Primeiras Estórias

Primeiras Estórias João Guimarães Rosa




Resenhas - Primeiras Estórias


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Izabella.BaldoAno 23/09/2024

Eu soube que Guimarães Rosa era um dos meus escritores favoritos desde o primeiro parágrafo seu que li. talvez, na verdade, desde a primeira frase, desde a percepção do universo que se abria na construção daquela frase, da possibilidade de ler, reler e seguir encontrando sempre coisas novas. e toda a poesia, essa poesia única, esse jeito carinhoso de olhar pro mundo aqui fora. Rosa poderia escrever sobre a infância, sobre o desenvolvimento de Brasília ou sobre uma rachadura no pé, e eu leria tudo com o mesmo deslumbre. foi o que fiz com Primeiras estórias, um livro que me pediu pra ser lido devagarinho, com o cuidado que a escrita dele pede. sinto que vou voltar muitas vezes pra esse livro e novos mundos vão sempre se abrir.
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Dilso 09/09/2024

Ótimo!
É muito bom revisitar uma obra tão bonita, profunda, tocante e poder apresentá-la a esta versão mais jovem de mim, já que ajudou a construir a legião estrangeira que sou: dos velhos aos novos cheios de agoras, de ontens... que ainda pensam nas leituras da "Terceira margem do rio"; do canto triste de Sorôco ao ver partir sua filha e sua mãe idosa pelos trilhos tristes da insanidade...; na "Menina de lá"; na vida de cá; no meio do rio...
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balbsbalbs 18/08/2024

Impossível não se encantar
Devido a linguagem, mas mais ainda pela profundidade das histórias, foi impossível ler o livro ?de um só golpe?. A leitura se arrastou em meio a outras e cada conto trouxe consigo uma reflexão profunda.

Briguei com o autor em alguns contos. Tive que ler, reler e indagar muito na tentativa de compreender e quem sabe (soberba minha) me apropriar do pensamento de Rosa.

O livro traz 21 contos, tendo ?O Espelho? (quase um ensaio filosófico) como conto central, a partir do qual todos os outros se espelham e irradiam.

A escrita é sublime e a delicadeza/riqueza do vocabulário é indescritível.

Obra lançada 6 anos após o homérico ?Grande Sertão: Veredas?, traz consigo um jeito diferente de criar, narrar, pintar e construir essas estórias.

Simplesmente genial!
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Tiago 06/08/2024

Guimarães Rosa e sua escrita singular
Uma obra que não é fácil de descrever. Guimarães Rosa é um escritor que não se encaixa muito bem nas caixinhas que a maioria dos críticos literários gostam de criar. A escrita de Guimarães Rosa é repleta de neologismos e tem um grau de oralidade imenso. Até considero que este livro é dos poucos de ficção em que a versão audiobook não sofreria muitas perdas em relação ao texto escrito. Aliás, muitas vezes, principalemnte quando uma frase que ao ser lida parece dificil de compreender, ler o texto em voz alta ajudou na compreensão. Um dicionário e um caderno para apontar os neologismos do Guimarães Rosa são dois instrumentos essenciais para a leitura de "Primeiras Estórias".

Nesta coletânea de contos, o escritor mineiro usa o sertão, que consiste aproximadamente na região norte de Minas Gerais, sudoeste da Bahia e leste de Goiás, como cenário das suas histórias. Há de tudo um pouco mas destaco as crianças, os valentões e os loucos. Tudo isso num ambiente quase sempre muito pobre e miserável. A profundidade dos textos é enorme e eu acredito que nesta leitura eu tenha apenas arranhado a superfície na maioria deles. Há muita filosofia, muita reflexão. Há até incursões ao sobrenatural. Os meus contos favoritos foram: "Famigerado", "Sorôco, sua mãe, sua filha", "Os Irmãos Dagobé , "A Terceira Margem do Rio", "O Cavalo que bebida cerveja", "Luas de Mel" e "A Benfazeja".

Este ano fez 30 anos que li este livro pela primeira vez para a escola e naquela época havia sido uma leitura praticamente impossível. O texto de Guimarães Rosa é demasiado inacessível para uma leitura escolar. Se ainda fosse algo supervisionada, poderia ter tido algum valor na época. Foi sim orientada para as provas e nada mais. A edição que li, da Global Editora, tem um longo texto de fortuna crítica no final.

Para finalizar, além de recomendar a leitura (que deve ser feita lentamente), destaco algumas frases do livro que têm a cara de Guimarães Rosa:

1. Era uma viagem inventada no feliz. (As Margens da Alegria)

2. Seu pensamentozinho estava ainda na fase hieroglífica. (As Margens da Alegria)

3. Aquele homem, para proceder da forma, só podia ser um brabo sertanejo, jagunço até na escuma do bofe. (Famigerado)

4. Ali, antenasal, de mim a palmo! (Famigerad)

5. A gente estava levando agora o Sorôco para a casa dele, de verdade. A gente, com ele, ia até aonde que ia aquela cantiga. (Sorôco, sua mãe, sua filha)

6. A gente teve de se acostumar com aquilo. Às penas, que, com aquilo, a gente mesmo nunca se acostumou, em si, na verdade. (A terceira margem do rio)

7. Eu sofria já o começo de velhice — esta vida era só o demoramento.

8. Eles se olhavam para não-distância, estiadamente, sem sabêres, sem caso. Mas a Moça estava devagar. Mas o Moço estava ansioso. (A terceira margem do rio)

9. Meu Amigo, não. Disse um “Oh” polissilábico, sem despesas de emoção. (Fatalidade)

10. Iam-se, na ceguez da noite — à casa da mãe do breu: a vaca, o homem, a vaca — transeuntes, galopando. (Sequência)

11. Tudo, aliás, é a ponta de um mistério. Inclusive, os fatos. Ou a ausência deles. Duvida? Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo. (O Espelho)

12. Tão branco; mas não branquicelo, senão que de um branco leve, semidourado de luz: figurando ter por dentro da pele uma segunda claridade. (Um moço muito branco)

13. Sou remediado lavrador, isto é — de pobre não me sujo, de rico não me esporcalho. (Luas de mel)

14. Me passei para o lado do velho, junto — … tapatrão, tapatrão… tarantão… tarantão… — e ele me disse: nada. Seus olhos, o outro grosso azul, certeiros, esses muito se mexiam. (-Tarantão, meu patrão)

15. Enquanto a gente brincava, descuidoso, as coisas ruins já estavam armando a assanhação de acontecer: elas esperavam a gente atrás das portas. (Os cimos)
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Felipe1503 25/07/2024

Que contista excelso é Guimarães Rosa!
?Tudo, aliás, é a ponta de um mistério. Inclusive, os fatos. Ou a ausência deles. Duvida? Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo.? (p. 69)

?Ah, o tempo é o mágico de todas as traições [?]? (p. 70)
?Os olhos, por enquanto, são a porta do engano; duvide deles, dos seus, não de mim. Ah, meu amigo, a espécie humana peleja para impor ao latejante mundo um pouco de rotina e lógica, mas algo ou alguém de tudo faz frincha para rir-se da gente [?]? (p. 70)
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amanda.sousa.33 03/07/2024

Leitura desafiadora
Comecei a ler Rosa por esse livro (disseram que era o mais fácil - espero que não porque já deu pra me sentir analfabeta aqui). A escrita dele é simples, mas a forma como ele usa as palavras exige (ao menos no início) uma leitura mais lenta pra compreender. E nem dá pra entender tudo (mas em qual livro dá?). É um desafio, porém espero que melhore nas próximas leituras. Ah, se não quiser ler tudo desse livro ao menos dê uma chance aos contos "a terceira margem do rio" e ao "o espelho" são belíssimos e fáceis de ler.

P.S.: a quantidade de estrelas é pela dificuldade, pela qualidade seria 4,5 ou talvez 5.
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balaodeaniversr 14/06/2024

Comecei a leitura por causa de uma aula na faculdade (a aula era só isso de certa forma) e eu terminei agora na greve e foi uma ótima surpresa, boa leitura.
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~Elisabeth Darcy~ 13/06/2024

Esse livro nada mais é que uma coletânea de contos. Achei a leitura um pouco difícil principalmente pelo vocabulário antigo e os neologismos, mas dá pra ler de boa. Achei umas mais interessante que outras (e pra ser sincera, não lembro de algumas).
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Silvio26 31/05/2024

Foi um livro em que me arrastei para ler. Tem contos muito legais, como a terceira margem do rio. Mas outras não entendi foi é nada. Se for comprar, esteja pronto para usar o celular e procurar por sinônimos.
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lucasfrk 10/05/2024

Primeiras estórias ? comentário
(Texto completo na minha resenha no Medium)

?A gente cresce sempre, sem saber para onde.? (p. 55, Nenhum nenhuma)

Primeiras estórias, coletânea de contos de João Guimarães Rosa, publicada em 1962, é um livro marcado pela dualidade de enredo, por um trabalho meticuloso com a linguagem e uma excelência na condução narrativa. Primeira experiência de Rosa com histórias curtas, esta obra de enorme concisão apresenta 21 contos que se passam, em grande parte, num ambiente rural ? não especificado, mas que remete ao sertão mineiro ?, traçando tema e situações particulares e presentemente universais. O título já prefigura interpretações: ?primeiras? remete tanto o empreendimento primeiro de Rosa como contista, como também traz ressonâncias temáticas do livro, à infância (os ?primeiros anos?); por sua vez, quando lemos a quase extinta palavra ?estórias?, podemos perceber que Rosa aqui trata de narrativas inventadas ? a história sem ?h? ?, fabulares, histórias que remetem ao ?causos? que passam de geração em geração.
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Futebol07 11/04/2024

Bom ??
Tem algums contos legalzinhos, mas nada de muito interessante. Minha crônica favorita é a da menina de lá pq foi um dos únicos que realmente me fez querer saber o final.
Enfim um livro bem normal mesmo ?
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Davenir - Diário de Anarres 01/03/2024

Pequenas pérolas da literatura
Primeiras Estórias de João Guimarães Rosa é uma coleção de contos do autor clássico. Como é uma obra de um autor clássico. Os resumos de cada história analisados em toda sua simbologia e relevância podem ser encontrados em resumos escolares na internet. Este blogue não se pretende a ajudar estudantes de literatura a fazer trabalhos, apenas relatar breves impressões dos livros que li. A obra tem o seu conto mais reconhecido, A terceira margem do rio, definitivamente o mais intrigante e profundo do livro. Onde um menino passa a vida inteira tentando lidar com o pai que decidiu ficar parado em uma canoa no rio esperando que ele voltasse. A leitura mais óbvia é que se trata de um conto sobre o luto e confesso que me tocou profunda e pessoalmente.

Há outros contos muito gostosos de ler e outros nem tanto. Guimarães Rosa tem uma escrita bem peculiar, e difícil de se acostumar. Para mim ficou mais fácil imaginar que estava declamando a história (já que ler alto estava fora de cogitação para mim). Senti um ritmo de fala na forma de organizar os pensamentos, como se as coisas saíssem sem pensar em ordem mas obviamente o texto foi muito bem planejado pelo autor, que insere muitas sensações do jeito simples de falar do povo que vive em suas histórias. Há um artigo acadêmico em forma de introdução na obra que sinceramente pulei antes da metade de suas quarenta páginas. Confesso que ele poderia ter me ajudado a gostar mais do autor, mas não tenho mais a mesma paciência para textos técnicos como tinha há dez anos. Se caso este livro cair em suas mãos (como foi o meu caso) pode ler inteiro, mas se tiver dúvidas, comece por A terceira margem do rio e pare se não gostar deste. Depois dê outra chance quando adquirir mais experiência como leitor.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2024/02/resenha-324-primeiras-estorias-joao.html
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Elide 28/02/2024

Algumas histórias interessantes, outras nem tanto
De modo geral, a linguagem do autor não torna o processo de conexão tão rápido e simples. Algumas poucas histórias específicas me prenderam mais, mas, no geral, a conexão com o livro foi baixa.
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Arlindo.Ramos 19/01/2024

Primeiras Estórias
Esse livro foi meu primeiro contato com Guimarães Rosa. Uma leitura muito difícil. Só fui até o final porque estou participando de uma leitura coletiva. Vamos aguardar a live.
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Luiza 21/12/2023

Não entendi muita coisa e male mal me conectei com os contos, alguns gostei muito de ler e me tocaram, mas alguns eu só queria pular para o final.
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