Gabi 30/08/2014A magnificência das palavras Já havia muito ouvido falar de Stephen King. E mesmo tendo seus livros bombardeados com ótimos comentários por seus leitores em todos os lugares, demorei a comprar algo dele e mais ainda para ler - não foi por falta de interesse, a culpa é do tempo apressado.
Então, finalmente pude o ler. Escolhi "Quatro Estações", um livro que contém quatro clássicos contos.
Devo dizer: adorei.
Apesar de ser uma exceção a seu estilo (como ele próprio disse), Stephen mostrou ser habilidoso ao fugir do tema sobrenatural e partir para histórias contidas no plano real, mas que no fundo não deixam de conter aquele gostinho de terror e suspense.
O primeiro conto acabou virando filme: "Um Sonho de Liberdade". Nele, um homem inocente é encarcerado na prisão de Shawshank, no Maine. O injustiçado é Andy Dufresne, um banqueiro que foi acusado de ter matado sua mulher e o amante a tiros. Apesar de o alibi ser a ultima coisa que a lei permitiria, Dufresne nunca deixou de sonhar e lutar - todos os dias - por sua liberdade. Nessa jornada de longos anos, teve ao seu lado um amigo detento, Franklin - sob a visão de quem é narrado o conto -, que nunca duvidou da perseverança, nem da inocência do banqueiro. O final surpreende, além de provocar comoção por parte do leitor.
Para o segundo conto dispenso comentários. Por quê? É simplesmente maravilhoso. Nele, um jovem de 13 anos, Toddy, se descobre obcecado pelo vizinho. O motivo? Embora pareça um velhinho inofensivo, o senhor Dussender já havia servido a SS de Hitler. Com intragável teimosia e coragem, Toddy consegue criar um relação nada comum o ex-nazista (apesar de o bom velhinho não ter nada de "ex"). Essas visitas ao cruel senhor, muda a vida de Toddy, quando ele se descobre muito semelhante a Dussander....
A terceira história vai contar a trajetória de quatro amigos que decidem, mesmo com todos os perigos, ir em busca de um cadáver. O morto é um menino atropelado por um trem que jaz na linha ferroviária, a mais de 40km de distância dos garotos. Os sufocos pelos quais passam prendem o leitor até a última página.
O último conto, porém, foi o que menos me agradou. Não foram grandes as surpresas, nem assustadoras como esperei. Apesar de possuir um quê de sobrenatural, esta não foi a melhor parte do livro.
Stephen King ganhou mais uma fã. Espero poder, em breve, ler outros livros mais deste brilhante autor.