O Colecionador

O Colecionador John Fowles




Resenhas - O Colecionador


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soles0 10/09/2024

Término: 02/09
É uma leitura excepcional, o livro traz uma riqueza de referências que me deixou impressionada - diria que é do tipo que requer algumas releituras para se deixar aprofundar melhor no contexto - e a construção dos personagens principais, tão humana, falha e frágil, é fantástica.
Alguns pontos que me intrigaram sobre essas figuras centrais:
Miranda: Ao meu ver ela se esconde atrás de uma máscara de hipocrisia. Adora falar do certo, do errado, das classes, das artes, etc, mas penso que isso é só uma forma de justificar o sentimento de superioridade que ela tem sobre si própria, além do mais as coisas que ela crítica servem facilmente como uma autocrítica - uma prova disso é ela ser uma menina rica e mimada e adorar falar de pessoas exatamente assim - a própria se contraria algumas vezes durante as passagens do diário e sequer parece notar! Inclusive, esse foi um fato que me deixou incrivelmente possessa, já que na única oportunidade real que ela teve de fuga, na qual ela precisaria bater no Clegg com um machado (a parte da madeira do machado, ela só daria uma simples pancada na cabeça dele), resolveu que não devia, pois não era alguém violenta ?corta para ela sendo violenta múltiplas vezes com o Calibã: Verbalmente, fisicamente e indiretamente, já que ela destruiu algumas coisas do cativeiro dela em certas discussões. Então, a violência já havia sido utilizada mas quando se tratou de salvar a própria vida de repente virou uma santa, o que me deixou desacreditada e revoltada.
Clegg: É um projeto de ser humano de dar tristeza mas ao mesmo tempo tão intrigante, aquele tipo de tópico que a gente sente aversão e curiosidade na mesma intensidade. É uma loucura. O jeito que ele justifica todas as ações erradas, ações criminosas, em um piscar de olhos, e como carece de um funcionamento que pareça humanamente comum, mas tenta com todas as forças vestir essa pele... é uma sensação quase indescritível, quase: aversão e curiosidade. É mesmo o melhor jeito que encontro para descrever tudo que envolve esse personagem bem mais que excêntrico.
Resumindo, esse livro ocupou uma parte considerável dos meus pensamentos e obsessões, mergulhei de cabeça nele e não me decepcionei, leitura incrível.
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Nycolle 10/09/2024

John Fowles tem uma escrita brilhante! Uma construção impecável dos personagens e uma abordagem sobre arte, filosofia , liberdade, lutas de classes...
Em momentos do livro o sequestrador é "romantizado", é possível sentir pena dele?!
Em outros momentos você está enlouquecendo na solidão da Miranda e no desespero do sequestro.
Até que ponto o "amor" pode ser usado para justificar certas atitudes?
Ler esse livro me causou angústia, tristeza, compaixão e principalmente raiva com esse final ?
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thenecrocorpse 07/09/2024

Resenha sem Spoiler e com Spoiler(separadamente)
Resenha sem Spoiler:

Sem antes ter conhecido a existência desse livro, eu não imaginava o que estava perdendo. Bebendo de rios, sem saber da fonte dessa água cristalina.

O colecionador é um exemplo intocável de como trabalhar em personagens, pontos de vista, assuntos sociais, amor, filosofia... Tudo dentro de uma ficção assustadora.

Começando por Clegg, o protagonista ou antagonista deste romance. Ele é uma casca, um mistério que parece muito interessante apesar de perverso, mas ao começar a conhece-lo, percebe-se que ele não é muito mais do que um homem solitário, egoísta e maluco.

Agora sobre Miranda, ela é o que menos se espera. Ela é real, algo que Clegg nunca poderia controlar. Tudo que ele conhecia era uma Miranda que existia em sua mente, a perfeita e bela borboleta rara que não poderia bater suas asas fora de um jarro de vidro, que ele possui.
Miranda é inteligente, é uma artista. Ela sim sabe apreciar o mundo e as pessoas que a encantam. Mas como qualquer pessoa em uma prisão, ela está desesperada.

E apesar da história ser mais que apenas os dois personagens, ela vive sem precisar de mais nada que os dois. Durante todas as 319 páginas, você não quer desgrudar os olhos de cada uma página, porque ver como o nosso "Caliban" e Miranda escrevem sobre suas perspectivas é tão bizarro, quanto lindo.


*SPOILERS:*


As decisões tomadas por Clegg vão se transformando tão naturalmente que te faz sentir como um terapeuta, entrando na mente de um homem fora de si, da forma mais delicada possível. Isso é delicioso de ler, é fluído. Cada parte do quarto escuro que é a mente de "Caliban".

Quando chegamos no diário de Miranda, tudo muda. Todo aquele romance, aquela beleza por trás de cada frase escrita por Clegg, se torna desespero e asco. Como eu não enxergava isso? Clegg é um monstro bizarro, como a forma como ele se via conseguiu me fazer ver sua perspectiva de forma mais delicada? são perguntas que me fiz ao chegar nas escrituras de Miranda, uma vitima.

Sobre amor, Clegg nunca amou Miranda. Ela é um troféu, uma conquista. É um êxtase possui-lá. Quando ele a perde, não sente a dor de um amor perdido, Ele sente o vázio. Para preencher esse vázio, ele procura uma outra borboleta para sua coleção, uma menos inteligente que não escape de suas mãos, uma mais comum. Porque sabia que nada seria como Miranda para ele.

Para finalizar me sinto obrigada a destacar as questões levantadas por Miranda. A arte, politica e filosofia que ela trás para as conversas rotineiras com Clegg, são questões muito interessantes. Ela estava falando sozinha, porque ele não entendia nada disso. Nas palavras dela após perceber isso: "Não posso suportar idiotas como Caliban, com seu grande fardo de pequeneza, egoísmo e maldade de todos os tipos."
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Cássia 07/09/2024

O Colecionador
Um homem, uma mulher, uma história contada em dois prismas, os delírios de um, o medo de outro, até onde a mente humana pode ir para encobrir os erros de um, até onde para aplacar o medo de outro.
Essa história te envolve do início ao fim, te fazendo devorar cada página, causando as vezes nojo e as vezes tristeza, no final o esperado se torna inesperado, em bora previstos, lerei de novo, pois sua escrita envolvente e conflitante, faz refletir sobre o íntimo de nossas almas.
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Cilene 07/09/2024

Ao ler o colecionador o que mais me impressionou foi o estudo psicológico minucioso que Fowles faz de seus personagens. Frederick Clegg, em particular me faz refletir sobre como o isolamento social e a repressão emocional podem moldar comportamentos monstruosos. Embora seja fácil demonizá-lo como o vilão da história, Fowles consegue, de maneira perturbadora, humanizá-lo. Essa humanização, no entanto, é o que torna o livro tão incômodo. Clegg representa a face banal do mal, aquele que acredita estar justificado suas ações porque não entende a gravidade delas.
Miranda, por outro lado, evoca empatia, mas a forma como Fowles a escreve por vezes me pareceu distante. Sua luta interna é cativante mas a idealização de sua figura a coloca no pedestal.
O livro é perturbador, deixa o leitor em constante reflexão sobre a fronteira da moralidade e a facilidade com que o ser humano pode se desumanizar diante de suas próprias obsessões.
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Jacqueline.J.B. 06/09/2024

Simplesmente INCRÍVEL, é um negócio q vc fica em choque o tempo inteiro pq o protagonista é muito louco, tem ponto de vista dos dois personagens porém o da menina é um pouco sem graça. O final faz a gnt perceber q o cara n aprendeu nada. Incrível, uma dlc d livro??
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Marcos774 04/09/2024

O livro é muito bom, tem um final muito aberto e bem estranho que dava para ser mais explorado, mas vale a pena a leitura.
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Adriane da Silva 04/09/2024

Iniciei a leitura por indicação do meu noivo que, após assistirmos a série YOU juntos, me falou que eu gostaria do livro, e que encontraria muitas referências.

Considero que foi uma leitura rápida, muito envolvente.
A falta de divisão de capítulos me deixou incomodada, mas entendo o porque do livro ser como é.

Só posso dizer que terminei o livro incrédula e angustiada. Com raiva, talvez.
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Amanda3913 03/09/2024

É uma leitura que prende e te transporta pro ambiente. O que pode ser perigoso pelo conteúdo, me deu um pouco de ressaca melancólica literária. Mas amei.
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