JP_Felix 15/12/2022
Cansativo
Eu sei que um clássico deve ser reconhecido pelo valor que ele trouxe na época em que foi escrito, mas este livro requer uma força de vontade gigante do leitor. Tal qual Queequeg se desapontou com a ideia da cristandade, pois não ers o que imaginava, eu estou aqui vendo que o livro também não o é.
Nem de longe é uma obra ruim, mas é extremamente cansativo e denso. Há capítulos inteiros dedicados a falar da brancura da baleia, de sua cauda, de seu cérebro, outros que exploram o estudo e a catalogação desses mamíferos e seus estudos, e nisso a história se dilui em infinidades de devaneios e reflexões e pouco ou nada adicionam à trama.
O livro é muito mais sobre a ideia humana que sobre a caça à baleia. Como todo bom clássico britânico, há aqui muita filosofia embutida na história, mas fiquei um pouco exausto com a quantidade de devaneios e filosofia.
O começo é bem atrativo é interessante, mas, por deus, procure uma versão de bolso deste livro, pois ele é tão recheado de informação e de uma linguagem clássica que sequer parece uma história, mas um livro de filosofia e biologia com uma narrativa para organizar as pesquisas apresentadas.
Sim, o livro ainda é ótimo, a culpa de não aproveitar é minha por insistir em uma leitura densa demais para mim, mas ainda acho que esta história poderia ser atemporal se tivesse uma linguagem mais acessível e uma trama mais concisa, então, por mais que eu não costume fazer isso, considero a narrativa clássica desta obra como um dos pontos que mais prejudica a história como história.
Simplesmente 90% dos leitores não conseguiria ler este livro aproveitando de verdade a obra por causa de sua narrativa torturantemente densa.