Tratado sobre a tolerância

Tratado sobre a tolerância Voltaire




Resenhas - Tratado sobre a tolerância


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GH 05/06/2017

Tratado sobre a tolerância

Motivado por uma calamidade originária da intolerância com embriões religiosos, Tratado sobre a tolerância é uma obra digna, justa e reflexiva perante toda desgraça histórica na humanidade que nunca levou a lugar nenhum, exceção feita à desgraça seguida de morte: a intolerância.

Jean Calas foi um comerciante protestante que foi acusado injustamente de assassinar o próprio filho. Há de se contextualizar minimamente para entender a situação da época.
A França vivia sob o domínio do Rei Luis XIV, um católico e repressor do protestantismo da época. Um dos filhos de Calas já havia se convertido ao catolicismo e os rumores que seguiram no dia do suicídio de seu outro filho foi que ele o assassinara, pois também se converteria ao catolicismo.

Os gritos eloquentes de morte por parte povo ao encontro da cena trágica, o rei ao seu lado e a justiça a ser cumprida de acordo com as crenças do rei não podiam resultar se não na execução de um ser tido como diferente, sujo e descrente quanto à crença tido como única e verdadeira da época.

Voltaire ao escrever esse livro e ao proclamar a inocência do já finado Calas também busca por dignidade e justiça para o restante da família, visto que sua mulher e seu outro filho foram presos. Também nos diz o que parece ou que deveria ser óbvio, mas não era e talvez ainda não seja: a tolerância como princípio básico de convivência e prosperidade humanista.

''A filosofia, unicamente a filosofia, irmã da religião, desarmou as mãos que a superstição havia ensanguentado por tanto tempo; e o espírito humano, ao despertar de sua embriaguez, assombrou-se ante os excessos a que o havia lançado o fanatismo. '' (Pág. 30)

São diversos exemplos históricos explorados e usados como base para dar razão ao argumento de Voltaire, um filósofo Deísta e que em diversos momentos diz crer na necessidade de uma religião para dar alicerces a uma sociedade já estabelecida e por explicitar tal posição é de mais crédito todas suas palavras, pois em seus muitos exemplos sobre pessoas, sociedades, seitas, reis, etc intolerantes, a religião é a que se destaca como:

''Eu afirmo cheio de horror, mas com veracidade: somos nós, os cristãos, somos nós os perseguidores, os carrascos e os assassinos! E de quem? De nossos irmãos. Somos nós que destruímos cem cidades, com o crucifixo ou a Bíblia na mão, que não cessamos de derramar sangue e de acender fogueiras, desde o reinado do imperador Constantino até os furores de canibais dos habitantes de Cévennes; furores que, graças aos céus, não subsistem mais nos dias que correm. '' (Pág. 60)

E para citar um dos exemplos que o autor nos destaca ao decorrer do livro, segue o trecho de uma carta escrita ao Jesuíta Le Teller por um de seus beneficiários no dia 6 de Maio de 1714:

''Quanto àqueles que poderia ficar um pouco assustados com os números, Vossa Paternidade poderá observar-lhes que, desde os dias florescentes da Igreja até 1707, isto é, durante cerca de 1.400 anos, a teologia já causou o massacre de mais de cinquenta milhões de homens, enquanto eu apenas proponho enforcar, degolar ou envenenar cerca de seis milhões e quinhentos mil. [...] '' (Pág. 95)
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Luciano.Ribeiro 18/08/2017

Tratado sobre a tolerância
Voltaire transcorre a respeito da tolerância, e intolerância, em muitas épocas e povos diferentes. como sempre é sensato, condena os ateus e os fanáticos, e mostra que ambos são insensatos. neste livro não há um tom cômico, o tratado é serio, com tom até apelativo, um apelo pelo bem da humanidade, pela proliferação da tolerância.

site: twitter.com/luceano
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Gustavo.Borba 05/02/2019

Infelizmente atual
#LivrosQueLi



Tratado sobre a tolerância, de Voltaire. Ed. L&PM. Este livro, escrito em 1763, é tão atual quanto no momento em que foi escrito. E o motivo é que ele trata da intolerância religiosa, atuante hoje como naquele tempo, apenas as consequências sendo diversas. O que motivou a obra foi o caso Calas. Em 1762, Marc-Antoine Calas é encontrado morto por enforcamento dentro da mercearia do pai. O irmão e um amigo presentes na casa saem pelas ruas à procura de socorro, enquanto a multidão se aglomera na porta da casa devido ao alarido de dor que os pais do morto ressoam. Logo, uma certeza toma a multidão: o pai do rapaz é o assassino! Tais fatos acontecem na cidade de Toulouse, longe da cosmopolita Paris. O sistema de justiça da cidade se deixa impressionar pela pressão popular e conclui pela culpa do pai, Jean Calas, e o condenam à morte, após quase também condenar a mãe, o irmão e o amigo como cúmplices. E onde está a questão religiosa neste caso? É que a família Calas é protestante numa França majoritariamente católica, e Marc-Antoine Calas pretendia renegar o protestantismo e converter-se ao catolicismo. O que o clamor popular viu como culpa nada mais foi que um ato de intolerância religiosa, em que se fazia presente um forte sentimento anti-protestante, que era levado aos extremos. Voltaire escreve seu livro como forma de argumentar pela defesa da família, certo de sua inocência, e ele demonstra com argumentação lógica a impossibilidade da culpa da família. De fato, fica flagrante que o que moveu a condenação foi o sentimento de intolerância religiosa. Voltaire vai rebater de várias formas a continuidade desse sentimento, inclusive com a prescrição de seu ápice: que se matem todos os protestantes da França, ao invés de caçar apenas alguns poucos por vez. Quem deixa de negociar com um protestante? Porventura o próprio rei da França deixa de manter relações com líderes de outras religiões? Ademais, não foi o próprio Jesus Cristo que nos prescreveu as diretrizes do acolhimento e da tolerância? Por fim, o processo da morte de Jean Calas foi enviado a Paris pela sua esposa e acolhido pelo monarca e sua equipe, que revisaram a decisão e, mesmo após a pena já ter sido executada, concluíram pela sua inocência e pelo pagamento de uma indenização à família, restabelecendo seu nome. Voltaire deixa claro que os valores cosmopolitas e o que ele chama de religião natural prevaleceram diante de visões preconceituosas que causam mortes por conta de parágrafos de doutrina. Por inúmeros exemplos, ele demonstra como a crença monoteísta do cristianismo causou mais sofrimentos e mortes do que tudo o que os Evangelhos pudessem dizer ao contrário, diferente de outras crenças politeístas, que conviviam mais harmonicamente com crenças diferentes. Ele inclusive contesta os períodos de alegadas perseguições ao nascente cristianismo nos primeiros séculos da era cristã, afirmando que o que ocorreu não foi perseguição por motivos religiosos, haja vista que muitos dos martirizados ainda recebiam visitas e consolos de seus partidários cristãos, mas que os motivos de execução foram justamente suas ações em provocar convulsões sociais por desrespeito ao espírito cosmopolita das cidades do império romano, ou em perseguir outras crenças toleradas, ou por propor o não pagamento de algum tributo devido ou participação em evento cívico do império. Assim, vemos que a tese já defendida alhures (não me recordo por quem) de que o monoteísmo gera a intolerância, enquanto o politeísmo convive bem com as diferentes religiões, retorna em Voltaire ao relatar esse triste acontecimento a vitimar os Calas. Um importante, mesmo que curto, texto para a reflexão atual, quando centros de candomblé e umbanda têm sido demonizados e até mesmo atacados pelas seitas neopentecostais, numa luta injusta e anticristã por prestígio e audiência, que rendem milhões a essas denominações ditas cristãs. Recomendo.
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Rodrigo1001 24/09/2019

Conteúdo excelente, edição deplorável (Sem Spoilers)
Tratado Sobre a Tolerância foi escrito pelo filósofo iluminista Voltaire e publicado em 1763 com uma obra de repúdio a um caso verídico acontecido em Toulouse, na França. Na época, Jean Calas foi injustamente acusado da morte do próprio filho e executado com requintes de crueldade. Até o fim, Jean alegou sua inocência, que, enfim, seria provada e sentenciada postumamente pelo Tribunal de Paris em 1765. O caso inflamou a opinião pública francesa, severamente poluída pelo fanatismo religioso, e se tornou emblemático na alteração de medidas jurídicas unilaterais.

250 anos depois e cá estamos lidando com os mesmos temas. A sociedade se modernizou, a medicina avançou, chegamos a lua, descobrimos novas espécies, novos medicamentos, reduzimos as distâncias, chegamos em Plutão. Diante disso, esperava-se uma sociedade mais humana, mais evoluída. Em parte, isso aconteceu, porém, há ainda uma minoria que interpreta a religião de forma belicosa e literal, espalhando, justamente, o contrário do que ela prega.

Eu poderia discorrer sobre isso por inúmeros parágrafos, mas vou parar por aqui, pois o objetivo é analisar a obra e não cair na polêmica. Então, caro leitor, posso te dizer que o conteúdo do livro é fantástico. Assim como em Cândido ou O Otimismo, esse livro de Voltaire é uma bálsamo aos olhos. Suas ideias e seus conceitos atravessam os anos e levantam questões válidas sobre nossas crenças e nosso papel como seres racionais.

É muito bacana ver a contemporaneidade do assunto e o importante recado que deixa pra gente. Em uma época marcada pela disputa entre religião e religiosos, o tema não é só relevante, mas absolutamente necessário.

Enfim, conteúdo à parte, gostaria de alertar a todos contra essa edição da editora Lafonte. Erros ortográficos crassos, erros gramaticas e semânticos, um festival de horrores em uma edição paupérrima. Capa e contracapa em papel de péssima qualidade, áspero ao toque, uma desgraça sem fim.

Me sinto lesado em procurar a iluminação nas palavras de Voltaire justamente em uma edição tão miserável.

Voltaire, com certeza, merecia mais respeito. E os leitores também.

Sugiro que procurem a obra em outra edição, ok?

De volta ao livro, leva 4 de 5 estrelas.

Passagens interessantes:

"Temos religião suficiente para odiar e perseguir e não a temos suficiente para amar e ajudar" (pg. 23)

"O direito da intolerância é, portanto, absurdo e bárbaro; é o direito dos tigres, e realmente horrível, porque os tigres não dilaceram senão para comer, enquanto nós nos dilaceramos por causa de alguns parágrafos" (pg. 42)
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Loanfi 04/04/2020

Um autor irreverente, incrível. Todos deveriam ler! Traz questões importantes
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Dutra 17/05/2020

tolerância de Schrödinger
comecei a ler esse livro sem pesquisar sobre, vi que era sobre tolerância religiosa e no auge da minha inocência pensei: "Será que esse livro me ajudará a ser mais tolerante com as religiões e, principalmente, com o cristianismo?"

resposta: não
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Cristiane.Franca 12/06/2020

Esclarecedor
Livro muito informativo, com riqueza de detalhes e referências. Nos faz refletir sobre a "evolução" da humanidade, ou melhor dizendo: a evolução dos LIMITES da capacidade do homem em ser cruel. Através da leitura deste, percebemos o quanto é importante garantir a existência dos Direitos Humanos vigente, pois a intolerância é algo que permeia a natureza humana e, essa precisa ter freio.
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alvherminio 25/08/2020

A importância da tolerância
É impressionante ver como um livro do século XVIII ainda se mostra revolucionário em pontos como a tolerância religiosa, que sempre se encontra ameaçada. É um livro clássico que conta a história da família Calas e mostra o que o fanatismo pode fazer com os indivíduos e com a sociedade. Triste ver que o fanatismo religioso ainda é tão presente não só no dia a dia mas também na formação de leis e nos julgamentos. Talvez se mais pessoas e lideranças lessem esse livro vivêssemos em uma sociedade mais tolerante e coesa.
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Giusti 30/08/2020

Voltaire é perfeito!!
Ele descreve muito bem os motivos para a divisão entre Igreja e Estado ser imprescindível para a promoção da justiça. Apresenta casos de intolerância religiosa que aconteceram durante a história, além de ter capítulos que irão apresentar se é possível a existência da tolerância religiosa, como garantir ela e, voltando a dizer, como ela é essencial.
Uma obra perfeita pra quem vai fazer o ENEM ?( contém várias frases de impacto ).
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Dante 06/09/2020

Atemporal.
Nessa obra Voltaire convida à tolerância entre os religiosos, atacando diretamente o fatalismo religioso. E mais particularmente o dos jesuítas onde havia estudado quando jovem. E onde apresenta um requisitório contra as superstições ligadas aos religiosos.
Voltaire escreve esta obra como uma forma de indignação contra um julgamento sem-escrúpulos. Os Juízes de uma cidade de interior sentenciam a morte um homem inocente por simples motivos religiosos.
“Jean Calas pertencia a uma família protestante huguenote, com excepção da empregada, católica, e do seu filho, uma vez convertido. Depois do suicídio do seu filho, Jean Calas foi acusado de homicídio voluntário. A família é presa, e o pai, a pedido da população e segundo ordem de oito juízes, é condenado à pena de morte mesmo na ausência de provas. De notar o contexto histórico durante o qual se realiza o processo então profundamente marcado pela guerra das religiões francesas dos séculos anteriores.”
“Depois da execução de Jean Calas, que sempre gritou a sua inocência, o processo é aberto de novo em Paris e a família Calas reabilitada.”
Submetem esse homem já idoso a fortes torturas e depois a suplica da roda até seu falecimento. A sua esposa é banida seu filho mais novo é obrigado a entrar para um convento. Tudo isso porque acusaram este homem de matar seu próprio primogênito. Voltaire levanta a discussão dessa acusação errônea por motivos religiosos. Visto que essa família é protestante e foi atribuído isso ao jovem que morreu. Ele iria converter para o catolicismo abandonando o protestantismo. Porém ele é encontrado morto. Uma multidão acusa o próprio pai de matar seu filho para assim evitar esta conversão. O que é um absurdo e Voltaire nos mostra como foi. Juízes agindo com rigor religioso. Ele apresenta várias criticas a sociedade atual da época e da passada. Destrincha o velho testamento em busca de tolerância e o novo. Explana os antepassados gregos e romanos em busca da tolerância. E conclui que as sociedades passadas eram mais justas do que a atual, simplesmente pelo fato que a religião não intromete em um julgamento. Visto que o acusado nem pode ter advogados e muito menos uma defesa. Foi acusado de culpado, submetido a tortura para confessar algo que não fez e sentenciado a morte. O caso foi parar na mão do rei e juízes superiores revogaram e deram absolvição para a família já destruída.
Este livro é muito atual. Nos faz refletir e pensar em que sociedades vivemos ou queremos viver. Ele apresenta vários relatos de épocas e criticas ao fanatismo religioso.
"O direito da intolerância é, portanto, absurdo e bárbaro; é o direito dos tigres, sendo bem mais horrível também, porque os tigres dilaceram suas presas para comer, enquanto nós nos exterminamos por causa de alguns parágrafos.
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Dante 06/09/2020

Atemporal.
Nessa obra Voltaire convida à tolerância entre os religiosos, atacando diretamente o fatalismo religioso. E mais particularmente o dos jesuítas onde havia estudado quando jovem. E onde apresenta um requisitório contra as superstições ligadas aos religiosos.
Voltaire escreve esta obra como uma forma de indignação contra um julgamento sem-escrúpulos. Os Juízes de uma cidade de interior sentenciam a morte um homem inocente por simples motivos religiosos.
“Jean Calas pertencia a uma família protestante huguenote, com excepção da empregada, católica, e do seu filho, uma vez convertido. Depois do suicídio do seu filho, Jean Calas foi acusado de homicídio voluntário. A família é presa, e o pai, a pedido da população e segundo ordem de oito juízes, é condenado à pena de morte mesmo na ausência de provas. De notar o contexto histórico durante o qual se realiza o processo então profundamente marcado pela guerra das religiões francesas dos séculos anteriores.”
“Depois da execução de Jean Calas, que sempre gritou a sua inocência, o processo é aberto de novo em Paris e a família Calas reabilitada.”
Submetem esse homem já idoso a fortes torturas e depois a suplica da roda até seu falecimento. A sua esposa é banida seu filho mais novo é obrigado a entrar para um convento. Tudo isso porque acusaram este homem de matar seu próprio primogênito. Voltaire levanta a discussão dessa acusação errônea por motivos religiosos. Visto que essa família é protestante e foi atribuído isso ao jovem que morreu. Ele iria converter para o catolicismo abandonando o protestantismo. Porém ele é encontrado morto. Uma multidão acusa o próprio pai de matar seu filho para assim evitar esta conversão. O que é um absurdo e Voltaire nos mostra como foi. Juízes agindo com rigor religioso. Ele apresenta várias criticas a sociedade atual da época e da passada. Destrincha o velho testamento em busca de tolerância e o novo. Explana os antepassados gregos e romanos em busca da tolerância. E conclui que as sociedades passadas eram mais justas do que a atual, simplesmente pelo fato que a religião não intromete em um julgamento. Visto que o acusado nem pode ter advogados e muito menos uma defesa. Foi acusado de culpado, submetido a tortura para confessar algo que não fez e sentenciado a morte. O caso foi parar na mão do rei e juízes superiores revogaram e deram absolvição para a família já destruída.
Este livro é muito atual. Nos faz refletir e pensar em que sociedades vivemos ou queremos viver. Ele apresenta vários relatos de épocas e criticas ao fanatismo religioso.
"O direito da intolerância é, portanto, absurdo e bárbaro; é o direito dos tigres, sendo bem mais horrível também, porque os tigres dilaceram suas presas para comer, enquanto nós nos exterminamos por causa de alguns parágrafos.
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Nícolas 30/10/2020

Tratado da tolerância
Sou suspeito para falar de Voltaire, já que ele vai direto ao ponto, faz capítulos pequenos e apresenta filosofia de um jeito fácil de ler, sendo, desse modo, um dos meus escritores favoritos.

O livro foi escrito após o autor se indignar com uma execução por motivos religiosos (católicos vs protestantes) e trata da tolerância religiosa ao longo do tempo e como isso se comparou com os horrores cometidos na inquisição e em outros tantos absurdos cometidos pelos auto-declarados "cristãos".

Este livro é direcionado principalmente aos cristãos, em particular aos que se esqueceram dos preceitos fundamentais da caridade cristã.
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Cleberson 09/12/2020

Deveria ser utilizado nas igrejas
O livro foi escrito pensando a respeito da tolerância, motivado por Jean Calas, que o espírito da intolerância fez morrer. Apesar do foco ser a intolerância religiosa, podemos usar sua lógica e extrapolar para todas as outras formas de intolerância.

Tudo é muito bem escrito, direto, simples, mas sofisticado ao mesmo tempo. Creio que seria um bom livro para ser lido e ensinado mas catequeses, escolas dominicais, dentre outras formas de ensino religioso.

Em resumo, excelente livro.

"Segundo me parece, não cabe aos átomos de um momento, tais como somos nós, prever dessa forma as sentenças do Criador. Estou bem longe de combater esta sentença: 'Fora da Igreja não há salvação'. Eu a respeito, assim como tudo o que ela ensina; porém, conheceremos nós verdadeiramente todos os caminhos de Deus e toda a extensão de suas misericórdias? Não é permitido ter tanta esperança n?Ele como temê-Lo? Não é suficiente que sejamos fiéis à Igreja? Será preciso que cada indivíduo usurpe os direitos da Divindade e decida antes dela qual será a sorte eterna de todos os homens?"
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