Francisco 17/10/2022
Família Corleone: cosa nostra e omerta
O livro segue Vito Andolini, um imigrante oriundo da aldeia de Corleone, na Sicília que ao chegar em Nova York consegue construir um grande império criminoso cuja fachada é o negócio de importação de azeite, mas cuja faceta real são extorsões, jogos, bebidas durante o período da Lei Seca entre algumas outras, com exceção de prostituição e tráfico de entorpecentes.
Don Corleone tem quatro filhos: Freddie, Santino (Sonny), Constanzia (Connie) e Michael. Este último é o caçula e menos indicado a suceder Don Corleone por sua inaptidão para o trato com pessoas, sua mansidão e por buscar uma vida como um cidadão comum na sociedade.
A história se passa entre 1945 e 1955, com a apresentação de personagens secundários como Johnny Fontane e Peter Hagen sob a finalidade de demonstrar o alcance do poder político e econômico de Don Corleone para resolver problemas para tais personagens e muitos outros ao longo de todo o livro, por essa razão conhecido entre os amigos como "The Godfather", ou seja, "O Padrinho".
A história compreende desde o surgimento do império criminoso de Don Corleone à ascensão de Michael como Don após a morte de seu pai. Ao longo desta nos deparamos com as disputas da Família Corleone com outras famílias criminosas como os Tattaglia e os Barzini pelo controle das atividades criminosas nas ruas de Nova York, com traições, assassinatos e vinganças.
De um modo geral, trata-se de um livro interessantíssimo: bem escrito e com uma história envolvente. No entanto, algo que pode incomodar alguns eventuais leitores é o fato de que alguns capítulos são destinados a personagens secundários. Contudo, isso decorre de que Puzo nos traz esses capítulos para demonstrar o alcance da influência da Família Corleone, além disso, o autor já tinha em mente uma continuação: "The Sicilian". Nesse contexto, é uma leitura mais que recomendada.