Extensão do domínio da luta

Extensão do domínio da luta Michel Houellebecq




Resenhas - Extensão do Domínio da Luta


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Tiago Ceccon 17/05/2009

Fraquíssimo.
Comparado com Partículas Elementares, é fraquíssimo. Basicamente, são os lamentos de um trintão divorciado que não vê mais graça no sexo. Por extensão, acaba não vendo mais graça na sociedade à sua volta, já que essa gira em torno de sexo e libertinagem.

Sua fama de livro revolucionário advém de seus dois elementos principais: palavrões e dissertações existencialistas. Sobre os palavrões, não há nada o que se falar. Dá um ar mais natural à narrativa, e até considero legal seu uso, mas há um exagero imenso da parte da crítica com relação a isso. Só porque apenas Houellebecq utiliza palavrões, o endeusam. Não creio que o caminho seja esse.

As dissertações, sim, são o forte do livro. Excelentes, e corretíssimas. Totalmente depressivas e pessimistas, mas há como não ser depressivo e pessimista no mundo de hoje?
MK 11/11/2013minha estante
Ainda não li Partículas Elementares (comprei ambos recentemente), mas tendo a concordar contigo, exceto pelo fato de que não detestei a leitura. Acho que as dissertações valem o tempo gasto, embora o livro não tenha cumprido a promessa de também contar uma história e uma história que interessasse. Acho que entrei na leitura com demasiada expectativa, mas não daria apenas uma estrela.




Josi Medeiros 11/02/2009

Pessoas sem pretensões.
Michel Houellebecq é mais do que escritor: é um maravilhoso e necessário serial killer da literatura. Em pouco tempo, trucidou clichês, senhores feudais e cânones. Impiedoso, trouxe de volta para o romance a violência da vida e a vida da violência. Extensão do domínio da luta foi o seu primeiro texto longo de ficção. Graças a este romance, que imediatamente deslumbrou a crítica e os leitores, Houellebecq entrou na arena dos grandes e executou os pequenos de talento, mas gigantes de pretensão.
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Bruno 19/01/2010

Soco no estômago
Já faz algum tempo q li esse livro. Pode até ser q se eu o lesse hoje não tivesse gostado tanto. Mas quando o li, foi como levar uma pancada. Não q eu seja masoquista, mas às vezes é importante. Hoje Houellebecq já me enjoa um pouco. Abandonei "A possibilidade de uma ilha". De qualquer forma, "Extensão do domínio da luta" é certamente um dos livros mais marcantes que já li.
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Eduarda 08/10/2014

O Mundo Contemporâneo: a luta em que toda a sociedade briga.
O livro A extensão do domínio da luta (Editora Sulina, 144 páginas, R$ 35,00), escrito pelo francês Michel Houellebecq trata do cotidiano de um homem no mundo contemporâneo, mostrando dilemas e dramas da vida dele. Em três partes, acontecem uma série de fatos com que o leitor pode se identificar.
Durante as frustrações e problemas do personagem, Houellebecq faz uma crítica ao mundo contemporâneo, culpando esse mundo pelo fracasso do homem. No início do livro, o homem não identificado fala sobre a realização profissional, considerando-se satisfeito com o que conquistou. Porém, julga-se desapontado com sua vida sexual. Nesse momento, então, está a maior crítica de A extensão do domínio da luta: as relações humanas. Os momentos vividos pelo personagem causam certa identificação do leitor, pois ele sofre, sente solidão e questiona-se sobre a vida, deixa isso claro a quem lê o livro, o que não é feito por quem sofre dos mesmos problemas, pois os mesmos negam com frequência.
Com dissertações pessimistas e depressivas, a queda do homem traz certa ironia, porque ele trabalha na área de informática. Isto é, o maior meio de comunicação nos dias de hoje. Trata, portanto, que mesmo em um período de incrível revolução tecnológica e grande avanço da comunicação, os seres humanos ainda têm uma deficiência nas relações da sociedade, que, há muito tempo, tem se baseado em poder, egocentrismo e interesses banais. O autor, considerado um serial killer da literatura, termina com os tão famosos clichês, traz a violência e depressão ao romance e assim, consagra-se por este motivo.
Em suma, Houellebecq causa questionamento sobre a existência, em meio a inúmeros palavrões e palavras chulas. Seu livro, que é de fácil compreensão e em primeira pessoa, faz inúmeras críticas sobre o dia-a-dia das pessoas, o que torna a leitura reflexiva e profunda. A luta do homem, satisfeito com a vida profissional e decepcionado com a vida sexual, é nada menos que um reflexo da sociedade que existe hoje.
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Rafael 28/10/2020

Gostei do livro. Talvez seja o menos interessante dos romances de Houellebecq, mas ainda assim vale a leitura, principalmente para quem gosta do estilo do autor. O livro narra a decadência de um homem de 30 anos, um funcionário medíocre de uma empresa de TI, que não tem relações humanas substanciais (inclusive sexuais) e vê seu mundo, que já era frágil, desmoronar de vez. É uma narrativa sobre uma vida sem significado, sem objetivos e cujo final é melancólico, mas não imprevisível.
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Jônatas Iwata 14/12/2021

I'm not in love
So don't forget it
It's just a silly phase I'm going through

Be quiet
Big boys don't cry
Big boys don't cry
Big boys don't cry
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Brandi 25/02/2022

Devastador
Houellebecq traz nesse livro a história da completa degradação de um homem, uma situação ao mesmo tempo universal e que mostra um caso concreto (como diz na orelha do livro). Através de uma sequência de acontecimentos absolutamente banais e comuns, e de uma escrita perturbadoramente crua e direta, ele desvela a informatização e o sucateamento das relações humanas na nossa sociedade, o domínio do consumismo e da sexualidade sobre nosso cotidiano, a própria banalização da vida e todas os mecanismos por trás do funcionamento do mundo. O narrador-protagonista é um doente, politicamente incorreto pra dizer o mínimo, que é consumido pouco a pouco pela tomada de consciência desses mecanismos, numa trajetória dolorosamente real. Doloroso, perturbador, cru e cruel são todos excelentes adjetivos para esse livro pois ele de fato machuca, eu pessoalmente fiquei de fato psicologicamente abalado por esse livro. É o primeiro livro que leio do Houellebecq mas digo, esse cara sabe como machucar as pessoas, e o titulo de "serial killer da literatura" me parece muito adequado.
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