Ponto Final

Ponto Final Mikal Gilmore




Resenhas - Ponto Final


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Rodangela 01/12/2012

A vida transformada em obra de arte
“Ginsberg foi alguém que um dia juntou coragem para falar verdades ocultas sobre coisas indizíveis, o que serviu de consolo e incentivo para os que miraram seu exemplo”. O poeta e os beats atuam como um fio condutor no livro Ponto final de Mikal Gilmore. Eles influenciaram cantores como Bob Dylan - principalmente nos discos Blonde on Blonde e highway 61 revisited, e o quarteto de Liverpool - que inclusive mudou o nome da banda de Beetles para Beatles em homenagem a Geração Beat. Já Jarry Garcia sonhava em ser um beatik, mas como os beats não gostavam de rock, então Jarry desistiu da ideia e montou o Grateful Dead. A música dos Deads era uma espécie de fusão do Jazz com o Blues que mais tarde influenciaria a banda de blues do Sul dos Estados Unidos Alman Brothers.
Essas são algumas das histórias que Mikal Gilmore conta no livro Ponto Final: Crônicas sobre os anos 1960 e suas desilusões (Companhia das letras, 440 páginas). A obra está dividida em quatro partes: Pioneiros e uma cidade fronteiriça – com perfis de Allen Ginsberg, Timothy Leary, Jarry Garcia e Grateful Dead, Ken Kesey e o verão do amor em Haight-Ashbury; Os Beatles: o auge do legado – com perfis de George Harrison, John Lennon e clássico Sgt. Pepper’s; Os Deslocados- com perfis de Johnny Cash e Bob Marley; Gênios, intoxicação, ruínas e difíceis regenerações – com perfis de Phil Ochs, Hunter S. Thompson, Jim Morrison e os Doors, The Allman Brothers Band, Led Zeppelin e Pink Floyd; a última parte do livro é guardada para os vivos, Bob Dylan e Leonard Cohen.
Os perfis foram publicados na Rolling Stones entre os anos de 1990 e 2007, a maioria deles após a morte do personagem. Ken Kesey, por exemplo, faleceu no dia 10 de novembro de 2001 e foi perfilado por Gilmore na edição de dezembro do mesmo ano. Além disso, os textos sobre Dylan e Cohen são inéditos. O autor abusa na descrição dos personagens e consegue extrair a emoção de momentos, como a morte de Timothy Leary: “Tim estava deitado sobre as costas, vestido de branco, o cobertor vermelho caído. A boca aberta, congelada na última expiração. Parecia chamar alguém em silêncio”.
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Alci 15/05/2012

Pra quem gosta da história do rock
Muitas histórias sobre ícones do rock dos anos 60 e 70. Muitas coisas pitorescas sobre a época e os costumes, a cultura e a música. Uma mistura de loucura e criatividade que virou música. E morte também. Gosto, porque me interesso por rock e por essa época.
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alineaimee 22/11/2011

Ponto Final - Crônicas sobre os anos 1960 e suas desilusões é uma coletânea de artigos que o jornalista Mikal Gilmore publicou na revista Rolling Stone. Para essa reunião, o autor fez um recorte que abrangesse artistas icônicos no que se refere à transformação cultural dessa época: os escritores Allen Ginsberg, Hunter Tompson e Ken Kesey; o psiquiatra famoso por suas pesquisas com lsd, Timothy Leary; músicos como os Beatles, Bob Dylan, o Greatful Dead, Johnny Cash, Bob Marley, Pink Floyd, Led Zeppelin, The Doors, entre outros.

Suas narrativas descrevem os bastidores dos trabalhos mais importantes da década, revelando não só o brilhantismo e originalidade dessas pessoas, mas também o alto preço que pagaram por seu pioneirismo. Sanidade, saúde, segurança, liberdade, e em alguns casos, a própria vida - foi o que lhes custou a abertura de novos caminhos em arte e a sua assinatura na história. Gilmore dá especial atenção à importância do uso de psicodélicos no processo criativo desses artistas, sem, no entanto, omitir as trágicas sequelas que deixaram nesses gênios.

Quanto ao estilo, o autor soube dosar a objetividade, a elegância e o coloquialismo do bom jornalismo com um pouco da própria paixão e história pessoal, tornando os textos envolventes sem cair na pieguice.

Ponto Final, ao analisar e avaliar obras que instauraram a contracultura e demonstraram a força da juventude, compõe um prato cheio para admiradores dos anos sessenta e da arte popular contemporânea.
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alberto 09/11/2011

Ler esse livro é mergulhar nos anos 60 e início dos anos 70 do século XX. Ao ler cada página, sentia uma ponta de inveja daqueles que viveram intensamente esses anos. Ao terminar cada capítulo, corria atrás das músicas e das bandas mencionadas. Foram anos em que vivia-se cada dia como se fosse o último, mas ao mesmo tempo, acreditava-se de que o amanhã poderia ser o início da utopia. Mas o sonho acabou. Quem sonhou, sonhou. E a nós, o que restou desses anos?
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