Os Meus Romanos

Os Meus Romanos Ina von Binzer



Resenhas - Os Meus Romanos


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AdilsonPtS 22/06/2023

Uma visão estrangeira sobre a escravidão
O livro, organizado em forma de cartas, narra a história de uma professora alemã que vem lecionar numa propriedade escravista do Brasil de 1880. Trata-se, portanto, de uma literatura de viagem que vai expor as opiniões de uma mulher estrangeira sobre a escravidão.
Com diversas afirmações racistas, a autora demonstra o descontentamento com o Brasil, mas mais importante que isso, relata discussões sobre a abolição e diversos aspectos da vida doméstica desta época do Brasil.
Assim sendo, é um documento histórico valiosíssimo para entendermos aspectos da vida privada do Brasil da "abolição gradual".
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Tuca 02/06/2020

Nunca vi ninguém recomendando esse livro,escolhi pela sinopse e me surpreendi, vale a pena conferir
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Mauricio.Alonso 24/11/2019

Uma crônica real do Brasil escravista
O livro é escrito por uma educadora alemã que esteve aqui no Brasil entre 1881 a 1884, antes da abolição dos escravos portanto.
Na verdade trata-se de um apanhado de cartas que a jovem educadora, em missão de educar filhos de famílias abastadas, famílias estas de senhores de escravos, escrevia a uma amiga na alemanha onde contava detalhes dos costumes pitorescos dos brasileiros e da relação com o trabalho escravo que para ela era novidade.
Percebe-se que, pela constância do tema nas cartas, o trabalho escravo e as consequências de sua iminente abolição era um assunto muito comum na época visto que os pretos representavam a grande força motriz do Brasil na época. Brancos e senhores de escravos praticamente não trabalhavam sendo que inclusive o trabalho era visto como algo desprezível, não condizente com pessoas "de boa estirpe". Daí vem toda a preocupação da sociedade brasileira em encontrar uma saída para a substituição do trabalho escravo, condição há muito tempo superada em outros países e que envergonhava o Brasil.
No livro há diversas passagens e testemunhos da alemã que denunciam o total descaso para com os pretos nessa transição do trabalho escravo para o assalariado. Um dos exemplos desse descaso foi o total insucesso das leis do ventre livre e do sexagenário ocorridas anos atrás, onde crianças e velhos eram praticamente abandonados devido a "falta de serventia" ocasionada pela nova lei.
Em especial a lei do ventre livre e esse descaso para com as crianças libertas, filhas de escravos, que não receberam nenhum tipo de educação e apoio estatal, que no entanto destinava pesadas quantias monetrias aos senhores de escravos a título de indenização pela liberdade destes, enquanto os próprios escravos não recebiam nada - isso sim que eu chamaria de mamar nas tetas do governo, uma das maiores injustiças sociais até hoje. Esse estado de abandono geral de toda uma geração de negros libertos, não preparou essa mão-de-obra para o trabalho assalariado e esse, junto a outros, foram os principais motivos que fizeram a alta sociedade proprietária a buscar mão-de-obra pouco melhor na imigração, principalmente de italianos, que já eram acostumados com o trabalho assalariado e com a cultura da prosperidade e do esforço individual valorizada, coisa que os negros não tinham, pois todos se espelhavam e imitavam os seus senhores numa espécie de lei do mínimo esforço, ou seja, trabalhavam muito, mas apenas o suficiente para garantir a sobrevivência sem muitas ambições de prosperidade material.
Mas, voltando ao livro, o mesmo é como um diário, com fatos e evidências reais da vida brasileira da época, muito interessante e dele é possivel sentir esse Brasil recente e tirar todas essas conclusões relatadas acima!
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Vitor 30/10/2012

Resenha para apresentação de seminário!
Ina von Binzer, Os Meus Romanos – Alegrias e Tristezas de uma Educadora Alemã no Brasil. Ina von Binzer; tradução de Alice Rossi e Luisita da Gama Cerqueira. 2° edição, - Rio de Janeiro: editora Paz e Terra, 1980. Número de páginas (135). Bentivegni, Ina von, da família Von binzer, pseudônimo: Ulla von Eck, nasceu a 3 de dezembro de 1856 na Administração de Florestas Brunstorff em Lauenburg e passou a infância em Friedrichsruh, molln, Kiel e Schleswig, em conseqüência das freqüentes transferências do pai. Depois da anexação dos ducados Schleswig-Holstein(1866), veio com os pais para Arnsberg, na Vestfália, onde recebeu a sua educação escolar. Mais tarde, esteve, durante um ano inteiro, num internato em Bonn e fez o seu esame de professora em Soest. Tendo falecido sua mãe, pouco tempo antes, viu-se obrigada a representá-la na família. Contudo, um ano mais tarde, pôde seguir a sua profissão de professora. De konigsberg, na Prússia, para onde a família tinha emigrado, no entretanto, partiu, por conta própria, para a peregrinação que a levou em breve, de um lado para o outro,e, em 1881, ao Brasil onde ficou até 1884. De regresso à pátria, dedicou-se à profissão de escritora e, auxiliada por um tio, achou-se na feliz situação de poder dedicar-se, com vagar, a esta nova ocupação. Teve a sua morada em Berlim até se mudar para a sua província natal, o Schleswig-Holstein. Pouco depois, desposou o juiz de comarca, Dr. Adolf von Bentivegni, em Treffurt, que foi transferido em 1899 para Gransee e nos fins de 1906 para Halle. Obras: Leid und Freud” einer Erzieherin in Brasilien, 1887, (Tristezas e aleguias de uma professora no Brasil – romance humorístico em cartas). – Zigeuner der Grosstadt, 1894, (Ciganos da grande cidade). – Tante Cordulas Nichten, 1897, (As sombrinhas da Tia Córdula). Este livro é um depoimento de raro interesse sobre a vida de nosso país na segunda metade do século XIX. Ina von Binzer (ou Ulla von Eck, seu pseudônimo) fornece-nos documentos ricos em informações, através de uma série de cartas escritas à sua amiga Grete, entre 1881 e 1883, em que alia a qualidade literária à agudeza da observação.
Sua leitura revela-nos um Brasil de outros tempos, considerado muitas vezes um Brasil selvagem, do ponto de vista de uma expatriada ainda aqui não ambientada. Embora suas críticas, por vezes severas, a usos e costumes estranhos a ela possam susceptibilizar alguns leitores brasileiros mais sensíveis, suas descrições são sempre impregnadas de um humor puro e sadio.
Faz considerações precisas e cheias de espírito sobre problemas os mais variados, tais como a escravidão, a abolição e o “despreparo” do negro para a liberdade; a forma de educação das crianças brasileiras ricas contrastada com a rigidez dos hábitos germânicos; as festividades que não podia compreender neste país tão diverso de sua pátria, como um Carnaval que encharcava qualquer transeunte de água e polvilho; sua desambientação inicial no Brasil, que levou-a a desabafos, embora reconhecesse a gentileza de nosso povo e a beleza de nosso país; a saudade que não conseguia substituir por outros que tantas vezes não eram por ela aceitos ou compreendidos.
A forma de viver brasileira da época foi muito bem percebida, e descrita com incrível vivacidade por essa jovem de então 22 anos de idade. É um excelente documentário de fim do século e uma obra literária de grande interesse, que nos revela uma criatura sensível, espiritual e espirituosa.
Entre outros trabalhos, em São Paulo Ina foi professora em casa da família Prado, a cujos filhos chamava de “os meus romanos” em alusão a seus nomes – Caio, Plínio, Lavínia, etc -, o que inspirou a adoção do título desta edição.
Ina von Binzer descreve suas aventuras em meio a cenários bastante rústicos os quais ela cita com grande riqueza de detalhes, as fazendas pelas quais ela passa e muitas vezes se aloja, as estações ferroviárias que fazem a malha de locomoção entre as regiões da época, as paisagens entre as localidades, as estradas, a fauna e a flora. Tudo é bem observado pelos olhos e ouvidos atentos, distintos e apurados de Ina von Binzer.
O cenário cultural, político, sócio-econômico e também a situação de transição vivida no país no final do século XIX, sua visão filosófica e sociológica a respeito.
Tudo isso mesclado com uma boa dose de literatura romântica, torna a leitura de seu livro uma experiência prazerosa e rica de cultura, que apesar de ser construída por uma professora Alemã em território Brasileiro é tão rica de detalhes verídicos e compatíveis com a história do nosso país, que pode ser considerado um registro histórico fidedigno.
Na fazenda S. Francisco de propriedade do Sr. Rameiro, Ina von Binzer relata a beleza do lugar, dos animais, dos jardins, das frutas do pomar, mas também o desconforto e a falta de requinte do casarão da fazenda que pouco oferecia se comparado ao lugar de onde procedera a querida professora, aliás, Ina von Binzer faz críticas e comparações ao nosso país que as vezes chega a incomodar o leitor. Ina von Binzer faz no início de sua estada no Brasil uma idéia equivocada da maneira de viver dos brasileiros que era e é bem diferente dos Europeus.
Em contra partida a sua visão em relação ao convívio dos senhores de escravos e os seus é bem próxima do que realmente viviam os envolvidos neste contexto.
Algumas vezes esta relação é descrita como que de amizade, em outras nem tanto, e por diversas e sombrias oportunidades ela relata as crueldades e mazelas a que eram expostas as pessoas simplesmente pelo fato de ter seu destino determinado pela cor de sua pele. Graças a Deus a abolição chegou e 1888.
Depois de ter passado alguns anos no Brasil, Ina von Binzer encontra-se agora em uma fazenda em que os escravos já não vivem em cativeiro, mas já se preparam para uma pseudo-liberdade que estava as portas para muitos, mas que estes mesmos que estavam prestes a ganhar a tão sonhada liberdade, não sabiam o que fazer com ela. Esta é uma situação que muito preocupava Ina von Binzer e que ela cita com bastante ardor em seu livro.
Os negros faziam o plantio do café, do açúcar, do algodão e das demais culturas da época, porém com o fim da escravatura os brasileiros não sabiam o que fazer para continuar a produção, os negros não sabiam o que fazer com a liberdade e os imigrantes que
estavam chegando da Europa como os Portugueses, Suíços e Italianos não queriam assumir a posição de submissão que os escravos ocupavam, eles queriam ser donos de suas próprias produções e fazer riquezas para poder voltar para sua terra natal.
O Brasil não possuía classe operária nem de artesãos e quando os engenheiros vinham da Europa e instalavam os novos maquinários para o processamento da produção agrária e iam embora, os maquinários ficavam sem manutenção quando quebravam, pois o brasileiro estava muito acomodado com o serviço escravo, e o próprio brasileiro não tinha interesse em aprender nenhum ofício que servisse à sua própria demanda.
Ina von Binzer era de opinião que se encaminhassem as crianças “pretas” libertas para exercer um ofício regular. A lei de emancipação de 28 de setembro de 1871 determina entre outras coisas aos senhores de escravos que mandem ensinar a ler e a escrever a todas essas crianças.
Já na fazenda São Sebastião em São Paulo, do Sr. Souza e D. Maria Luiza, fazenda que foi a última em que ela esteve lecionando no Brasil, Ina von Binzer agora já bem ambientalizada em nosso país, começa a descrever o cotidiano com mais ternura, sentimento e amor. Ela sita esta última fazenda como agradável e mais aconchegante.
Um sentimento carinhoso, uma relação mais amigável com as pessoas e uma compreensão dos costumes e atitudes dos brasileiros, tudo agora era absorvido pela professorinha alemã por um prisma mais abrasileirado, que em minha opinião é o jeito de viver mais natural do planeta terra. O brasileiro sabe viver.
A carne de frango, tatu, outros bichos de caça, a canjica, o milho verde cozido, o caldo de cana, a fazenda rústica, a floresta fechada, poucas árvores, tudo agora sob o olhar de Ina tem um toque de sentimento. Ina von Binzer, finalmente depois de ensinar e aprender com os brasileiros enxergou nos brasileiros e no Brasil o que realmente somos. Em janeiro de 1883, Ina escreve sua última carta e deixa nosso país em regresso a sua terra natal, porém ela nos deixa já com saudades dizendo que se encontra muito feliz e triste por deixar um país tão lindo e belo.
Ina sentia que o regime de trabalho escravo chegara ao fim. Por convicção, ou por simples vergonha, o fato é que ninguém mais apoiava e defendia a instituição extinta praticamente no mundo inteiro. Mas exatamente por isso se assombrava de ver que ninguém pensava no que fazer com os negros depois de libertá-los. Assinando as cartas com seu pseudônimo literário de Ulla, vivia Ina a exclamar Ach! Quando escrevia à amiga Grete. Ela achava que o brasileiro “ele próprio não se dedica ao trabalho se o pode evitar e encara a desocupação como um privilégio das criaturas superiores. Como esperar que o escravo, criado em animalesca ignorância, mas dentro dessa ordem de idéias, seja capaz de adquirir outras por si, formando sua própria filosofia?” Adiante observa: “Um parente muito rico do Sr. De Souza libertou todos os seus pretos que eram cerca de 300 e substituiu-os á custa de enormes despesas por colonos da Suíça e do Tirol. Esse não é um caso isolado”.
Parte da história do Brasil é bem retratada por Ina von Binzer em seu livro, pois durante seus relatos ela narra fatos que marcaram uma época de transição em que o sistema escravagista estava deixando de existir no Brasil, levando-se em consideração que em outros países a abolição já havia chegado.
Situações cotidianas vividas por Ina von Binzer destacam a relação entre alguns senhores de escravos e outras de pura crueldade.
Conta também quão grande era a dificuldade de locomoção entre as cidades e localidades do país, pois as condições das estradas não eram das melhores, que ela descreve em alguns momentos que mais pareciam trilhas e não estradas.
A culinária também é descrita como pouco refinada aos olhos de uma cidadã européia, que via aqui um tipo de alimentação muito rústico para seu paladar tão refinado, nossa farinha, açúcar e carne de caças não lhe faziam muito a cabeça.Ina von Binzer tinha saudades de sua terra natal(Alemanha) que do seu ponto de vista era mais desenvolvida em todos os âmbitos por ela explorado: as vestimentas; a culinária; a indústria; a educação; o transporte; o conforto; o modo de se relacionar entre os europeus; a dedicação dos seus conterrâneos para com as atividades do Estado etc...
Porém Ina von Binzer fala de uma época em que a sua terra natal não tinha passado o período das grandes guerras mundiais, ela achava o Brasil um tanto quanto atrasado, mas se ela tivesse vivido na Alemanha durante 1915 e 1945, ela não teria a mesma idéia do Brasil, todavia mesmo depois de alguns anos no Brasil, Ina von Binzer passa a gostar de nosso país, de nossos costumes e de nossa gente, enfim, o que faltava a ela era a convivência, pois ela fez um pré-julgamento do que realmente era o Brasil, que aos poucos foi se revelando o maravilhoso país que é.
A obra contribui imensamente à qualquer pesquisador que busca entender o período pelo qual passava o Brasil no final do século XIX, retratando de forma fiel, verdadeira e intensa aquele momento do país, e com certeza, se tem uma coisa que Ina von Binzer faz com maestria é correlacionar um romance bem executado com o contexto histórico de nossa Pátria amada, idolatrada, salve, salve. Originalidade não faltou em sua história que de ficção, nada tem. O texto simples de Ina von Binzer trata de assuntos muito pertinentes para sua época, sua visão dos acontecimentos é bem abrangente e trata de assuntos domésticos e de âmbito nacional de maneira muito coerente. Seu estilo é coeso e narrado de forma bastante pessoal e particular, pois demonstra e expressa sua opinião em relação aos fatos que permeiam o seu em torno e a situação do país como um todo, a sua concepção de política e comportamento é extremamente exata em se tratando da abordagem que os brasileiros deveriam implementar naquela época, abordagem essa que vale até hoje, pois ainda hoje necessitamos de políticas públicas que acompanhem o desenvolvimento tecnológico e cultural do nosso país. A maneira como Ina narra sua história é extremamente inteligente , porque emitir opiniões
pessoais em relação aos acontecimentos, a situação do país, se corresponder com sua amiga na Europa, relatar seu cotidiano e falar dos seus anseios e frustrações, depois pegar tudo isso escrito em forma de cartas separadas e transformar dispor esse material em forma de romance, é genial, sem sombra de dúvidas.
Todo brasileiro deveria ter acesso a esta obra literária que através de seu conteúdo transmite ao seu leitor todo contexto histórico de nosso país. Uma abordagem sintetizada, mas totalmente coerente e veraz.
Até mesmo um estrangeiro se satisfaria com o romance de Ina von Binzer, talvez este não entenderia a obra como um brasileiro por não conhecer nossos costumes assim como Ina em determinado momento não o entendia, mas a partir deste, já seria um bom começo para o entendimento de nossa cultura.
Enfim, a obra é indicada a todos os que têm desejo de conhecer a história e prazer em uma boa leitura.









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Lays Regina 10/10/2012

Diário de uma alemã no Brasil
O livro "Os meus Romanos: Alegrias e tristezas de uma educadora alemã no Brasil", traz as experiências vividas por Ulla, pseudônimo de Ina Von Binzer, que vem para o Brasil em 1881, contratada por uma família brasileira que residia no Rio de Janeiro, provavelmente, divisa com São Paulo.
O livro, pode ser considerado como um diário de cartas, em que Ulla, escreve para sua amiga Grete na Alemanha. O conteúdo dessas cartas são situações que ao olhar de Ulla, descreve o povo brasileiro e seus costumes. Assim como, as experiências que o Brasil vive, de uma sociedade escravista, embora, perto de ser extinta.
No século XIX, o patriotismo estava no auge, e a professa alemã, revela o seu ser patriota no decorrer das cartas escritas a sua amiga Grete, sempre se lamentando por está distante de sua pátria.
"É muito belo um país estranho, mas nunca se tornará sua pátria." (p.128)
Mas, algo que me chamou atenção, foi a sensibilidade com a qual Ulla, revelou ter com um sistema escravista. Se tornando contrária a essa "chaga" presente no Brasil Oitocentista, ela se torna uma abolicionista assumida nas cartas que escreve para sua amiga Grete. Manifesta seus sentimentos de indignação quanto a situação dos escravos, ao mesmo tempo que demonstra sua preocupação com "o que será dessa gente, com o fim da escravidão que caminha a passa largos?"
O livro Meus romanos, traz consigo várias características que revelam um pouco do Brasil Oitocentista. Muitas vezes a autora se torna cômica, outras tantas vezes, revela-se altamente dramática, por seu patriotismo e sua melancolia sofrida por está distante da sua pátria. Mas, a Ulla consegue surpreender o leitor com seus tantos sentimentos, talvez até imprevisíveis, que revela a construção de um país, realizada por mãos escravizadas... e mesmo com tantas contradições, faz "O Brasil lindo de verdade!"
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