Moby Dick

Moby Dick Herman Melville




Resenhas - Moby Dick


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Jack 13/08/2022

Muitas vezes o que acaba estragando uma leitura de um determinado livro é a própria expectativa que a gente cria dele, que nem sempre condiz com a proposta do livro. Percebi isso depois de ver um vídeo sobre o morro dos ventos uivantes, outra leitura que não aproveitei muito.
Achei a leitura do livro muito arrastada e com tantos detalhes e descrições sobre tudo que envolve pesca de baleias que chegou um ponto que eu simplesmente não me importava mais com a história. Só queria que o livro acabasse logo. Só consegui terminar o livro porque achei um audiobook, o que me motivou um pouco.
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Karina 01/06/2023

Moby Dick
É sem dúvidas um dos livros mais enfadonhos que li. O autor abusa da prolixia e descreve em excesso passagens que não tem a menor relevância para a história.
Foi sofrido, e chegue a abandonar 2 vezes, mas cheguei ao fim sem nenhum grande prêmio de satisfação.
Durante o livro temos momentos bem tensos ligados a caça as baleias, prática comum no século XIX, mas que pode levar as lágrimas ou a repulsa o leitor dos dias de hoje. Por outro lado a interação dos tripulantes do navio é um momento de divertimento e as vezes risos, mas não será por isso que valerá a pena essa leitura.
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Leticia Teofilo 16/04/2023

Me chame de Moby Dick
Me chame de Ismael, é como começamos essa incrível e longa jornada de caça a baleia Moby Dick.

Herman Melville, autor estadunidense, escreve Moby Dick em 1849, leva um ano e meio para escrever a obra, e sua publicação é feita em 1851. Não foi bem recebido na época, sendo valorizado somente no século seguinte, a partir da segunda década do século XX, quando autores e pesquisadores resgataram a obra, colocando-o como cânone da literatura norte américa. Melville, foi marujo de navios baleeiros e é a partir desse fato, que ele tem inspiração e a experiência para escrever Moby Dick. Outro fator que o inspirou foi a trágica história no navio Essex, contada no livro "No coração do mar" de Nathaniel Philbrick, (recomendo a leitura do livro somente após o término de Moby Dick, por conter spoilers da obra).

A escrita de Melville é linda e de fácil compreensão.

O livro é narrador por Ismael, um jovem que deseja ingressar no mundo de caça às baleias. O acompanhamos em sua primeira viagem baleeira, no Navio Pequod, chefiado pelo capitão Ahab, que teve sua perna arrancada pela grande baleia branca. O capitão é obcecado por um reencontro, para sua vingança a baleia Moby Dick, estando disposto a sacrificar a sua vida e a de sua tripulação nessa jornada.

"E o mais impressionante na história dos fanatismos não é o incomensurável autoengano do próprio fanático, mas o seu incomensurável poder de enganar e atormentar tantos outros." (Página 401)

Ismael é quem escreve o livro, como um testemunho da viagem. A partir do ingresso no Pequod ele "sai de cena" e apenas descreve os acontecimentos como um narrador oculto. Assim como a baleia, o livro é gigante, são 135 capítulos, como o próprio narrador diz: "Do tronco, multiplicam-se os galhos; deles, multiplicam-se as ramificações menores. Do mesmo modo, quando o assunto é fértil, multiplicam-se os capítulos." (Página 372)

Em meio aos acontecimentos, o narrador faz pausas na história para escrever ensaios sobre diversos assuntos referentes à caça às baleias, o que para alguns leitores possa parecer tedioso. Mas nada está ali atoa, tudo tem um propósito e a escrita do Melville deixa qualquer capítulo interessante.

O autor escreve algumas partes num formato de peças e referências a Shakespeare, principalmente Hamlet, Macbeth e Rei Lear, possui também muitos paralelos bíblicos, referências ao antigo testamento, além de referências de mitologia.

Queria destacar o capítulo 81, "O pequod encontra o Virgem" (na edição da Antofágica, sei que em outras edições a tradução ficou diferente). É o meu capitulo favorito, senti um mix de emoções, me diverti e me emocionei com as cenas descritas, muito por conta dos capítulos anteriores sobre os olhos das baleias e as ilustrações dessa edição. Então nada no livro está ali por um acaso, cada ensaio do Ismael tem um propósito.

O Melville sempre encerra os capítulos de uma forma impactante, o que me fez buscar sempre a conclusão.

Por fim, na minha opinião, a leitura desse livro precisa ser lenta, para poder apreciar cada capítulo da forma correta. É preciso ter paciência e tempo para se dedicar a ela. Que dessa forma a leitura será muito mais proveitosa!

Espero tê-lo encorajado a enfrentar a temida Moby Dick, por que a longa jornada vale a pena! Já planejo a releitura.
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Miguel Freire 27/06/2024

A epopeia leviatância de Melville
“Chamem-me Ismael”

Ismael, filho de Abraão com sua escrava Agar, o primogênito rejeitado, o bastardo errante, o impetuoso e violento filho da natureza; não é à toa que o narrador de Moby Dick tenha tomado para si o nome deste personagem das Sagradas Escrituras: filho bastardo da terra, que não lhe acalma a inquietação do espírito, decide errar ao mar, seu verdadeiro pai, o único amplo o suficiente para dar vazão aos arroubos de sua alma, que ocupam um bom pedaço deste livro.

Moby Dick é um livro complexo, e é um livro grandioso; tão complexo e tão grandioso quanto um organismo vivo, quanto uma… baleia: filosofia, religião, sociologia, economia e biologia são alguns dos tópicos abordados ao longo dos 135 capítulos, com uma linguagem que passa por textos bíblicos, teatro shakespeariano e narrativa clássica de aventura, formando uma rede intrincada de nervos, que compõem os tecidos, que compõem um sistema, que compõem um ser; a forma da obra toma a forma do grande leviatã, o centro de tudo aqui.

Grande parte dessa complexidade se dá pela visão atenta e profunda do narrador acerca de todas as coisas. Nada fica somente na superfície: de cada atividade, de cada objeto ou animal, de cada personagem ele consegue extrair as mais profundas reflexões e analogias com a natureza humana, usando de períodos enormes, cheios de anáforas e orações coordenadas, com um vocabulário rico e um estilo inflamado, o que, obviamente, torna a leitura mais difícil, mas, mesmo quando nos sentimos meio perdidos nos pensamentos de Ismael, o próprio conjunto estilístico do texto e a maneira como ele soa já nos maravilha com a sensação de magnitude, de assombro diante de um desconhecido tão profundo quanto o mar e tão elevado quanto os céus. São camadas e mais camadas possíveis de interpretação, um verdadeiro tesouro inesgotável, que não pode ser abarcado com apenas uma leitura.

O livro toma a forma grandiosa da baleia, isso eu já disse; mas assim como a Moby Dick que dá nome à obra, ele não é uma baleia comum: é uma baleia racional, com alma e faculdades superiores, representadas pela linguagem reflexiva e profunda, das quais já falei também. Acontece que essa aura poética que rodeia a história vai na contramão da literatura marítima em voga na época de Melville. As histórias de marinheiros que mais agradavam o público eram sóbrias e realistas, buscando retratar a vida no convés como algo brutal e prático, sem espaços para divagações ou filosofias. O próprio Melville, por problemas financeiros, escreveu duas obras nesse estilo que ele chamava (pejorativamente) de “fatos nus e crus”: Redburn e Jaqueta Branca. Mas, assim como seu personagem Ismael, o autor possuía uma alma grande demais para se prender a uma escrita tão limitante, que o impedia de usar do total potencial de sua prosa. Nessa luta entre realidade e fantasia, a fantasia (felizmente) acabou predominando em Moby Dick, porém, ao custo de ter um recebimento discreto entre a crítica e o público da época, levando Melville a desistir de se sustentar apenas pela escrita.

Só postumamente é que sua “epopeia leviatânica” recebeu o devido reconhecimento, sendo considerada até hoje uma das maiores obras literárias de todos os tempos. Só temos que agradecer ao seu autor por ter resistido à sua época e ter acreditado na poesia e na profundidade de todos os seres, recusando-se a limitar a viagem baleeira a um simples “diário de bordo” ou uma peça alegórica, mas fazendo do convés do Pequod não apenas uma parte do navio, mas um retrato profundo de toda a humanidade.
Miguel Freire 27/06/2024minha estante
Tinha esquecido de postar essa resenha kkkkkk




Maria4181 14/04/2023

Apesar de ser uma leitura cansativa, é um pouco enjoativa, e um livro que mostra os desafios que a tripulação tem que passar só para saciar um desejo de vingança do capitão, às vezes a narrativa do protagonista Ismael chega a ser cansativa mas, mas em pontos mostra a determinação do mesmo
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Marcos606 03/04/2023

"Me chame de Ismael". O narrador, como seu equivalente bíblico, é um pária. Ismael, que se volta para o mar em busca de significado, transmite ao público a última viagem do Pequod, um navio baleeiro. Em meio a uma história de tribulação, beleza e loucura, o leitor é apresentado a diversos personagens, muitos deles com nomes de ressonância religiosa. O capitão do navio é Ahab, que Ismael e seu amigo Queequeg logo descobrem que está perdendo a cabeça. Starbuck, o primeiro companheiro de Ahab, também reconhece esse problema e é o único no romance a expressar sua desaprovação ao comportamento cada vez mais obsessivo de Ahab. Essa natureza da obsessão de Ahab é revelada pela primeira vez a Ismael e Queequeg depois que os proprietários do Pequod, Peleg e Bildad, explicam a eles que Ahab ainda está se recuperando de um encontro com uma grande baleia que resultou na perda de sua perna. O nome dessa baleia é Moby Dick. O Pequod zarpa e a tripulação logo é informada de que esta jornada será diferente de outras missões baleeiras: desta vez, apesar da relutância de Starbuck, Ahab pretende caçar e matar o bestial Moby Dick, não importa o custo.

Ahab e a tripulação continuam sua jornada movimentada e encontram vários obstáculos ao longo do caminho. Queequeg adoece, levando à construção de um caixão em antecipação ao pior. Depois que ele se recupera, o caixão se torna um bote salva-vidas substituto que acaba salvando a vida de Ismael. Ahab recebe uma profecia de um membro da tripulação informando-o de sua futura morte, que ele ignora.

Uma das maneiras de apreciar a complexidade do romance é através dos nomes que Melville deu a seus personagens, muitos dos quais são compartilhados com figuras religiosas. A primeira linha de Moby Dick identifica Ismael como o narrador; Ismael era o filho ilegítimo de Abraão e foi expulso depois que Isaque nasceu. Ahab, de acordo com a Bíblia hebraica, foi um rei mau que levou os israelitas a uma vida de idolatria. O navio que salva Ismael, o Raquel, leva o nome da mãe de José, conhecida por interceder para proteger seus filhos. É Raquel, conforme descrito no Livro de Jeremias, quem convenceu Deus a acabar com o exílio das tribos judaicas por idolatria. O resgate de Ismael por Rachel em Moby Dick pode, portanto, ser lido como seu retorno do exílio causado por sua cumplicidade (porque ele estava na tripulação do Pequod) na idolatria de Ahab pela baleia. O uso desses nomes por Melville dá ao romance uma rica camada de significado adicional.

A própria baleia é talvez o símbolo mais marcante em Moby Dick, e as interpretações de seu significado variam do Deus judaico-cristão ao ateísmo. Na própria mudança da narrativa de uma missão de herói para uma tragédia, Melville preparou o palco para uma ambiguidade intencional.

O próprio Melville era versado na caça à baleia, tendo passado algum tempo a bordo do Acushnet, um navio baleeiro, que lhe deu experiência em primeira mão. Ele também fez uma enorme quantidade de pesquisas, consultando várias fontes científicas, bem como relatos de eventos históricos que incorporou a Moby Dick. Em particular, a história de Essex fascinou Melville - e talvez tenha servido como sua principal inspiração para o romance. O Essex, um navio baleeiro, foi atacado por um cachalote em 1820. O navio afundou e muitos tripulantes foram perdidos imediatamente ou morreram de fome enquanto aguardavam o resgate por quase oito meses.

Melville fez amizade com o escritor Nathaniel Hawthorne (A Letra Escarlate) durante a escrita de Moby Dick, o que o levou a revisar dramaticamente a narrativa para torná-la mais complexa. O romance é dedicado a Hawthorne por causa disso.
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floramorim_in 22/01/2021

Uma grande busca
Certamente comecei na expectativa da grande baleia branca e me deparei com uma grande e extensa busca e na humanidade revelada durante o processo ... Leitura cansativa mas enriquece o imaginário.
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Bruno Oliveira 08/01/2023

MOBY DICK, ou quase tudo que você tem que saber sobre A Baleia
Moby Dick, ou A Baleia do norte-americano Herman Melville não é um romance típico, tampouco um livro de aventura “raiz’. Seu começo é meio confuso, há várias informações gerais, que mais parecem pop-ups, que versam sobre o cetáceo do título; esses dados lembram um apanhado geral no Google. Contudo, não estão lá à toa, não! Suas fontes, tanto bíblicas quanto filosóficas e tanto acadêmicas quanto jornalísticas, ajudam a “dar uma ideia geral” do conteúdo do livro e, de quebra, dizem muito do tom da narrativa propriamente dita logo a seguir. Sobre essa, até que ela começa bem, você vai “nas ideias” do Ismael (nome sugestivo, hein?) numa boa e, essa personagem-narrador vai te contando sobre si e sobre o seu futuro empreendimento financeiro: virar caçador de baleias. O problema infelizmente surge quando ele suspende a narrativa (em diversos momentos) para contar “um causo” ou, ainda, para discorrer sobre assuntos específicos demais sobre essa sua nova profissão: há muitos dados, muitas informações desnecessárias que fazem do livro uma espécie de almanaque de curiosidades sobre a caça dos cetáceos nos meados do século XIX; é quase um ensaio que você tem em mãos! A parte da narrativa aventureira é boa, porém, em muitos momentos os personagens parecem estar em um palco declamando suas falas carregadas de um tom fortemente religioso. Dito isso, fica cá o aviso: a obra é simbólica, então, não espere cá os significados específicos, só um alerta amigo acima do mastro. Vá já sabendo o que encontrará.
Regis2020 13/01/2023minha estante
Gostei de sua resenha, Bruno. ?


Bruno Oliveira 13/01/2023minha estante
Opa! Valeu, Regis! :) Eu tento.




Ge 24/02/2021

achei o livro bem devagar e quando as partes emocionantes chegavam elas passavam muito rápido e parecia que o livro era mais corrido, não deu para imaginar quase nada, tive que depender bastante das imagens.
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Carolina2587 01/01/2023

Expectativa x Realidade
Eis um clássico que sempre pensei que jamais leria. Nunca me despertou muita curiosidade, e toda a sorte de comentários negativos sobre a narrativa enfadonha apenas serviam para afastar mais ainda toda a remota possibilidade de um dia esse livro vir a me chamar. Mas aconteceu, e acabou por ser minha última leitura de 2022.

A primeira coisa que acho importante apontar é que, na minha visão, existem dois livros dentro do mesmo. Um, com a narrativa épica da perseguição a Moby Dick, e outro, com uma ode às baleias e à caça baleeira. Os "livros" se intercalam, e um servem de preparação para o outro. Então, para cada cena de ação e de retomada da história da caça, teremos capítulos explicativos sobre detalhes das baleias, do funcionamento do navio, das riquezas que podem ser obtidas e das dificuldades de toda a empreitada.

Não achei enfadonho e despropositado. Na minha visão, esses capítulos explicativos e reflexivos nos ajudam a ter uma boa noção da grandiosidade da coisa. Além disso, o narrador é simpático e engraçado, o que traz leveza para vários desses momentos em que, segundo ele mesmo, assume-se o ar de poeta.

Moby Dick me surpreendeu positivamente, achei a leitura muito mais fácil e fluida que o esperado. Talvez porque a minha expectativa fosse algo difícil e penoso, saí positivamente surpreendida. Entendo os que passem pelo contrário, principalmente quando não estão calibradas as expectativas da história. Temos, sim, a história da caça e vingança contra Moby Dick, mas isso está enterrado no meio de um outro livro, que talvez traga riqueza de detalhes e informações demais para quem buscava apenas a ação propriamente dita.

Foi uma boa experiência, e considero que fechei bem meu ano de leituras com essa epopeia.
Pedro 01/01/2023minha estante
Excelente resenha! ???




Raphael Rostaizer 21/12/2021

Clássico é clássico
História muito bem escrita e ambientada. A fissura que o ser humano ( sabe-se por qual motivo) sempre teve em caçar esses bichos maravilhosos.
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Jaque 16/01/2023

Muito bom! Imersivo.
Amei esse livro. Eu o escutei no Spotify... E foi lindo. Muito imersivo. Imaginei-me no barco e tive vontade de viver aquela aventura... Quase me esqueci de que ano estamos ?
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marcelinho 04/10/2022

Me dediquei a esse clássico por quase dois meses. A leitura dele é difícil de explicar, porque não é somente um gênero literário kssksk. Incrível como ele conseguiu fazer isso.

Ele merecia 5 estrelas, com toda certeza. Mas por alguma razões, ele não merece.

Antes de tudo, quero dizer que a leitura é bem diferente de tudo que já li. Ele não é do um romance, uma narrativa com começo meio e fim. Ele não só conta a história da busca implacável por vingança, mas também, por várias e várias vezes, a narrativa para e começa a explicar sobre o mundo das baleias, as diferenças entre elas, sobre os navios e cada componentes, e até ensaios filosóficos.

Isso é bem legal no livro, porém esse também é o motivo de não ter 5 estrelas. Cara, do nada, no meio de uma tempestade, O CARA COMEÇA UK ENSAIO FILOSÓFICO KAKAKKSKS! Tantas partes desnecessárias que não precisavam está no livro. Mas o livro é incrível com uma história sangrenta pela busca implacável e por vingança.
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