Muito Barulho Por Nada

Muito Barulho Por Nada William Shakespeare




Resenhas - Muito Barulho Por Nada


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Marcos 23/09/2011

Muito barulho por nada traz a história de um casal (Beatriz e Benedicto) inteligente, muito bem articulado, espirituoso, com rapidez de raciocínio, que não dão chances ao amor e nem dão o braço a torcer. Porém, um lado trágico na história traz, um homem vingativo que, por cobiça ao amor de uma virgem (Hero) acaba por levantar falso contra sua conduta moral, tida como inadequada para a época, e, no dia do seu casamento, ocasiona uma grande fatalidade envolvendo morte e sofrimento.

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cfsardinha 26/07/2011

Este livro originalmente uma peça teatral, foi um dos inúmeros livros de Shakespeare que também virou filme. Conta a história de Benedicto e Beatriz, ambos inteligentes, bem articulados, espirituosos, sempre com respostas rápidas para qualquer tipo de pergunta. É um texto cômico onde os dois personagens principais duelam entre si com palavras. Mas não é somente de alegria que este livro está recheado. Existe, claro, o personagem vilão. Um homem vingativo, cheio de ódio, acusa falsamente uma donzela de ser rameira e aí começa o conflito... o muito barulho por nada, rs (se fôssemos nos preocupar com isso hoje em dia, hein... quantas de nós já teriam tentado suicídio, né? rs). Enfim, a história tem danças, baile de máscara, cerimônia de casamento, tem flertes, tem príncipes e condes, damas nobres e damas de companhia. Num enredo cheio de histórias de calúnias, desafios para duelos, confrontações verbais, cerimônia fúnebre, até morte e fuga. Ou seja, todos os elementos chave presentes em qualquer história Shakespearana.

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Coruja 23/02/2011

De todas as comédias do bardo, a minha favorita, sem sombra de dúvida, é Muito Barulho por Nada. Não pelo conjunto da obra, veja bem – para mim, o drama de Hero e Cláudio era totalmente dispensável -, mas sim pelas farpas trocadas entre um dos meus mais amados casais literários: Benedict e Beatrice.

De uma forma geral, gosto de casais que começam seu romance (e perduram, com menos intensidade, claro, e com mais humor) às turras, desafiando-se mutuamente de todas as formas possíveis e imagináveis, em geral, em duelos verbais que deixam todos os outros personagens de boca aberta.

Nunca gostei de romances muito melosos do tipo ‘meu docinho de abóbora’ ou ‘minha tapioca com doce de leite’ (O quê? Temos de valorizar os regionalismos!), ou aqueles lenga-lengas em que a mocinha passa o tempo todo chorando e sofrendo e esperando o príncipe encantado resgatá-la.

Pelo amor de deus, qualquer coisa, menos a inútil da Bela Adormecida!

Sim, mas onde eu estava? Ah, sim, Shakespeare. Bem, o caso é... gosto de personagens – e casais – fortes. E tanto Beatrice quanto Benedict correspondem à descrição.

Sempre tive para mim que alguma coisa aconteceu entre eles no passado – talvez da primeira vez em que o Príncipe e seus aliados estiveram na casa de Leonato, quando Claudio, mesmo com o coração voltado para tambores e espadas, percebeu a virginal Hero. A belicosidade que existe entre eles seria totalmente ilógica do contrário.

Para mim, a grande chave do mistério é esta afirmação que Beatrice faz para o Príncipe:


DOM PEDRO — Como estais vendo, senhorita, perdestes o coração do senhor Benedito.

BEATRICE — É certo, milorde; ele mo emprestara por algum tempo e eu lho devolvi com juros: um coração duplo, no lugar do simples que eu havia recebido. Mas, antes disso, ele já mo havia ganho com dados falsos. Vossa Graça tem razão de dizer que o perdi.


Analisem com atenção o que ela diz: Benedict ‘emprestou’ seu coração à Beatrice; ele a cortejou em algum momento e ela devolveu com juros, ‘um coração duplo’, o que significa que ela também demonstrou interesse. Antes, porém, que algo mais pudesse advir disso, ele cortou a ligação.

Esse ‘passado negro’ que existe entre Benedict e Beatrice está presente, sutilmente, em toda a peça – desde o primeiro momento, quando ela pergunta por ele ao mensageiro que vem avisar da chegada do Príncipe, à forma como ele se aproxima dela no baile, reconhecendo-a (ao menos, fica implícito isso...).

As farpas que eles trocam são assim uma mistura de orgulho ferido, desejo, e, claro, inteligência. Eles são, como o próprio Benedict observa, ‘espertos demais para nos declarar-nos em paz’ – o grande defeito de ambos é serem demasiado orgulhosos, pois nenhum aceita capitular perante o outro, nenhum aceita se render primeiro.

É claro, óbvio e ululante que a ‘guerra de destreza mental’ que eles empreendem tem suas baixas – em mais de um momento, eles acabam por se magoar, cortando um pouco fundo demais nos cáusticos comentários. E nisto, não vêem esperança de atenderem aos desejos de seus corações, até que os outros atores da peça decidam lhes montar uma armadilha.

Beatrice e Benedict jamais teriam caído em todo aquele teatro; jamais teriam acreditado naquilo que ouviram, não fosse o fato de que ambos desejavam profundamente que aquilo fosse verdade.

E eis aqui o primeiro nada pelo qual se fez tanto barulho.

E aí partimos para o outro foco da história, o drama de Hero e Cláudio.

Já o disse antes e reafirmo: essa parte da peça era totalmente dispensável.

Depois de casal de briguentos, Sir John é meu personagem favorito. De uma forma geral, adoro os vilões de Shakespeare – eles são profundos, sombrios, cheios de nuances. Embora no momento, no tempo em que Muito Barulho por Nada se passa, ele me faça pensar em Dick Vigarista alisando os bigodes, há algo muito mais sinistro espreitando em seus olhos.

Acho que ele podia ter sido melhor usado – mas, bem, essa é uma das comédias mais ‘leves’ do bardo, então até entendo porque a ação de Sir John não vai muito além de armar toda a patacoada que é o clímax da peça.

O que realmente não me desce bem, é o Cláudio. Não vou com a cara dele desde o momento em que ele se inteira de que Hero é a única herdeira de Leonato:


CLÁUDIO — Poderá Vossa Alteza ora ajudar-me?

DOM PEDRO — Ao teu dispor o meu amor se encontra: dá-lhe lições, para que vejas logo quão facilmente tudo ele assimila, uma vez que te seja de vantagem.

CLÁUDIO — Leonato tem mais filhos, caro príncipe?

DOM PEDRO — Além de Hero, nenhum, que é sua única herdeira. Estás gostando dela, Cláudio?

CLÁUDIO — Oh, milorde! Ao partirdes para a guerra que ora se acha concluída, apenas olhos de soldado lhe pus, aos quais seu todo parecia agradável, sem que a rude tarefa com que então me defrontava dar o nome de amor me consentisse a essa impressão primeira. Mas agora, já de retorno, quando os pensamentos guerreiros abandonam seus lugares, desejos delicados e inefáveis afluem para aí, todos instando comigo sobre o encanto irresistível da bela e jovem Hero e proclamando-me que antes de ir para a guerra eu já a adorava.


Nunca acreditei muito nesse ‘eu já a adorava’ – Cláudio é um soldado, acaba de voltar da guerra, onde fazia sua fortuna... agora que a guerra terminou, não há mais despojos ou soldo para custeá-lo. Mas ali está a conveniente Hero, a única herdeira do nobre Leonato – e é bastante óbvio que isso não é muita coisa.

Pior que isso é que Cláudio nada faz, em nenhum momento, para merecer qualquer consideração da pequena; é o Príncipe que a corteja por ele; quando ele a recebe, ela já está prometida e depois, enganado por Sir John, ele faz aquele papelão na cena do casamento – mais uma vez muito barulho e por uma mentira, uma ilusão, um estratagema ardiloso do vilão. Por nada, por nada... para depois aceitar a ‘outra’ Hero de olhos fechados.

Afinal, desde que ela venha com a herança, que importa que seja uma etíope, ou a mais horrorosa das criaturas?

Eis aí, talvez, a definição de amor que temos nessa peça: entre imprecações, engodos, ameaças de duelo e juras de morte, o amor não passa de muito barulho por nada. É talvez agridoce pensar assim, bem verdade, mas é a mensagem que se infiltra no meio do final feliz, das danças e da música.

Empolguei-me ao reler essa peça (e assistir o filme... e o capítulo correspondente na série Shakespeare Re-Told, que é ótimo!). Verei se escrevo uma resenha para A Megera Domada também...
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Ronnie K. 06/11/2010

Com o perdão da palavra, engraçadamente emocionante!
Um texto leve, divertido, emocionante e espirituoso! Em certo momento da leitura, lá pelo final, fiquei me perguntando por que poucos textos literários são simples, poéticos e densos como uma boa e velha peça de Shakespeare. Na superfície as comédias shakespearianas sempre serão uma leitura despretenciosa, esquemáticas na elaboração dos conflitos e no seu desenlace. Mas, quando menos se espera, sempre irrompe na boca de um personagem uma tirada imprevisível e sensaconal, uma verdade óbvia (mas que por serem óbvias muitas vezes passam despercebidas ou deixam de ser formuladas por outros meios), e nisso em grande parte reside o grande encanto dos textos do mitológico escritor: quando as palavras cintilam em pura emoção e poesia. Emoção de ódio ou de amor, tanto faz. E aqui, fica reforçada mais do que nunca uma constatação que tenho feito: as personagens serviçais, secundárias, a ralé, digamos assim, que figuram e têm participação fundamental em muitos de suas peças (sejam dramáticas ou de comédias) continuam sendo simplesmente formidáveis. Têm um sentido de sabedoria tão prática em relação às coisas e à vida, em detrimento de suas limitações (sociais, intelectuais, etc.), que somente as tornam a cada releitura mais simpáticas e humanas.
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Zooiioo0 01/09/2010

- Aurélio

Passei mais tempo lendo o didcionário do que o próprio livro :S
Leitura muito difícil, palavras meio que... formais demais.
Mas a história em si é muito legal, gostei pra caramba ;D

Só num dou 5 estrelas por ser muito embromado, de vez em quando. tive que ler um monte de vezes uma única página pra entender o que tava acontecendo..
Fora isso, ótimo livro! (:
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Sudan 30/05/2009

Muito Barulho Por Nada
Um homem e uma mulher. Os dois igualmente inteligentes, bem articulados, espirituosos, rápidos em construir respostas espertas a todo tipo de afirmação ou pergunta. É nas falas de Beatriz e Benedicto, dois dos personagens mais queridos do público de Shakespeare, que se fundamenta a parte cômica desta peça, Muito barulho por nada. Quando se encontram os dois, armam-se verdadeiros combates entre esses esgrimistas das palavras, dois alérgicos ao casamento, para o prazer do leitor ou platéia.

O lado trágico da peça nasce de pérfida intriga armada por um homem despeitado e vingativo, carregado de ódio, e que se descreve assim: "É mais condizente com meu sangue ser desdenhado por todos que pavimentar a estrada para roubar a afeição de alguém. Assim é que, muito embora não se possa dizer de mim que sou um homem honesto e bajulador, não se pode negar que sou um patife franco e leal". Com provas falsamente arranjadas, uma inocente donzela é acusada de ser uma rameira. A história tem danças, festa de mascarados, cerimônia de casamento; tem flertes, tem príncipes e condes, damas nobres e damas de companhia; e a história tem calúnias, desafios para duelos, confrontações verbais, cerimônia fúnebre, até morte e fuga que se revertem. A história tem dores e amores; a história é teatro e é Shakespeare.
ResenhasLeitoresEdições
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Inlectus 18/04/2009

Bom.
Uma estória cheia de lances inesperados, mostrando o quanto pode ser ruin, fazer-se tempestade em copo d´agua. William Shakespeare, realmente foi um fenômeno.
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Claire Scorzi 13/02/2009

Uma das delícias desse livro está no seu casal Benedick / Beatrice. Inteligentes, articulados, são responsáveis por praticamente tudo de bom que a peça contém - o outro casal, que não é invenção de Shakespeare, mas sim tirado de um conto de Bandello e do "Orlando Furioso" de Ariosto, está longe de ter o mesmo charme -; quase todas as melhores falas (exceção de uma, de Leonato, pai de Hero) são deles, a subtrama mais saborosa é centrada neles...
Não é à toa que Berlioz, o compositor romântico, compôs uma música centrada neles, "Benedito e Beatriz", ignorando o outro casal da peça. Berlioz sabia onde estava o verdadeiro encanto de "Muito Barulho por Nada" - assim como nós, leitores. Benedick e Beatrice são o melhor exemplo de "Acordo no Desacordo" dentre os casais de Shakespeare.
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Lucy 04/02/2009

Simplesmente um dos melhores livros de William Shakespeare! Romântico e sarcástico!
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Goldenlion85 03/02/2009

Este livro me fez ir a beça!!!
os personagens são tão legais mas ainda assim possuem um certo sarcasmo da parte deles,
a tramoia bem feita é o mais legal...
recomendo
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