Os meus balões

Os meus balões Santos Dumont




Resenhas - Os meus balões


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Zanchettin95 18/11/2024

Um histórico da dirigibilidade no ar por seu pioneiro.
Lançado em 1904, escrito pelo próprio Santos Dumont, os meus balões é um histórico do que se ocorreu desde sua chegada em Paris com 18 anos. Os primeiros voos em balões esféricos de hidrogênio e suas impressões no brasileiro, suas ideias de um novo formato e material na construção de novos balões, experiências e sucessos, a circunavegação da torre Eiffel e suas experiências sobre a água em Mônaco.
Livro indispensável, junto com "o que eu vi, o que nós veremos", para admiradores desse personagem. Vale lembrar que não é um livro de memórias ou autobiografia, já que Santos Dumont viveria até 1932, e o livro foi escrito antes mesmo de seu voo histórico no 14-bis.
A edição da biblioteca do senado tem um acabamento que deixa a desejar, folhas mal cortadas, troca de material e cor das folhas no terço final do livro. Entretanto é uma edição bem acessível (9 reais) e ricamente ilustrada com uma grande coleção de postais sobre Santos Dumont.
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Sr.F 27/03/2011

.
Interessante história de grandes fracassos, mas enaltece a perseverança de um sonhador que queria voar. Através da sua perseverança conseguiu realizar este sonho.
É possível ver como Dumont era um visionário, como mostra a passagem abaixo, na qual ele descreve o que muitos anos depois viria a ser um aeroporto:





E entretanto, quanto é exíguo e
atravancada, se se pensar no que serão as grandes
estações, luxuosamente organizadas, dos tempos que
virão, com suas altas e espaçosas plataformas de
aterrissagem, onde as aeronaves virão pousar tranquila
e comodamente, tais grandes pássaros em procura de
seus ninhos sobre a superfície das rochas.
Estações assim podem estar em comunicação, do
interior, com as plataformas de aterrissagem por meio
de vagonetes que, rodando sobre pequenas linhas
férreas, sem perda de tempo, e sem a ajuda de uma
dúzia de homens, pelo menos, farão entrar e sair as
aeronaves puxando os "guide-rope". Seus observatórios serão úteis aos júris para a verificação dos tempos de percurso nas corridas aéreas; dotados de aparelhos de telegrafia sem fio, poderão trocar comunicações á distancia, com os aeronaves em marcha
. Cada estação, com seus geradores de gás, poderá, não
vender o hidrogênio mas simplesmente alugá-lo aos
proprietários de aeronaves; […] Cada uma
poderá ter uma oficina para prova dos motores. Terá certamente quartos de dormir para os experimentadores que quiserem partir de madrugada e
aproveitar a calma da aurora. Segundo toda a probabilidade, terá também oficinas para concerto e substituição dos envólucros dos balões; uma oficina de
carpintaria; outra de mecânica, com operários exercitados e inteligentes, capazes de apreenderem e executarem uma ideia. Sem dúvida, enfim, possuirá não
somente um bar e um café-restaurante para os experimentadores e seus hospedes, mas ainda grandes
jardins laterais, com palanques para música, para os
dias de disputa de grandes torneios aéreos.
Projetos deste gênero, o futuro os realizará. Enquanto se espera, a ideia aérea está em marcha.
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Hudson 22/10/2010

Quebrador de Paradigmas

Santos Dumont relata todas as suas experiências em balões neste livro...

Em vários momentos o livro as vezes "torna-se" um pouco técnico mas depois vem vários episódios curiosos que quebram essa impressão.

Como as suas fortunas e muito infortunios curiosos e até certo ponto engraçados.


Também relata como Dumont quebrou vários paradigmas aeronáuticos da época


estabelecendo principios novos, que são válidos até hoje,

contrariando muitos "especialistas" renomados na época.

que na "pratica a teoria é outra"


mostra também os pormenores inovadores


do grandes balões que foram construídos e que ganham prêmios


Como o numero 5 que ganhou o Deutsch.


O inicio do interesse militar no que é o começo de uma possível "aviação militar"

conforme algumas exibições que foram feitas por ele a pedido de militares franceses

e relatadas no livro.

contrariando o falso mito de que dumont era um homem avesso ao militarismo...

e reforçando a sua posição de grande nacionalista, que caso fosse necessário seu apoio seria únicamente ao seu país.
David767 25/10/2010minha estante
Pois é, o início desse interesse militar na aviação teve respaldo no próprio Dumont. Muita gente desconhece isso. Excelente resenha, cara! Você escreve muito bem, expõe com muita clareza suas idéias!


Erick 30/04/2021minha estante
Uma questão a se lembrar sobre o militarismo é que "Dans L'air" é de 1904, antes da 1ª Guerra que expôs sem filtro o estrago que os aviões poderiam causar - é só ver o que ele diz em seu obra de 1918: "Esta carta veio encher de legítima alegria o meu coração que, há já quatro anos, sofre com as noticias da mortandade terrível causada, na Europa, pela aeronautica..." https://pt.wikisource.org/wiki/O_que_eu_vi,_o_que_n%C3%B3s_veremos/Parte_I




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