 1954, um clássico de Willian Golding vencedor do prêmio Nobel de 1983, foi adaptado duas vezes para o cinema - em 1963 e 1990.

Narra a história de meninos perdidos numa ilha, após a queda do avião que as transportava para longe da guerra, estas que regressaram à selvageria depois de alguns conflitos pela liderança.

Uma história eletrizante, nos levando à reflexão sobre a natureza humana. Onde o mal predomina para nos ensinar a violência desmedida do ser humano.

Leitura obrigatória em muitos países, devido sua filosofia moral. O Brasil deveria seguir esse exemplo para mostrar onde nossa sociedade precisa melhorar. ÓTIMO LIVRO !!!

Raphael Cavalcante 25/12/2014

Pertubadoramente ótimo
"Senhor das Moscas", tal qual um clássico moderno, permite diversas leituras, a começar pelo título que faz referência a um dos nomes do demônio bíblico. O romance inglês de 1954 narra as aventuras de um grupo de garotos ingleses, únicos sobreviventes de um desastre aéreo numa ilha deserta, na época da Segunda Guerra Mundial. A convivência
que começara pacífica, incluindo a escolha democrática de um líder, vai se degradando à medida que os meninos vão cedendo aos seus instintos mais animalescos, transformando a comunidade numa tribo selvagem. Com um quê de misticismo, a primeira leitura possível do romance dá-se como uma alegoria a sistemas políticos que de democracias plenas se subvertem em regimes totalitários, fazendo-se necessário o expurgo de quem pensa diferente, o inimigo comum do modo de vida reinante. Há também em "Senhor das Moscas", as características de um romance de formação, tendo em vista o contato do núcleo de protagonistas com emoções até então restritas ao mundo dos adultos e como todos estão perto de despertar o pior que carregam em si. Tudo isso magistralmente alinhavado pela potente prosa do escritor William Golding, surpreendendo o leitor com sua narrativa quase metafórica. Por fim, a edição brasileira da Alfaguara, além de apresentar uma nova tradução da obra, traz o já consagrado projeto editorial da editora. Interessante notarmos como a influência de "Senhor das Moscas" se estende por diversas obras da cultura pop que vão desde o filme "O Anjo Exterminador", de Luís Buñuel, ao hit atual "Jogos Vorazes". Há ainda o diálogo inevitável com "A Revolução dos Bichos", de Orwell. Em suma, livro recomendadíssimo.

Paula1168 09/07/2022

Que livro!
Bastante detalhado, e por isso mesmo muito cansativo de ler até certo ponto da história porque se tratando de um grupo de crianças é um livro detalhado de uma grande bagunça, literalmente. Até se tornar cruel. É um livro fantástico e nos faz imaginar se tudo ocorreria de outra forma ou se esse é o caminho previsível porque é assim que o ser humano é.

Monique 30/11/2016

Senhor das Moscas é um romance psicológico que nos faz questionar vários pontos da nossa sociedade.
Sabe aquele livro que, mesmo dias depois de terminar de lê-lo, ele simplesmente não sai da sua cabeça? Pois é, isso aconteceu comigo...

Senhor das Moscas é um romance psicológico que nos faz questionar vários pontos da nossa sociedade. Pode até não parecer, mas também se trata de uma distopia, um gênero pouco popular antes do estrondoso sucesso de sagas como The Hunger Games, Divergent...

O autor nos joga no meio da história, não sabemos ao certo qual guerra está ocorrendo ou em que ano a história acontece. Só o que sabemos é que o avião em que as crianças estavam cai e eles vão parar em uma ilha paradisíaca no meio do pacifico; sem a supervisão de um adulto, estão largados a própria sorte.

No começo, as coisas vão dando certo. Ralph, como líder, elege uma prioridade, que é a fogueira. Só por meio de uma fogueira bem no alto da montanha é que um dia eles poderão ser resgatados. Até ai tudo bem, mas as coisas começam a sair do controle quando uma disputa por poder parece ser mais importante que o próprio resgate.

O que podemos observar nessa obra é que o autor consegue nos fazer entender que a maldade está incrustada na natureza humana. Que a infância não é tão tenra e inocente como imaginamos. Temos como exemplo crianças na faixa etária de 6 a 13 anos de idade que, em pouco tempo, esquecem a civilidade que aprenderam e começam a agir com verdadeiros selvagens capazes de cometer atrocidades inimagináveis. Senhor das Moscas é um livro para se ler com calma, absorvendo cada detalhe.

O livro é repleto de alegorias que nos instiga a decifrar cada pequeno detalhe como algo crucial. O autor constantes críticas a sociedade através das personificações:

Ralph – Ele é um líder nato, eleito pela maioria. No meu ponto de vista ele simboliza um governo democrático. Não é tão inteligente, mas junto com o Porquinho formam uma boa dupla organizada e com regras plausíveis.
Jack – É o perfil que logo reconhecemos; uma crítica direta a ditadura. Impõe a liderança formando uma “nova tribo”. É até irônico que, logo no começo do livro, ele diz que precisam manter a civilidade, pois são ingleses e por isso são melhores, mas no final é o que se torna mais selvagem.
Porquinho – É o mais inteligente de todos. O único que se mantém civilizado até o final. Ele que tem as melhores idéias e tenta manter tudo organizado junto com o Ralph.
Simon – Ele é bom, prestativo e tenta não entrar em conflito com ninguém. Ele vai atrás da verdade. Em minha opinião, ele é uma mistura irônica entre a ciência e a religião. Foi o personagem que eu mais me apeguei ao longo do livro, infelizmente não tem um final muito bom.
Caçadores – Eles eram os meninos integrantes do coro, mas em determinando momento são designados à caça. Representam os soldados que seguem as ordens de um líder totalitário.
Pequenos – São as crianças na faixa etária de 6 anos. Não possuem muita “voz” na história. Seriam considerados como a população que elegem os líderes, mas não tem tanta representatividade no contexto geral.

Temos também a concha que é o símbolo da liderança e do poder, pois quem a segura tem o direito de falar sem ser interrompido; a coisa mais próxima que eles têm da civilização.
Em suma, o livro já foi adaptado duas vezes para as telas:
O Senhor das Moscas (1963): Considero a adaptação mais fiel (tem até algumas falas do livro), mas a atuação das crianças deixa a desejar. Recomendo assistir primeiro se você já leu o livro.
O Senhor das Moscas (1990): A adaptação é lamentável, parece até ser outra história, mas a atuação das crianças é bem melhor. Recomendo ver primeiro se você ainda não leu o livro.

site: http://www.moniquepaixao.com.br/

oieamare 17/02/2022

Não desista no início!!!
A história conta que durante a segunda guerra mundial um avião caiu em uma ilha, cujos únicos sobreviventes foram meninos em idade escolar. Com o objetivo de serem salvos, eles tentam se organizar para sobreviver na ilha enquanto o resgate não chega. Mas o que poderia ser algo fácil e divertido, visto que não há nenhum adulto na ilha e que manter uma fogueira não é muito trabalhoso, se torna uma zona de horror quando essas crianças começam a sumcubir a selvageria.

A proposta do livro, confesso, depois que descobri, não se tornou muito chamativa aos meus olhos. Eu que preferia ler muito mais Senhor das Moscas pelo título e não pelo que se tornou me vi desapontada (mas eu mudei de opinião depois).

Certo que achei o início muito parado e chato. Estava até pensando que odiaria mais um livro que eu queria tanto ler. Mas Golding conseguiu transformar sua narrativa de tal forma que fui me vendo sedenta para saber o que ia acontecer.

No início não gostei muito do Ralph também. Ele parecia ser aquele tipo de menino brigão de escola que só enche o saco, mas depois fui percebendo que ele parecia o mais humano ali. Já os outros estavam mesmo para meninos brigões de escola que não estão nem aí para as regras, que só querem aproveitar a vida na ilha. Me vi com dó dele conforme os acontecimentos.

Gostei que Golding parece forçar um amadurecimento neles. Há perguntas do que os adultos fariam em algumas situações e isso foi como perceber a dependência deles. Além disso a consciência e inconsciência de que são apenas meninos, crianças, cria uma atmosfera conturbada (visto tudo o que eles fazem) e ao mesmo tempo desesperadora (visto que Ralph e outros tem tanta dificuldade em fazer percebê-los isso).

Em suma, ainda não sei o que dizer sobre esse livro. Gostei muito, não favoritei só pelo cansaço inicial, mas é mais uma distopia que amo.

Recomendo que todos leiam e pensem sobre a natureza humana, sobretudo na de meninos que revelam bem mais sobre o ser humano do que se imagina.

Luis459 15/08/2024

Nsei
"Ralph chorava o fim da inocência, as trevas do coração humano, e a queda no abismo do amigo sincero e ajuizado chamado Porquinho."

Um dos livros mais difíceis de digerir que eu ja li, cada capítulo aborda melhor as consequências das escolhas pra sobrevivência dessas crianças.
As 2 penultimas paginas são retratando o medo de Ralph e todos os sentimentos algomerados que ele vinha guardando pra si desde o inicio do livro. E o choro no final foi uma das partes mais emocionantes e abertas sobre um personagem que eu ja li, e o menino só tem uns 12 anos.

Yuri Leal 20/06/2017

No escuro da floresta
Pronto. Terminei de ler SENHOR DAS MOSCAS No começo tentam ser civilizados e viver sobre as leis do mundo mas depois cai a real que estao isolados de tudo e todos e que podem fazer o que quiserem.
Ocasionando desputa de poderes Mas demora que so kkkkk Senhor das noscas mesmo sendo pequeno eu nao li rapido. Pq no começo pro meio nao acontece quase nada. Ai a gente vai lendo sem insentivo. Kkk Vi um filme "no escuro da floresta" justo quando estava lendo "senhor das moscas"
No filme o mundo ou pelo menos os estados unidos perde totalmente a energia e duas meninas ficam presas na casa da floresta da familia. Sem ter como voltar pra cidade e etc.
Ai tentam sobreviver por meio da floresta mesmo. O mesmo que os meninos do livro.
E nos dois casos as pessoas nao tem mais leis eticas e morais e fazem o que querem. Enfim. Parei. Quem ta ouvindo ne ? Kkk

LoveDino 28/07/2013

Comentário sobre o Prefácio e Personagens
Não quero dar spoilers, mas senti vontade de registrar que sempre estranhei o comentário no livro em que o cara falava que queria quebrar os óculos do pobre Porquinho. Caramba! O coitado do garoto já sofre tanto nas mãos dos garotos completamente imersos em sua selvageria! Talvez porque ele não revidava, mas, francamente ele representa a Razão Humana nessa história e fica bem claro como a Razão pode perder para o Instinto Animal em uma situação dessas (algo que me enfurece muito!). Se há alguém que eu gostaria que tivesse apanhado bem mais, além de trancafiado e isolado, era aquele psicopata do Jack!

Leticia Zampier 08/01/2013

Resenha + Analize dos Personagens
O livro conta a história de um grupo de garotos que, após um acidente de avião, se descobre sozinho em uma ilha deserta. Para tentarem se organizar, eles elegem Ralph como líder, o que não deixa Jack, líder do coral, muito feliz. Eles acham uma concha que passa a representar a ordem dentro da ilha.
No entanto, depois de algum tempo, os "pequenos" (como eles chamam os mais novos) começam a ter pesadelos e a ver o que eles chama de "bicho". Simon, que eles acham ser "doido", dizia que o bicho era humano. Porquinho, o mais inteligente, achava que o bicho não existia.
Pouco a pouco é possivel ver as semelhanças entre a vida na ilha com a dos tributos de Jogos Vorazes (Collins diz ter se inspirado em O Senhor da Mosca para descrever a arena).

Muitas analizes são feitas a partir do livro, que tem conteúdo de caráter filosófico e social.
Pensando Politicamente:
- Ralph seria a Democracia
- Jack seria o Fascismo
- Porquinho seria a Ciencia
- Simon seria a Religião ou a Fé
- o Coral seria o exército
- Sam e Eric seriam aqueles que não pensam por si próprios
- o "Bicho" seria a propaganda
- a Concha representa ordem
Pensando Socialmente:
- Ralph representa o governo, a ordem e a responsabilidade
- Jack representa a barbárie, o lado negro da humanidade.
- Porquinho representa a inteligência e a razão, não importando o quão impopular a verdade possa ser
- A concha representa a civilização, e quando Jack a abandona, ele rompe as amarras que o prendem ao mundo moderno.
- O fogo representa a utilidade, um meio para um fim, o qual, quando usado de modo incorreto, se torna um fim em si mesmo
- O Senhor das Moscas representa o Mal escondido no coração de todos

O livro é incrível, e nos faz pensar muito. O único ponto negativo é que algums cenas descritivas são descritivas demais, o que me fez perder um pouco da concentração em determinadas partes do livro.
Espero que tenham gostado, é uma leitura que eu indico.

Drica 31/07/2017

Fiquei chocada!
Eu gostei muito do livro, mas a história me deixou bastante impactada. Um grupo de garotos sobrevive a um acidente aéreo e ficam presos numa ilha, tendo que tomar decisões que vão proteger suas vidas enquanto esperam salvamento.
É surpreendente o que ocorre na Ilha por causa da disputa de poder de dois garotos que estão liderando dois grupos, um que é responsável pela caça e outro pela manutenção da fogueira. Fiquei chocada com o rumo que as coisas tomaram e o final foi angustiante. O livro é muito bom!

Ricardo 13/04/2022

As reais trevas do coração humana?
Originalmente publicado no meu ig @my.casual.poetry

O Senhor das Moscas, William Golding (??)
Pp. 224, Alfaguara (2014)

??Um acidente aéreo deixa um grupo de crianças, de seis a doze anos, abandonado em uma ilha sem adultos; eles são obrigados a sobreviver.

?Do ganhador do Prêmio Nobel de 1983, O Senhor das Moscas é um estudo sobre como crianças, tendo sido afastadas das amarras repressoras dos seus responsáveis, reagem às adversidades. Além de mostrar como seus comportamentos infantis irremediavelmente levaram alguns à selvageria; enquanto outros, ainda com alguma razão, tentam permanecer vivos apesar dos problemas da pequena sociedade juvenil que se desenvolveu.

??De início, não são capazes de compreender a seriedade da situação: ??Vamos lá?, disse Jack. ?Somos exploradores.?? E logo decidem: ?Acho que precisamos de um chefe para resolver as coisas?. E, emulando os adultos: ?Vamos votar.? Mas, com o antagonismo quase imediato entre partes, as crianças mostram-se facilmente guiadas pelo ego e a ausência de empatia característica da infância ? bullying, egoísmo? ? começam a danificar as relações.

?????Esse livro mostra como, para as crianças, certos títulos hierárquicos são meros signos estéticos que existem para se conduzir a vida com alguma estabilidade. Gostam de dizer que são ?líder? ou ?caçador?, sem exercer grande função. Além de terem grande medo de transparecer burrice, inferioridade ou qualquer outra falha.

??Interessantemente, mesmo estando em uma ilha sem reais perigos ou predadores, com frutas, água doce e carne em algumas ocasiões, pelos problemas daquela sociedade, se viram no centro de uma tragédia, chorando o fim da inocência tendo conhecido as reais trevas do coração humano.

Sem grandes cerimônias: pela sua originalidade, pela bela ambientação, pela construção de personagens, pela fluidez, nota 4,5/5.

Gi 17/12/2012

O Senhor das Moscas - William Golding
Comecei a ler o livro por curiosidade, mas não era bem o que eu esperava. A narrativa é bem complexa, muitas coisas parecem não fazer sentido, e para outras é necessário uma certa dose de dedução, por isso demorei tanto para ler, além de ser um tipo de leitura bem diferente das minhas preferências também é necessário que o leitor esteja 100% compenetrado e dentro do enredo.

Apesar de não ter se tornado meu livro favorito eu o achei brilhante. A temática abordada é incrível, mesmo que nós só nos demos conta disso depois de lê-lo. O autor aborda o instinto humano de sobrevivência que abandona toda a civilidade quando se vê fora de um ambiente controlado. Mostra como o medo do desconhecido pode afetar o juízo e criar seres cada vez mais selvagens.

Adorei Porquinho, talvez, principalmente, por ele ser o mais parecido comigo. Li muitas críticas a ele, mas o defendo, mesmo sendo motivo de gozação ele mantinha suas opiniões e princípios, tentava ajudar, mesmo que causasse irritação nos outros, se eles o ouvissem talvez a história tivesse tomado outro caminho e não teria se tornado o grande clássico que se tornou. E como sempre é preciso ter um bode expiatório o escolhido foi Porquinho, o mais fraco, o mais irritante, mas de quem Ralph se lembra no momento de maior problema, talvez ele seja o real herói, não sei, cabe a cada um de vocês lerem e escolherem seu lado nessa guerra entre civilidade e mundo selvagem.

Kamilla Gabriela 23/10/2024

243 páginas que pareceram 800 ?
Infelizmente não é o tipo de escrita que me atrai. Embora o plot seja muito interessante, jogar vários meninos em uma ilha e ver no que vai dar, a forma como a história se passa foi, para mim, um tanto quanto entediante. Muitas descrições de ambientação desnecessárias que só me deixavam com preguiça de voltar para a história. Teria abandonado já nos primeiros 20% do livro, mas como é um vencedor de Nobel, insisti.

Vick Araujo 10/08/2024

O que é o quê?
Após um acidente aéreo um grupo de crianças (meninos) ingleses de idades variadas se descobrem ?sozinhos?, sem adultos em uma ilha deserta. No começo, tudo é novo e alguns são tomados pela excitação de liberdade, da descoberta e tudo é uma alegria. Com o passar dos dias as necessidades, afazeres e a percepção de que se faz necessário tomar uma medida para serem resgatados faz eles elegerem um chefe. Porém, não basta ter regras se não tem quem as cumpra. As prioridades se dividem, os conflitos aumentam e sem chegar a um acordo o grupo se desfaz, um novo chefe surge! Então vamos acompanhar as batalhas individuais de alguns, o amadurecimento, a importância do pensamento, o que o medo, a selvageria e a falta de regras leva o ser humano a fazer! No final, aquilo que seria a destruição foi a salvação!

Michel 24/12/2017

Foi realmente um desastre
Abandonei a leitura porque a tradução da Alfaguara é muito ruim, a escolha de palavras é inadequada em várias partes. A tradução foi revisada por 3 pessoas! Como é que pode?