O amante

O amante Marguerite Duras




Resenhas - O Amante


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Tori Rios 31/10/2024

Finalmente entendo
Meus pensamentoss sobre o livro até agora:

Ate o momento: - não sei diferenciar os irmãos... Qual era o vagabundo? Qual era o que morre do coração - quero pegar essa mãe com as minhas próprias mãos e torce-la como se torce um pano de chão - marguerite passou de dondoca ex rica para odeio minha família muito rápido - coitado do chinês, passou por tanto racismo, será que valeu a pena pra ele dormir com uma menor de idade? - nossa senhora você quer muito comer a Hélène - vendo a forma como essas pessoas se comportam eu quase quero agradecer meu núcleo familiar por ser minimamente descente.

Neste novo status de leitura eu já sinto uma leve cadência de disassociação entre o Eu da memória e o Ela da fantasia, quando seus sentimentos são conflituosos e suas memorias não são tão exatas ela usa as palavras "Ela", "A Mãe", "O Amante", mas quando ela consgeue se lembrar melhor e volta a se colocar ela volta a começar os paragrafos com "Minha mãe", "nossa mãe", 'Meu irmão". Não quero voltar as páginas para ficar contando quando isso acontecia... Não quero perder o ritmo do que estou lendo.

Ultimo status: Não a vejo mais como uma mimada, eu a enxergo como ela quis que a enxergasse uma garota virando mulher em uma situação muito difrente daqui eu tive que me tornar.
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Rodrigo Martins 15/10/2024

"O chinês sente um amor abominável"
"O amante" foi lançado quando Duras tinha 70 anos e conta sobre um período da adolescência em que a autora viveu na Indochina, atual vietnã. O grande episódio que norteia a narrativa é a iniciação sexual de Marguerite, quando ela tinha 15 anos, com um chinês rico e mais velho. O mais interessante do livro, pra mim, não é essa relação de "amantes", mas as relações familiares. Temos uma mãe sempre triste, depressiva e pouco amorosa que, ao perder tudo num golpe, vive, junto aos filhos, a experiência de ser uma "colona francesa" quase miserável. Um irmão mais jovem, frágil, que viverá pouco. Um mais velho odiado e ao mesmo tempo desejado, golpista, de péssima índole, que parece monopolizar os únicos momentos de afeto da mãe.
O livro ganha pelas imagens fascinantes, pelo limite do autobiográfico, dos impasses da colonização, pela escrita poética cheia de antíteses que refletem as relações amorosas e familiares conflitantes.  
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Mari M. 12/10/2024

Chocante
Eu tinha que o tempo todo fazer o exercício de voltar e lembrar que era sob a visão de uma menina de 10 anos. Achei um absurdo atrás do outro, mas o mais estranho é que era poético. Estranho, instigando e reflexivo.
A mãe é o mar e nisso o posfácio ajuda muito na compreensão. Preciso ler novamente para realmente entender todas as minúcias.
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Lucas 07/10/2024

Estranhamente é um livro maravilhoso. Pretendo ler outra vez em breve. A trama pouco importa, o grande trabalho aqui está em revisitar uma história íntima com tanto sentimento, tornando lírica a memória. Não sei dizer mais.
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Livia.Labanca 07/10/2024

Leitura incrível!!! escrita maravilhosa, esse já é facilmente um dos meus livros preferidos do ano, quero ler mais textos dessa mulher, fiquei encantada com a forma como ela narra, a história é bem pesada, triste e densa, mas ao mesmo tempo nos da uma espécie de acalento pela forma como tudo é escrito
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Terra 26/09/2024

"Esse amor insensato que te dedico continua sendo um misteruo insondavel para mim. Não sei porque o amava a ponto de querer morrer com sua morte. Estavamos separados havia dez anos quando ocorreu, e raramente pensava nele. Parecia que o amava com um amor eterno e nada de novo poderia acontecer a esse amor. Eu me havia esquecido da morte"
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barb 20/09/2024

É.. não me desceu
Embora a escrita da Marguerite Duras seja, de fato, muito poética e inovadora, esse fluxo de consciência me confundiu mais do que me prendeu ou fez viajar nas memórias da narradora. Isso sem citar o quanto é difícil engolir uma narrativa que é centrada numa relação pedofílica. É óbvio que, quando a gente encara esse tipo de história, o ideal é pensar nela como mera representação do que acontece cotidianamente e não necessariamente assumir a concordância da autora ou do autor com esse tipo de conduta, mas isso fica difícil quando o restante da obra já não é tão envolvente.
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Denise51 19/09/2024

"Eu digo que não é só por ser de dia, que ele está enganado, que sinto uma tristeza que já esperava e que vem só de mim. que sempre fui triste. que vejo essa tristeza também nas fotos em que sou menininha. que hoje, ao reconhecer essa tristeza como a que sempre senti, eu quase lhe poderia dar meu nome, a tal ponto ela se parece comigo."
O livro fala de maneira muito poética sobre as questões que perturbam a escritora, como a tristeza e o vazio existencial que permeiam sua vida, sua família disfuncional, questões financeiras e especialmente seu amante, que é a fuga de sua realidade.
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Filipe Tasbiat 15/09/2024

Como um álbum de fotografias
Marguerite Duras consegue fisgar minha atenção nas primeiras linhas da sua novela autobiográfica ao descrever seu rosto devastado ante seu rosto de moça, que já era um "rosto de velha". É a primeira fotografia da coleção de fragmentos que se seguirá.

Nesses recortes, vislumbramos sua juventude na Indochina Francesa, as preocupações da sua mãe (que prefere o filho mais velho), a morte de seu irmão mais novo e a sombra da Segunda Guerra se alargando sobre a sua família.

Paralelamente, "O amante" narra a descoberta do sexo e seu caso, nem ardente nem muito promissor, com um homem rico chinês. Os fragmentos funcionam e são apresentados ao sabor do pensamento, da memória.

A um leitor mais interessado, talvez caiba ir e voltar e tentar montar o quebra-cabeça. Mas os fragmentos também funcionam por si. Como fotografias, é possível contemplá-las pelo que mostram, sem necessidade de um contexto ou de uma ordem cronológica.

Essa é a melhor parte da escrita de Duras: a construção de uma narrativa de rememoração em que cada memória basta durante o instante em que cintila aos olhos do leitor.

Com uma escrita afiada e poética, Duras realiza a proeza de narrar com objetividade e extrema profundeza. A leitura é breve, mas densa.
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Bru 05/09/2024

Lindo
A marguerite duras é provavelmente a escritora cuja escrita mais me encanta! sou apaixonada pela maneira que ela usa as palavras e quero muito ler outras de suas obras!
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Robremir 29/08/2024

Memórias de uma primeira revolução
Temos aqui um livro com menos de 100 páginas que consegue ser muitas coisas.
É um livro de memórias.
Tem momentos de crônicas.
Ajuda a entender um tanto de história.
É um belíssimo romance.
Tem uma grande carga feminista.
Enfim adorável.

Talvez você leve um tempo ( eu levei) para perceber tudo isso, mas quando perceber vai gostar.

E isto aqui é lindo demais:
"Disse que continuava como antes, que a amava ainda, que jamais poderia deixar de amá-la, que a Maria até a morte."
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Luana.Iannone 21/08/2024

é impressionante como ela escreve bem
Belíssimo livro. queria escrever como marguerite duras. as descrições envolvendo as relações familiares são cruas, honestas, incômodas e reais. até me identifiquei em diversas passagens. escrita brilhante, coisa fina mesmo. virou um favorito da vida, e olha que eu li o amante depois de ter lido um bolaño muito bom e mesmo assim fui surpreendida. o ano tem sido de ótimas leituras até agora
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Sofia889 12/08/2024

Conheci a duras pelo seu cinema e recentemente descobri q ela também é escritora e, agora q terminei meu primeiro livro dela estou maravilharada porque acreditei que o elemento dela conter tanto sentimento em uma descrição aparentemente mundana fosse próprio de seu cinema mas aparentemente tá em sua literatura tbm.
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Amal1 10/08/2024

Esse livro me pegou a partir daqui;

Certo dia, já na velhice, um homem se aproximou de mim em um saguão de um lugar público. Apresentou-se e disse: " Eu a conheço há muito, muito tempo. Todos dizem que era bela quando jovem, com dizer-lhe que para mim é mais bela hoje do que em sua juventude, que eu gostava menos do seu rosto de moça do que desse de hoje, devastado"

Confesso que não é um livro fácil, a timeline é bem maluca mas dá pra se entender.
William LGZ 10/08/2024minha estante
É meio confuso mesmo, mas também gostei bastante da leitura




Elizabeth 22/07/2024

Será...
Um leitura interessante, um pouco repetitiva, porém necessária para compreensão do texto. Não tem como saber se é uma biografia ou uma história inventada.
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