A Mão Esquerda da Escuridão

A Mão Esquerda da Escuridão Ursula K. Le Guin...




Resenhas - A Mão Esquerda da Escuridão


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Rafael_Santiago 18/05/2021

É até bem escrito mas meio chato
O livro é uma ficção científica que se passa num mundo onde as pessoas não possuem um gênero definido. Isso talvez seja um ponto que faça as pessoas falarem muito desse livro hoje em dia. Contudo, quem realmente o leu sabe que isso é apenas um pano de cena para compor um mundo bem avesso ao nosso e dar uma sensação no leitor de estar realmente imerso em uma outra realidade. A autora não levanta nenhuma bandeira ou empacota um diálogo que discuta política de gênero em seu texto. Ela mesmo já disse isso e até no texto introdutório escrito por ela, sugere.

Os excessivos usos de termos "malucos" fazem a narrativa ganhar momentos de conversa de bêbado. Às vezes é muito blá-blá-blá. Fora os textos soltos baseados na cultura do planeta alienígena que "interrompem a transmissão" para te desnortear ainda mais. Imagina você andando na rua quando aparece uma pessoa que você nunca viu na vida, te pega pela mão e te arrasta até o jardim dela para falar sobre a plantação de cogumelos do amigo imaginário dela em sociedade com o anão dono daquele jardim (que no momento não se encontra) e toda a técnica milenar de cultivo desenvolvida por eles. Nesses momentos eu lembrava daquele sample na música do Planet Hemp: "- Eu acho que a galera tá fumando demais". Tudo exagerado é ruim. Citando nosso famoso e fatalista filósofo Aurelius: "- Tudo que é demais é demasia" (sic).

A história é bem parada. Investe em tramas políticas e complôs muito mal amarrados. Imagina uma pessoa que pede para você sentar numa cadeira que agora ela vai brincar de te amarrar. Te amarra com os mais variados laços, nós de marinheiro e horas depois, se afasta, apaga a luz e bate a porta... Em certos momentos a narrativa é tão desinteressante que você esquece que o protagonista está em outro mundo e com algo a fazer, ele divaga muito. É bem boca aberta. Um devagar que vive a divagar. Se o livro fosse duas pessoas perdidas no gelo ia dar no mesmo... A sensação que fica é que você leu o livro para nada. A autora parece que está fazendo apenas um exercício literário de inventar um mundo. Faltou algo para desempenhar em cima desse universo criado.

Se você não liga muito para história, curte textos com overdoses de divagações ou coisas que se desenrolam em cima de acontecimentos ordinários, talvez goste mais do livro ou pode comprar um jornal ali na esquina que pode ter o mesmo efeito, porém te informar por umas poucas horas.

Eu esperava mais, foi meio ruim, decepcionante.

Hype bloody hype...

PS.: Evite ler o prefácio do Neil Gaiman. Em uma página e meia ele fala tudo que acontece no livro!!!
Alexandre 12/10/2021minha estante
Foi exatamente o que achei! Afinal....qual é a história desse livro? Até agora não entendi. E aqueles "contos" entre os capítulos? Para que servem? A história dos suicidas do Gelo achei que ia dar em algo, mas nada ...




Paloma 18/05/2021

Alteridade
Que leitura rica! Nos provoca tantas reflexões sobre a existência humana e nos apresenta uma nova perspectiva do que é (e o que pode ser) o Ser Humano. É desconcertante a crítica e a quebra dos papéis de gênero que a Úrsula faz; um elemento tão definidor na nossa sociabilidade. Um baita exercício de alteridade.

Não consigo falar muita coisa para não dar spoiler, mas considero essa uma leitura quase que obrigatória para os amantes de literatura em geral.

ps: Para quem não tem muito contato com ficção científica talvez encontre algum desconforto na experiência de leitura, eu sou uma dessas pessoas. Mas por gostar muito dos principais - na minha opinião - elementos desse gênero: estranhamento e reflexão filosófica; ainda sim gostei bastante da experiência de leitura.
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Danilo sm 16/05/2021

Escuridão, a mão direita da luz; dois são um!
Às vezes é bom ler algo diferente, no caso ler outras obras, outros autores, mas eu não sabia que em um mesmo gênero literário poderia encontrar pérolas tão distintas. A própria Ursula K. Le Guin afirma que o trabalho do escritor é traduzir em palavras o que não pode ser dito em palavras. E a ficção científica é um dos meios mais complexos, únicos, pois sua função não é prever o futuro, mas trazer temas do "agora" os jogar ou em um futuro distante, ou em outro planeta. Nesse sentido surge A Mão Esquerda da Escuridão. O qual é considerado um dos "clássicos".

A narrativa é contada através de um relato diário do Enviado Genly Ai, da união de planetas Ekumen, mesclando com outros textos sobre a cultura do planeta Gethen/ Inverno, entre outros. Tem um ar de alta fantasia, com vários nomes novos, intrigas políticas e sua construção de universo. Já o detalhe mais intrigante, o mais comentado nesse livro é sobre gênero e sexo, já que os habitantes do planeta não tem um gênero definido, não são homens, não são mulheres, são homens-mulheres e nada ao mesmo tempo. Na maior parte desse tempo.

Confuso, não é? Essa é uma palavra que define os primeiros 50% do livro, até mais. É uma das grandes dificuldades da leitura. Le Guin só nos joga lá dentro como se já soubéssemos como é a vida lá. E coube a mim montar um quebra-cabeça bem difícil. A escrita é lenta, o desenvolvimento igualmente. A história não possui tanta urgência, é pacífica e toma o tempo que precisar. E isso toma tempo, várias descrições e divagações, ao mesmo tempo sensorial, poética, meio exotérica... Isso me foi atrativo. É uma obra muito boa, desde que você invista seu tempo nela, e tenha paciência. Após isso, Ursula fornece várias discussões, desde a fundamental dualidade de gênero, solidão, até patriotismo... Se não funcionou dessa vez com você, não foi o momento. Nem eu pude entendê-la em sua totalidade. Creio que uma futura releitura pode engrandecê-la.

Essa pode ser uma daquelas obras que mudam quem a consome. Ela tem esse toque transformador.
Se me deixou diferente, não consigo definir como. A própria autora sugere que nós não sabemos quais mudanças ocorreram, nem como, mas que aconteceu. Assim, podemos levar para a vida o que quer que absorvemos.





***ESSA PARTE PODE TER SPOILER***


Uma observação:
A autora, por escolha, se referiu aos gethenianos como "Eles", por uma questão de que o pronome não é tão determinante quanto "Elas", além de que várias vezes os nomeia "Homens"- o que faz um pouco de sentido na visão de Genly Ai, só na visão dele. No entanto, ela mantém o livro inteiro assim, nessa caracterização, o que não faz tanto sentido para denominar seres com ambos os sexos, e nenhum ao mesmo tempo. Bem... Sobre esse assunto a autora acatou algumas críticas e comentou que, pensando bem, seria bom se tivesse feito de outra forma. Mas essa escolha, apesar de confundir um pouco em caracterizar as personagens, não diminui a obra! Pelo contrário, acrescenta mais tópicos para debate.
Danilo sm 03/08/2021minha estante
NOTA: o pronome "eles" foi menos determinante por uma questão tanto de escolha da autora como do próprio idioma, que possui esse "binarismo" se assim posso dizer. Se você está lendo isso, esse comentário é a título de adicionar mais informações, uma curiosidade, do que o que já está na resenha. Era um fato que fiquei pensando muito a respeito.




Raiane 15/05/2021

Foi meu primeiro contato com ficção científica e confesso que inicialmente senti dificuldade de engatar na leitura, principalmente por causa das nomenclaturas novas e, algumas vezes, seus complexos significados. Mas, depois dos primeiros dois capítulos já consegui mergulhar na história e viajar junto com o Genly Ai para o planeta Gethen.

Algumas partes do livro se arrastaram pra mim pelo excesso de descrição da paisagem, mas isso é algo pessoal. É claro que um livro que traz um planeta totalmente desconhecido por nós deve trazer bastante descrições para nos ambientar da melhor forma possível.

Sobre a história, como viram na sinopse, existe uma comunidade universal em que estão "reunidos" representantes de todos os planetas com vida existentes. Genly Ai, um terráqueo, é enviado, sozinho, para dialogar com os governantes do Gethen, que ainda não faz parte da comunidade.

Os moradores do planeta Gethen não têm gênero definido, não são apenas homens ou mulheres: cada pessoa é os dois/nenhum, e periodicamente exterioriza características femininas ou masculinas.

Essa questão do sexo, para mim, é a mais interessante dentre tudo que é abordado no livro, pois o fato de ser narrado pelo próprio Genly traz a perspectiva que nós mesmos teríamos se estivéssemos no lugar dele e é a que temos ao ler o livro.

Por muitas vezes, o personagem é passível de críticas, por ter pensamentos machistas propositalmente colocados pela autora como reflexões para nós, leitores.

Muitas outras pessoas que leram e eu relatamos dificuldade para imaginar os personagens, justamente devido à questão do gênero. Afinal, considerando a nossa construção social, como imaginar alguém que não é nem homem, nem mulher? Mas, para mim, isso é o que torna o livro ainda mais interessante.

Por fim, a autora não explora tantos personagens e os dois principais são realmente os mais desenvolvidos e que ganham o nosso coração durante a leitura. Não falarei muito sobre o segundo personagem fora o terráqueo Genly Ai pra não dar spoilers. Mas a história é linda e deixou um gostinho de quero mais no final, que foi emocionante!

Recomendo muito o livro pra quem gosta de ficção científica e também pra quem ainda não conhece, como era o meu caso. Foi uma experiência incrível!
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Nath 13/05/2021

Uau
Fantástica narrativa, mesmo quando me pegava sem entender absolutamente nada do que estava lendo, devido as palavras desconhecidas pelos dicionários das variadas linguagens humanas, e das profusas descrições, longe de serem cansativas. Uma leitura envolvente, convidativa, fez-me enxergar um novo modo de vida e uma nova realidade bem distante da qual me adequo. Vi-me sob o yin-yang - a luz é a mão esquerda da escuridão.
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Mucamon 13/05/2021

quero ler de novo
o livro prende, e se desenvolve muito bem, fiquei perdido no início mas depois que me habituei foi uma história muito boa de ser lida, quero ler de novo pra entender melhor o início
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giovana 13/05/2021

bom demais
me surpreendeu que a escrita da ursula k le guin não é nada descritiva. eu só tinha lido uma crônica dela antes (the ones who walk away from omelas, muito boa por sinal) e não esperava que fosse encontrar uma escrita tão focada na ação assim. óbvio que isso não é um defeito, é só uma escolha que eu achei interessante.
enfim, esse livro tem muitas camadas. obviamente primeiro a discussão de gênero, mas vai além e mostra tudo que isso envolve. política, social e até econômica. e dai ainda traz discussões pesadas sobre arranjos políticos e colonialismo (é sério, não ta na superfície mas ta nas ações e diálogos dos personagens). o livro não é muito ?descritivo?, mas é tão bem escrito. sério, tipo me envolvi no troço de um jeito. e o recurso de três narradores (genly, estraven e onisciente dos ?contos de história? no meio) ficou muito bom. trouxe um profundidade pra história, sla.
por fim, shippei muito estraven e genly. é isto. queriam mt q eles ficassem juntos.
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Brunna Fernanda Freire 13/05/2021

Expectativa frustrada, completamente.
Sinceramente esperava MUITO mais do livro, principalmente depois de ler as críticas e a introdução da própria autora.
O livro não tem nada haver com o que é proposto, simplesmente nada haver, é um ÓTIMO livro no que concerne a criação do cenário, das sociedades que vivem ali, do planeta em si. Mas a temática de problematização de questões de gênero? Passa longe, é superficial e até mesmo reforça (e muito) estereótipos machistas.
Se me dissessem que era um livro sobre amizade e lealdade eu concordaria, assim como concordo com o cenário rico, mas apenas nisso o livro é bom.
Outro ponto extremamente negativo é o ritmo da narrativa em si, faz muitos anos que li um livro tão maçante no qual precisei me forçar até a última página para não abandonar.
Infelizmente não recomendo este livro.
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bellanoronha 10/05/2021

?A única coisa que torna a vida possível é a incerteza permanente e intolerável: não saber o que vem depois.?
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Yuri Ferreira 06/05/2021

Para compreender, não adivinhar.
Posterguei escrever essa resenha por muito tempo. Não por não saber o que dizer, mas exatamente por não ter o que dizer.

É difícil falar de um livro que já te entrega tudo - desde intrigas políticas, reviravoltas, debates sobre gênero, religião e momentos de respiro - com uma construção completa, que consegue concluir os seus problemas de maneira eficaz e ainda possui uma escrita tocante, poética e bela.

Me admira muito a Ursula escrever um livro que fala tanto sobre a situação da época (de maneira global e também em relação ao gênero de ficção científica) sem ser condescendente; creio que seja isso que acaba dando ao livro um valor atemporal. Me deixa ainda mais feliz que ela tenha sido vista e reconhecida, porque "A Mão Esquerda da Escuridão" consegue nos mostrar o quão pouco conscientes alguns livros de ficção científica conseguem ser. Isso fica claro ao comparar a escrita de Ursula com a de diversos outros grandes nomes da ficção científica (homens, num geral). A arte é política e, um gênero que se baseia na descrição da própria realidade (segundo as palavras da própria autora), também deve ser, mais do que qualquer coisa, político.

O livro inteiro já é político; desde a sua premissa até a última frase. Acompanhamos a jornada de um enviado político a um planeta, buscando uma união intergalática. A partir disso temos beleza, transcrita através de relações entre humanos (de planetas diferentes, mas igualmente humanos). É através da diferença que Ursula escancara os problemas e os pontos em comum; "[...] foi da diferença entre nós, não das afinidades e semelhanças, mas da diferença, que este amor nasceu: e ele foi a ponte, a única ponte unindo tudo o que nos separava." No início e no fim, é uma história, uma relação entre o "Eu e o Outro" que vira "Eu e Tu".

Vejo muita gente falando como é "pouco" ficção científica, que é "muito" mais um estudo antropológico (!!!), mas até isso a própria Ursula responde. É inútil saber a resposta à pergunta errada.

Ler "A Mão Esquerda da Escuridão" é um alívio no meio de tantos escritos e escritores iguais, por mais grandiosos que possam ser.
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Michelle 02/05/2021

Não sei bem o q dizer desse livro. Aos amantes de scifi recomendo, principalmente por conta das discussões. Vale muito a pena a leitura desse clássico.
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Danniki 27/04/2021

Reflexão sobre a sexualidade
Sinopse (A mão esquerda da escuridão): Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal.

Sinopse (Os despossuídos): O romance se passa em dois planetas-gêmeos, Uras e Anarres, com sistemas políticos opostos e prestes a entrar em guerra, numa alusão à Guerra Fria.

São os primeiros livros que eu leio da autora, e simplesmente gostei muito! Eu tenho grande respeito pela autora muito antes de ler sua obra. Conhecia seu nome e seus trabalhos graças aos outros autores aclamados da época dos anos 60 e 70. É como se ela fosse a única escritora que escrevia do gênero sci-fi da época, e devido a desigualdade, que até hoje lutamos e estamos ganhando mais espaço atualmente, e é por causa disso que admiro os trabalhos dela mesmo que eu não tenha lido todos, e agora que eu li os dois serviu para aumentar a minha admiração por ela. O livro é um desafio para mim, há trechos que não entendi por causa da criatividade da autora, mas o incrível que não me impediu de entender a física, a matéria que eu colei os três anos direto do ensino médio. Devo aplaudir pelas ideias da autora a respeito dos planetas, nomes pessoais e idiomas. E principalmente, seu objetivo ao escrever as obras, com intenção de impactar os leitores. Pois o livro foi lançado nos anos 70, e me parece tão atual! Os direitos humanos, os governos...

Um livro que faz você não entender e ao mesmo tempo entender a história narrada pela Ursula. A leitura é gostosa e curiosa, devorei em poucos dias. Inclusive chorei com o final (a mão esquerda da escuridão), é muito bonito a humanidade, sabe? O que achei interessante na leitura é o fato da escrita ser de 1969, mas tão atual (de novo!) a respeito sobre relação entre gêneros, assunto polêmico da época e hoje é uma luta a ser vencida (que para mim já é vencedora, mas ainda precisamos explicar para os imbecis).

Indico para quem gosta de antropologia, ficção científica e filosofia.

site: https://www.instagram.com/autora.daniellamartins
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Paola 26/04/2021

Ótimo livro
Começo ótimo, as vezes um pouco confuso, mas sem dúvidas um final emocionante.
Chorei como um bebê lá para 90% do livro e é aí que você percebe o quanto se apegou aos personagens.
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Tamiris 24/04/2021

A mão esquerda da escuridão
É muito interessante entrar em contato com esse mundo apresentado no livro.
Fiquei confusa no início, mas ao longo da leitura é possível entender as dinâmicas dos planetas, da política, o modo de vida da população, sua sexualidade entre tantas temáticas que são apresentadas.
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