Sr.F 27/03/2011
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Interessante história de grandes fracassos, mas enaltece a perseverança de um sonhador que queria voar. Através da sua perseverança conseguiu realizar este sonho.
É possível ver como Dumont era um visionário, como mostra a passagem abaixo, na qual ele descreve o que muitos anos depois viria a ser um aeroporto:
E entretanto, quanto é exíguo e
atravancada, se se pensar no que serão as grandes
estações, luxuosamente organizadas, dos tempos que
virão, com suas altas e espaçosas plataformas de
aterrissagem, onde as aeronaves virão pousar tranquila
e comodamente, tais grandes pássaros em procura de
seus ninhos sobre a superfície das rochas.
Estações assim podem estar em comunicação, do
interior, com as plataformas de aterrissagem por meio
de vagonetes que, rodando sobre pequenas linhas
férreas, sem perda de tempo, e sem a ajuda de uma
dúzia de homens, pelo menos, farão entrar e sair as
aeronaves puxando os "guide-rope". Seus observatórios serão úteis aos júris para a verificação dos tempos de percurso nas corridas aéreas; dotados de aparelhos de telegrafia sem fio, poderão trocar comunicações á distancia, com os aeronaves em marcha
. Cada estação, com seus geradores de gás, poderá, não
vender o hidrogênio mas simplesmente alugá-lo aos
proprietários de aeronaves; […] Cada uma
poderá ter uma oficina para prova dos motores. Terá certamente quartos de dormir para os experimentadores que quiserem partir de madrugada e
aproveitar a calma da aurora. Segundo toda a probabilidade, terá também oficinas para concerto e substituição dos envólucros dos balões; uma oficina de
carpintaria; outra de mecânica, com operários exercitados e inteligentes, capazes de apreenderem e executarem uma ideia. Sem dúvida, enfim, possuirá não
somente um bar e um café-restaurante para os experimentadores e seus hospedes, mas ainda grandes
jardins laterais, com palanques para música, para os
dias de disputa de grandes torneios aéreos.
Projetos deste gênero, o futuro os realizará. Enquanto se espera, a ideia aérea está em marcha.