O duplo

O duplo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Duplo


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"Aonde você vai Sam?" 13/07/2023

Gógol + Saramago = Dostoiévski [?]
Imagine os absurdos mundanos d"O Capote" do Gógol somados ao existencialismo profundo d"O homem duplicado" do Saramago; tudo isso sob efeito de psicotrópicos poderosos!

Assim é o segundo romance do Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski, esse psicoescritor!
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Marcelo 20/07/2023

É incrível como, mesmo no início de sua carreira, Dostoiévski é capaz de mostrar um talento ímpar para criar personagens complexos e cativantes.
Em O Duplo, temos a história de um funcionário público de baixo escalão, que vive atormentado com a imagem que tem de si mesmo e sua relação com o mundo exterior. Tudo isso acaba se materializando na figura do duplo que afronta o personagem principal durante a miro parte da história.
Excelente leitura!
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mari1531 20/07/2023

Primeiro de literatura russa
Esse livro foi o primeiro de literatura russa que finalizei. O começo é um tanto arrastado e a narrativa só conseguiu me cativar mesmo quando o duplo é apresentado.
É um livro muito interessante, com um protagonista (bem) confuso e muitas vezes contraditório, cujo motivo disso é explicitado nos comentários dessa edição.

De alguma forma, me lembrou MUITO dois autores brasileiros: Machado e Graciliano. O primeiro, por conta das falas e de como a narrativa foi conduzida, além do diálogo com o leitor em algumas partes no começo da obra. O segundo, pois a temática e a confusão mental do protagonista me lembraram muito Angústia, ainda que o tema não tenha sido tão explorado como na obra brasileira (vamos dar um desconto pelo livro ter 200 e poucas páginas e por ser um dos primeiros do Dostoiévski a serem publicados, rs).

Eu simplesmente amei os comentários da Editora 34 ao final, foram extremamente esclarecedores e tenho certeza de que eu não teria compreendido a obra por inteiro, caso eu não tivesse esses textos de apoio.
Acho que é um ótimo livro para se começar Dostoiévski, já que em suas obras futuras ele lidará com a mesma temática de psicológico e duplicidade.
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marxboro 23/07/2023

Psicológico
Os textos de apoio limpa qualquer dúvida que possa pairar sobre nós após esse final e essa leitura - meio que densa e chata as vezes principalmente durante as falas do senhor Golyadkin (intencional).
que romance psicológico incrível, indispensável à qualquer leitura das obras principais do Dostoievski (Os Irmãos Karamazov, Crime e Castigo, O Idiota, Os Demônios etc). É como é dito num texto de apoio, foi o laboratório do tema psicológico que assim como confirmado por um médico de Dostoievski (que sofria de epilepsia), se interessava por distúrbios mentais, transtornos, sistema nervoso, psiquê humana e etc durante o lançamento desse livro.
após ler a idéia socrática de "Conheça-te a ti mesmo" a idéia de "Conheça-te a ti mesmo e ao seu duplo" não sai da minha cabeça... todos possuímos nosso duplo, assim como o próprio Dostoievski possuía.
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joaoggur 12/08/2023

Pô, Dostô?
O Duplo fora o segundo romance de Dostoiévski, lançado pouco depois de ?Gente Pobre?. Tive uma excelente experiência com o primeiro; já com este, admito que as coisas não foram muito boas.

Acompanhamos a história do Senhor Guliadykim, um funcionário público tímido, retraído e completamente deslocado de seu meio social. Depois de ir embora de uma fracassada festa (da qual ele nunca fora, definitivamente, convidado), ao andar pelas ruas se depara com uma cópia sua; um homem de mesma aparência, nome e história de vida. Encontra seu duplo.

A narrativa de Dostoiévski é confusa, e creio que este é o ponto mais baixo da obra. A parte do fluxo de consciência, sem dúvida, eh o ponto alto; adentramos cada vez mais na mente perturbada (e insana?) do protagonista, e cada vez mais descremos de suas próprias palavras. Em contrapartida ao apelo psicológico, tudo é revestido com uma tintura monótona e nada convidativa a prosseguir. Ao mesmo tempo que é interessante fazermos esta ?apneia? na alma do protagonista, pouco nos importamos, realmente, com ele.

Imagino que deve ser um dos mais fracos livros deste grande escritor. Para aqueles que querem conhecê-lo, não recomendo: Fiódor Dostoiévski é muito mais que isso.
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Polly 23/08/2023

O Duplo: pertubador (#187)
[TALVEZ HAJA SPOILER PARA ALGUMAS PESSOAS]

Como definir O Duplo senão como perturbador? Sei que existem pessoas que conseguem ver o lado cômico da narrativa, eu mesma consigo enxergar essa intenção nas ironias de Dostoiévski a cada parágrafo, a cada vez que o narrador chama o protagonista de “nosso herói”, mas a experiência de ler o livro, para mim, foi angustiante, e nada cômica. Ver Golyádkin enlouquecer a cada capítulo foi um tanto perturbador, eu confesso.

A narrativa é estranha, intencionalmente (acredito eu) confusa e muitos nós da história ficam soltos, até mesmo para os leitores mais atentos. A ideia - aqui, mais uma suposição minha - é fazer com que o leitor tenha o mesmo sentimento de confusão experimentado por Golyádkin. E, ainda que o final seja claro, não conseguimos saber o que foi real ou apenas imaginação do pobre Golyádkin.

Mas, contando um pouco do enredo, Golyádkin é um funcionário público do mais baixo escalão do serviço público da Rússia, que deseja muito ascender socialmente - mas, que sabe que aquilo jamais se realizará - e enlouquece por isso, por esse desejo impossível de alcançar. E, mesmo sabendo que não conseguirá chegar na posição social almejada, Golyádkin tenta as mais loucas empreitadas para mudar essa realidade, que só o fazem afundar mais e mais e conseguir ainda mais rejeição social. Golyádkin vai se enterrando dentro de si mesmo cada vez mais. Até implodir.

Não sei se indico a leitura. Acho que esse é daqueles tipos de livro que não aceitam meio termo: ou se ama ou se desgosta (de com força, como se fala no meu país Pernambuco).
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Nathalia1007 28/08/2023

O que é real?
O Sr. Golyadkin é aquele tipo de personagem que nos faz refletir sobre o que estamos fazendo com a nossa vida. Estamos vivendo pautados na realidade ou simplesmente nos deixando levar e influenciar pela sociedade e pelos nossos pensamentos distorcidos sobre nós mesmos?
Toda a confusão mental de Golyadkin, suas ações controversas são registradas pela narrativa majestosa de Dostoiévski.
Incrível do início ao fim.
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Isa 30/08/2023

Não foi o meu livro favorito do autor, mas também não foi um desperdício de leitura. A crítica, na época do lançamento do livro, não gostou muito dele, por que não tinham lido nada antes tão psicológico.
Dostoiévski é o gênio em criar personagens miseráveis, humilhados, pobres, com pouca perspectiva de uma vida melhor, e loucos.
Golyádkin tem uma história tão baseada na loucura e na mediocridade, que se torna em certo ponto engraçado de ler. Ainda mais quando o seu Duplo, a versão do que ele gostaria de ser, aparece, e esse desejo de tentar ser diferente, baseado principalmente na personalidade do seu outro, que o afunda ainda mais na loucura.
Dostoiévski realmente é um autor que está em outro nível, no que diz respeito a criação de personagens tão reais.
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Fernando 03/10/2023

O lado narrativo da confusão esquizofrênica acaba soando repetitivo em partes...faz parecer que a leitura não está indo a lugar algum, mas acho que a ideia é justamente essa. Essa inovação formal desse mergulho psicológico e as tiradas tragicomicas características do autor fazem valer, mas o livro não é fácil, sensação de que ele ainda estava experimentando.
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bia 18/10/2023

Esperava tão mais, que livro difícil. sei que foi proposital mas esse Golyadkin é insuportável de chato, sempre que ele começava a falar ou pensar uma parte de mim morria, se tirasse todos os vicios de linguagem e as enrolaçoes dele esse livro teria 15 páginas.
se nao fosse tao mediocre teria ascendido na vida isso é claro, dostoievski ama um principal todo coitado como pode
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Karime 21/10/2023

Dostoieviski
Golyadkin é um homem miserável que tem tudo para crescer na vida e se vê perdendo oportunidades boas, sua timidez e mediocridade são seus piores monstros.

Golyadkin se vê de se encontrou com alguém exatamente igual a si, esse outro é gentil, generoso, bom no trabalho e respeitado por muitos, sendo alguém que Golyadkin sempre sonhou ser e jamais conseguiu o fazendo temer esse outro homem.

Golyadkin declina entre delírios ilusórios e a realidade difícil, em meio a encontros e desencontros ele vê seu caminho mais e mais difícil enquanto luta com sua própria mente.
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umafacasolamina 03/11/2023

Tinha o ar de quem parecia querer esconder-se de si mesmo em algum lugar, de quem parecia tentar fugir de si mesmo para algum lugar. sim, era realmente o que acontecia. diremos mais: nesse momento o senhor golyádkin não só queria fugir de si mesmo, mas deixar-se destruir completamente, não ser, virar pó.
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Invasão Bárbara 05/11/2023

O Duplo - poema petersburguense
Golyádkin é um funcionário público de baixa classe dedicado exclusivamente ao trabalho. Até seu médico recomendar que ele passe a viver em sociedade, faça amizades, vá à festas e saia para beber.

Pela falta de habilidade, o funcionário acaba sendo sincero demais nos encontros e esbanjando dinheiro por achar que é assim que uma pessoa sociável age. Ao ser desconvidado para um banquete, por o considerarem importuno, ele protagoniza uma cena constrangedora: invade o evento, tenta obrigar a anfitriã a dançar e faz discursos dramáticos emocionados sobre não ser aceito. Depois de expulso, (em um parágrafo de 9 páginas) planeja cometer suícidio, mas é impedido por uma estranha figura que fica cruzando seu caminho, sempre indo na direção contrária: ele próprio.

O segundo Golyádkin começa a interferir na vida do primeiro: arranjando emprego no departamento e frequentando os mesmos lugares. Logo, o segundo recebe uma promoção e faz amigos, deixando o primeiro cada vez mais melancólico e paranoico pelos dois serem idênticos e, mesmo assim, o outro ficar com toda a glória.

O Duplo foi o grande fracasso do Dostoiévski. Não é ruim, o problema é a trama ser parecida com a de O Nariz, conto do Gógol lançado em 1836, dez anos antes. Os desfechos são diferentes, no entanto, em vários momentos parecia um copia e cola.

Contudo, uma característica do autor, herdada do Puchkin e que tornou a leitura muito prazerosa, é o narrador em 3ª pessoa falando de si, pedindo desculpas por não saber descrever algum acontecimento ou tomando as dores pelo herói. Era sempre divertido quando isso acontecia.

E também vemos em O Duplo, antes do Notas do Subsolo, a primeira semente do que viria a ser a polifonia narrativa criada pelo Dostoiévski (usada em Os Irmãos Karamazov), isto é, diversas vozes e pontos de vistas dentro de uma obra para mostrar a sociedade de uma forma ampla. Temos aqui dois Golyádkins, um antissocial bom e um sociável perverso, tendo que coabitar espaços e vivenciar experiências semelhantes.

site: https://www.instagram.com/invasao_barbara/
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