Resenhas - A Mão Esquerda da Escuridão

Andre24 14/11/2024

Dividido entre dois mundos
É interessante mas às vezes é muito chato. A autora foi bastante criativa em pensar nessa diferença do povo de Inverno, nos levando a descobrir como eles "funcionam" e como é o seu mundo e suas culturas. As lendas e observações "biológicas" também são atrativas, mas a parte política e as intrigas da corte quase me fizeram desistir. Tem continuação? Dá pra fazer muitas histórias expandindo esse universo.

Tally 13/11/2024

Meu primeiro audiobook, foi bom para perder o preconceito com o formato, mas mais que isso me fez perceber que se eu estivesse lendo, eu teria abandonado.

No início é complicado, porque são nomes muito diferentes, uma cultura totalmente nova, mas aos poucos a gente entra na história e quer saber o que acontece a seguir.

Confesso que o final me pegou, fiquei esperando algo a mais, mas o final é esse mesmo. e é fechado, não abre espaço para pensar 'e se?'.

Rodrigo1185 13/11/2024

Foi uma leitura no começo um pouco difícil (senti falta de notas de rodapé), demorei um pouco pra entrar na história,mas depois fluiu e não consegui sair,uma bela história e uma bela escritora,agora vamos de Despossuidos...

Arthus.Mehanna 05/11/2024

Nusuth
É o segundo livro de Le Guin que leio.
Com certeza muito bem construído, com personagens profundos e sempre uma crítica sobre gênero, sexualidade, classe, raça e meio-ambiente.
Apreciei o quanto a narrativa afunila de uma forma cada vez mais emotiva e fascinante.

Alan (@coracaodeleitor) 31/10/2024

Achei a premissa genial. Acho que tivemos algumas problematicas durante o livro mas nada que tire o brilho das poderosas lições que podemos absorver.

Lali 16/10/2024

Considerando quando foi escrito, o livro é excelente, a frente de seu tempo, com críticas sociais e de gênero importantíssimas. Talvez hoje algumas coisas deveriam ser repensadas, mas no geral um excelente livro.

R. K. 13/10/2024

Faltou o principal: a história
Eu diria que é um conto entremeado por um tratado antropológico. A polarização é tendenciosa em um cenário siberiano pelos olhos do estadunidense médio. Não vi nada científico que justificasse o sci-fi atribuído como gênero, a não ser mesmo o fato de se referir a viagens interplanetária. Mas, nesse caso, teríamos que colocar O pequeno príncipe como um gênero sci-fi também. Mas é bem criativo. Dá pra usar como pano de fundo em uma fanfic fácil.

Jamelo Leituras 11/10/2024

Não esperava ler esse ainda ainda esse ano. Não sei bem o motivo q me fez começar, só sei q quando percebi estava lá, lendo os relatos de Genly Ai na periferia do Inverno.

Acho louco pensar o tanto de tema abordado num livro q foi originalmente pública no fim dos anos 60 e início de 70. Sexualidade, política, temas q hoje estão tão em alto como nunca estão aqui, pensando e refletidos. Já que tenho um certo gosto por história que mexem com o lado mais político (visto q amo Metal Gear Solid), foi ótimo ter lido.

Provável única crítica q tenho, mas isso é mais coisa minha do q qualquer outra coisa, é em relação a alguns termos e até mesmo a história q a Le Guin traz, mas devo tá sentido isso por se tratar de um livro q faz parte de um universo próprio. Talvez seja isso.

No mais, leiam, é ótimo, principalmente se gostar de tramas políticas.

Cajeu 03/10/2024

Eu queria muito gostar horrores desse, mas foi uma leitura muito dificil.
O universo criado e os personagens são bem complexos, então é um livro que você precisa realmente estar atento o tempo todo pra conseguir pegar todos os detalhes e as vezes acaba ficando cansativo.
A ideia em si é muito interessante, mas a parte que eu mais queria me aprofundar, que era sobre gênero e sexualidade, achei meio rasa.
Tem quotes e ideias muito legais que no final senti como se fosse só um amontoado de reflexões, não deixando a história tão clara. Não consegui me conectar com os persongens e todos os personagens tendo pronomes masculinos tirou um pouco da pira sobre gênero.
Sinto que é um livro que precisa ser lido várias vezes pra pegar o conceito.

Jessqui 02/10/2024

Um homem numa terra estranha
O enviado. Assim era conhecido Genly Ai no planeta inverno.
É interessante como a história nos leva além do esperado, na verdade pra fora disso. Não é um enredo de grandes descobertas e colonização. É uma trama de vivência, de aprendizado através do comportamento alheio e das próprias reações a partir desses comportamentos. Ação e reação. É principalmente sobre a lenta, e às vezes inesperada e incerta caminhada ao amor. Amor à si mesmo, amor à pátria, amor a seus princípios. Amor ao outro.

Camila 29/09/2024

A Mão Esquerda da Escuridão
Primeiro livro que leio de Ursula K. Le Guin, por indicação de uma amiga, e foi uma experiência transformadora. A genialidade de Le Guin ao explorar a humanidade por uma perspectiva tão radicalmente distinta ? em um mundo onde as divisões de gênero se dissolvem ? me tocou profundamente.
É uma leitura desafiadora, especialmente no início, quando somos apresentados a termos Gethenianos sem explicação direta. Le Guin nos confia a tarefa de desvendar o significado dessas palavras e, à medida que isso acontece, a história começa a fazer sentido de forma natural. O que poderia ser difícil torna-se cativante, pois o universo detalhado que ela constrói nos envolve como uma aventura, e as nuances das relações entre os personagens são o verdadeiro motor que te impulsiona a virar as páginas.
A trama segue Genly Ai, um enviado humano a Gethen com a missão de convencer seus habitantes a se unir à Ekumen, uma aliança interplanetária. Ele acredita que essa união trará benefícios mútuos, por meio do intercâmbio comercial e tecnológico. Genly busca inicialmente o apoio do rei de Karhide, sem sucesso, e depois apela aos políticos de Orgoreyn. Mas, além de sua missão diplomática, o livro revela o desenvolvimento de uma relação profunda e complexa entre Genly e Estraven, o ex-primeiro-ministro de Karhide, que caiu em desgraça.
A verdadeira genialidade de Le Guin não reside apenas na criação de um mundo extraordinário, mas nas sutis e intrincadas relações humanas que permeiam a narrativa. A conexão entre Genly e Estraven transcende rótulos e preconceitos, explorando questões profundas sobre identidade, confiança e o que significa ser humano. Genly, que inicialmente se sente desconfortável em meio à ambissexualidade dos habitantes de Gethen, descobre, ao longo da jornada, que a aceitação do outro ? em toda a sua complexidade ? é o cerne dessa narrativa.
Esta é uma leitura que exige paciência e imersão, mas que recompensa o leitor. A jornada de Genly e Estraven não se limita às paisagens geladas de Gethen, mas atravessa também as complexas paisagens emocionais e sociais dos habitantes deste mundo ? e, de certa forma, das nossas próprias vidas.

Amanda1585 19/09/2024

É um livro muito bem escrito, com uma história bem delineada, sem excessos. Os personagens são fiéis até o fim, o que dá uma tristeza
Foi o primeiro livro da autora que eu li. Com certeza, lerei outros no futuro.

Giovanna.Traficant 18/09/2024

Interessante...
Apesar de tudo que Straven (o traidor) fez para o o viajante, ele não merecia perdão e empatia?
Adorei a experiência dessa leitura...

Carolina1093 17/09/2024

A frente do seu tempo
Tive um pouco de dificuldade de me conectar a história, mas é muito interessante, traz bastante questões importantes e atemporais.

dudde 12/09/2024

Um livro fascinante e um universo ainda mais fascinante
Esse livro poderia facilmente ter o dobro do tamanho e seria tão oh mais interessante e cativante. mal posso esperar para ler outros do mesmo universo.
acredito que mais do que a narrativa em si, o mundo de Gethen que envolve a narrativa é muito profundo e vivo. o frio é o Gelo trazem um aspecto de aridez e ao mesmo tempo de vida às nações de Inverno.
questões limítrofes de gênero, sexo, nação, família, humanidade, sociedade, amizade, amor e política interespacial são presentes do começo ao fim e não poderiam ser melhor colocadas.
definitivamente um dos meus livros favoritos.