O Vermelho e o Negro

O Vermelho e o Negro Stendhal




Resenhas - O Vermelho e o Negro


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Guilherme.Gomes 14/03/2020

3 / 5
Infelizmente, a primeira coisa que me ocorreu ao terminar o livro foi "ufa, acabou". Respeito demais a importância da obra para a literatura, mas não posso negar o quão penoso foi terminar isso aqui. Mesmo com um bom personagem principal e um enredo interessante - com um final mais que digno - "O Vermelho e o Negro" se perde no excesso de detalhes dados aos pensamentos/sentimentos dos personagens, em capítulos inteiros dedicados a acontecimentos que pouco ou nada acrescentam a história central e uma linguagem que também não ajuda muito. E sim, eu sei que o foco é expor o que se passa na mente de "Sorel e sua turma", mas ponderar nessas descrições, não faria mal algum. "A Cartuxa de Parma" vai ter que esperar.
fabio.orlandini 30/04/2021minha estante
Perfeito... Esse ela me ama, ela não me ama... Encheu o saco.




Pequod.3 21/03/2024

Simplesmente uma obra-prima da literatura francesa escrita por Stendhal (pseudônimo de Marie-Henri Beyle) e publicada em 1830. Ambientado na França pós-napoleônica, o livro oferece uma análise bastante perspicaz da sociedade, política e psicologia humana.

A trama gira em torno de Julien Sorel, um jovem inteligente e ambicioso de origem humilde que está determinado a ascender na hierarquia social. Utilizando sua inteligência afiada, charme e astúcia, Julien embarca em uma jornada de autoafirmação em um mundo onde as oportunidades são escassas para alguém de sua condição social. Achei ele um personagem fascinante e complexo, cujas aspirações colidem com as realidades cruéis da sociedade da época.

O livro é dividido em duas partes distintas, representando as duas cores do título. Na primeira parte, Julien se envolve em um romance apaixonado com a Sra. de Rênal, esposa de um prefeito provinciano. Esse relacionamento o lança em um mundo de intrigas e traições, enquanto ele navega pelas complexidades do amor e da moralidade.

Na segunda parte, Julien parte para Paris em busca de ascensão social e sucesso político. Ele se envolve em jogos de poder e manipulação, tornando-se secretário de um influente político e seduzindo a filha de um aristocrata. No entanto, sua ambição implacável eventualmente o leva à ruína, destacando os custos da busca pelo poder e reconhecimento na sociedade francesa do século XIX.

Se tem algo que eu aprendi com essa leitura é que o autor desenvolve muito bem uma série de personagens e eventos que conseguem nos revelar as mais complexidades e também contradições da natureza humana. Possuindo diálogos perspicazes e sua análise aguda da sociedade oferecem uma visão penetrante das lutas individuais e sociais da época.

Não menos importante, também encontramos aqui um reflexão sobre as tensões entre a paixão e a ambição; amor e poder; moralidade e pragmatismo. Stendhal retrata magistralmente os conflitos internos de seus personagens, destacando as tensões entre seus desejos pessoais e as expectativas da sociedade.
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Maria Julia 10/04/2022

Um clássico
Tenho a meta de todo ano ler no mínimo uns cinco livros clássicos e esse foi o escolhido.
Acompanha a trajetória do jovem Julian, seu amadurecimento e pensamento. Achei legal ele não ser o personagem ?perfeito? q a gente vê por ai: ele é egoísta, don juan, orgulhoso? Pena q as mulheres só sofrem nesse livro
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AnaP14 12/10/2023

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A obra é uma análise crítica à sociedade francesa, com seus jogos e hipocrisia. Julien é um personagem que busca realizar sua ambição social mas se deixa levar por paixões que acabam interferindo nas vidas de várias outras pessoas. Achei interessante perceber as mesmas críticas do autor na nossa sociedade.
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Pazi 06/02/2022

A hipocrisa e o oportunismo
Um romance que, pessoalmente, demorou certo tempo para que eu engrenasse na leitura, muito pela edição que eacolhi, a falta de textos de apoio e pelo contexto um tanto desconhecido da França entre 1815 e 1830.
De qualquer forma, findou-se por ser uma leitura extremamente interessante. Contém uma série de críticas desde a alta nobreza até o "povão", apenas acompanhando a vida de Julien Sorel e suas hipocrisias que se podem dizer necessárias a fim de adaptar-se e conquistar todas as suas maiores ambições. Retrato de uma sociedade bastante realista com a política voltada para o bem daqueles que a comandam, indivíduos oportunistas e interesseiros, uma nobreza "sem sal", além de grandes loucuras de amor. Um dos pontos fortes, que tornam até a leitura mais leve e cômica é o romance e "vai-e-vem" de Julien com a Sra. de Rênal e Mathilde.
Importante destacar também a forma como Julien Sorel encara a vida: pensando e inspirando-se em Napoleão Bonaparte, seu grande herói. Até mesmo seu fim se assemelha muito à história de seu grande herói, resumindo-se a desgraça posterior a enormes ambições.
Resume-se Julien Sorel, um dos personagens mais emblemáticos da literatura, em duas palavras: hipocrisia e oportunismo.
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Lilian 28/06/2020

Realmente um clássico...é o tipo de livro que precisa ser lido na vida....
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Antonio 18/07/2021

Um grande retrato da França no início do Séc. XIX
O que mais me chamou a atenção neste livro foi o grau de detalhes na descrição do modo de vida francês e dos valores, usos e costumes da época. E também uma rica descrição das relações de poder, hierarquias e diferentes grupos existentes. É considerado um dos primeiros romances psicológicos, mas como romance histórico. Surpreendem as semelhanças da vida daquela época como o nosso modo de vida hoje. Por exemplo, o fato da educação ser uma das poucas forma de ascensão social para quem é pobre. E também a segregação/discriminação social por causa da origem pobre. E a necessidade, para quem é pobre, de obter algum tipo de "apadrinhamento" para ser reconhecido socialmente. Enfim, o livro nos traz um "museu de grande novidades", como já disse Cazuza, porém ricamente narrados. Um grande livro.
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Cdmm 11/12/2021

Ambição.
Julien é um rapaz que destoa dos outros camponeses por seu talento intelectual em pleno séc. XIX e consegue uma carreira de preceptor. Mas ele almeja mais... este livro me mostrou uma personalidade tão complexa do personagem.principal que não consegui largar o livro. Não vou discorrer aqui sobre a parte acadêmica e a importância da obra para a literatura mundial, mas mesmo pro leitor que procura entretenimento é um livro excelente.
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Erudito Principiante 17/12/2023

A batina e a farda
Optar pela leitura dos clássicos é estar ciente de que a complexidade dessas obras exige um entendimento que leva tempo para se adquirir, diferente do que ocorre com obras mais comerciais que tem a profundidade de um pires. Normalmente quando inicio a leitura de um clássico minhas expectativas são altas e tenho uma tendência a gostar de antemão, porém nem sempre essas expectativas são correspondidas logo de cara... E esse fato aconteceu com a leitura de O Vermelho e o Negro, obra máxima do francês Marie-Henry Beyle (1783-1842), mais conhecido como Stendhal. As aventuras (e desventuras) do jovem Julien Sorel demorou um pouco para me cativar, mas aos poucos fui compreendendo melhor a história que acabou por me envolver totalmente.

A narrativa começa na cidade de Verrières, quando o jovem Julien Sorel, belo e franzino, é indicado para ser o preceptor dos filhos do Sr. de Rênal, prefeito de Verrières. Julien, tratado de forma desdenhosa e bruta pelo pai e os irmãos que o veem como um inútil, tornou-se um latinista graças aos ensinamentos do padre Chélan, o que lhe rendeu a indicação como preceptor.
Julien, possuidor de um aguçado intelecto, oscila entre a carreira eclesiástica e a militar pois consegue enxergar ganhos financeiros e glória pessoal nas duas ocupações. Mas seu grande dilema acaba sendo o amor que surge pela Sra. de Rênal, esposa do prefeito e mãe dos seus alunos. Esse amor proibido (e correspondido) acaba levando Julien a partir para Paris em busca da realização do seus sonhos de glória e grandeza. E na Cidade Luz ele encontra um novo amor...

As lutas interiores de Julien Sorel, tendo como pano de fundo a sociedade francesa da primeira metade do século XIX, nos levam às mais profundas reflexões sobre o amor, a honra, as relações humanas, a responsabilidade para com o outro, etc. Stendhal desenvolve a história de maneira cativante ao mostrar os conflitos internos, sobretudo de Julien. O autor não nos causa tédio com descrições desnecessárias, focando no desenvolvimento dos personagens e suas características.

O final totalmente inesperado e impactante fecha com chave de ouro a obra escrita com tanta maestria por Stendhal, que elevou O Vermelho e o Negro ao patamar de uma das mais importantes obras da literatura francesa. A primeira metade do século XIX na França foi marcada pelas disputas de poder originadas pela queda de Napoleão, o medo das elites remanescentes de acontecer uma nova revolução e a reformulação das novas estruturas de poder. Tudo isso é apresentado no livro, fazendo com que o leitor viaje no tempo e no espaço, ocasionando uma experiência imersiva que apenas os grandes clássicos são capazes de proporcionar.
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Mpbeatriz 30/03/2021

Não comprem essa edição (Martin Claret)! Rs
A história é interessante, afinal, o livro é um grande clássico. Mas essa edição é horrorosa. O texto está mal organizado, falta pontuação, muito ruim. Em alguns momentos dificultou a leitura. Mas, venci. Rs.
Em relação à história, gostei muito pelos aspectos políticos que envolvem a obra. Não me simpatizei com nenhuma personagem, mas gosto da forma com que elas são descritas e como se desenvolvem.
Pavozzo 30/03/2021minha estante
Meu sonho era conseguir ter comprado a edição da Cosac&Naif. Infelizmente essa edição entrou em extinção...


Mpbeatriz 02/05/2021minha estante
Nossa. Seria um sonho mesmo. Tudo o que eles faziam era excelente. Acredito que tenham edições boas com boas traduções no mercado, é só ver a editora!


Antonio 10/07/2021minha estante
Tudo dessa Martin-Claret é muito ruim


Mpbeatriz 13/07/2021minha estante
É mesmo, Antonio. Eles estão num movimento de tentar mudar essa imagem e a qualidade dos produtos, mas eu particularmente evito rs. Tem tanta editora melhor!


Antonio 13/07/2021minha estante
Eu acho elogiável o esforço deles em oferecer obras com baixo custo, mas são muito descuidados. A LP&M, por exemplo, consegue oferecer ótimas edições/traduções com preço bem acessível




Ranya. 30/05/2021

Uma leitura um pouco cansativa, eu fiquei me questionando se tinha deixado algo passar, tanto que algumas vezes voltei a leitura e desisti de fazer isso e seguir e entender no meio da leitura (fiz isso umas 3x). Um romance bem bom e bem escrito.
O que me faz indicar ele é o desfecho da história, as 150 páginas finais me ganharam.

RESENHA

Julien Sorel, filho de um carpinteiro e que recebeu alguma educação, acaba que enveredando no clero, que se torna sua forma de ascender socialmente. Torna-se preceptor dos filhos do prefeito, é uma das coisas que ?se gaba? é de conseguir recitar qualquer parte da Bíblia só lhe dizendo algumas palavras do início da página ou o versículo. Em todo transcorrer do livro Sorel vive em uma crítica constante com a sociedade, quem detém o poder, e sua vida pessoal (e miserável). Esse seu lado crítico se acentua quando se apaixona por uma mulher e é correspondido, ao mesmo tempo que dúvida desse amor ele também se entrega e a ama loucamente, o que se torna um problema dado que essa mulher é casada. Com isso Sorel foge, e acredita que nunca mais se apaixonará da mesma maneira, mas acaba que encontrando uma outra moça (que diríamos ?inalcançável?, já que ela é prometida). Esse novo romance passa a se desenrolar e Julien se questiona novamente sobre esse amor, mas luta por ele e diante disso diversas coisas acontecem, a maioria contra. Julien Sorel faz algumas escolhas por impulso que o deixa em uma situação ruim, onde sentimentos retornam e outros são questionados.

(Nota: acho o Sorel meio chatinho, é uma pessoa muito pessimista e que sempre vê o pior lado de tudo, maaaas né, escolhas.)
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Michele Duchamp 20/12/2023

Meu livro favorito. Levei ele quando passei 3 meses num convento e lia escondido.
Você só acha Julien Sorel detestável porque está lendo ele no contexto errado.
Julien, assim como eu autista, passa a vida exterior e social dele numa performance constante. A história , em si, seria novelesca e superficial caso uma pessoa diferente de Stendhal estivesse escrevendo: basicamente o protagonista, de origem humilde, tem Napoleão como figura paterna, busca a ascensão social, resolve cortejar a esposa do prefeito como forma de validação e está em dúvida sobre qual caminho tomar para galgar na sociedade francesa. Quando Sorel entra no seminário (o negro), pois não era mais viável e prestigioso entrar no exército (o vermelho), as críticas são realistas demais, mesmo em um país e época diferentes como os nossos (o bom e o mal de uma igreja hierárquica e pretensamente imutável).
Stendhal parece o regente de uma orquestra, de repente ele muda o tom da história e você nem percebe o começo da escuridão.
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Guilherme.Oliveira 21/11/2020

Um livro totalmente fora da minha zona de conforto!
Gostei demais do desenvolvimento do personagem Julien Sorel.
Ambição personificada!
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DIRCE18 10/06/2009

Só quando eu crescer
Positivamente, não consegui seguir adiante na leitura deste livro.
Achei tão enfadonho...
Talvez, ele, seja destinado a gente grande.
Quando eu " crescer" tento retornar a leitura, mas só quando eu "crescer"
Manuella_3 06/04/2015minha estante
Dirce, sua linda!
Ficou tudo bem com seu pai?


DIRCE18 07/04/2015minha estante
Pior que não, minha lindinha.


Ricardo Rocha 26/06/2015minha estante
não é bem assim. nem em relação a vc crescer - já é grande - nem ao livro - idem.
teved talvez a ver com gosto. adoro Joyce e Faulkner e Virginia Woolf mas não todos os livros deles. Proust (o mais "enfadonho dos enfadonhos" pra maioria, é a prova disso.
no cvaso de Stendhal, ele tinha uma escrita peculiar em que queria satisfazer só a si mesmo e pra isso mudava direto o jeito de escrever, os assuntos, até os gêneros. Naturalmente, nem ele próprio ficou satisfeito com todos os resultados deles. No caso, acho que Vermelho e o negro é inferior por exemplo à Cartuxa, mas ainda assim merece que tentemos ler pois o tempo o legitimou, o que não é pouca coisa




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