O Princípio do Fim

O Princípio do Fim Manel Loureiro Doval




Resenhas - Apocalipse Z


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Psychobooks 20/05/2013

www.psychobooks.com.br

- Zumbis! Zumbis! Zumbis!

Falou de livro com zumbis, eu já fico toda animada! Não é segredo para ninguém que adoro a temática, principalmente quando ela é focada no início da tomada dos mortos-vivos, onde todos ainda estão meio perdidos no que está acontecendo e há a surpresa geral e falta de cuidado que possibilita muitas cenas de ação e mortes cheias de sangue.

A premissa é focada no "mais do mesmo" que acompanha toda a temática. Em algum lugar do mundo (Manel escolheu a Rússia), algo começa a acontecer e as autoridades não explicam do que se trata. A população vê uma epidemia crescendo e fica às cegas sobre a real gravidade da doença. O mundo começa a mudar e o protagonista focado tem que sobreviver sob as novas regras dessa sociedade regida pelos mortos-vivos.

É uma temática recorrente, meio que com script formado, mas o que leva ela à frente é a verossimilhança que o autor consegue criar nesse mundo apocalíptico. Vamos então para:

- História, personagens e narrativa

Com a premissa em ordem, vamos à apresentação da história.
Manel nos apresenta um homem de 30 anos, advogado, viúvo, que vive em uma pequena cidade da Espanha em sua casa de muros altos na companhia de seu gato, Lúculo. O personagem resolve começar a escrever um blog para deixar fluir tudo o que lhe aflige por conselho de seu psicólogo.
São essas postagens que acompanhamos desde o início e que dá o tom à narrativa. Eu confesso que achei bem estranha. De início, trata-se de apenas uma pessoa comum, falando para um público - ou não, depende do alcance do blog - sobre fatos corriqueiros de sua vida. Nesse ponto o autor me perdeu por conta do foco dos assuntos do protagonista. Esse início do texto não é natural, não consegui me conectar de imediato com o personagem principal. Todas suas postagens nesse site ficam forçadas, já que ele comenta alguns acontecimentos na Rússia, misturados com sua própria vida e a necessidade de afirmar como seus muros são altos, como sua vizinhança é isolada e como ele odeia tanto a companhia elétrica, ao ponto de instalar um painel solar para ter mais independência.

Esse início soa forçado e não causa transferência. Até que os zumbis tomam conta do quadro como um todo.

O mundo do protagonista vai se ampliando conforme ele vai aceitando sua nova situação e saindo de sua concha. Cada decisão que toma é medida com cuidado, tendo em mente a sua sobrevivência. O achei até um pouco frio em alguns momentos - o que adorei!

Há outros personagens também na história, e como era de se prever em um mundo apocalíptico tomado por zumbis, a vida deles é efêmera. Loureiro não tem dó dos personagens que aparecem e descreve com bastante sangue algumas mortes.

O que gostei bastante também é que o protagonista escreve muito palavrão! Me irrita um pouco os livros politicamente corretos onde o personagem se vê em meio a um mar de zumbis e diz apenas "E agora, o que faço?". Sabemos que a realidade é bem diferente e que um bom "F*D** TUDO" exprimi muito melhor tal situação.

- Cenas de ação + Zumbis

Adoro tomadas zumbis, ainda mais quando os zumbis não são descritos como lentos. Os mortos-vivos de Loureiro são descritos como desengonçados, mas quando têm um objetivo, conseguem se mover surpreendentemente rápido.

As cenas de ação - apesar de já sabermos que tudo deu certo, afinal, se o protagonista está escrevendo num diário, não pode estar morto - são descritas com uma riqueza absurda de detalhes. Balas entrando em crânios, dentes dilacerando peles e músculos, ossos se quebrando... Tudo com detalhes e cheio de suspense!

As motivações do protagonista para algumas decisões de início são meio duvidosas, mas acaba que o resultado final faz todo o sentido.

- Vale a pena, Alba?

Vale, eu adorei! Apesar de algumas falhas que percebi e algumas cenas forçadas, o livro me manteve cativa! Me diverti muito e adorei o resultado criado por Loureiro. Não vejo a hora de colocar minhas mãos na continuação da série.
Recomendo a leitura.

- Revisão

A revisão do livro não está muito boa, encontrei muitos erros durante a leitura e isso prejudicou um pouco a fluência do texto.

"(...) Engatinhar pelas rochas batidas e pelos restos da tempestade, sobre uma camada de algas escorregadias e com o vento me empurrando furiosamente é algo que ninguém, em seu juízo perfeito, faria no mundo normal.
Mas este não é mais um mundo normal; é um mundo de cadáveres."
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Beatriz 03/05/2013

Foi difícil mais eu consegui ....
eu demorei um pouco pra acabar este livro por que eu tive pouco tempo para ler ,mais eu nunca pensei em abandona -lo por que ele é excelente .... eu nunca acreditei nessa teria de "zumbis" mais depois dele eu comecei a ficar um pouco com o pé atras(rsrsrsrsrs)
a historia é mt bem contada e simplesmente não se passa na america ( oooooooooooooooooooooooomg) porque geralmente todo isso vem de laboratórios americanos com zumbis americanos que se esquecem que ha o resto do mundo ..... é uma historia muito inteligente e intrigante... muito bem contadas em todos os seus detalhes ...... principalmente porque ele me surpreendeu por varias vezes com coisas que eu nem imaginava que iam acontecer .... estou louca pra começar o segundo livro da serie
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BARBA 30/04/2013

Apocalipse Z O Principio Do Fim de Manel Loureiro Doval
Bom, basicamente o melhor e mais detalhado livro do gênero, diferentemente de Max Brooks que trabalha varias histórias nos seus livros, Manel Loureiro explorou uma unica história de um personal que faz de tudo para sobreviver ao fim da humanidade, ao apocalipse ZUMBI....

Eu indico a todos, leitura muito gostosa, te prende do inicio ao fim e acaba de uma maneira que deixa o leitor louco pra continuar a ler o próximo livro da trilogia....

5 estrelas
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Bruno 24/04/2013

Um livro otimo, pode parecer meio cansativo a leitura no comeco, pois o primeiro livro e em formato de blog, ou seja. Cada capitulo se passa em uma determinada data, seguindo horarios, ha bastante detalhes, pode parecer meio confuso no comeco, mais com o passar das paginas, vai se familiarizando com a historia e os personagens. Ate porque na verdade a historia era publicada em um blog diariamente, o sucesso foi tanto que o autor resolveu escrever um livro.
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PorEssasPáginas 25/03/2013

Resenha Apocalipse Z - Por Essas Páginas
As vezes a gente paga pela língua, né? Tipo eu, que sempre dizia que zumbi era bicho que não se ajudava. Por mais que o filme/livro se esforçasse, a coisa nunca era deveras convincente. Stephen King até foi razoavelmente bem sucedido com Celular, mas ainda assim…

Até que, do ano passado pra cá, apareceram duas agradáveis surpresas dentro do tema: a série The walking dead (inspirada em uma série de quadrinhos, pelo que fiquei sabendo) e os livros de Manel Loureiro, Apocalipse Z.




Apocalipse Z, na verdade, é uma trilogia. O livro que estou fazendo a resenha, Apocalipse Z: o princípio do fim, é somente o primeiro. O segundo, Apocalipse Z: os dias escuros, acaba de ser lançado no Brasil. O terceiro, Apocalipsis Z: La ira de los justos, pelo que sei, só foi publicado em espanhol até agora. Como não leio espanhol, me toca de esperar a tradução…

O autor, Manel Loureiro, que assim como o protagonista da história é advogado, começou o livro como um blog na internet. A coisa toda fez tanto sucesso que acabou se tornando o livro.

Obviamente trata-se daquela história básica sobre um apocalipse zumbi… “Em uma pequena cidade espanhola, um jovem advogado leva uma vida tranquila e rotineira. Um dia, porém, começa a ouvir notícias sobre um incidente médico ocorrido em um país remoto do Cáucaso. Apesar de aparentemente corriqueiras, as notícias chamam tanto sua atenção que ele resolve registrar suas impressões em um blog. Aos poucos, o que eram apenas acontecimentos incomuns ocorridos em um país distante começam a se espalhar por toda a Europa. Em menos tempo do que poderia supor, o terror se instala. Ruas, bairros e cidades inteiras são tomados por criaturas com um comportamento assustador. Sem nunca ter visto nada parecido e completamente vidrado pela notícia, ele mal se dá conta de que, enquanto acompanha o desenrolar dos fatos de sua casa, a cidade onde mora também está sendo invadida por aquelas bizarras criaturas. Isolado, apenas com seu gato Lúculo e um vizinho, só lhe resta criar uma estratégia de fuga até conseguir encontrar outros sobreviventes. Entretanto, ao conseguir refúgio, ele logo descobrirá que a guerra está apenas começando. “ (fonte)

A história é toda contada em primeira pessoa, o que faz com que tu te identifique ainda mais. E trás a tona um formato que há muito tempo não via, que é a chamada literatura epistolar. Nesse caso em formato de diários. Começa com o blog do protagonista, onde ele descreve as coisas estranhas que estão acontecendo no mundo ao seu redor e, por fim, no diário propriamente dito, uma vez que não existe mais eletricidade para se manter um blog. E é justamente por lançar mão desse gênero que a gente entra na história de uma maneira que seria impossível de outra forma. A gente sente o que ele sente. A gente vive a angústia dele, a preocupação, o desespero. A gente ri com as situações inusitadas que acontecem e que ele próprio acha graça. A gente quer ajudar. É uma experiência única.


O Lúculo parece a Fifi. XD

E, obviamente, tem o Lúculo. Não tem como não morrer de amores pelo corajoso gatinho que enfrenta o fim do mundo junto com o dono. Aliás, a gente passa o livro inteiro preocupada com o Lúculo, exatamente como o protagonista.

E, é claro, a situação toda é desesperadora e assustadoramente verossimilhante. Do tipo, se existisse a possibilidade de acontecer um apocalipse zumbi, provavelmente seria como o livro descreve. Por isso dá medo. E as cenas de ação são bárbaras.

Enfim, recomendadíssimo. Mal posso esperar pelo segundo volume.

Resenha original em http://poressaspaginas.com/resenha-apocalipse-z-o-principio-do-fim
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Dose Literária 20/02/2013

Porque nem só de mortos-vivos se faz um bom apocalipse zumbi
O protagonista se encontra na cidade onde mora, no interior da Espanha, onde, pela internet, tv e radio, gradativamente vão aumentando o número de notícias sobre o perigo de um vírus que foi liberado num ataque de grupos de rebeldes à uma estação militar de um país próximo à fronteira russa.

O autor com uma linguagem muito simples (e fazendo uso até de muitos palavrões hehe) explora a origem do apocalipse e expõe a fraqueza da nossa sociedade atual em relação à difusão de informações e comportamento em situações de pânico geral.
(Continue lendo... http://www.doseliteraria.com.br/2012/07/apocalipse-z-porque-nem-so-de-mortos.html)
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Bia 07/01/2013

Resenha livro Apocalipse Z - O principio do fim
Gostei bastante do livro. Ele retrata bem como uma sociedade inteira pode vir a abaixo por falta de uma boa comunicação e organização. Mostra bem os primeiros dias em que as coisas começam a ficar erradas e a atitude do governo de tentar encobertar a verdade, o que se mostrou ineficaz.
Esse livro me faz pensar: cara, como pode países inteiros, cheio de gente treinada, equipamentos, armas, comida, provisões medicas sucumbir tão rápido, não é possível!
Soa como uma critica politica em si.
Também nos faz ver que mesmo no meio de um apocalipse, as necessidade básicas e demais problemas ainda existem: emoções, ambições, guerra pelo poder, necessidades como o sexo, doenças, etc. Sobretudo: o instinto de sobrevivência e a esperança, mesmo num mundo com poucas perspectivas de boa qualidade de vida.
Para mim, apocalipse Z mostra o que aconteceria com a humanidade se qualquer tipo de anomalia acontecesse, não necessariamento um apocalipse zumbi. Não estamos preparados!
Será que valeria a pena viver nesse mundo?
Sobre o autor: Achei bem escrito, gostei da construção da historia e dos personagens. Saber também que foi um livro escrito inicialmente em um blog por um espanhol, e que começou a fazer sucesso, a ponto de virar 3 livros de sucesso ao redor do mundo, é um fato bem legal para aqueles que tem o sonho de virar um grande escritor.


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Andrea 31/12/2012

Zumbis são os meus favoritos. Gosto deles tanto no cinema quanto na literatura. Ainda não li um livro realmente ruim de zumbis. Alguns realmente não são maravilhosos, mas quando se tem morto-vivos, é difícil ser horrível. (Já os filmes, pff, tem uns que nem dá pra assistir.)

Mas então, me interessei por Apocalipse Z assim que o conheci, mas só há pouco tempo consegui tê-lo. E não demorei muito pra começar a lê-lo. Achei o personagem principal (impressão minha ou não sabemos o nome dele?) meio ingênuo no começo. Notícias de coisas estranhas pipocam nos meios de comunicação, só vão ficando mais estranhas, tudo levando à zumbis e mesmo assim ele nunca desconfia de nada?. Vou te dizer que isso me irritou no início, mas consegui relevar e aceitar que fazia sentido.

Outra coisa que não aprovei, foi a questão do diário. A ideia é boa, só que o autor quis contar a história com detalhes, como se ela fosse as anotações do personagem, mas algumas vezes, não dá certo. Tem uma cena que ele conta que estava indo pra um lugar, daí fez uma curva suave e virou o volante lentamente (ou algo parecido). Quero dizer, se você tá escrevendo um diário, você vai lembrar desse tipo de detalhe?! Acho que o autor poderia ter usado um narrador e mantido a questão das anotações. Fora que é meio chato tentar acompanhar as datas de cada uma delas. Me perdi algumas vezes.

Maaaaaaaaaas, a história é tão incrível, tão cheia de ação e suspense, que até a tradução/revisão ruim eu consegui relevar. (E olha que tem muito erros bobinhos.) Tem cenas intensas, de tirar o fôlego, de dar medinho, de xingar o autor e pensar, não acredito que você fez isso com ele! Acho que a parte do hospital foi a mais claustrofóbica de todo o livro. Se bem que tem a do mini-depósito também... E a do carro-forte. Olha, são muitas cenas ótimas.

Ainda no começo, quando eu achei que fosse ficar tudo na mesma, a história mudou o rumo. Sabe quando você tem a impressão que tá lendo outra história, mas é a mesma? Senti aqui. Como se fossem partes de um todo, mas partes diferentes.

O final te deixa muito com vontade de ler a continuação. Fiquei tão ansiosa que fui na livraria pessoalmente comprá-lo, mas não achei. E estou até agora sem saber como continua. OK, já me spoileei e sei algumas coisas, mas quero ler logo. Deveria ter comprado todos de uma vez.
Ricardo Santos 07/03/2013minha estante
O meu exemplar está aqui na estante esperando sua vez.




Raul 17/11/2012

5 Estrelas
Ótima leitura, aquela que te prende do começo ao fim e brinca com a nossa imaginação com riqueza de detalhes. Um prato cheio para quem gosta do gênero.
Recomendadíssimo!
Mal posso esperar para ler a sequência.
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Lucas 06/11/2012

decepcionante
Não gostei muito desse livro, parece que o autor TENTOU dar um ar de “medo” (já que se tratando de um livro de terror, era o que deveria transmitir ao leitor), mas acabou não passando tal "medo". Ele é meio nojento (que eu até achei legal), porém acabei ficando com "medo" apenas umas duas vezes durante a leitura. Deveria ter tido uma observação melhor nos erros de escrita, e em concordância algumas vezes. Sinceramente esperava mais de “Apocalipse Z” e não fiquei com vontade de ler a continuação da história.
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Flavio Assunção 23/10/2012

"Apocalipse Z - O Principio do Fim", é o primeiro de uma trilogia que virou febre mundial. Escrito pelo espanhol Manel Loureiro Doval, o livro vendeu milhões de cópias e sua história teve como inspiração a série de HQs (e agora série televisiva) The Walking Dead.

Na trama, um personagem que não sabemos seu nome e sofrendo pela morte da esposa começa a escrever em um blog os fatos cotidianos por indicação de seu médico, como forma de terapia. O rapaz, o qual já nos identificamos de imediato, começa a narrar tudo o que acontece, o que com o passar dos dias tem seu foco direcionado para uma crise na Rússia, onde aparentemente um vírus começa a "transformar" as pessoas em seres agressivos e sem senso de realidade. Com o passar do tempo, o vírus se espalha pelo mundo e assola praticamente toda a população. Com a escassez de comida e os perigos existentes nas ruas, o nosso personagem decide sair da segurança de sua casa - juntamente com seu gato, Lúculo, companheiro inseparável -, para sobreviver (que ironia!) e, acima de tudo, encontrar novas pessoas que não tenham sido "transoformadas".

O livro é extremamente poderoso em sua narrativa, mesmo que conte com um estilo de escrita nada convencional. Entre uma pausa e outra nos acontecimentos, é quando o personagem resolve contar o que aconteceu ou o que pretende fazer em seguida naquele cenário desolado e assustador que a cidade (e o mundo, provavelmente) se transformou. A questão, é que esse estilo dá mais poder a história e faz o leitor querer engolir as páginas para descobrir todos os passos tomados pelo personagem. Em dado momento, com o fim das redes de telecomunicações, o personagem passa do blog para diário, dando uma sensação ainda mais de realidade e profundidade à trama.

Com um clima de tensão crescente e uma trama muito bem amarrada,
"Apocalipse Z - O Principio do Fim" deve ser lido por todos os amantes do terror moderno. Sem dúvida uma grata surpresa nos últimos anos. Que venham os dois próximos capítulos.
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WallanS 05/10/2012

Nota máxima!
Muiiito bom!!!

Adorei o clima criado pelo autor, suas cidades abandonadas ou destruidas. Poderia ser mais detalhista em certos momentos, mas mesmo assim posso dizer que a leitura foi muito proveitosa.

Para quem gosta da literatura zumbi é um prato cheio.
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Agneli 03/07/2012

Um ótimo livro
Sempre fui entusiasta do gênero, e posso dizer que esse livro é muito bom, uma história bem contada, com bastante detalhes e uma boa dose de ação e suspense. Vale a pena comprar e ler. Eu recomendo !
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Yara Andrade 10/06/2012

Apesar de gostar muito de histórias sobre apocalipse zumbi, confesso que nunca tinha lido um livro sobre o assunto até então, de modo que Apocalipse Z foi o primeiro livro sobre zumbis que li, e reconheço que foi um maravilhoso e delicioso começo. Apocalipse Z se mostrou logo no inicio da leitura um livro muito envolvente e cheio de ação.


O livro é em primeira pessoa, o livro todo é escrito no formato de um blog, e depois de um tempo passa a ser no formato de um diário, o diário pessoal do protagonista. Esse protagonista, um advogado, de quem não sabemos o nome, passa a escrever em um blog por conselho de um terapeuta porque a mulher dele morreu em um acidente. A partir deste momento ele começa a escrever nesse blog sobre o cotidiano dele e sobre um acidente medico que aconteceu na Rússia. Logo depois de um tempo, isso começa a se agravar e essa “doença” vai ganhando espaço na Rússia, e mesmo com o fechamento de fronteiras e eles decretando lei marcial, a “doença” obviamente se espalha pelo mundo. Bom, vou parar por aqui com esse meu mini resumo se não daqui a pouco vou soltar algum spoiler haha.

Pelo livro todo ser escrito no formato de blog e depois de diário, o livro quase não tem diálogos (tem diálogos, mas são poucos), o que pode ser muito ruim para quem gosta de diálogos ou para quem acha ruim um livro assim, mas ai é que se destaca um dos pontos mais altos do livro: a narrativa do Manel Loureiro. A narrativa dele é tão incrivelmente boa e envolvente que apesar da falta de diálogos, isso não incomoda, nem dificulta ou arrasta a leitura. A narrativa dele é bem crua e real, de modo que o livro tem alguns palavrões, e as descrições dos zumbis são excelentes, o que as torna bem reais, de modo que talvez isso não agrade algumas pessoas.

Para mim uma das coisas que pode decidir se uma estória de zumbi é boa ou não é o modo como ela é conduzida e o quanto ela consegue explorar o humanismo e o modo de sobrevivência dos sobreviventes, mas ao mesmo tempo não cometer o erro de se concentrar só nisso, mas dar espaço aos próprios zumbis ou aos ataques de zumbis também, e vice-versa. E o Manel Loureiro soube criar não só uma estória eletrizante e ótima, como soube desenvolve-la e conduzi-la excepcionalmente bem, de modo de que a estória nunca ficava cansativa e sempre me deixava curiosa e ansiosa para saber o que ia acontecer ao protagonista.

Um dos pontos mais impressionantes da estória é que quando esse vírus começou a se espalhar, o governo tentava de todos os jeitos censurar a verdade, eles só avisavam que se alguém visse uma pessoa com o sintoma dessa doença chamasse as forças de segurança, o que para o protagonista deixou mais do que claro que eles escondiam alguma coisa, quer dizer, porque chamar as forças de segurança para uma pessoa doente? Devo dizer ainda que a situação foi ruim daquele jeito porque o governo censurou a verdade até o último minuto deixando as pessoas ainda mais em pânico porque já estava obvio para todos que tinha alguma coisa errada e que a verdade era mais do que eles falavam, isso e as áreas seguras, é claro, que para quem já viu pelo menos algum filme de zumbi na vida sabe que isso é uma péssima idéia.

Eu gostei muito do protagonista, eu o achei um ótimo personagem e ele não foi impulsivo em nenhum momento (só em momentos raros, momentos de muito desespero), o que me fez gostar ainda mais dele. O protagonista, a principio parece ser uma pessoa muito fraca e frágil, mas ao decorrer do livro ele se mostra muito inteligente e ágil, e também vai se tornando uma pessoa muito dura, mas em nenhum momento ele perdeu sua humanidade ou esperança. Um dos motivos pelos quais, o protagonista aparenta ser tão frágil é porque ele tenta a qualquer custo proteger o gato dele, o fofinho Lúculo. Ao decorrer da estória ele encontra alguns sobreviventes, alguns tão ruins quanto os próprios não mortos (como eles chamam os zumbis) e também algumas pessoas muito legais

O final do livro é muito bem desenvolvido e muito bom e deixa uma mensagem muito bonita de esperança. O final deixou um ganchinho bem visível para o próximo volume da trilogia, chamado "Os Dias Escuros", que eu já estou louca para ler.

Apesar de ter adorado o livro, ele não entrou para os meus favoritos porque sinto que faltou algo na estória, mas isso não é nada alarmante a ponto de implicar na qualidade do livro. Eu recomendo muito este livro, porém tenho consciência de ter pessoas que não irão gostar desse livro, seja por causa do gênero, ou até mesmo por causa dos zumbis ou pela pequena quantidade de diálogos, mas mesmo assim, eu recomendo que deem uma chance ao livro. Recomendo muito este livro para quem está atrás de um livro envolvente e é claro, para todos os fãs de estórias de zumbis.

Mais resenhas: http://palavrasdeumlivro.blogspot.com.br/
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