A Resistência

A Resistência Ernesto Sabato




Resenhas - A Resistência


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regifreitas 16/11/2018

Quando Ernesto Sabato escreveu estas cinco cartas pessoais aos seus leitores já era um senhor de quase 90 anos e já se preocupava com temas como as agressões ao meio ambiente e a necessidade de uma consciência ecológica, o terrorismo e a intolerância religiosa, o esgarçamento e a fragilidade dos laços afetivos e das relações humanas, a onipresença da internet e da televisão na vida das pessoas. Falecido em 2011, ele não pôde presenciar como muitos dos seus receios se tornaram ou estão se tornando realidade.

Nem por isso essa pode ser considerada uma obra pessimista. O autor argentino nos conclama, antes de tudo, para a “resistência” estampada no título. Cada carta é um manifesto contra as formas de barbárie que nos rodeiam e nos ameaçam, encorajando-nos ao enfrentamento através das armas do afeto, da esperança e do diálogo; da luta pela preservação da liberdade de pensamento; de oposição aos processos de desumanização e mercantilização da vida. A passividade e a aceitação inconteste das formas de opressão que nos assombram não podem ser as opções. Nas palavras do autor: “Resignar-se é uma covardia, é o sentimento que justifica o abandono daquilo pelo qual vale a pena lutar; de certo modo, é uma indignidade".
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 03/10/2018

Este é um pequeno manifesto sobre a vida, escrito já na velhice do escritor, que traz consigo uma gama considerável de experiência e lucidez.

A resistência é estruturado em cartas que perpassam temas como os antigos valores, o bem e o mal, os valores comunitários, a resistência, a decisão e a morte. Nele, o autor critica os sentimentos superficiais e a vida sem sentido. Critica também a diversão por diversão como uma forma de alienação abominável. Critica a dominação por meio da televisão (atualizando para hoje: a internet). Critica, sobretudo, a falta de amor e de empatia entre as pessoas.
E, por fim, clama para que resistamos e lutemos. Luta, para que consigamos derrubar os preconceitos, o ódio, a hipocrisia, a cegueira social, a neurose coletiva e a histeria generalizada, sentimentos esses que emburrecem e atrasam a evolução humana. É preciso resistir para não sucumbir.

"A falta de gestos humanos gera uma violência que não podemos combater com armas, que só mais fraternidade entre os homens poderá sanar".

Mais atual impossível.
Rafa 26/10/2018minha estante
Excelente! Parabéns Aline..




Bell_016 17/05/2016

Não são atos racionais, mas isso não importa: nós nos salvaremos pelo afeto.
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sonia 21/09/2014

um banho de lucidez
Quando escreve este livro, o autor está velho. Este cientista lutou a vida toda pela valorização do humano, e descreve todo o absurdo dos dias atuais com uma lucidez temperada de esperança. Descreve como ele resistiu toda a vida contra um estilo de vida que está a destruir o planeta e afirma que há muitos como ele (eu entre esses muitos). Afirma que as crianças da geração atual já se deram conta de que é preciso dar um basta nesse exagero, dar o justo valor à tecnologia e valorizar os preciosos bens naturais do planeta e os bens espirituais da civilização. Um banho de lucidez e esperança.

site: http://escritoraporvocacao.blogspot.com.br/
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Drica 03/04/2012

Uma aula de vida
A minha edição é uma pocket, em espanhol, a qual comprei sem muita pretensão, era mais pra praticar a leitura em espanhol. Já nas primeiras páginas me vi seduzida pela lucidez das idéias de Sabato. Pra mim é um livro que vale a pena ser revisitado de vez em quando, pois ele traz muitas idéias de como podemos lutar e resistir ao modo como as coisas se organizam hoje em dia e como nos comportamos em relação a elas.
Em tempos de Big Brother, a análise que ele faz sobre a nossa relação com a TV é bastante adequada.
É sem dúvida um dos meus livros favoritos!
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