O duplo

O duplo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Duplo


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lima 04/11/2024

o livro apresenta, inicialmente, um personagem descontente com sua vida e escolhas que ao passar por uma situação vexatória vê uma oportunidade de retaliação, mas seus planos são mudados bruscamente quando encontra sua nêmesis, o duplo. ao perceber que havia alguém que estava em uma situação aparentemente pior não mediu esforços para ajudá-lo e se vangloriar valendo-se de uma falsa modéstia. no entanto, o protagonista já considera seu até então melhor amigo como o pior de seus inimigos em pouquíssimo tempo. o que nos leva a perguntar: ele realmente já teve alguma estima?

conforme a leitura avança o descontentamento da personagem com sua vida se torna em cautela ao perceber que estava cada vez mais sendo relegado aos cantos do que antes considerava ser sua existência principal. e não se sabe se por delírio ou se de fato aconteceu, mas suas considerações finais são um apelo desesperado para que tudo volte a ser como antes.
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soleiles 29/10/2024

A única pessoa no seu caminho é você mesma - Cisne Negro
Primeira leitura do clube Páginas e Prosas finalizada!

Esse é o primeiro livro de Dostoievski que eu leio, embora eu tenha outros na estante escritos por ele, e foi realmente uma experiência única.

Nessa história acompanhamos o senhor Golyadkin, que tem sua vida virada de cabeça para baixo com o aparecimento de uma pessoa igual a ele, porém melhor do que ele é, e isso abala sua vida de ponta a cabeça.

O primeiro ponto é que durante a visita com o médico, Golyadkin mencionou viver entre inimigos, ou rivais, o que evidencia a natureza de medo dele em relação a viver em sociedade, ou seja, ele já não tava muito bem da cabeça.

E então aparece o seu duplo, que mesmo após ter tido um momento fraternal com o original se torna seu inimigo aos olhos de Golyadkin, e detalhe, podemos até chamá-lo de sua nêmesis, e isso faz com que ele perca seu emprego e prestígio social, e o resto de sanidade que ele tinha.

Se o que aconteceu depois foi real ou fruto de delírios nunca saberemos, a mensagem que ele nos dá é que: a única pessoa capaz de nos destruir, é nós mesmos.
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Victória 26/10/2024

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O Duplo foi meu primeiro contato com Dostoiévski e, confesso, achei a leitura desafiadora. O estilo do autor e a mente fragmentada do protagonista, Iakov Goliádkin, criam uma narrativa confusa, que exige atenção constante. Em alguns momentos, parece difícil entender o que é realidade e o que é alucinação, o que deixa a leitura ainda mais densa. Talvez não tenha sido a melhor escolha para começar com o autor, mas, apesar disso, gostei muito da história.

A trama aborda o conflito de Goliádkin com seu ?duplo?, que passa a tomar sua vida e a ocupar o espaço que ele acredita ser seu. Essa situação expõe a paranoia e as angústias do personagem, nos levando a refletir sobre identidade e sanidade. Foi uma leitura complexa, mas recompensadora, e, ainda que eu talvez tenha começado pelo livro errado, a experiência despertou em mim a vontade de explorar mais Dostoiévski.
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najuliass 27/09/2024

?Se te esqueceres de mim não me esquecerei de ti; tudo é possível na vida, não te esqueças tu de mim!?
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EduardaMarquess 16/09/2024

O livro é muito bem escrito, e todo o enredo é envolvente e empolgante. Você simplesmente quer continuar lendo para ver o que vai rolar. Como começou a ser assim a partir do capítulo 2. Muitos trechos fora muito marcantes. Já tinha lido 2 de dosto, e nenhum deles havia me prendido, mas, com o ?o duplo?, senti um gostinho da genialidade do autor. Ansiosa pelos próximos!

Deixo um dos trechos que mais gostei:

"Eis, senhores, minhas regras: se fracasso, não desanimo; se atinjo o objetivo, sigo firme, e seja como for nunca armo tramas. Não sou um intrigante e disto me orgulho. Não serviria para diplomata. Dizem ainda, senhores, que a própria ave voa à procura do caçador. É verdade, e estou propenso a aceitar: mas quem aqui é o caçador e quem é a ave? Isto ainda é uma questão, senhores."
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Eduarda Fernanda 08/09/2024

Um ensaio sobre a irracionalidade
Imagine que, no momento atual, você não goste de nada do que você seja: não goste da sua vida, não goste do seu trabalho e nem goste das pessoas que você convive. De repente, outro de você (literalmente) aparece e tem todas as características que você tanto gostaria de ter: é uma pessoa mais amável, mais sociável, mais talentosa e mais admirável pela sociedade.

Você teria raiva de ver com os seus próprios olhos todas as expectativas que tanto projeta como um objetivo pessoal sendo projetadas em outra pessoa e, pessoa essa, que é IGUALZINHA a você?

Foi dessa forma que Dostoiévski narrou a insanidade e a irracionalidade do protagonista dessa obra. Não houve um caminho pra loucura do personagem, ela sempre esteve instalada, mas é só com o passar da história que se entende os porquês. Confesso que o estilo repetitivo dos diálogos me irritaram um pouco, mas, depois, dá pra compreender que tudo faz parte da construção de um cenário conflitante que precisa ser explorado para que a narração faça sentido.

Não é um livro óbvio e, em inúmeras partes, senti a dor da agonia do protagonista ao se sentir, por muitas vezes, despersonalizado por alguém que chegou na sua vida e se apropriou dela. Essa confusão mental e alucinatória foi descrita de forma maestral pelo autor, imprimindo diálogos que trabalham o tempo todo sobre a facilidade que o ser humano possui de ser traído pela própria consciência.

Livro interessante, mas, de todos os que já li de Dostoiévski, esse foi o único que não terminei sentindo vontade de ler novamente.
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maria 31/08/2024

O louco está dentro da sua cabeça.
Mais um personagem dostoievskiano pobre,miseravél,paranoico e louco. E mais uma vez Dostoiévski provando ser O Escritor.
Na trama acompanhamos a história do conselheiro titular Golyádkin, que em um fatídico ou em um belo dia,se depara com o seu duplo.Um homem de mesma aparência e mesmo nome,mas com uma única diferença. Ele era tudo aquilo que o senhor Golyádkin queria ser.
E é aí que entramos no seu conflito existencial entre as suas ambições e sua humildade,desejos e realidade,sonhos e fracassos. E para indentificar este conflito o autor introduz duas vozes-a de Golyádkin primeiro e a de Golyádkin segundo,o seu duplo. Que é uma personificação do lado mais sombrio de sua personalidade representando seus desejos,fracassos,ganâncias.Arrisco-me a dizer que ele é uma representação do lado humano mais selvagem, a sua natureza.
E assim,o nosso heroí se vê cada vez mais paranoico,com medo que sua verdadeira face se mostre ao mundo.Mas,acredito que a paranoia não foi a sua melhor escolha,afinal ninguém consegue ser uma boa pessoa o tempo todo,ás vezes é necessarío deixar o desejo se libertar das amarras da mente,assim evitando o conflito. Enfrentá-lo é o que nos faz louco,porque assim no momento em que ele decidir dar de caras,ele nunca volta para o interior. E é exatamente o que acontece com o nosso heroí,o seu lado selvagem consegue tomar conta de sua cabeça, deixando a sua veradeira face e personalidade aprisionadas no fundo de sua mente.
E é por essas e outras,que é preciso admitir que Dostoiévski é um dos maiores gênios da história da literatura. Em apenas 234 pagínas ele faz nós refletirmos sobre o bem e o mal,a natureza humana e se é bom ou não deixarmos nosso interior aparecer um pouquinho diante a sociedade.
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MachadoMadeira235 24/08/2024

Doido, miserável, maluco, esquisofrênico, detestável, incompreensível, enfim Goliádkin
Assim e assado, vejamos pois, assim e assado, assim fica, assim e assado, vejamos que, carissísimo senhor, que fica, daquela maneira, dito isso, assim e assado, digamos que exista, assim e assado, uma pessoa, de tal aspecto vil que, assim e assado
Kiyama 28/08/2024minha estante
melhor resenha que já vi




eduardaalbqr 21/08/2024

"quem me deram que chegasse logo o dia de amanhã!"
Simplesmente Dostoiévski. Esse homem trabalha com personagens pobres, que realmente vivem na miséria e o Golyádkin é mais um exemplo disso, porém ele possui seu duplo, que é tudo que ele mais queria ser, oque deixa Golyádkin apavorado, será que talvez Golyádkin poderia ascender na sociedade se não fosse sua miséria? Será que existe um Golyádkin terceiro? Será que isso foi tudo ilusão? Oque deixa a história ainda mais intensa é que Golyádkin não está sozinho, ele não é o único que possui um duplo.
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Rob C 15/08/2024

Um retrato da mente humana.
É um romance psicológico que explora a identidade e a loucura. A história de Goliádkin, um funcionário que se depara com seu duplo, um sósia que gradualmente toma seu lugar na sociedade e no trabalho, levando o personagem paranóia. Essa obra é uma reflexão sobre a fragilidade da mente humana e a luta interna entre o eu e a sua sombra. Um dos melhores livros de Dostoiévski.
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Diego.Rates 12/08/2024

Delirante, mas nem sempre muito bom
Há de se reconhecer que esse livro trouxe uma representação de alguns transtornos psíquicos que sequer haviam sido definidos pela ciência, e a forma que o protagonista age durante a narrativa é bastante errática, espasmódica e intrigante, mas em termos explicitamente literários, esse foi o livro de Dostoievski que menos me engajou na leitura, e vejo isso muito decorrente da forma que foi escrito.

Mas, considerando que as outras obras que li do autor estão no patamar mais alto da literatura que eu já li, isso não deve ser considerado um demérito completo dessa obra, já que ela é um excelente livro apesar de eu não ter curtido muito.
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