O Vermelho e o Negro

O Vermelho e o Negro Stendhal




Resenhas - O Vermelho e o Negro


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BetoOliveira_autor 05/10/2020

Obra máxima
Elogiar uma obra de tamanha magnitude é dizer o óbvio, além de poder soar como injusta quando feito pelo olhar do simples leitor, pois nos falta a profundidade para atingir todas as camadas de leituras que uma obra colossal nos dispõe, muito mais numa única leitura; comumente nos escapa as nuances, o fulcral.

Entretanto, indico a leitura aos caros colegas leitores, pois a aventura do anti-herói Julien Sorel é fenomenal, na medida em que Sthendal disseca a psicologia que move o personagem. O enredo em si é saboroso, rico em detalhes da sociedade francesa da época, da política e das vertentes do pensamento que agitavam os bastidores dos salões e das mansões. Nesse ambiente, Sthendal movimenta os personagens, e expõe as paixões humanas, as ilusões, a hipocrisia, a virtude e o vício. Por isso, a obra é universal, um genuíno clássico.

Vale a pena se debruçar sobre as mais de 500 páginas da obra O vermelho e o Negro. Tal profundidade literária só comparo com Dostoiévski, no aspecto psicológico, contudo, ouso opinar, na condição de leigo, que Sthendal possui uma escrita muito mais fluída e estruturante do que o russo, embora este no todo seja incomparável.

Posso estar fazendo uma ponte sem fundamento factual, mas me parece que há muito de Julien Sorel em Raskolnikov. Nos dois você encontra a rebeldia, o ego inflado, a revolta com a injustiça do mundo - na visão deles - , que os levam à tragédia. Por sorte, Dostoiévski foi caridoso com Raskolnikov. Já Sthendal, não teve pena do ambicioso jovem Sorel.
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Albino 04/10/2020

Um verdadeiro clássico
Um livro que, por si só é um clássico. Na edição do clube Literatura Clássica fica ainda melhor, as ilustrações são de um complementaridade impressionante.
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Francisco 22/09/2020

Início cansativo, denso...
O início do livro é bem entediante, mas depois a leitura flui com facilidade.
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Alyne.Queiroz 13/09/2020

Bom
O livro é bom, leitura fácil, vc percebe facilmente que é um livro do período romântico da literatura por conta do jeito de falar sobre os romances de Julien, que são sempre muito fortes e parece que ele vai morrer se não conseguir a mulher amada, também introduz muitos personagens da história da França, se não literalmente mas por meio de pessoas com as mesmas características, só não consegui identificar o motivo do título do livro, existe várias versões e não me identifiquei com nenhuma fortemente. O livro faz muitas menções à Voltaire, Russeau, La Fontaine, deu vontade de ler algo deles também.
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Roberto Soares 09/09/2020

"Senhores, um romance é um espelho que é levado por uma grande estrada. Umas vezes ele reflete para os nossos olhos o azul dos céus, e outras, a lama da estrada. E ao homem que carrega o espelho nas costas vós acusareis de imoral! O espelho reflete a lama e vós acusais o espelho! Acusai antes a estrada em que está o lodaçal, e mais ainda o inspetor das estradas que deixa a água estagnar-se e formar-se o charco."

Julien Sorel é hoje um dos meus personagens favoritos. Ponto. Existe algo por trás daquela hiprocrisia na sua conduta e calculismo no seu caráter que me impulsionou a gostar dele. A hipocrisia da sociedade parisiense do século XIX não é diferente da hipocrisia da sociedade de hoje. Aí está uma coisa que acho que nunca vai mudar no seu cerne. Talvez porque essa eterna falsidade age visando os mesmos objetivos: status, dinheiro e poder sobre coisas e pessoas. E o preço que se paga por tal empreitada é quase sempre o mesmo: uma grave perda de introspecção. E, no meu modo de ver, é justamente essa capacidade de instrospecção a maior conquista de um ser humano. É o que dá originalidade ao caráter, singularidade à existência, alimento à alma; no fim, é pelo que se vale a pena viver. Mas Julien é diferente: ele é falso com os falsos, mas acho que tem algo de verdadeiro consigo mesmo. Oculto, mas há. No fundo ele sabe que está caminhando rumo a uma tragédia. Ele segue o caminho da paixão, do pathos, em todos os seus sentidos, e, como sabemos, esse caminho só pode levar a um lugar... E foi nesse lugar que, no fim, Julien conseguiu ser Napoleão Bonaparte. Foi lá que ele experimentou, tarde demais, o que é um real homem de sucesso.
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beleza 08/09/2020

classico
mais um classico terminado
achei o come'co um pouco lento e achei que seria dificil terminar esta obramas apos alguns capitulos, consegui seguir ate o final
Julian Sorel sera um personagem dificil de esquecer
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Gabriel 07/09/2020

Ambição, classes sociais e políticas
Julien Sorel é com certeza um dos melhores personagens da literatura mundial. Ambicioso, muitas vezes carente, acha todas pessoas que conhece inferiores e, ao mesmo tempo, tão superiores. Inteligente e bem educado ele vai em busca de subir na vida, e vê como a melhor oportunidade para concluir sua "missão" entrar para clero, virar padre, já que o exército já não era mais visto com os mesmos olhos do século XVIII.

Este livro é um dos maiores clássicos da literatura francesa, e da mundial também! Vale a pena ler! Vais com a certeza de que uma história magnífica o aguarda.
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Barbara 04/09/2020

Stendhal inaugura o realismo
Um dos fundadores do romance moderno, O vermelho e o negro inaugura o realismo. Publicada em 1830, a narrativa se passa antes da Revolução Liberal, durante a conturbada fase da restauração na França e retrata as nuances do estabelecimento da burguesia e a descensão da anacrônica nobreza.

A personagem principal, Julien Sorel, é o filho desajustado de uma família de carpinteiros que encontra alento para sua ambição na admiração que tem pela figura (à época, bastante subversiva) de Napoleão Bonaparte. Mais propenso aos estudos, ele busca oportunidades para atender sua aspiração de elevação social e para isso conta com a ajuda do cura local, que lhe oferece instrução e indicação de um emprego como tutor.

As personagens e acontecimentos do livro são inspirados em fatos contemporâneos de Stendhal, no que o autor inova é na esfera psicológica dos personagens, levando o narrador onisciente às últimas consequências. Nós conhecemos as angústias, a ambição, a ironia, a hipocrisia e todos os pormenores das relações da sociedade que o narrador nos expõe.

A ascensão de Julien parece certa em diversos momentos, mas sua história conta com muitas reviravoltas e um fim excêntrico (para dizer o mínimo). Pra mim, só se compara com o final de O idiota de Dostoiévski.
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Valéria 01/09/2020

Foi um livro de difícil leitura, tenso, denso. Que carece de paciência para compreender as relações não explícitas. O que esta lá é mutável de acordo com como percebemos o mundo.
Os gestos, pensamentos, vontades e atitudes são descritos de forma fascinante. A necessidade entre o criar e o destruir, confunde-nos a cada página. A ponderação entre os estágios da loucura, faz ver que loucos somos todos. Em Sorel temos um homem de brio, brilhante, inquieto, inconformado, capaz de mover -se na direção do que acredita, sem aceitar o destino dado da social condição ou da rudeza com que foi criado. Que intensifica suas paixões, que vivencia o desespero, a dor e a alegria com a mesma capacidade incontrovertivel com que vê o mundo.

" O meu Julien, ao contrário, somente gosta de agir sozinho. Nunca passou pela idéia dessa criatura privilegiada procurar apoio e socorro nos outros..."
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Luigi.Schinzari 28/08/2020

Algumas palavras sobre O Vermelho e o Negro
Os apaixonados por história possuem um sentimento em comum além de seu amor mútuo: cedo ou tarde, terão uma percepção de que vivem em um momento errado da cronologia humana. Queríamos ter conhecido grandes personagens influentes para nosso modo de visualizar a vida, como os pensadores gregos e latinos, ou gostaríamos de nos deliciar com o clima leve de épocas, aparentemente, melhores que a nossa como, por exemplo, a Belle Époque. O mote (um deles, pelo menos) do romance O Vermelho e o Negro (1830), do francês Henri-Marie Beyle (1783-1842), mais conhecido como Stendhal, é justamente esse anacronismo pessoal, focado no sentido pelo protagonista, Julien Sorel, e sua falta de pertencimento em relação ao momento em que vive e a sua admiração controversa pela figura de Napoleão, a época reprovável por uma França prestes a adentrar em mais uma revolução.

A história do jovem Julien, jovem descrente que estuda para se tornar um padre por conta das fronteiras que pode transpassar com sua posição religiosa, e aficionado pelo então falecido imperador corso em um momento em que sua atestar sua admiração por ele seria motivo de extrema reprovação social e como vai galgando posições dentro da sociedade (inspirado mas de modo diferente de sua inspiração, logo mais voltaremos a isso), por meios pragmáticos e muitas vezes calculistas, enquanto se envolve em romances, trabalhos e intrigas -- essa história é das mais conhecidas e reverenciadas que a França, celeiro de algum dos maiores clássicos, já nos proporcionou. Stendhal, autor tardiamente reconhecido, nos coloca em meio a uma confusão mental dentro não só da cabeça de seu protagonista. São contradições, hipocrisias, tiradas, ironia -- não a toa tratam O Vermelho e o Negrocomo o primeiro romance psicológico da literatura ocidental.

A maestria do escritor está não em ser capcioso e nos confundir em um emaranhado de pensamentos desconexos com o único e caprichoso intuito de demonstrar a complexidade de suas construções literárias; por cada página Stendhal narra uma linha de causas e consequências lógicas para aquele núcleo, e nos atém presos aos conflitos morais que eles possuem, principalmente nas figuras do supracitado Julien e suas duas musas, a Sra. De Rênal e Mathilde de La Mole. Julien, primeiramente, sente-se perdido em seu tempo: reconhece sua inteligência mas percebe que seria muito mais celebrado caso vivesse no período em que Napoleão governava, pois poderia utilizar sua mente para fins militares, sendo justamente por isso que resolve buscar na religião o meio de alcançar suas metas; já Mathilde sonha em viver um romance idealizado com alguém -- e este alguém vira (e não é) Julien, apenas pelo acaso -- aos moldes do vivenciado por Margarida de Navarra e seu antepassado Boniface de La Mole (figuras históricas e que serviram de inspiração para um livro de Alexandre Dumas); a Sra. de Rênal, por outro lado, sofre por conta de sua paixão adúltera pelo jovem Sorel, enquanto se martiriza por seu ato e por sua fé até o fim da obra. É este o cenário, imerso em tramas da aristocracia francesa e suas intrigas e personalidades fúteis e mesquinhas, por vezes, e nobres e autênticas por tantas outras.

Está posta a mesa para este banquete servido por Stendhal. Conhecendo o contexto, fica claro, mesmo não estando nos planos do autor -- pelo menos não sabemos se Stendhal era um vidente ou algo do tipo --, como estavam exaltados os ânimos dentro da França em seus momentos prévios a Revolução de 1830, que tratou de colocar Luís Felipe como Rei, chamado de Rei Burguês, um monarca, a princípio, com visões mais liberais. A maestria narrativa e a complexidade deliciosamente traçada e detida pelo autor de A Cartuxa de Parma, seu último romance, é uma aula de boa literatura. Pegamo-nos, ao fim da leitura, nos perguntando sobre dois temas tão díspares -- a verdadeira felicidade e a idolatria pelo passado -- mas que, no contexto, fazem tanto sentido estarem juntos tal qual a nuvem e o céu, que percebemos quão poderoso foi o livro lido.
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Josiane 26/08/2020

O vermelho e o negro
655 páginas de uma história sobre bre caráter, paixão, ambição, amor e as agruras do século xix: a política, a religião, a sociedade, a divisão de classes. Uma leitura altamente recomendável!
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GabrielMacambira 24/08/2020

Julien
Sem dúvida um dos melhores livros que já li. Sthandal caracteriza de forma bem clara a organização da sociedade francesa do século XIX, com todos os seus preconceitos e hipocrizias Acompanhamos o jovem Julien, filho de um marceneiro, em seu caminho rumo a ascensão social, suas paixões avassaladoras e por vezes contraditórias, ambições, sonhos e, por fim, seu despertar.

Maravilhoso!!
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Leonardo88 19/08/2020

Orgulho e Ambição
No começo do livro estava achando muito parado e um pouco cansativo, mas a partir dos 30 % do livro a leitura fluí e a cada vez mais queremos saber sobre o que vai acontecer com o nosso personagem. Um Jovem Francês nascido de uma família burguesa que almeja os grandes destaques de uma sociedade vaidosa e orgulhosa da França pós revolucionaria.
Nosso jovem nos dá uma bela lição onde o excesso de orgulho e de ambição pode nos levar, encontrando a felicidade nos pequenos detalhes da vida!!!
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Jean Bernard 17/08/2020

Ambição que cega, amor que ilumina!
Como pode um escritor conseguir unir reflexões psicológicas, filosóficas, políticas e históricas com tamanha maestria? Com inteligência e ironia.
Recomendo com forte ênfase a leitura das ?aventuras? de Julien Sorel. Um jovem ambicioso que faz tudo para alcançar seus objetivos.
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Júlio César 10/08/2020

Sobre a edição: Excelente exemplar produzido pelo Clube de Literatura Clássica, belo e muito bem acabado. Apesar da leitura ser bem comentada, senti falta de qualquer texto ou nota introdutória, prefácio, posfácio ou informações dedicadas especialmente ao autor. Senti que foi uma perda de oportunidade deixar de
registar relatos contemporâneos sobre como essa obra é entendida hoje, vide que essa edição tende a durar muitas décadas de integridade física.

Sobre o livro (minhas leigas constatações): Um realismo psicológico, muito bem ambientado na França do século XIX, que com ajuda de leituras paralelas tornaram a compreensão das questões políticas e ideológicas mais fáceis. Julien Sorel avança da vida humilde para conhecer as altas classes da sociedade local e posteriormente de Paris. Dotado de um orgulho, e diria até de uma desconfiança e presunção enormes, ele se vê envolto num emaranhado de relações que envolvem carreira e ambição, que vez ou outra se confundem por amor, e que confundirão até o fim seu verdadeiro sentido. Os personagens principais da trama são complexos assim como suas relações, e os acontecimentos vão avançando e mostrando a dificuldade de Julien de abandonar seu orgulho e sua admiração por Napoleão, agindo por segundas intenções que o colocam em dúvida sobre seus verdadeiros desejos. Gostei da obra, com certeza não se absorve tudo que ela possui numa única leitura. É uma literatura fundamental e com certeza indicada, um marco para o realismo, ainda que dentro dos "clássicos" seja uma obra com menos visibilidade para o público popular.
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