spoiler visualizarLívia Vaz 12/04/2024
Pensa no que podes fazer com o que há
Um livro curto, mas muito rico em ensinamentos. Acompanhamos uma aventura de Santiago como uma espécie de espectadores, visualizando e refletindo sobre os acontecimentos.
O velho conhece o mar, conhece o ofício da pescaria e confia na sua sabedoria para encarar, sem muito suporte, sem companhia e com ferramentas precárias o desafio descrito.
Ele toma a decisão de ir para o largo do mar, obstinado a conquistar o seu objetivo. Sua decisão cobra o peso. Uma longa batalha entre o nosso Velho e o peixe, ambos do mar, acontece. A batalha mostrou-se uma disputa entre a força física do peixe e a força do espírito do Velho, ambas vendo quem resistia mais.
A batalha entre Santiago e o peixe termina, mas sua conquista ainda não pode ser considerada concluída, pois logo nosso protagonista se vê diante de novos desafios antes de concluir sua missão.
Um pequeno homem, orgulhoso, em um pequeno barco, com um grande peixe, em um imenso mar, ainda precisa lidar diversos grandes tubarões antes de retornar à casa com seu prêmio. Sem armas, sozinho, cansado e longe de casa, o Velho não se dá por vencido. “O homem não está feito para derrota. Um homem pode ser destruído, mas não derrotado”. E assim age Santiago, lutando para defender seu peixe, por quem passa a nutrir um respeito após derrotá-lo. Um tubarão, dois tubarões, um cardurme. Eles chegam e vão sendo derrotados pelo Velho, mas sempre pegando uma parte do peixe, e, consequentemente, levando consigo um pedaço da esperança do Santiago, até que o peixe acaba e consigo a esperança e o triunfo do Velho.
Abatido, o Velho retorna à sua casa apenas com um esqueleto e uma cauda a reboque para provar que o peixe não seria história de pescador. Pior não ter conseguido ou ter conseguido e perdido? Só quem tenta pode se ver diante desse questionamento.
Sente-se derrotado, mas conquista o respeito dos demais pescadores, em especial do rapaz de quem ele tanto sentia falta, mas afastou-o de si por não querer passar para ele o seu azar, que o acompanha e é seu pior inimigo.
Logo vê que o mar ainda está cheio de grandes peixes e que ele não deve desistir, pensando em ferramentas para a próxima aventura, nos mostrando que enquanto podemos ir em frente, não fomos derrotados.