NILTON 31/03/2016minha estantePrezado Amigo João,
Embora ainda não tenha lido o livro, concordo plenamente com suas palavras.
Em meu entender, não pode ser considerado amor o que tal mãe sente pelo marido, em detrimento da integridade física e psicológica da própria filha. Talvez, ambos detestassem a menina.
O que podemos pensar do ser humano, quando a própria Igreja Católica acoberta padres pedófilos e muito poucos ousam levantar a voz e denunciá-los?
O que podemos pensar da brutal, criminosa, prática da mutilação genital feminina, amplamente empregada contra meninas, não só na África, como também em outros continentes e até mesmo, segundo li recentemente, na Europa e nas Américas?
O que dizer face ao fato ocorrido por aqui, no caso do médico que estuprou um grande número de pacientes mulheres, em São Paulo, quando várias delas contaram a seus maridos o ocorrido e foram estimuladas a não denunciar o médico, sendo que algumas foram abandonadas pelos mesmos, com pedido de divórcio?
A sociedade é feita por todos nós, não é uma entidade autônoma, um poder paralelo, e, se ainda compactua e perpetra tais coisas e outras tão ou ainda mais cruéis quanto as citadas, é que, penso eu, evoluímos muito pouco, com o enorme risco de regredir aos mais extremados estágios de barbárie.
Um grande abraço,
Nilton