Maria - Blog Pétalas de Liberdade 04/03/2016Uma simples brincadeira? Primeiramente, devo mencionar que a Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho não se intitula autora da obra, ela é médium e psicografou segundo as palavras do espírito Antônio Carlos. Confesso que não entendo entendo muito do assunto, mas como já havia visto falar nos romances do espírito Antônio Carlos e por já ter visto a tal "brincadeira do copo", fiquei com vontade de ler o livro.
Creio que muito de vocês já tenham ouvido falar na brincadeira do copo ou em suas variações (como a que utiliza um compasso), onde supostamente os participantes fazem perguntas a um espírito que responde fazendo com que o copo se movimente até as letras e números de um tabuleiro formando palavras. O livro tem a intenção de esclarecer os riscos que essa prática traz. Não sendo espírita, há em mim a incerteza se é tudo realmente uma brincadeira ou se de fato há a presença de espíritos, por via das dúvidas, é uma "brincadeira" que não aconselho.
"Copos que andam" foi uma leitura que me surpreendeu positivamente, num primeiro momento receei que a trama ficasse só em relatos de casos em que essa brincadeira trouxe problemas, assemelhando-se a um livro de contos, mas conforme fui lendo, percebi que uma história foi ganhando espaço e se desenvolvendo. Era a história de uma garota que, após a morte dos pais, vivia sozinha num sítio decadente, a garota definhava de forma assustadora. Será que o espírito Antônio Carlos (o narrador) e seus companheiros poderiam fazer alguma coisa para ajudar a menina? E o que teria acontecido para que a vida dela chegasse naquele ponto tão degradante? Só lendo para saber!
"O Espiritismo é uma doutrina que ensina somente o Bem, a modificação íntima das pessoas, tornado-as melhores. (...) E, respondendo à sua pergunta, esse divertimento não é espírita. O 'copo que anda' constitui apenas um fenômeno mediúnico." (página 14)
Foi uma leitura rápida, com capítulos curtos e uma narrativa fluida. Não é o primeiro livro do espírito Antônio Carlos, então alguns conceitos e definições sobre o que acontece "do outro lado" não foram aprofundados (o que, caso acontecesse, poderia tornar a leitura repetitiva para quem já leu os anteriores) e isso me deixou curiosa para pesquisar mais sobre o assunto e entender melhor a estrutura do mundo dos desencarnados.
Sobre a parte visual: eu gostei da capa, é condizente com o assunto, as páginas são brancas, as margens e as letras tem bom tamanho e o espaçamento é grande. Não me lembro de ter encontrado erros de revisão.
Enfim, "Copos que andam" é um livro que recomendo, especialmente para quem quer saber mais sobre o assunto. E, por via das dúvidas, fica o conselho para que não façam a tal brincadeira do copo: segundo o livro, nada de bom pode vir dela e espíritos não podem prever o futuro.
"Sabemos que os bons espíritos, os trabalhadores, não tem tempo para essas futilidades, mas os desocupados estão sempre prontos para atendê-los!" (página 11)
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