Larissa Verena 09/11/2022
Nossa!! Tanta coisa pra ser dita sobre esse livro! É uma leitura avassaladora.
No início foi um pouco complicado pra mim, o texto poético, a ausência de diálogos. Tive que reler os dois primeiros capítulos pra ter certeza de que não perdi nada, mas a verdade é que esse é um livro pra ser descoberto, digerido aos poucos. Cada acontecimento, cada palavra é escrito com propósito e profundidade.
Os relacionamentos são estranhos, os personagens são complexos, todos loucos, à seu modo, e principalmente todos extremamente solitários. Até a casa é um personagem e reflete o estado de espírito da família Buendía (me lembrou a animação Encanto).
A árvore genealógica dessa família tem várias repetições de nomes, mas eu não aconselho olhar no início da leitura, dá muitos spoilers. Não são só os nomes que se repetem, mas as características, as personalidades, as tragédias e os destinos também. Ninguém escapa do destino.
Gabo faz várias referências bíblicas, ao Êxodo e ao dilúvio, por exemplo.
Acho que Cem Anos de Solidão faz muitas referências a importância da memória, ou a falta dela, como o povo desconhece sua história, dos seus antepassados e como isso condena as gerações futuras à cometer os mesmos erros, várias vezes.
Enfim, não quero dar spoilers, mas é uma leitura maravilhosa.